13.04.2013 Views

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- Acho que foi sem querer. Ele estava com muita raiva, jogou-a com força<br />

e ela caiu e bateu a cabeça na mesa... Vi que sangrava... Se não está morta,<br />

acho que está morren<strong>do</strong>...<br />

Pálida, Helena ergueu-se dizen<strong>do</strong>:<br />

- Precisamos ajudá-la!<br />

- Eu não posso. O impera<strong>do</strong>r me impediu de entrar em seu gabinete e me<br />

quer fora <strong>do</strong> palácio. Se me encontrar de novo por aí, é capaz de me matar...<br />

Precisava ver como ele estava... Parecia fora de si, enlouqueci<strong>do</strong>... Você precisa<br />

ajudá-la... Eu não posso fazer nada!<br />

Helena pensou por um instante e, viran<strong>do</strong>-se para Ana, pediu:<br />

- Vá então, Ana, vá antes que ele a encontre. Mas primeiro peça a Juliano<br />

para vir até aqui; diga que a mãe está ferida, não fale de suas suspeitas mais<br />

graves.<br />

Olhan<strong>do</strong> para o céu, disse:<br />

- Tenho esperança de que ela esteja apenas ferida. Agora vá. Procure por<br />

Juliano e diga que me encontre no gabinete de Licínio. Vamos socorrer Constância.<br />

Antes de sair, ao alcançar a porta, Ana se voltou e disse, em lágrimas:<br />

- Tome cuida<strong>do</strong>, Helena. Ele está fora de si...<br />

Ana saiu depressa e Helena correu pelos corre<strong>do</strong>res, encontran<strong>do</strong><br />

amigos e parentes que, com alguns pertences nas mãos, fugiam assusta<strong><strong>do</strong>s</strong>. Ela<br />

seguiu até atingir a parte mais alta <strong>do</strong> edifício, onde ficava o amplo salão de<br />

Licínio. Observou que estava vazio e correu até Constância. Havia sangue espalha<strong>do</strong><br />

sob sua cabeça e Helena constatou que o ferimento era grave. Debruçou-se<br />

sobre o peito da outra e escutou-lhe o coração. Ainda batia. Logo, Juliano<br />

entrou, à procura das duas:<br />

- Estou aqui.<br />

Ele estava lívi<strong>do</strong>, com as mãos trêmulas e suan<strong>do</strong> frio. Olhou para a mãe e<br />

depois para Helena e perguntou, assusta<strong>do</strong>: -Ela... está...<br />

- Ela está viva, mas precisamos tirá-la logo daqui e tratá-la. Se perder mais<br />

sangue, não sei o que poderá acontecer...<br />

- É claro! Mas o que foi que deu no meu pai dessa vez?<br />

- Não sei, Juliano. Acho melhor você se preocupar com isso depois. Agora<br />

precisamos socorrer sua mãe.<br />

- Claro...<br />

Helena rasgou parte de suas vestes e cobriu o ferimento, procuran<strong>do</strong> estancar<br />

o sangramento. Assim que o curativo improvisa<strong>do</strong> ficou pronto, Juliano<br />

carregou a mãe para seu quarto e colocou-a na cama.<br />

- E agora, o que faremos? Helena não titubeou:<br />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!