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seja repeti<strong>da</strong> três vezes consecutivas. E para ca<strong>da</strong> nota, excepto a<br />

décima quarta (o Lá b<strong>em</strong>ol) para a qual não corresponde nenhuma<br />

seqüência melódica, são compostas frases disparata<strong>da</strong>s, umas com<br />

os já citados el<strong>em</strong>entos recorrentes <strong>em</strong> zigue-zague, outras<br />

arpeja<strong>da</strong>s <strong>em</strong> terças ou quartas, movimentos escalares e duas delas<br />

estáticas, girando <strong>em</strong> torno de una nota central. Desenha-se assim<br />

um plano geral deste pequeno cristal detalha<strong>da</strong>mente lapi<strong>da</strong>do sobre<br />

as dezenove notas condutoras:<br />

Retomando estratégias<br />

Claro que n<strong>em</strong> tudo aqui t<strong>em</strong> sua equivalência na primeria obra<br />

que abordei, Ressonâncias. A direcionali<strong>da</strong>de textural <strong>da</strong> obra de<br />

Marisa Rezende não ocorre na obra de Willy Corrêa. Aliás não há<br />

esta preocupação de modulação sonoro-textural <strong>em</strong> Instante 2, e<br />

talvez tal idéia não apareça <strong>em</strong> nenhuma peça do compositor. O<br />

Instante 2 é quase minimalista, um só fluxo repetido integralmente<br />

por três vezes (a ca<strong>da</strong> vez com um uso diferente do pe<strong>da</strong>l). Uma<br />

grande melodia isócrona serpentante. E também é claro que não<br />

há aqui a mão do improvisador. Se houve improviso na gênese <strong>da</strong><br />

peça este está b<strong>em</strong> escondido por procedimentos de transformação<br />

intervalar de um artesanato mais próprio à mesa do que ao teclado.<br />

Mesmo os dedos, que parec<strong>em</strong> sobrepostos ao teclado na peça<br />

<strong>em</strong> Ressonância aqui não marca sua presença.<br />

Muito se fala de uma prática comum que marca a música que<br />

imperou do início ao final do tonalismo, desde as teorias do<br />

98<br />

Revista Opus 12 - 2006

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