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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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Depois de observar demoradamente cada um deles, o experiente professor colocou-os<br />

sobre a mesa.<br />

- É, Isabela, a situação é delicada e as orientações são corretas. Ele deve iniciar<br />

o tratamento o mais depressa possível.<br />

- Não consigo aceitar, <strong>do</strong>utor Ferraz.<br />

- Sei que é <strong>do</strong>loroso...<br />

- <strong>Além</strong> da quimioterapia, deve haver alternativas, algo que possa aliar a esse<br />

tratamento e que o ajude a superar a situação.<br />

- Talvez a psicoterapia ajude.<br />

Ela pensou um pouco antes de responder:<br />

- Sem dúvida, porém deve haver algo mais... Tem de haver... O médico nada<br />

disse e ela, olhan<strong>do</strong>-o fixamente nos olhos afirmou, tentan<strong>do</strong> justificar-se:<br />

- Não posso ficar de braços cruza<strong><strong>do</strong>s</strong>; preciso fazer algo para ajudar...<br />

E sem conseguir controlar a angústia, começou a chorar. Hélio Ferraz manteve-se<br />

cala<strong>do</strong> até que ela se acalmasse; então disse, compreensivo:<br />

- Sei que é muito difícil, mas precisa aceitar a situação. Limpan<strong>do</strong> as lágrimas<br />

que insistiam em descer-lhe pela face, ela<br />

comentou:<br />

- Preciso acreditar em algo além da medicina, <strong>do</strong>utor Ferraz, eu preciso. Os<br />

recursos de que dispomos são pobres diante das moléstias que enfrentamos.<br />

Não posso simplesmente observar uma <strong>do</strong>ença devorar meu pai... Preciso entender,<br />

fazer alguma coisa...<br />

Em seguida ergueu-se, e desculpou-se.<br />

- Preciso ir agora. Obrigada por seu tempo e sua atenção, e per<strong>do</strong>e-me pelo<br />

descontrole. Amanhã retomo o trabalho no hospital.<br />

- Fique tranqüila, eu compreen<strong>do</strong>.<br />

Despediu-se e saiu. Ao chegar ao piso térreo, olhou para o estacionamento<br />

onde deixara o carro, mas resolveu caminhar um pouco. An<strong>do</strong>u sem rumo,<br />

pensan<strong>do</strong> no que deveria fazer. Seu celular tocou. Era a mãe, preocupada com<br />

sua ausência. Isabela conversou rapidamente e pediu que não a esperassem<br />

para jantar. Queria ficar um pouco sozinha. Quan<strong>do</strong> desligou o aparelho, olhou<br />

para o outro la<strong>do</strong> da rua e viu pequena construção com uma placa na porta:<br />

Centro Espírita Bezerra de Menezes. Havia muitas pessoas entran<strong>do</strong> e ela aproximou-se,<br />

hesitante. Observou o lugar, depois se deteve nas pessoas que<br />

entravam; quan<strong>do</strong> deu por si, estava dentro da instituição, diante de uma senhora<br />

simpática, que lhe perguntou:<br />

- E a primeira vez que nos visita?<br />

- Sim... É a primeira vez.<br />

- Seja bem-vinda. Já conhece alguma coisa sobre a Doutrina Espírita?<br />

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