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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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- Quero enfrentar Licínio pessoalmente. Tenho de ter certeza que ele não<br />

vai escapar desta vez.<br />

Desistin<strong>do</strong> de argumentar, Marco conformou-se:<br />

- Cuidarei de tu<strong>do</strong>.<br />

- Muito bem, seja cuida<strong><strong>do</strong>s</strong>o com as mulheres e as crianças. Não quero<br />

mortes desnecessárias. E cuide de minha irmã...<br />

- Sim, meu senhor, cuidarei de tu<strong>do</strong>.<br />

- Muito bem, vamos. Não quero dar nenhuma vantagem a Licínio.<br />

OITO<br />

NÃO TARDOU E DEZENAS de pequenas embarcações atracaram. O desembarque<br />

foi rápi<strong>do</strong> e ágil. Assim que a maioria de seus homens alcançou<br />

terra firme, Constantino subiu depressa em seu cavalo e tomou a dianteira <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

solda<strong><strong>do</strong>s</strong>. An<strong>do</strong>u um pouco e logo avistou o exército de Licínio. Intensa batalha<br />

se seguiu. Embora quase 25 mil homens tenham si<strong>do</strong> dizima<strong><strong>do</strong>s</strong> naquela<br />

tarde, Constantino não se sentia satisfeito. Caminhou, sem sucesso, entre os<br />

corpos estendi<strong><strong>do</strong>s</strong> à procura <strong>do</strong> rival. Depois se aproximou <strong><strong>do</strong>s</strong> homens derrota<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

e perguntou irrita<strong>do</strong>:<br />

- Onde está seu venci<strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r? Por que não o encontro em parte alguma?<br />

Fugiu novamente, aquele covarde?<br />

Os solda<strong><strong>do</strong>s</strong> de Licínio mantinham-se de cabeça baixa, temerosos. Constantino<br />

insistia, erguen<strong>do</strong> mais e mais a voz:<br />

- To<strong><strong>do</strong>s</strong> ficarão a noite inteira sem água ou comida, e amanhã também, e<br />

assim sucessivamente, até que me digam onde está o covarde!<br />

Um <strong><strong>do</strong>s</strong> solda<strong><strong>do</strong>s</strong> ergueu levemente o rosto e, sem olhar diretamente para<br />

Constantino, balbuciou quase num murmúrio:<br />

- Ele fugiu para a Nicomédia.<br />

Constantino virou-se e olhou para a direção de onde vinha a voz, quase em<br />

enxergar o homem. Aproximou-se, agachou-se e, seguran<strong>do</strong>-lhe o queixo, ordenou:<br />

- Fale sem me<strong>do</strong>, homem! Não lhe farei mal. Não um mal maior <strong>do</strong> que o<br />

seu general lhes fez! Não tenha piedade de alguém que não se preocupa com<br />

seus próprios solda<strong><strong>do</strong>s</strong>!<br />

Ainda temeroso, o homem prosseguiu:<br />

- Ele fugiu assim que viu seus barcos se aproximarem; antes mesmo que<br />

seu exército tocasse o solo, fugiu para a Nicomédia.<br />

Erguen<strong>do</strong>-se satisfeito, Constantino ordenou:<br />

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