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Zerbo - Frente Rio Claro - Claudio Di Mauro

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público de 500 reais/dia para 1000 reais/dia. Está em fase de recurso,<br />

mas tudo indica que o Tribunal Regional do Trabalho irá mantê-la, com<br />

base em dispositivos constitucionais. Apenas a título de informação, tanto<br />

a liminar quanto a sentença declaram que os contratos de trabalho<br />

celebrados desde 5 de outubro de 1988, data da promulgação da nova<br />

Constituição, sem concurso público, são nulos. Isso significa que se o<br />

Tribunal, em Acórdão, mantiver a sentença, aproximadamente 1.600<br />

funcionários públicos municipais contratados sem concurso desde 5 de<br />

outubro de 1988 serão sumariamente demitidos.<br />

Nos quatro anos de mandato cometemos erros e tivemos alguns<br />

deslizes, mas nem de longe os erros e os deslizes foram deliberados e<br />

eivados de má-fé. Todos trabalhavam intensamente, a equipe era<br />

reduzida e as demandas volumosas. Mas sempre mantivemos o principio<br />

da realização de uma administração transparente, progressista e séria,<br />

porque era exatamente isso que a população que nos elegeu esperava.<br />

Uma população que havia sofrido decepções e havia sido humilhada por<br />

políticos que elegera em outras ocasiões. Era preciso devolver-lhes a<br />

auto-estima e fazê-la acreditar que não estava sendo enganada e que a<br />

coisa pública estava sendo tratada da melhor forma.<br />

Sabemos que tem sido hábito das administrações públicas no Brasil a<br />

utilização dos movimentos populares, dos sindicatos e demais<br />

representações para manobras fisiológicas. Geralmente as entidades são<br />

chamadas a participar de projetos que não influem decididamente na<br />

gestão municipal, mas quando os representantes da comunidade desejam<br />

consolidar e ampliar seus espaços de participação nas decisões que<br />

podem afetar toda a comunidade, as administrações, através de seus<br />

mandatários, deixam de convidá-las.<br />

Essa prática tem desestimulado e enfraquecido a participação das<br />

entidades de representação, porque mesmo ouvindo os que estão<br />

participando do jogo, sabem que não estão indo além de meros<br />

espectadores de arquibancada. Isso é conseqüência da idéia de que os<br />

membros da comunidade não estão preparados para opinar e<br />

coletivamente decidir sobre projetos e ações administrativas e de governo<br />

que acabam afetando a todos, de uma maneira ou de outra. Quando a<br />

prática é diferente do discurso, do tipo que “fala uma coisa faz outra”, a<br />

população percebe e se afasta, desconfiada. Esse afastamento, mal<br />

interpretado por certos mandatários, os leva a uma atitude de donos da<br />

verdade, autoritária e arrogante, fazendo com que a população se afaste<br />

ainda mais.<br />

A <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> sempre considerou que a administração publica,<br />

através de suas políticas, deve ser constituir em ações coletivas e, para<br />

isso, tem de reconhecer e respeitar o pluralismo de idéias, a existência<br />

dos movimentos populares organizados, representações sindicais e<br />

sociais, respeitando sempre a independência de cada um deles,<br />

incentivando a participação e abrindo canais de comunicação.<br />

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