Aline Moraes Oliveira
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unidades que resultam de uma primeira articulação está articulada a outras<br />
unidades; e a Lingüística geral funcional, dividida em fonologia – o estudo<br />
da forma com que cada língua utiliza os recursos fônicos para assegurar a<br />
comunicação entre seus usuários, monemática – distingue os monemas<br />
lexicais e os monemas gramaticais; c) sintemática – estuda os sintemas (...)<br />
um segmento de enunciado que comporta vários monemas lexicais<br />
combinados entre si; d) sintaxe – estuda as relações de dependência dos<br />
monemas e as funções que eles assumem em um dado enunciado.<br />
(PAVEAU; SAFARTI, 2006: 136 -138).<br />
“Halliday tem destaque com a elaboração de uma Gramática Funcional” (MENDES,<br />
2007), pois a partir de sua abordagem sobre linguagem atrelada<br />
à função social estabeleceu o modelo sistêmico-funcional. Para ele, ainda de acordo<br />
com Mendes (2007), “a linguagem é uma parte do processo social e ao mesmo<br />
tempo metáfora de tal processo. (...) Ele propõe os seguintes tipos de função: a)<br />
ideacionais (ou cognitivas); b) interpessoais (ou modais); c) textuais”. Discorremos<br />
sobre essas funções no capítulo 3, no tópico 3.1 – o funcionalismo europeu.<br />
Acrescentamos que a gramática funcional proposta por Dik foi inspirada na teoria<br />
pragmática da Escola de Oxford e no Interacionismo Simbólico de G. H. Mead. Ele<br />
postula que uma gramática funcional deve dar conta da natureza da linguagem,<br />
portanto, deve trabalhar com: adequação pragmática, psicológica e tipológica. O<br />
lingüista funcionalista se interessa por investigar como falante e destinatário se<br />
comunicam satisfatoriamente mediante as expressões lingüísticas. Sua gramática<br />
funcional apresenta diferenças de outros modelos funcionalistas, isso porque visa à<br />
análise da estrutura da sentença, levando em consideração a representação<br />
semântica e a estrutura fonética superficial.<br />
Ressaltamos que existe uma subdivisão para o funcionalismo, sendo este<br />
classificado como conservador, que aponta a inadequação do formalismo ou do<br />
estruturalismo, sem propor uma análise de estrutura; moderado, que aponta essa<br />
inadequação e propõe uma análise funcionalista da estrutura; e extremado, que<br />
nega a realidade da estrutura e considera que as regras se baseiam internamente<br />
na função, não havendo restrições sintáticas.<br />
De acordo com a concepção de Van Valin (1990), lida na obra de Neves (1997: 56),<br />
os modelos de Dik e Halliday podem ser incluídos entre os trabalhos funcionalistas<br />
“moderados”, pois admitem que a noção de estrutura proposta pelos formalistas é<br />
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