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Zerbo - Frente Rio Claro - Claudio Di Mauro

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Antes do final de 1995, quando o grupo já se reunia havia quase um<br />

ano, alguns nomes começavam a ser aventados nas reuniões.<br />

Inicialmente nomes de candidatos ao Legislativo Municipal. Cada partido<br />

lançaria seus candidatos, de acordo com o limite imposto pela legislação<br />

eleitoral, e a coligação se daria apenas na eleição majoritária, de Prefeito<br />

e Vice-Prefeito. Cada partido já tinha sua lista de pré-candidatos ao<br />

Legislativo. Alguns nomes haviam sido listados sem que os próprios<br />

interessados soubessem, especialmente porque tinham forte liderança em<br />

suas associações de classe. Tinham potencial eleitoral e fortaleceriam a<br />

<strong>Frente</strong> como um todo.<br />

O interesse da <strong>Frente</strong> também era o de ter maioria na Câmara<br />

Municipal para que os projetos que possibilitassem um governo<br />

progressista pudessem ser aprovados e implementados, porque<br />

trabalhávamos com a hipótese de eleger os candidatos à eleição<br />

majoritária. Raciocinávamos também sobre a hipótese de sofremos uma<br />

derrota na eleição majoritária. Nesse caso, com uma bancada expressiva<br />

no Legislativo Municipal, a <strong>Frente</strong> poderia impor algumas ou todas as suas<br />

diretrizes progressistas ao ocupante do Poder Executivo que fosse<br />

eventualmente conservador e pouco afeito às práticas democráticas.<br />

Iniciou-se então um trabalho de abordagem aos nomes que<br />

constavam nas listas de pré-candidatos ao Legislativo sem que houvessem<br />

sido consultados. Escalava-se sempre quem tivesse mais afinidade com o<br />

listado para a abordagem inicial. O escalado procurava o candidato em<br />

potencial, geralmente buscando transformar a situação em um encontro<br />

ocasional, com uma conversa informal, na qual fornecia maiores detalhes<br />

sobre a formação da <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, seus objetivos e seus princípios. E<br />

depois a inevitável pergunta: você quer ser candidatos a Vereador? Alguns<br />

ficavam perplexos, outros assustados e relutantes, outros pediam um<br />

tempo e outros aceitavam na hora.<br />

Quase todos já eram filiados a algum partido da <strong>Frente</strong>. Em novas<br />

abordagens, poucos mantiveram a decisão de não serem candidatos, fosse<br />

por razões particulares, familiares, legais ou quaisquer outras. Alguns<br />

Presidentes ou membros de diretoria de sindicatos, caso aceitassem ser<br />

candidatos, deveriam se afastar do cargo na entidade por imposição legal<br />

três meses antes das eleições. Quase sempre estavam em negociações<br />

salariais ou discutindo o dissídio da categoria que representavam e não<br />

seria conveniente que se afastassem justamente naquele momento.<br />

Mesmo fora da disputa por uma vaga no Legislativo, mantiveram-se<br />

engajados na campanha da <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>.<br />

Com boa parte dos nomes dos pré-candidatos ao Legislativo já<br />

confirmados, os representantes dos partidos continuaram as reuniões da<br />

<strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>. E nessas reuniões começaram a ser aventados nomes<br />

que poderiam ser indicados como cabeça-de-chapa, isto é, reuniam<br />

condições para serem lançados candidato a Prefeito. Todos os partidos<br />

tinham nomes com excelente potencial. A questão, entretanto, deveria ser<br />

avaliada sob os mais diversos ângulos, os prós e os contras<br />

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