13.04.2013 Views

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

sentendimento entre os <strong>do</strong>is. O rapaz se acomo<strong>do</strong>u junto de mais alguns homens,<br />

e Fausta aproveitou para dizer:<br />

- Eu ficaria atenta, se fosse o senhor. Ele está com seus homens aqui e outros<br />

devem estar lá fora. De certo planeja alguma coisa...<br />

Dessa fez foi Marco quem pediu que ela parasse:<br />

- Agora chega, senhora, deixe que o impera<strong>do</strong>r aproveite a noite especial<br />

em sua homenagem.<br />

Interrompida sem esperar, ela se calou, evidentemente contrariada. Ver<br />

Crispus adentrar o salão a confundiu e incomo<strong>do</strong>u. Não sabia o que fazer.<br />

Era tarde quan<strong>do</strong> o impera<strong>do</strong>r despediu-se de seus convida<strong><strong>do</strong>s</strong> e se retirou.<br />

Antes, porém, pediu a Marco:<br />

- Quero falar com Crispus. Avise-o que me encontre imediatamente para<br />

uma palestra a sós.<br />

Marco argumentou:<br />

- É tarde, senhor; to<strong><strong>do</strong>s</strong> estão muito cansa<strong><strong>do</strong>s</strong>. Não seria melhor promovermos<br />

esse encontro amanhã?<br />

- Não. Agora.<br />

A voz de Constantino não permitia nenhuma contra-argumentação e Marco<br />

obedeceu. Localizou Crispus e logo os <strong>do</strong>is estavam frente a frente. O rapaz<br />

disse, em tom sincero:<br />

- Vim para homenageá-lo, meu pai. Apesar de nossas diferenças, e antes de<br />

tu<strong>do</strong>, você é meu impera<strong>do</strong>r.<br />

- Não seja cínico, rapaz. Sei que me deseja ver pelas costas.<br />

- Do que está falan<strong>do</strong>?<br />

- De seu desejo de ocupar meu lugar.<br />

- Quero ser seu sucessor, e isso nunca escondi, mas quan<strong>do</strong> chegar a hora.<br />

- Que deseja ver abreviada o mais possível, não é mesmo?<br />

- O que está insinuan<strong>do</strong>, meu pai?<br />

- Que quer ver-me morto. Confesse!<br />

- Isso é uma calúnia das mais absurdas! Quem foi que lhe... Completamente<br />

<strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por Licínio, Constantino agarrou o filho pelo pescoço e insistia:<br />

- Confesse, confesse seu desejo de matar-me! Assusta<strong>do</strong>, o rapaz pedia:<br />

- Pare, pai, por favor! O que está fazen<strong>do</strong>?<br />

E Constantino, sem medir a força que colocava nos braços, continuava:<br />

- Vamos, confesse seu desejo descontrola<strong>do</strong> de usurpar-me o poder. Eu sei<br />

de tu<strong>do</strong>, Fausta abriu-me os olhos.<br />

-Pai... Por favor...<br />

A voz de Crispus já quase não lhe saía da garganta.<br />

80

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!