Zerbo - Frente Rio Claro - Claudio Di Mauro
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vários militantes dos partidos sentados no chão à nossa frente, porque<br />
não havia cadeiras para todos. Fomos questionados sobre o presente, o<br />
passado, principalmente, e até sobre o futuro. Pode parecer exagero, mas<br />
não era. Todos sabiam que estávamos num jogo político sério, buscando<br />
um resultado vitorioso nas eleições que se aproximavam. Muita gente<br />
sacrificou tempo de lazer, de convívio familiar e até de trabalho para<br />
chegarmos onde tínhamos chegado. Não seria uma mancha, pequena ou<br />
grande, em qualquer um de nós que iria por tudo a perder. A sabatina foi<br />
uma demonstração de prudência e de amadurecimento dos partidos que<br />
formavam a <strong>Frente</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>. Tenho certeza de que todos que estavam lá<br />
saíram mais fortalecidos interiormente, especialmente eu e Marchiori<br />
Júnior, do que quando lá chegamos.<br />
Terminada a sabatina, o pessoal do PV improvisou uma urna com<br />
uma caixa de papelão e cédulas com tiras de papel sulfite cortadas com<br />
uma régua. Passou-se então à votação. Poderiam ter indicado Marchiori<br />
Júnior, porque méritos não lhe faltavam. Mas os representantes dos<br />
partidos preferiram manter a posição que adotaram em reuniões<br />
anteriores e sufragaram meu nome. Findo o processo, comemoramos<br />
todos, com generosos brindes de chá de erva-cidreira em copos plásticos<br />
parafinados descartáveis.<br />
Sacramentados os nomes do candidato a Prefeito e a Vice-Prefeito,<br />
mas ainda não homologados pela Justiça Eleitoral, os partidos<br />
intensificaram as reuniões para concluir da lista de nomes dos candidatos<br />
a vereador. Junho, mês das convenções partidárias, se aproximava e a<br />
documentação exigida para registrar as coligações e os candidatos, tanto<br />
ao Executivo quanto ao Legislativo, qualquer pessoa poderia ensejar o<br />
indeferimento da candidatura pela Justiça Eleitoral ou sofrer impugnação<br />
por iniciativa dos adversários.<br />
Cada partido designou um grupo para cuidar da documentação dos<br />
seus candidatos e outro grupo para acompanhar a finalização do Plano de<br />
Governo e das propostas que seriam apresentadas durante a campanha<br />
eleitoral. Os partidos designaram seus membros mais experientes para<br />
cada uma das tarefas, principalmente porque todos trabalhavam o dia<br />
inteiro, fosse em seus empregos ou seus negócios e atividades<br />
particulares. Não sobrava muito tempo durante o dia, no chamado horário<br />
comercial.<br />
Tínhamos reuniões praticamente todas as noites, nas quais íamos<br />
ajustando as condutas e, quando necessário, corrigindo os rumos, para<br />
que todos os partidos que formavam a <strong>Frente</strong> chegassem à data de suas<br />
convenções com todo o trabalho concluído.<br />
Aqueles que não são militantes partidários talvez não saibam, mas às<br />
vezes é mais difícil uma pessoa ser indicada candidata, principalmente a<br />
cargos majoritários, do que ganhar a eleição. Depende muito das<br />
correntes de opiniões dentro do próprio Partido. O pretendente tem que<br />
conseguir juntar todas as correntes ou algumas delas a fim de obter<br />
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