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Zerbo - Frente Rio Claro - Claudio Di Mauro

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Havia também agendamento para que visitássemos o interior das<br />

fábricas e dos estabelecimentos comerciais. Em muitos desses lugares,<br />

quando a produção podia ser interrompida, os trabalhadores eram<br />

convidados a se reunir no pátio ou no refeitório e tínhamos a oportunidade<br />

de conversar com eles e expor nossas propostas. A maioria dos dirigentes<br />

dessas empresas e estabelecimentos não se opunha a essa prática, e<br />

franqueavam a entrada a todos os candidatos, de todos os Partidos e<br />

coligações. Uma atitude simpática e muito saudável em um período<br />

eleitoral, quando os eleitores precisam conhecer os candidatos para<br />

decidirem em quem votar.<br />

Em empresas que funcionavam 24 horas, chegávamos a visitá-las<br />

três vezes no mesmo dia, para podermos falar aos funcionários dos três<br />

turnos. Como a <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> tinha o apoio de quase todos os<br />

Sindicatos, essas visitas geralmente eram acompanhadas dos Presidentes<br />

das entidades, que conheciam muito bem as necessidades dos<br />

trabalhadores e nos ajudavam a formular propostas e propor soluções.<br />

Muitas e muitas vezes terminávamos um comício e seguíamos direto para<br />

uma fábrica para falarmos aos funcionários de turno da noite e depois<br />

íamos para o estúdio, onde gravávamos os programas eleitorais para a<br />

televisão e para o rádio.<br />

Uma maratona que, com maior ou menor intensidade, deve ter sido o<br />

cotidiano de todos os candidatos. No caso da <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, eu e<br />

Cláudio de <strong>Mauro</strong> gravávamos sempre depois da meia-noite, porque o dia<br />

todo estávamos nos bairros e à noite nos comícios. Os candidatos a<br />

vereador também se sacrificavam e muitas vezes também varavam a<br />

madrugada no estúdio. Ao contrário dos candidatos majoritários, os<br />

candidatos a Vereador gravavam dois ou três textos durante toda a<br />

campanha, porque, por serem muitos, a participação nos programas<br />

eleitorais era rápida e em sistema de revezamento. Já os candidatos<br />

majoritários tinham programas específicos e gravavam todas as noites,<br />

para que as fitas pudessem estar nas emissoras de televisão e rádio no<br />

horário certo.<br />

Ao mesmo tempo os dirigentes da <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> tinham que<br />

organizar eventos para a arrecadação de fundos destinados a pagar<br />

principalmente os custos de gravação dos programas eleitorais e do<br />

material impresso, como “santinhos”, folders, cartazes etc. Foram<br />

organizados diversos jantares que chegavam a reunir mais de trezentas<br />

pessoas. As adesões custavam em torno de dez reais, com bebidas à<br />

parte. Descontado o custo do restaurante onde o jantar era marcado, em<br />

torno de cinco reais por pessoa, o que sobrava não significava muito, mas<br />

ajudava e, o que era melhor, aumentava o sentimento de união entre os<br />

participantes.<br />

Talvez tenha sido a primeira vez na história política de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> em<br />

que se realizou um leilão de obras de arte para a arrecadação de fundos.<br />

Esse leilão aconteceu na Sociedade Philarmônica e muitos artistas de <strong>Rio</strong><br />

<strong>Claro</strong> doaram suas obras para serem leiloadas. As obras eram na maioria<br />

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