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Aline Moraes Oliveira

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trabalho produzido sobre um grande número de línguas, num grande número de<br />

países.<br />

Mais tarde, o imbricamento do funcionalismo, da lingüística cognitiva, da lingüística<br />

textual, da sociolingüística, da lingüística sociointerativa “alarga o escopo dos<br />

estudos lingüísticos para além de fenômenos estruturais” e surge a gramática<br />

cognitivo-funcional, que “analisa a estrutura gramatical, assim como as gramáticas<br />

estrutural e gerativa, mas também analisa a situação de comunicação inteira: o<br />

propósito do evento de fala, seus participantes e seu contexto discursivo”.<br />

(MARTELOTTA, 2008: 63).<br />

Dentro dessa concepção, a situação comunicativa motiva a estrutura gramatical,<br />

portanto, a gramática não pode ser vista como independente do uso concreto da<br />

língua.<br />

1.2 As diferentes concepções de língua e linguagem<br />

Existem diversas acepções para os termos língua e linguagem. As abordagens ora<br />

são contrastivas, ora complementares, cada uma com sua validade e contribuição<br />

para os estudos lingüísticos. Fazendo-se uma opção por uma das maneiras de<br />

tratamento, faz-se, automaticamente, a adesão de determinadas práticas e<br />

metodologias.<br />

O enfoque estruturalista vê a língua como um sistema virtual, abstrato, apartado das<br />

influências das condições interacionais. A visão gerativista trabalha com a<br />

perspectiva de que a gramática das línguas é um processo mental e inato, fundado<br />

num conjunto de princípios universais. Essas duas correntes assumem uma<br />

concepção formalista da linguagem, ou seja, consideram a linguagem uma entidade<br />

capaz de encerrar e veicular sentidos por si mesma, de expressar o pensamento.<br />

Uma outra abordagem trata o fenômeno lingüístico como produto e processo da<br />

interação humana, da atividade sociocultural. “Nesse tipo de abordagem entendem-<br />

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