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Interessante o uso que é feito do pe<strong>da</strong>l <strong>em</strong> concordância com os<br />

sons graves do piano, fazendo com esta passag<strong>em</strong> se ass<strong>em</strong>elhe<br />

a uma filtrag<strong>em</strong> espectral, <strong>em</strong> que a frase se torna mais e mais<br />

defini<strong>da</strong>. Poderíamos citar o uso deste procedimento usado diversas<br />

vezes ao longo do primeiro movimento <strong>da</strong> Sonata Appassionata,<br />

op.57 de Beethoven, ex<strong>em</strong>plos que poderiam ser encontrados <strong>em</strong><br />

outras sonatas do mesmo compositor.<br />

Como já tinha observado antes t<strong>em</strong>os <strong>em</strong> Ressonâncias três texturas<br />

e duas modulações ou transições. Sendo que tais transições tomam<br />

mais o menos espaço: a primeira mais rápi<strong>da</strong>, ampliação de<br />

intervalos que conduz<strong>em</strong> à textura dos arpejos, o que toma apenas<br />

duas linhas <strong>da</strong> partitura (linhas 1 e 2 <strong>da</strong> página 4 <strong>da</strong> partitura<br />

publica<strong>da</strong>); já a segun<strong>da</strong> transição é mais longa, tomando as cinco<br />

linhas <strong>da</strong> página 6, mas esta segun<strong>da</strong> transição é mais radical: sai<br />

dos arpejos, rarefaz o campo sonoro e introduz el<strong>em</strong>entos que<br />

permitam a sonori<strong>da</strong>de dos acordes, fazendo introduzir pouco a<br />

pouco a seqüência textural de acordes a partir de pequenos blocos<br />

isolados de duas notas 8 , até perfazer uma grande linha totalmente<br />

realiza<strong>da</strong> <strong>em</strong> blocos de duas ou mais notas simultâneas e figuração<br />

ritma<strong>da</strong> (alternando breve-longa). Ou seja, de arpejos cambaleantes,<br />

irregulares, mas isócronos (repetição <strong>da</strong> mesma figura, s<strong>em</strong>pre a<br />

s<strong>em</strong>icolcheia), o que se t<strong>em</strong> agora são acordes soltos numa figura<br />

ritma<strong>da</strong>, longa-breve, e que saltam irregularmente pela tessitura do<br />

piano.<br />

Ain<strong>da</strong> uma grande transição para os acordes jogados ao seu éco<br />

simulado pelo pe<strong>da</strong>l ou por repetições oitava<strong>da</strong>s ou não.<br />

Revista Opus 12 - 2006<br />

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