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Aline Moraes Oliveira

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da religião, ao estudo das línguas os lingüistas estenderam essa visão,<br />

estabelecendo sistematicamente a comparação entre elas. Destacam-se obras de<br />

Rask (1787 – 1832), filólogo dinamarquês, e Bopp (1791 – 1867), filólogo alemão,<br />

que estabeleceram princípios e métodos para o estudo comparado das línguas a<br />

partir da análise filológica de textos.<br />

Acrescenta-se a esses nomes, Humboldt (1767 – 1835), lingüista e político alemão<br />

que se interessou pela relação entre homem e linguagem – a língua é o órgão que<br />

forma o pensamento – e associou a essas reflexões o conceito de que a<br />

superioridade de uma língua estaria relacionada com a superioridade do povo que a<br />

falava.<br />

Posteriormente, o entendimento da língua como um organismo vivo que nasce,<br />

cresce e morre aproximou o seu estudo das hipóteses formuladas por Darwin sobre<br />

as origens das espécies e sua evolução por meio de uma seleção natural. No<br />

entanto, foi em conseqüência da descrição sistemática, comparada das unidades<br />

fonéticas e morfológicas das línguas em análise que houve o nascimento da<br />

lingüística como ciência. As línguas, inicialmente, eram estudas por si mesmas,<br />

como objeto e não como meio de conhecimento. Não se tratava de estudar aspectos<br />

históricos ou filosóficos através da língua.<br />

Durante a segunda metade do século XIX, duas importantes orientações<br />

manifestaram-se. A primeira resulta de um crescente interesse pela descrição de<br />

línguas vivas, faladas pelas populações contemporâneas. E a segunda está<br />

relacionada com o desenvolvimento da fonética. A geração seguinte, a geração dos<br />

neogramáticos, cujas perspectivas se desenvolveram entre o final do século XIX e a<br />

primeira metade do século XX, contestou aquelas visões e introduziu a hipótese da<br />

existência de leis fonéticas de caráter absoluto.<br />

Na primeira metade do século XX, surgiu na Europa a corrente que se baseava na<br />

importância que a forma vinha assumindo na perspectiva de que a linguagem era<br />

uma atividade que funcionava em sistema, o estruturalismo. Enquanto, na Europa,<br />

essa vertente das teorias psicológicas influenciou a Lingüística, nos Estados Unidos<br />

da América foi a teoria do comportamento, que relacionava estímulo e resposta, o<br />

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