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contraponto na renascença até o final do séc.XIX. Mas também<br />
não é difícil atualmente localizar uma nova prática comum. E esta<br />
prática atravessa as duas obras, a de Marisa Rezende e a de Willy<br />
Corrêa no domínio intervalar: os jogos de s<strong>em</strong>i-tom, as seqüências<br />
de terças ou quartas, o jogo de contração e expansão radiais dos<br />
intervalos. Como se uma harmonia do primeiro serialismo<br />
dodecafônico pudesse ser aqui vislumbra<strong>da</strong> como prática comum.<br />
Interessante ver como esta matriz intervalar desdobra-se <strong>em</strong> duas<br />
imagens sonoras totalmente distintas, <strong>em</strong>bora aproximáveis:<br />
Ressonâncias, escalas lança<strong>da</strong>s ao vento e Instante 2, colar de<br />
grandes pérolas intercala<strong>da</strong>s por finas seqüências de pérolas<br />
menores.<br />
Fica assim que para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s contas grandes do colar segu<strong>em</strong>se<br />
seqüências que dificilmente deixamos de relacionar a gestos<br />
pianísticos <strong>da</strong> tradição ocidental como arpejos e escalas. Claro está<br />
que Willy Corrêa escolhe seqüências que faz<strong>em</strong> r<strong>em</strong>issão à<br />
Segun<strong>da</strong> Escola de Viena – terças maiores e quartas. Porém não é<br />
difícil encontrar gestos <strong>da</strong> música tonal, como aqueles <strong>em</strong> que um<br />
acorde maior ou menor, ou mesmo uma série de oitavas vêm<br />
ornamentados de pequenos cromatismos como acontece nas<br />
seqüências 8 e 12.<br />
Revista Opus 12 - 2006<br />
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