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Zerbo - Frente Rio Claro - Claudio Di Mauro

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criteriosamente pesados e de preferência sem as paixões que levam as<br />

pessoas a puxarem a brasa para suas sardinha. Foram necessárias<br />

algumas reuniões e muita discussão para que aquelas paixões fossem<br />

postas de lado e os argumentos contrários ou a favor, deste ou daquele<br />

nome, fossem racionais.<br />

Os representantes do PMDB sabiam que a sigla estava politicamente<br />

desgastada e sabiam também que o PT era considerado muito à esquerda<br />

e radical demais para o eleitorado conservador e avesso a mudanças<br />

bruscas. Argumentavam nesse sentido, defendendo a tese de que o<br />

candidato a Prefeito não poderia ser nem de uma e nem de outra sigla. E<br />

sugeriram o nome do professor universitário Cláudio Antonio de <strong>Mauro</strong>,<br />

que na época das discussões estava sem partido. Cláudio de <strong>Mauro</strong> filiouse<br />

ao PV em dezembro de 1995. Essas discussões deram-se alguns meses<br />

antes.<br />

O PMDB e o PT naquele momento dificilmente se coligariam. As<br />

resistências internas em ambos os partidos eram fortes. O PV foi<br />

estrategicamente escolhido porque unia todos os demais, sem resistência<br />

e era também um partido novo, cuja bandeira agradava todos os demais.<br />

Os representantes do PT pediram que o PMDB fizesse uma proposta<br />

formal para uma coligação. E para isso marcou uma reunião de seu<br />

<strong>Di</strong>retório na sede, na avenida 08 entre ruas 1 e 2. Nessa reunião, com<br />

resultado de 9 a 3 a favor da coligação, nasceu a <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>. Esse<br />

fato está registrado em Ata do PT. A proposta inicialmente apresentada<br />

tinha três itens: a) Cláudio de <strong>Mauro</strong> como cabeça de chapa; b) seria do<br />

PV; c) a questão do candidato a Vice seria discutida posteriormente.<br />

Cláudio de <strong>Mauro</strong> havia sido candidato a Prefeito nas eleições de<br />

1988, pelo PT, e obtido excelente votação, ficando em segundo lugar;<br />

também pelo PT, fora candidato a Deputado Federal em 1990. Era um<br />

nome conhecido em todos os segmentos da comunidade. Além disso,<br />

havia sido fundador e depois presidente do movimento conhecido como<br />

“Pró-Cidadania”, uma espécie de ONG formada por representantes da<br />

sociedade civil que se reunia periodicamente no hexágono da UNESP no<br />

Santana. Esse movimento criou muita polêmica, porque discutia e<br />

analisava a atuação da Administração Municipal. Manteve-se em evidência<br />

o tempo todo, protagonizando embates memoráveis e dando visibilidade<br />

ao nome de Cláudio de <strong>Mauro</strong>.<br />

O nome acabou sendo consenso entre os representantes dos partidos<br />

integrantes da <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> e, instado por estes, Cláudio de <strong>Mauro</strong><br />

filiou-se ao PV, uma sigla nova, sem desgastes e muito mais palatável a<br />

um eleitorado conservador. Junte-se a isso o fato de que Cláudio de <strong>Mauro</strong><br />

era com freqüência nomeado perito judicial para emitir laudos em conflitos<br />

que envolviam causas ambientais. Ora, alguém que conhecia os<br />

problemas do meio ambiente, tinha a confiança do Poder Judiciário, além<br />

de um respeitável currículo na carreira de professor universitário, poderia<br />

muito bem se filiar ao PV e ser o candidato a Prefeito com o apoio dos<br />

partidos que integravam a <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>.<br />

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