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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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- Sobre a depressão. Havia tempo que eu desejava escrever mais sobre esse<br />

assunto, você sabe.<br />

- Sim, eu sei.<br />

- Pois preparei um manuscrito com as idéias principais e o encaminhei ao<br />

meu editor. Ele gostou e me pediu que desenvolvesse o texto. Está quase pronto.<br />

- Sei que sua intenção é ajudar outras pessoas que passam pela mesma situação.<br />

Ainda assim, não acha que está se precipitan<strong>do</strong>, queri<strong>do</strong>?<br />

- Por quê?<br />

- Você recebeu uma orientação bem clara no senti<strong>do</strong> de que precisava preparar-se<br />

e depois escreveria.<br />

- Olhe, Isabela, eu sabia que me diria isso. Disseram-me isso há muito<br />

tempo e até agora nada aconteceu. Enviei o manuscrito, sem ter grande expectativa,<br />

e eles logo se interessaram pelo meu livro. Acho que isso é um bom<br />

sinal, mostra que devo editá-lo, que estou no caminho certo. <strong>Além</strong> <strong>do</strong> mais,<br />

Isa, não vejo mal algum no que estou fazen<strong>do</strong>. Como você mesma disse, esse<br />

livro tem o objetivo de ajudar as pessoas, nada mais que isso.<br />

Isabela refletiu por instantes e, intuída por Thomas, que acompanhava a<br />

conversa, reiterou:<br />

- Queri<strong>do</strong>, deveria esperar um pouco. Você tem uma tarefa a cumprir e<br />

precisa primeiro preparar-se, para que possa exercê-la com sucesso.<br />

- Isso é bobagem, Isa. Vou publicar o livro. Aliás, já mandei metade <strong>do</strong><br />

texto para a editora; estão até trabalhan<strong>do</strong> na capa.<br />

Isabela ficou preocupada. Séria, pediu outra vez:<br />

- Peter, espere um pouco mais... Ele se levantou e foi peremptório:<br />

- Vou publicar o livro. Não há nada de mal nisso. Já estou decidi<strong>do</strong>.<br />

- Acho que está cometen<strong>do</strong> um equívoco.<br />

Quan<strong>do</strong> o mari<strong>do</strong> ia responder, Juliana chorou alto no quarto e Isabela subiu<br />

para atender a filha. Acercou-se <strong>do</strong> berço e pegou a menina no colo, tentan<strong>do</strong><br />

acalmá-la. Juliana não parava de chorar, parecia assustada.<br />

- O que foi, filha? Calma, está tu<strong>do</strong> bem.<br />

Não adiantou, a menina continuou choran<strong>do</strong>. Só quan<strong>do</strong> Isabela a aconchegou<br />

ao peito, cantan<strong>do</strong> baixinho canções de ninar, foi que a pequena se<br />

acalmou e, por fim, voltou a a<strong>do</strong>rmecer. No momento em que reacomodava a<br />

filha no berço, Dorothy apareceu na porta.<br />

- Quer ajuda?<br />

- Acho que teve um pesadelo. Obrigada, volte para a cama; ela já sossegou.<br />

Isabela foi para seu quarto e encontrou o mari<strong>do</strong> já <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong> a sono solto.<br />

Olhou-o com ternura e falou baixinho:<br />

- Peter, Peter, por que tanta pressa?<br />

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