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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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Logo estaria terminan<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> de residência e poderia integrar-se a outras<br />

frentes de trabalho na saúde, junto das crianças.<br />

Outros tantos meses se passaram e a creche estava prestes a ser inaugurada.<br />

A alegria e a expectativa tomava conta <strong><strong>do</strong>s</strong> trabalha<strong>do</strong>res empenha<strong><strong>do</strong>s</strong> em colocar<br />

aquela bela tarefa em pleno funcionamento. Eliana tinha muitos planos<br />

para as crianças que ali seriam acolhidas. A instituição e a creche se localizavam<br />

na periferia de São Paulo, em região muito carente de recursos. Na maioria<br />

as crianças ficavam pelas ruas ou trancadas em casa, enquanto os pais buscavam<br />

o sustento em condições igualmente precárias. A creche era aguardada<br />

com ansiedade pela comunidade <strong>do</strong> bairro.<br />

Naquela tarde de sába<strong>do</strong>, os dirigentes da instituição realizavam importante<br />

reunião com o objetivo de definir os últimos detalhes para a abertura da creche.<br />

Em contraste com o entusiasmo geral, Mateus como sempre acontecia,<br />

opunha-se veladamente aos propósitos enobrece<strong>do</strong>res da instituição. Helena<br />

captou a contrariedade e até certa animosidade <strong>do</strong> companheiro de tarefas;<br />

fitou Eliana e, notan<strong>do</strong> que a dirigente também percebera a situação e se calara,<br />

a<strong>do</strong>tou idêntica conduta. Ao final da reunião, quan<strong>do</strong> to<strong><strong>do</strong>s</strong> já haviam saí<strong>do</strong>,<br />

interpelou-a:<br />

- Você notou a contrariedade gratuita em Mateus?<br />

- Sim, Helena, mas devemos ter paciência com ele. Mateus necessita muito<br />

<strong>do</strong> trabalho e das possibilidades que tem aqui conosco.<br />

- Alguma razão específica?<br />

- Tenho conversa<strong>do</strong> constantemente com meu orienta<strong>do</strong>r espiritual a respeito<br />

dele. Sempre traz problemas e insinuações descabidas são jogadas com<br />

sutileza durante nossas reuniões e, no mais das vezes, depois delas. Ainda assim,<br />

a recomendação é para que eu seja paciente e firme com ele. Por isso, não<br />

<strong>do</strong>u grandes oportunidades para que expanda sua atuação na casa. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, é minha obrigação mantê-lo conosco. Ele precisa da luz que o conhecimento<br />

espírita pode proporcionar-lhe.<br />

Diante <strong>do</strong> sorriso de Helena, ela indagou:<br />

- O que foi?<br />

- Você sempre fala dele com carinho, como se fosse um filho... É interessante.<br />

- Dá para notar?<br />

- Sim, sempre.<br />

- De fato, sinto por ele um carinho maternal, que não sei de onde provém.<br />

- Provavelmente <strong>do</strong> nosso passa<strong>do</strong>...<br />

Houve entre elas longo silêncio, até que Eliana disse, séria:<br />

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