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EQUADOR Luciane Quintanilha Falcão A República do ... - NEPP-DH

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<strong>EQUADOR</strong><br />

<strong>Luciane</strong> <strong>Quintanilha</strong> <strong>Falcão</strong><br />

A <strong>República</strong> <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r se destaca por sua biodiversidade e por seus<br />

contrastes - solo, clima, fauna e vegetação – constituin<strong>do</strong>-se em quatro regiões<br />

naturais: a andina, a floresta amazônica, a costa litorânea e o arquipélago de<br />

Galápagos. O Parque Nacional de Galápagos forma a maior reserva de plantas e<br />

animais únicos no mun<strong>do</strong>, onde funcionam a Reserva Marinha e a Estação de<br />

Pesquisa Charles Darwin.<br />

Em 1830, com a proclamação da república o país a<strong>do</strong>tou sua atual<br />

denominação, fazen<strong>do</strong> referência à linha equinocial que corta a cidade de Quito.<br />

Na América andina equatorial, que corresponde ao atual território <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r,<br />

há evidências de antigos assentamentos humanos próximos à cidade de Quito, onde<br />

foram encontra<strong>do</strong>s numerosos artefatos de pedra. De fato, a cultura Valdivia<br />

desenvolveu-se nas costas <strong>do</strong> atual Equa<strong>do</strong>r, por volta de 3.500 a 1800 anos a.C. Os<br />

valdivianos eram ceramistas e usaram materiais como pedra e argila representan<strong>do</strong><br />

figuras com formas femininas chamadas, atualmente, de “Vênus” de Valdivia.<br />

Nas últimas décadas <strong>do</strong> século XV, os povos que habitavam essa região <strong>do</strong><br />

atual Equa<strong>do</strong>r foram conquista<strong>do</strong>s pelos incas. O <strong>do</strong>mínio inca exerceu influência na<br />

organização social e política.<br />

A <strong>do</strong>minação espanhola, <strong>do</strong> século XVI ao XIX, destacou-se tanto pela<br />

violência e submissão <strong>do</strong>s indígenas, como por imposição e institucionalização da<br />

Igreja Católica. Enfim, as mudanças impostas pela colonização modelaram a<br />

formação econômica e social <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r.<br />

A primeira década <strong>do</strong> século XIX foi marcada pelo processo de emancipação<br />

política das colônias na América espanhola. Em 23 de setembro de 1830, o Equa<strong>do</strong>r<br />

tornou-se independente. A primeira constituição indicava que passaria a integrar um<br />

novo Esta<strong>do</strong>, com o nome de <strong>República</strong> da Colômbia, que hoje compreende o espaço<br />

territorial ocupa<strong>do</strong> pelos países: Colômbia, Venezuela, Equa<strong>do</strong>r e Panamá.<br />

Após a dissolução da <strong>República</strong> da Colômbia, a constituição equatoriana de<br />

1835 revelou o objetivo de reconstruir a <strong>República</strong> sobre bases sólidas de liberdade,<br />

igualdade, independência e justiça. Declarou, também, que a religião <strong>do</strong> país era a<br />

Católica Apostólica Romana.<br />

1


Mas, foi na década de 1860 que se iniciou o processo de consolidação <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> equatoriano. O presidente Gabriel Garcia Moreno (1861-1865 e 1869-1875)<br />

a<strong>do</strong>tou medidas que visavam modernizar o sistema financeiro e bancário, assim como<br />

a administração pública. De fato, as mudanças promovidas deram origem ao<br />

crescimento e desenvolvimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Por um la<strong>do</strong>, não há dúvidas de que a repressão política foi um destaque de<br />

seu governo que a<strong>do</strong>tou medidas que permitiram o uso <strong>do</strong> fuzilamento e da chibatada,<br />

além de outras formas de penalidades. Garcia Moreno contou com o apoio integral da<br />

Igreja Católica que atuou em diferentes setores, tais como educação, cultura e<br />

comunicação. Além disso, ele assinou uma concordata com o Vaticano, consolidan<strong>do</strong>,<br />

assim, o monopólio religioso católico no país.<br />

A Constituição de 1869, aprovada no início <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> governo de Garcia<br />

Moreno, declarou que “Em nome de Deus, Uno e Triplo, autor, legisla<strong>do</strong>r e<br />

conserva<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Universo, a Convenção <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r decretou e submeteu à aprovação<br />

<strong>do</strong> povo a seguinte Constituição”. Determinava, ainda, que o cidadão era aquele que<br />

professava a religião católica, sabia ler e escrever, era casa<strong>do</strong> ou maior de 21 anos.<br />

O projeto de Garcia Moreno era construir as bases <strong>do</strong> sistema nacional de<br />

ensino público. Para tal, centralizou a administração da educação, unificou níveis e<br />

conteú<strong>do</strong>s de ensino. Lançou mão das instituições privadas religiosas, ampliou a rede<br />

de ensino público e tornou obrigatório o ensino da religião na escola.<br />

Em 1871, através da Lei de Instrução Pública, estabeleceu-se a<br />

obrigatoriedade e gratuidade <strong>do</strong> ensino primário no país.<br />

Na opinião de Ossenbach (1996), Garcia Moreno converteu o ensino religioso<br />

em instrumento de consenso social, elemento essencial para o processo de<br />

consolidação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Durante seu governo, ele procurou, também, incentivar a educação para a<br />

mulher, em especial, para as camadas médias e altas da sociedade, que teve como<br />

marco, a formação moral e religiosa.<br />

Foi no final <strong>do</strong> século XIX que foram impressas novas transformações<br />

político-ideológicas no Equa<strong>do</strong>r. Em 5 de junho de 1895, o general Eloy Alfaro<br />

liderou a Revolução Liberal e institucionalizou o Esta<strong>do</strong> laico no país.<br />

Alfaro assumiu a presidência (1897-1901) e ampliou o poder <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />

principalmente em setores, até então, sob a responsabilidade da Igreja Católica.<br />

2


A Constituição de 1897 declarava respeito às crenças, às manifestações<br />

religiosas e reconhecia a liberdade religiosa. Além disso, Alfaro tomou outras<br />

medidas políticas, como a lei <strong>do</strong> Patronato, que regulava as relações entre o Esta<strong>do</strong> e<br />

a Igreja Católica. De fato, essa lei concedia ao Poder Público Executivo direitos de<br />

suprimir as “rendas eclesiásticas”, subordinan<strong>do</strong> a Igreja Católica às autoridades<br />

civis. Incluía, também, o casamento civil e a autorização para o divórcio.<br />

Foi na primeira década <strong>do</strong> século XX, no governo de Leônidas Plaza (1901–<br />

1905), uma das figuras mais representativas <strong>do</strong> movimento liberal equatoriano, que<br />

ocorreram as maiores mudanças no país. A Constituição de 1906 definiu a forma de<br />

governo “republicana, representativa e democrática”; decretou a separação Esta<strong>do</strong>-<br />

Igreja; garantiu a liberdade de consciência, em to<strong>do</strong>s os seus aspectos, a liberdade de<br />

expressão, a liberdade de reunião e associação, a liberdade de voto.<br />

Além disso, o ensino oficial foi declara<strong>do</strong> livre, “essencialmente secular e<br />

laico”, sen<strong>do</strong> gratuito e obrigatório o ensino primário e gratuito o ensino de artes e<br />

ofícios. Proibiu, também, a subvenção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> às escolas religiosas.<br />

A Lei Orgânica de Instrução Pública de 1906 decretou a competência das<br />

autoridades estatais para autorizar a criação de escolas privadas e validar o ensino<br />

secundário concluí<strong>do</strong> em escolas particulares. Estabeleceu, ainda, que os estu<strong>do</strong>s<br />

realiza<strong>do</strong>s em seminários religiosos eram váli<strong>do</strong>s apenas para a carreira eclesiástica.<br />

O processo de laicização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e de construção <strong>do</strong> ensino público laico<br />

demarcou nova concepção de educação formal e colocou a escola como elemento<br />

central na formação para a cidadania. A legislação também determinou conteú<strong>do</strong>s<br />

obrigatórios, como a Educação Cívica, a Geografia e a História <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r.<br />

O projeto político da Revolução Liberal consistiu em promover equidade e<br />

igualdade na direção de uma sociedade inclusiva. Essa perspectiva favoreceu o<br />

desenvolvimento, em especial, relaciona<strong>do</strong> à educação e ao trabalho da mulher.<br />

Foram criadas escolas normais, urbanas e rurais; além de cargos e funções públicas.<br />

Professores estrangeiros foram contrata<strong>do</strong>s e, no perío<strong>do</strong> de 1914 a 1922, chegaram<br />

ao país missões alemãs que introduziram as concepções pedagógicas de Herbart.<br />

Em julho de 1925, um grupo de militares instaurava a Revolução Juliana<br />

(1925-1947), considerada como a terceira etapa da Revolução Liberal. Grandes<br />

mudanças econômicas, políticas e sociais ocorreram no país como a criação <strong>do</strong>s<br />

Ministérios, <strong>do</strong> Trabalho e Previdência, e de organizações financeiras.<br />

3


A constituição de 1929 concedeu o voto às mulheres; definiu a duração <strong>do</strong><br />

mandato presidencial em quatro anos, não permitin<strong>do</strong> a reeleição; assegurou direitos<br />

ao trabalha<strong>do</strong>r, criou o seguro social obrigatório, proteção ao trabalho, à família,<br />

assim como liberdade e respeito aos direitos individuais.<br />

O Esta<strong>do</strong> incentivou a liberação econômica da mulher e, para tal, criou<br />

Escolas de Artes e Ofícios, além de escolas noturnas direcionadas ao sexo feminino.<br />

Em 21 de julho de 1937 foi instituída a Lei de Cultos no Equa<strong>do</strong>r. Não por<br />

acaso, o governo <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r e a Santa Sé reatavam relações diplomáticas, interrom-<br />

pidas desde 1895. Com a assinatura <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> Modus Vivendi, em 24 de julho <strong>do</strong><br />

mesmo ano, o governo garantia à Igreja Católica liberdade de ensino. Assim, em de-<br />

zembro de 1946 foi criada a Pontifícia Universidade Católica no Equa<strong>do</strong>r.<br />

O país inicia o século XXI enfrentan<strong>do</strong> novas realidades e novos desafios e,<br />

na avaliação de Ayala Mora (1990), tem consolida<strong>do</strong> o regime democrático.<br />

A Regulamentação de cultos religiosos, em vigor desde 2000, garante o direito<br />

de liberdade de pensamento e de expressão, em todas as suas formas e manifestações;<br />

o direito de praticar a religião e crenças, em público ou priva<strong>do</strong>, de mo<strong>do</strong> individual<br />

ou coletivo. O Esta<strong>do</strong> assegura a prática religiosa voluntária, favorecen<strong>do</strong> a<br />

pluralidade e a tolerância.<br />

A atual Constituição foi submetida a um referen<strong>do</strong> popular, foi aprovada em<br />

setembro, e entrou em vigor no mês de outubro de 2008. O novo texto constitucional<br />

reconhece as diversas formas de religiosidade e de espiritualidade. Define o Equa<strong>do</strong>r<br />

como um Esta<strong>do</strong> constitucional de direitos e de justiça social, democrático, soberano,<br />

intercultural, plurinacional e laico. Amplia o conceito estrutural de direitos - pessoas,<br />

comunidades, nacionalidades e natureza- consolida a igualdade na diversidade e a não<br />

discriminação e não restrição de direitos.<br />

Organiza política e administrativamente o país em regiões, províncias, cantões<br />

e paróquias (urbanas e rurais). Prevê a forma de regime especial para atender<br />

especificidades ambientais ou culturais, como a província de Galápagos.<br />

lo II, Seção 5.<br />

A educação, por sua natureza, constitui um <strong>do</strong>s direitos de Bem Viver, Capítu-<br />

O art. 27 afirma que:<br />

A educação incidirá sobre o ser humano e garantirá seu desenvolvimento<br />

integral, (...) será participativa, obrigatória, intercultural, democrática,<br />

inclusiva e diversificada, de qualidade e de cordialidade, promoverá a equidade<br />

4


de gênero, a justiça, a solidariedade e a paz, estimulará o pensamento crítico, a<br />

arte e a cultura física, a iniciativa individual e comunitária, o desenvolvimento<br />

de competências e capacidades para criar e trabalhar. A educação é<br />

indispensável para o conhecimento, o exercício <strong>do</strong>s direitos e a construção de<br />

um país soberano e é prioridade estratégica para o desenvolvimento nacional.<br />

Determina o art. 28 que<br />

A educação responderá ao interesse público e não estará a serviço de interesses<br />

individuais e corporativos. (...) O Esta<strong>do</strong> promoverá o diálogo intercultural nas<br />

suas múltiplas dimensões. A educação pública será universal e laica em to<strong>do</strong>s os<br />

seus níveis, gratuita até o nível superior,<br />

Em suma, as mudanças políticas anunciadas na Revolução Liberal de 1895<br />

iam à direção de implantar princípios laicos no país. A constituição de 1906, marco<br />

histórico decisivo, estabeleceu as bases para a construção da laicidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Se<br />

por um la<strong>do</strong>, esses 106 anos de história equatoriana trazem as marcas de avanços e de<br />

retrocessos, por outro, também, nos aponta que sempre floresce no país o projeto de<br />

um Esta<strong>do</strong> democrático e laico.<br />

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