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a exclusão social em “o soldadinho de chumbo” - Grupo de Estudos ...

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ITINERÁRIO DE PESQUISA: EXPLICITANDO O INTERESSE PELO TEMA<br />

O meu interesse sobre o t<strong>em</strong>a surgiu como discente do Curso <strong>de</strong> Letras da<br />

Universida<strong>de</strong> do Estado da Bahia, Campus XXI – Ipiaú, com a construção do artigo exigido<br />

pela professora graduada <strong>em</strong> Letras e especialista <strong>em</strong> Literatura Infanto-Juvenil, Miriam<br />

Ramos, do componente curricular, O Estético e o Lúdico na Literatura Infanto-Juvenil. Com<br />

isso aflorou-me o interesse <strong>de</strong> trabalhar com el<strong>em</strong>entos da <strong>exclusão</strong> <strong>social</strong> no conto “O<br />

<strong>soldadinho</strong> <strong>de</strong> <strong>chumbo”</strong> <strong>de</strong> Hans Chistian An<strong>de</strong>rsen, <strong>em</strong> uma época <strong>em</strong> que o hom<strong>em</strong><br />

apresentando <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> física não se enquadra nos padrões consi<strong>de</strong>rados normais para a<br />

socieda<strong>de</strong>, é estigmatizado, não sendo consi<strong>de</strong>rado uma pessoa normal, sendo visto com<br />

menos valia e digno <strong>de</strong> pena.<br />

A partir da interação com o conto, pud<strong>em</strong>os probl<strong>em</strong>atizar os el<strong>em</strong>entos da pesquisa<br />

através da pergunta “O que motivou Hans Chistian An<strong>de</strong>rsen a usar um personag<strong>em</strong> que<br />

retrata a <strong>exclusão</strong> <strong>em</strong> seu conto O Soldadinho <strong>de</strong> Chumbo, partindo do pressuposto <strong>de</strong> que a<br />

<strong>de</strong>ficiência/diferença é uma produção <strong>social</strong> e como tal, obe<strong>de</strong>ce aos ditames, costumes e<br />

valores <strong>de</strong> cada época?”<br />

T<strong>em</strong>os observado que a diferença física, ou a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> maneira <strong>em</strong> geral.<br />

incomoda muitas pessoas, que por não conseguir conviver com as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

diferentes pessoas, passam a corroborar na criação <strong>de</strong> estigmas e preconceitos (CROCHIK,<br />

1997; AMARAL, 1998; VELHO, 2003; SILVA, 2006; FERREIRA, 2009), influenciando<br />

principalmente as crianças <strong>em</strong> seu convívio <strong>social</strong>.<br />

As crianças d<strong>em</strong>onstram curiosida<strong>de</strong> <strong>em</strong> saber porque <strong>de</strong>terminada pessoa não anda,<br />

ou não fala, não enxerga (...), por isso perguntam, buscam explicações. Contudo, somos nós<br />

adultos que conduzimos suas experiências e n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre damos as respostas mais<br />

condizentes. Essa dificulda<strong>de</strong> <strong>em</strong> conviver com as diferenças po<strong>de</strong> ser retratada através do uso<br />

corrente <strong>de</strong> apelidos: “crioulo doido”, “quatro olho”, “surdinho”, “mula manca”, entre outros.<br />

Tais expressões são discriminações que fer<strong>em</strong> o direito do cidadão <strong>de</strong> vivenciar sua própria<br />

vida <strong>em</strong> meio <strong>social</strong>.<br />

Esses argumentos correspond<strong>em</strong> à comparação entre uma <strong>de</strong>terminada pessoa ou<br />

grupo e o “tipo i<strong>de</strong>al” construído pelo grupo dominante. Para Lígia Amaral (1998, p.14),<br />

[...] todos sab<strong>em</strong>os (<strong>em</strong>bora n<strong>em</strong> todos o confess<strong>em</strong>os) que <strong>em</strong> nosso<br />

contexto <strong>social</strong> esse tipo i<strong>de</strong>al... correspon<strong>de</strong>, no mínimo, a um ser: jov<strong>em</strong>,<br />

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