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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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- Então até a próxima.<br />

À medida que a jovem se afastava, Helena sentiu o coração bater mais forte<br />

e não teve dúvida de que aquela jovem fazia parte de sua vida. Certamente a<br />

conhecia de outras encarnações, pois sentiu imenso carinho e afinidade por ela.<br />

No dia seguinte, Márcio iniciou o tratamento de quimioterapia. Isabela<br />

passou a freqüentar a casa espírita regularmente. Lá, além de receber energias<br />

renova<strong>do</strong>ras, buscava respostas para o difícil momento pelo qual passava. A<br />

<strong>do</strong>ença <strong>do</strong> pai era sua principal preocupação, mas buscava respostas para muitas<br />

outras questões importantes em sua vida.<br />

Logo depois que o tratamento começou, escreveu para Peter contan<strong>do</strong> suas<br />

recentes experiências. Quan<strong>do</strong> comentou com a mãe que estava envian<strong>do</strong> uma<br />

carta para ele, Ana Lídia não apoiou a atitude:<br />

- Ora, Isabela, o que você tem a ver com esse homem, praticamente um<br />

mendigo, cheio de dificuldades? Minha filha, acho que os nossos problemas a<br />

estão deixan<strong>do</strong> confusa. Por favor, pense bem. Você mal conhece esse rapaz,<br />

ele é um estranho. Não faça isso. Escute sua mãe; jogue essa carta no lixo e<br />

esqueça tu<strong>do</strong>. Já chega essa história de freqüentar aquele lugar. Você sabe que<br />

eu e seu pai sempre a incentivamos a fazer suas próprias escolhas, o que não<br />

significa que a apoiemos em tu<strong>do</strong>. Considero seu súbito interesse pelo Espiritismo<br />

uma circunstância eventual, ligada à situação de seu pai. Enten<strong>do</strong> que<br />

deseje encontrar uma solução e sei que está fazen<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> o que pode. Quanto a<br />

escrever para esse estranho... Isso é inadequa<strong>do</strong>, filha.<br />

Isabela sorveu a xícara de café e, colocan<strong>do</strong> a carta dentro da agenda, beijou<br />

a mãe e disse:<br />

- Preciso ir. Venho buscar o pai e almoço com vocês. Acho melhor ele comer<br />

alimentos leves, pois da última vez a reação foi rápida e intensa.<br />

Com o semblante profundamente entristeci<strong>do</strong>, Ana Lídia respondeu:<br />

- Ele não tem passa<strong>do</strong> nada bem, está mesmo pioran<strong>do</strong>. Será que esse tratamento<br />

faz mal a ele, ao invés de ajudá-lo?<br />

- Ele está no começo, precisa persistir um pouco mais. Por outro la<strong>do</strong>, mãe,<br />

seria muito importante que ele viesse comigo ao centro espírita.<br />

Totalmente contrária àquela sugestão, Ana Lídia refutou imediatamente:<br />

- Nem adianta falar nisso de novo. Ele não quer, não acredita e não vai.<br />

- Está bem, agora preciso ir.<br />

Isabela seguiu para suas funções como residente de pediatria <strong>do</strong> Hospital<br />

das Clínicas em São Paulo. Dedicada, esquecia de si mesma ao atender as crianças.<br />

Antes de sair para buscar o pai, olhou a agenda sobre a mesa e viu a<br />

ponta <strong>do</strong> envelope. Puxou a carta e lembrou-se <strong>do</strong> que a mãe lhe dissera. Recolocou<br />

o envelope na agenda e pensou que ela podia ter razão. Embora sonhasse<br />

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