13.04.2013 Views

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Todas as pessoas pareciam indiferentes, alheias ou assustadas. Ela estranhava<br />

o que via, porém estava perturbada demais para entender sua nova situação.<br />

Observava, então, o rio. A água, que fluía abundante, de súbito tornara-se gelo.<br />

As árvores, secas, perdiam todas as folhas, para logo após receberem novas<br />

ramagens. Da mesma maneira, o rio logo se transformava em forte correnteza.<br />

Completamente ator<strong>do</strong>ada, Verônica chorava. Quan<strong>do</strong> percebia a aproximação<br />

das entidades que a perseguiam, corria esbaforida sem destino, para se ver outra<br />

vez na ponte sobre o rio. Depois de infinitas repetições de tais cenas, ela<br />

pensou:<br />

- Devo estar louca.<br />

E subin<strong>do</strong> no peitoril <strong>do</strong> protetor da ponte, resolveu tirar a própria vida.<br />

Olhou em torno: o belo Castelo de Praga erguia-se majestoso e imponente; os<br />

telha<strong><strong>do</strong>s</strong> das casas eram tão belos que pareciam brinque<strong>do</strong> de criança. Contemplou<br />

o céu e disse em voz alta:<br />

- Não suporto mais. Só me resta morrer!<br />

Atirou-se no rio, sen<strong>do</strong> envolvida pela água fria; não demorou muito, o rio<br />

congelou de novo e ela se sentiu aprisionada nas águas. Debateu-se até ficar<br />

totalmente exaurida. Sem forças para lutar, perdeu os senti<strong><strong>do</strong>s</strong>. Depois <strong>do</strong> que<br />

lhe pareceu uma eternidade, percebeu que alguém lhe afagava os cabelos. Abriu<br />

os olhos e viu um rosto delica<strong>do</strong> a observá-la. A mulher com voz suave<br />

buscava acalmá-la:<br />

- Fique calma, minha filha, tu<strong>do</strong> ficará bem.<br />

Sem reconhecer a mãe, ela indagou, encolhen<strong>do</strong>-se:<br />

- Quem é você? O que quer comigo? O que aconteceu? Estava no rio e agora<br />

estou aqui?<br />

Geórgia estendeu a mão, mas Verônica retraiu-se assustada, insistin<strong>do</strong>:<br />

- O que houve? Como saí <strong>do</strong> rio? Por que não morri? Paciente, a mãe disse:<br />

- As águas congelaram e você ficou presa nelas. Passei pela ponte e a vi.<br />

Você perdeu os senti<strong><strong>do</strong>s</strong>, mas consegui tirá-la de lá.<br />

- Onde estou? Que lugar é este? Como vim parar aqui?<br />

- Aqui é um hospital. Eu a trouxe para receber ajuda. To<strong><strong>do</strong>s</strong> são amigos,<br />

não tenha me<strong>do</strong>.<br />

- Ninguém é meu amigo. To<strong><strong>do</strong>s</strong> me odeiam, me detestam. Thomas se aproximou<br />

devagar, com o coração <strong>do</strong>í<strong>do</strong>; a filha<br />

estava completamente transtornada e fora de si. Levan<strong>do</strong> um com água onde<br />

haviam deposita<strong>do</strong> medicamentos para que ela <strong>do</strong>rmisse sono profun<strong>do</strong> e<br />

repara<strong>do</strong>r, entregou o copo a Geórgia, que o ofereceu à jovem:<br />

- Tome, você precisa de água fresca. Logo se sentirá melhor. Desconfiada,<br />

Verônica recusou:<br />

171

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!