Aline Moraes Oliveira
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Ainda, dentro da classificação preconizada por Rocha Lima (2003), transitivos<br />
relativos são aqueles que apresentam um complemento preposicional, chamado<br />
relativo. Transitivos circunstanciais requerem um complemento, preposicional ou<br />
não, chamado circunstancial. E os bitransitivos têm concomitantemente um objeto<br />
direto e um indireto, ou um objeto direto e um complemento relativo.<br />
Com relação aos tipos de complementos verbais, Rocha Lima (2003) os divide em<br />
quatro tipos diferentes:<br />
a) Objeto direto: “é o complemento que, na voz ativa, representa o paciente da ação<br />
verbal” (ROCHA LIMA, 2003: 243). Ex.: Ana comprou uma bolsa. O autor ainda<br />
acrescenta o objeto direto preposicional e diz que na linguagem moderna o emprego<br />
da preposição é obrigatório. Ex.: Ana louva a Deus. E também o objeto direto<br />
interno, dizendo que “verbos intransitivos podem trazer complemento representado<br />
por substantivo do mesmo radical, contanto que este venha acompanhado de<br />
adjunto” (ROCHA LIMA, 2003: 248). Ex.: Ana morreu morte gloriosa.<br />
b) Objeto indireto: “representa o ser animado a que se dirige ou destina a ação ou<br />
estado que o processo verbal expressa” (ROCHA LIMA, 2003: 248). Ex.: Ana acudiu<br />
a Mateus. O complemento da oração também é trabalhado neste tópico. O autor<br />
ilustra com “Dar esmola a um mendigo.I (Dar-lhe esmola)”, dentro outros exemplos.<br />
c) Complemento relativo: “é o complemento que, ligado ao verbo por uma<br />
preposição determinada (a, com, de, em, etc.), integra com o valor de objeto direto,<br />
a predicação de um verbo de significação relativa” (ROCHA LIMA, 2003: 251). Ex.:<br />
Ana precisa de conselhos.<br />
d) Complemento circunstancial: “é um complemento de natureza adverbial – tão<br />
indispensável à construção do verbo quanto, em outros casos, os demais<br />
complementos verbais” (ROCHA LIMA, 2003: 252). Ex.: Ana mora em Paquetá.<br />
Bechara (2004) apresenta uma tipologia semelhante à proposta por Rocha Lima<br />
(2003), porém une, sob a definição de complemento relativo, o que Rocha Lima<br />
(2003) divide em complemento circunstancial e complemento relativo. Luft (2002: 56-<br />
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