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Zerbo - Frente Rio Claro - Claudio Di Mauro

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dados eram sonegados ou escamoteados e tivemos que trabalhar com os<br />

dados possíveis.<br />

Os dados eram poucos e insuficientes, mas dava para vislumbrar que<br />

enfrentaríamos uma pedreira pela <strong>Frente</strong>, como de fato enfrentamos.<br />

Cláudio de <strong>Mauro</strong> e eu, respectivamente Prefeito e Vice-Prefeito,<br />

assumimos os cargos no dia 1º de Janeiro de 1997, de manhã, e após os<br />

discursos e assinaturas no livro de transmissão, acompanhamos Nevoeiro<br />

Júnior até a saída do Paço Municipal. Muitos de nossos adversários diziam<br />

que éramos um bando de moleques e aventureiros irresponsáveis, e que<br />

não agüentaríamos seis meses à frente da administração e estaríamos<br />

entregando o abacaxi a um quitandeiro mais experiente. Ledo engano.<br />

Estávamos preparados e sabíamos perfeitamente o que nos esperava.<br />

O primeiro tranco foi com a folha de pagamento. O governo anterior<br />

não havia pago o salário de dezembro e menos ainda o 13º salário,<br />

vencido em 31 de dezembro. O salário de dezembro deveria ser pago até<br />

o quinto dia útil de janeiro. Mas o caixa estava zerado. O saldo financeiro<br />

da Prefeitura em 31/12/96 era de R$ 103.655,17. E o salário de janeiro<br />

deveria ser pago até o quinto dia útil de fevereiro. Resumindo, tínhamos<br />

três folhas de pagamento para pagar e o caixa dava eco. Isso sem contar<br />

as dezenas e dezenas de fornecedores, com créditos pequenos, médios e<br />

grandes vencidos que foram tungados de forma escandalosa pela<br />

administração que deixava o poder.<br />

Ainda bem que a população, no geral, revoltada contra a<br />

administração que se findava, recusou-se a pagar o IPTU – Imposto Sobre<br />

a Propriedade Territorial Urbana de 1997 em dezembro de 1996, porque<br />

senão o desastre teria sido muito maior, já que entre o Natal e o Ano<br />

Novo de 1996, muito dinheiro saiu dos cofres públicos para pagar os<br />

fornecedores que mais lhes conviesse. Pode-se deduzir as razões de tanta<br />

generosidade, só não dá para provar. Infelizmente. Apenas para se ter<br />

uma idéia, até dezembro de 1996, a administração pagava<br />

aproximadamente 400 mil reais à empresa de ônibus José Alexandre<br />

Júnior para transportar cerca de 3.200 alunos, por mês. Atualmente, em<br />

2002, a administração não chega a gastar 300 mil reais para transportar<br />

mais de 5 mil alunos. Havia, na época, muitos questionamentos sobre a<br />

diferença, todos até hoje sem justificativas convincentes.<br />

Hélio Abdalla, Secretário de Finanças, com sua equipe e a<br />

colaboração de outros Secretários, conseguiu renegociar dívida com os<br />

fornecedores e fez um apelo à população para que pagasse o IPTU à vista,<br />

tendo obtido relativo sucesso. O que ajudou muito foi que muitos<br />

contribuintes se recusaram a pagar o IPTU de 1996 enquanto durasse o<br />

mandato da administração anterior. Ficaram inadimplentes em 1996, mas<br />

liquidaram seus débitos tão logo assumimos em 1997. Isso permitiu que<br />

gradativamente colocássemos em dia os salários do funcionalismo e<br />

fôssemos obtendo crédito no comércio local. Atualmente os fornecedores<br />

da Prefeitura não precisam mais fazer filas em frente ao caixa da<br />

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