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Aline Moraes Oliveira

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A transitividade verbal lato sensu é uma questão bastante controvertida em manuais<br />

de gramática da língua portuguesa. É um fenômeno rico e complexo, por isso<br />

continua sendo alvo de grandes reflexões ainda hoje. O estudo de verbos vem<br />

sendo desenvolvido ao longo de muitos anos por gramáticos e lingüistas, e mesmo<br />

assim percebemos que existem muitos problemas no que tange ao ensino de língua<br />

materna e a uma descrição ou análise mais criteriosa de verbos. Para tanto, tornou-<br />

se extremamente importante fazer uma revisão da literatura. Com essa revisão,<br />

busca-se fundamentar a pesquisa registrando a proposição de gramáticos, autores<br />

de livros didáticos e também de lingüistas.<br />

Dessa maneira, o verbo não deve ser estudado fora de uma ambiência de uso, sem<br />

levar em consideração as categorias semânticas por ele expressas: o tempo, o<br />

aspecto e o modo.<br />

O imbricamento de diferentes teorias – até chegarmos ao direcionamento<br />

funcionalista - se faz necessário para que se consigam alcançar os objetivos<br />

propostos neste estudo. Em conseqüência disso, acredita-se que a semântica, a<br />

pragmática e as teorias textuais sejam possíveis tendências para a melhoria dos<br />

estudos verbais, assim como, as teorias que vêem a linguagem como uma forma de<br />

interação do falante com o mundo. Discorremos sobre cada uma dessas tendências<br />

nos próximos parágrafos.<br />

Elucidamos que, neste trabalho, entende-se semântica como sendo os tempos,<br />

aspectos e os modos verbais bem como suas implicações no texto. A reflexão sobre<br />

o tratamento do tempo na língua faz-se necessária ao tratar a categoria lingüística<br />

de aspecto, por conta de uma tendência natural do falante a distribuir e organizar no<br />

tempo e no espaço os fatos e os objetos de que fala, tomando como ponto de<br />

partida ao momento e o local em que o falante encontra-se a noção de dêixis.<br />

Para Rocha 1 (2006), “o fenômeno da dêixis (etimologicamente associado ao gesto<br />

de apontar) tem sido tradicionalmente descrito como o uso de certas expressões<br />

1 Disponível em http://www.unincor.br/recorte/artigos/edicao5/5_artigo_luizfernando.htm. Acesso em:<br />

11 de novembro de 2007.<br />

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