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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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- A senhora está disposta a levá-las para sua casa?<br />

- Poderiam passar algumas noites lá. Tenho bastante espaço... A moça sentou-se<br />

ao la<strong>do</strong> de Eliana e disse:<br />

- Aprecio sua dedicação, porém não me parece a melhor solução. Vou providenciar-lhes<br />

um abrigo para a noite. Durante o dia, se a senhora tiver como<br />

mandar buscá-las, poderão ficar na creche, mais perto da mãe.<br />

- Está certo. Você é quem sabe.<br />

- Creia-me, será melhor assim.<br />

Eliana não insistiu. A assistente social levou as crianças, garantin<strong>do</strong> que as<br />

traria novamente no dia seguinte. Ao final <strong>do</strong> dia de trabalho, depois que todas<br />

as crianças deixaram a creche, ela foi, em companhia de Helena, até a casa de<br />

Iracema. Bateram na porta, sem obter resposta. Helena fitou a amiga e perguntou:<br />

- Tem certeza de que quer fazer isso?<br />

- Quero ajudá-la.<br />

Eliana bateu e chamou, sem sucesso. Abriu a porta, que estava destrancada,<br />

e entrou; encontrou Iracema deitada na cama, ainda <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong>. Após tomar-lhe<br />

a pulsação, foi até o fogão. Havia trazi<strong>do</strong> legumes frescos e preparou<br />

um sopa suculenta e substanciosa para quan<strong>do</strong> a jovem despertasse. Queria<br />

contar-lhe sobre a crianças pessoalmente. Quan<strong>do</strong> a sopa estava quase pronta,<br />

Iracema apareceu na cozinha, cambaleante. Deparou com as duas estranhas em<br />

casa e, olhan<strong>do</strong>-as com desprezo, indagou aos berros:<br />

- O que estão fazen<strong>do</strong> aqui? Calma, Eliana procurou explicar:<br />

- Sente-se. Preparamos uma sopa para você, venha. Precisa se alimentar.<br />

- Quem pensa que é? Minha mãe? Não quero nada seu... Não quis fazer<br />

nada quan<strong>do</strong> eu pedi... Aí ficou prejudicada, não foi?<br />

Caiu em copioso pranto, para logo em seguida dar sonoras gargalhadas.<br />

Helena e Eliana se entreolharam e esta falou:<br />

- Bem, já vamos in<strong>do</strong>. Se precisar de alguma coisa, Iracema, sabe onde me<br />

encontrar. Quero ajudá-la.<br />

As duas saíram, e logo Iracema assomou à porta, gritan<strong>do</strong>:<br />

- Não preciso de vocês! Sei que não valem nada... São umas interesseiras.<br />

O Mateus me contou tu<strong>do</strong>. Vocês só querem usar as pessoas pobres daqui para<br />

tirar dinheiro <strong>do</strong> governo... Não quero nada com vocês...<br />

Ao entrarem no carro, Helena falou, enquanto atava o cinto de segurança:<br />

- Então Mateus an<strong>do</strong>u espalhan<strong>do</strong> calúnias a nosso respeito.<br />

- Tem o telefone dele? - Eliana falou num suspiro.<br />

- Tenho, está aqui na minha agenda.<br />

- Depois de levá-la em casa, vou ver Mateus.<br />

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