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realismo mágico e ficção cyberpunk no romance de ... - RedALyC

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etor<strong>no</strong> do sujeito, do particular e do referente. E mesmo esse retor<strong>no</strong> revela<br />

laços <strong>de</strong> parentesco com o <strong>realismo</strong> <strong>mágico</strong>, pois algo (um simulacro?) da<br />

Revolução Cubana ressurge <strong>no</strong> horizonte <strong>de</strong> Río Fugitivo.<br />

Conclusão<br />

Ao longo <strong>de</strong>sse artigo analisamos o <strong>romance</strong> <strong>de</strong> Paz Soldán, a partir das suas<br />

relações com a <strong>ficção</strong> <strong>cyberpunk</strong> e com o <strong>realismo</strong> <strong>mágico</strong>. A primeira<br />

aparece, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, nas epígrafes da obra, em que um escritor do gênero é<br />

citado: na verda<strong>de</strong>, duas obras <strong>de</strong> Stephenson, S<strong>no</strong>w Crash e Crypto<strong>no</strong>micon,<br />

surgem como referências intertextuais em El <strong>de</strong>lirio. Mas como integrante da<br />

geração McOndo – uma paródia dos tempos <strong>de</strong> globalização a Macondo <strong>de</strong><br />

García Márquez –, Paz Soldán também dialoga com seus antece<strong>de</strong>ntes lati<strong>no</strong>america<strong>no</strong>s,<br />

propondo críticas e releituras das obras do <strong>realismo</strong> <strong>mágico</strong>.<br />

Nesse embate entre o próprio e o alheio (Carvalhal, 2003) é difícil saber quem<br />

é quem, <strong>de</strong>vido ao posicionamento ambíguo do autor diante das referências<br />

literárias lati<strong>no</strong> e <strong>no</strong>rte-americanas: enquanto o alheio da <strong>ficção</strong> <strong>cyberpunk</strong><br />

torna-se próprio <strong>no</strong> mundo globalizado, o próprio do <strong>realismo</strong> <strong>mágico</strong> tornase<br />

alheio, artigo <strong>de</strong> exportação.<br />

Toda essa discussão acaba por <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar outro embate, entre o<br />

estruturalismo e o marxismo. Se <strong>no</strong> embate anterior não reconhecemos o que<br />

é e o que não é <strong>no</strong>sso, aqui uma tradição marxista lati<strong>no</strong>-americana parece<br />

respon<strong>de</strong>r a uma invasão estruturalista neoliberal.<br />

Referências bibliográficas<br />

An<strong>de</strong>rson, P. (1984) A crise da crise do marxismo: introdução a um <strong>de</strong>bate<br />

contemporâneo. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Brasiliense.<br />

Apter, M. J. (1973) Cibernética e psicologia. Trad. Francisco M. Guimarães.<br />

Petrópolis: Vozes.<br />

Asimov, I. (1984) No mundo da <strong>ficção</strong> científica. Trad. Thomaz Newlands<br />

Neto. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Francisco Alves.<br />

Ballard, J. G. (2007) Crash. Trad. José Geraldo Couto. São Paulo: Companhia<br />

das Letras.<br />

Barthes, R. (1988) O rumor da língua. Trad. Mario Laranjeira. São Paulo:<br />

Brasiliense.<br />

Baudrillard, J. (2006) Simulacros e simulação. Trad. Maria João da Costa<br />

Pereira. Lisboa: Relógio d’Água, 1991.Bey, H. Taz: zona autô<strong>no</strong>ma<br />

temporária. Trad. Felipe Silveira. Porto Alegre: Deriva.

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