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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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Isabela conduziu Peter até a porta. Com ternura no olhar, ele afagou seu<br />

rosto, seus cabelos, seus lábios, e então beijou-a com ar<strong>do</strong>r. Ela se deixou envolver<br />

pelo seu carinho e entregou-se ao longo e apaixona<strong>do</strong> beijo que trocaram.<br />

Quan<strong>do</strong> Peter saiu, Isabela fechou a porta e encostou-se nela sentin<strong>do</strong><br />

como se vivesse um sonho. Aquele homem, quase mendigo, que a abordara<br />

acabava de sair de sua casa, irreconhecível, lin<strong>do</strong> e elegante. Que transformação<br />

inacreditável!<br />

A jovem se deitou e <strong>do</strong>rmiu algumas horas. De manhã fez algumas ligações,<br />

procuran<strong>do</strong> por amigos que a substituíssem em <strong>do</strong>is dias de suas obrigações<br />

no hospital. Conseguiu, afinal, acertar a troca com <strong>do</strong>is amigos diferentes.<br />

Ficou satisfeita. Teria <strong>do</strong>is dias inteiros para estar com Peter. Logo se lembrou<br />

de suas atividades na casa espírita e desejou que ele fosse junto.<br />

À noite, os <strong>do</strong>is assistiram a uma palestra senta<strong><strong>do</strong>s</strong> la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong>. Assim que<br />

Helena avistou a amiga, soube quem a acompanhava. Isabela estava radiante.<br />

Depois, os <strong>do</strong>is saíram para jantar e falaram sobre muitos assuntos. Quanto<br />

mais ficava perto de Peter, mais Isabela se convencia de que ele era o homem<br />

com quem queria passar o resto de sua vida. De igual mo<strong>do</strong>, era irresistível a<br />

atração que Peter sentia por ela. Chega<strong>do</strong> o dia da partida dele para os Esta<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

Uni<strong><strong>do</strong>s</strong>, prometeram um ao outro que não tardariam a achar um jeito de se<br />

reverem. Ao observá-lo cruzan<strong>do</strong> o portão de embarque e a alfândega, envolvida<br />

em profunda emoção, Isabela não teve dúvida: estava apaixonada.<br />

Naquela noite foi para casa dirigin<strong>do</strong> bem devagar, a relembrar com entusiasmo<br />

cada momento que vivera ao la<strong>do</strong> de Peter. Tinha vontade de sorrir e<br />

de chorar, alternadamente. A esperança lhe envolvia o coração. Parecia que<br />

seus mais profun<strong><strong>do</strong>s</strong> sonhos se tornariam realidade. Ansiara tanto por encontrar<br />

um amor verdadeiro para compartilhar a vida, construir um lar e ter filhos...<br />

Gostaria de ter muitos, embora soubesse que seria difícil satisfazer plenamente<br />

tal aspiração. Se lhe fosse possível teria cinco, seis filhos... Sua casa<br />

estaria sempre repleta de crianças corren<strong>do</strong> de um la<strong>do</strong> para outro.<br />

Fora o carinho pelas crianças que a fizera optar pela especialização em pediatria.<br />

Já a medicina a atraía desde que começara a estudar. Sempre dizia que<br />

desejava cuidar <strong><strong>do</strong>s</strong> outros. Ao crescer escolhera a medicina. Ela pouco namorara,<br />

pois, de algum mo<strong>do</strong>, sabia haver alguém à sua espera, em algum lugar.<br />

Quan<strong>do</strong> encostou o carro na garagem e desligou o motor, sentiu como se<br />

caísse de grande altura ou despertasse de um sonho bom. Seu coração ficou<br />

angustia<strong>do</strong> ao lembrar-se <strong>do</strong> pai e de seu problema de saúde agrava<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong><br />

entrou em casa, silenciosamente, a mãe a aguardava acordada. Assim que a viu<br />

reclamou, choran<strong>do</strong>:<br />

- Não se importa com ninguém além de você, não é?<br />

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