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Jornada dos Anjos - Além do Arco Íris

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e partam imediatamente. Que não fique um só em meu reino. To<strong><strong>do</strong>s</strong> fora! São<br />

trai<strong>do</strong>res, perigosos, eu os quero longe daqui. To<strong><strong>do</strong>s</strong> servem a Constantino!<br />

Constância aproximou-se <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> e, seguran<strong>do</strong>-o pelo braço, implorou:<br />

- Acalme-se, por favor! O que está fazen<strong>do</strong>?<br />

Ele arremessou-a para longe com toda a violência, fazen<strong>do</strong>-a cair sobre um<br />

banco e depois sobre uma mesa mais adiante. A serva ia entrar para socorrer<br />

sua senhora, que continuava no chão, ferida, quan<strong>do</strong> Licínio, olhan<strong>do</strong>-a com<br />

fúria, gritou:<br />

- Não ouse entrar em meu gabinete, cristã imunda! Suma daqui! A ordem é<br />

para você também! Suma da minha frente ou acabo com você com minhas<br />

próprias mãos! Já! Desapareça!<br />

Em seguida ele voltou para a sacada, e continuou a gritar aos subordina<strong><strong>do</strong>s</strong>:<br />

- Até o final <strong>do</strong> dia quero to<strong><strong>do</strong>s</strong> os cristãos bem longe daqui. To<strong><strong>do</strong>s</strong> eles,<br />

sejam romanos ou não! Não quero um remanescente! Aqueles que não concordarem<br />

com minhas ordens, podem partir também. Quero limpar meu reino<br />

dessa praga e vai ser hoje mesmo.<br />

Constância permanecia no chão, desacordada e ferida na cabeça. Totalmente<br />

cego pelo ódio que sentia por Constantino e por seus freqüentes avanços<br />

militares, Licínio escrevia uma ordem expressa para que, em todas as cidades<br />

de seu reino, os cristãos fossem bani<strong><strong>do</strong>s</strong> imediatamente de qualquer cargo ou<br />

função que tivessem em qualquer área relevante. Que se tornassem to<strong><strong>do</strong>s</strong> escravos!<br />

Assim que terminou, saiu da sala com o pergaminho nas mãos e sumiu<br />

no corre<strong>do</strong>r, diretamente para o grêmio onde ficavam os seus solda<strong><strong>do</strong>s</strong> mais<br />

gradua<strong><strong>do</strong>s</strong>. Levava pessoalmente a ordem.<br />

Ana, que se afastara aturdida, buscou ajuda de outra serva de confiança de<br />

Constância, que mantinha em segre<strong>do</strong> sua opção pelo Cristianismo, e pediu:<br />

- Helena, precisa ajudar a senhora! Ela está ferida.<br />

- O que houve?<br />

- Já escutou a ordem <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r Licínio?<br />

- Sim, já correu por to<strong>do</strong> o palácio.<br />

- A nossa senhora tentou intervir e ele a empurrou...<br />

Ana começou a chorar angustiada. Helena trouxe-lhe um pouco de água e<br />

pediu:<br />

- Fale, o que houve?<br />

- Eu acho que a matou...<br />

- Não é possível! Ele não seria capaz...<br />

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