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realismo mágico e ficção cyberpunk no romance de ... - RedALyC

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(que, a todo ésto, <strong>no</strong> es real si<strong>no</strong> virtual). Nuestro país<br />

McOndo es más gran<strong>de</strong>, sobrepoblado y lle<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

contaminación, con autopistas, metro, tv-cable y barriadas.<br />

En McOndo hay McDonald´s, computadores Mac y<br />

condominios, amén <strong>de</strong> hoteles cinco estrellas construidos<br />

con dinero lavado y malls gigantescos.<br />

O que os integrantes da geração propõem é “<strong>de</strong>sconstruir” (Fuguet,<br />

2005, p. 103) a América Latina imaginada pelos escritores do <strong>realismo</strong><br />

<strong>mágico</strong> – para enfatizarmos um termo citado por Fuguet numa releitura<br />

recente da geração. Portanto, <strong>no</strong> lugar das figuras folclóricas do <strong>realismo</strong><br />

<strong>mágico</strong>, surgem os ícones da cultura globalizada, reflexos do neoliberalismo<br />

que atingiu a América Latina a partir da década <strong>de</strong> 1990. Ainda em sua<br />

releitura, apresentada ironicamente como “apontamentos sobre McOndo e<br />

neoliberalismo <strong>mágico</strong>”, Fuguet acrescenta o seguinte:<br />

Mas McOndo (isto é, uma América Latina global, misturada,<br />

diversa, urbana, do século 21) já estava explodindo na TV, na<br />

música, na arte, na moda, <strong>no</strong> cinema e <strong>no</strong> jornalismo. Nossa tese,<br />

ou, para ser exato, <strong>no</strong>sso argumento era bem simples: a América<br />

Latina conturbada, <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada, é bastante literária, sim, quase<br />

uma obra <strong>de</strong> <strong>ficção</strong>, mas não é um conto folclórico. É um espaço<br />

volátil on<strong>de</strong> o século 19 se mistura ao século 21. Mais do que<br />

<strong>mágico</strong>, sugerimos, esse lugar é peculiar. O <strong>realismo</strong> <strong>mágico</strong><br />

reduz uma situação complexa <strong>de</strong>mais à mera curiosida<strong>de</strong>. A<br />

América Latina não é curiosa (Fuguet, 2005, p. 106-107).<br />

Contrária ao exotismo imposto à literatura lati<strong>no</strong>-americana, a geração<br />

McOndo busca uma literatura integrada ao mundo, mas ainda assim diferente.<br />

Na verda<strong>de</strong>, <strong>no</strong> contexto da geração, mesmo a expressão “literatura lati<strong>no</strong>americana”<br />

apresenta problemas termi<strong>no</strong>lógicos, pois<br />

[p]ara esses escritores, afastar-se da literatura do boom<br />

significa não só abolir o <strong>realismo</strong> <strong>mágico</strong>, já transformado<br />

num lugar-comum do exotismo lati<strong>no</strong>-america<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

exportação, mas também dar priorida<strong>de</strong> à pergunta sobre a<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pessoal em <strong>de</strong>trimento da tradicional discussão<br />

sobre a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> lati<strong>no</strong>-americana (embora evi<strong>de</strong>ntemente<br />

uma re<strong>de</strong>finição da América Latina esteja em jogo quando<br />

se reivindica que é preciso ir além do “indígena, folclórico,<br />

esquerdista” para entendê-la) (Vidal, 2005, p. 173).

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