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tanques-redes foi inferior quando comparado aos de viveiros escavados em terra, que de acordo com Romagosa et al. (1990), apresentaram diâmetros ovocitários superiores, antes da 1ª dose, de 876,4; 939,0 ou 1001,6µm, com moda acentuada para o segundo valor. As matrizes deste experimento receberam suas respectivas dietas no início da maturação, ofertada seis meses antes do período da desova. No momento da fertilização ocorre a fusão e quebra dos alvéolos corticais nos ovos de P. mesopotamicus, fundindo-se a zona radiata e, liberando seu contéudo (região cortical) no espaço perivitelínico cuja função é proteger e atuar contra à polispermia. A seguir, ocorre o estreitamento e a ruptura folicular sob a ação de hormônios indutores da maturação – MIS (Nagahama e Yashita, 2008). Na Figura 1F verifica-se a micrópila, comum aos Characiformes (Honji et al., 2009; Romagosa, 2010). Contudo, neste estudo as taxas de fertilização foram baixas quando comparadas a mesma espécie mantida em viveiros escavados (Romagosa et al., 1990). Todavia, em cativeiro, no caso do gênero Piaractus, observações a campo, nos leva a constatar que é comum o sucesso/insucesso reprodutivo alternarem, ou seja, um ano respondem positivamente com um grande número de ovócitos liberados e no próximo, insucesso com quedas abruptas, presos - “em grumos”, sanguinolentos (Romagosa, informações pessoais). Porque?!!. Não se sabe até o momento. As fêmeas de P. mesopotamicus que receberam a dieta de maior nível protéico mostraram indícios do processo de regressão ovariana confirmada pela distribuição porcentual dos diâmetros dos ovócitos (Figura 2B) e, com respostas negativas à indução hormonal, ovários altamente vascularizados com presença de inúmeros ovócitos brancos e marrom-esverdeados, constatada pela presença de folículos atrésicos e reabsorção (Figura 1G). Romagosa et al. (1990) sustentam que P. mesopotamicus, mantidos em cativeiro, apresentam fenômenos degenerativos (involução ou atresia folicular dos ovócitos) frequentes no final de maturação. 75

Leonardo (2006) ressalta esse mesmo acontecimento em Pseudoplatystoma fasciatum mantido em viveiros escavados. Porém, Romagosa (2010) ressalta que, em P. fasciatum criado em tanques- rede, é comum a existência destes fatores nos ovários que não completaram à maturação e, também, em fêmeas aparentemente desovadas, nas quais os ovócitos sofrem reabsorção dos folículos pós-ovulatórios (PO), indicando um outro processo, o de reorganização ovariana pós-desova. Neste estudo também foi observada a presença de folículos PO’s (Figura 1H). Em relação as taxas de fertilização, a dieta contendo 30% de PB proporcionou o menor porcentual diferindo significativamente (p

tanques-redes foi inferior quando comparado aos de viveiros escavados em terra, que<br />

de acordo com Romagosa et al. (1990), apresentaram diâmetros ovocitários<br />

superiores, antes da 1ª dose, de 876,4; 939,0 ou 1001,6µm, com moda acentuada<br />

para o segundo valor. As matrizes deste experimento receberam suas respectivas<br />

dietas no início da maturação, ofertada seis meses antes do período da desova.<br />

No momento da fertilização ocorre a fusão e quebra dos alvéolos corticais nos<br />

ovos de P. mesopotamicus, fundindo-se a zona radiata e, liberando seu contéudo<br />

(região cortical) no espaço perivitelínico cuja função é proteger e atuar contra à<br />

polispermia. A seguir, ocorre o estreitamento e a ruptura folicular sob a ação de<br />

hormônios indutores da maturação – MIS (Nagahama e Yashita, 2008). Na Figura 1F<br />

verifica-se a micrópila, comum aos Characiformes (Honji et al., 2009; Romagosa,<br />

2010).<br />

Contudo, neste estudo as taxas de fertilização foram baixas quando<br />

comparadas a mesma espécie mantida em viveiros escavados (Romagosa et al.,<br />

1990). Todavia, em cativeiro, no caso do gênero Piaractus, observações a campo, nos<br />

leva a constatar que é comum o sucesso/insucesso reprodutivo alternarem, ou seja,<br />

um ano respondem positivamente com um grande número de ovócitos liberados e no<br />

próximo, insucesso com quedas abruptas, presos - “em grumos”, sanguinolentos<br />

(Romagosa, informações pessoais). Porque?!!. Não se sabe até o momento.<br />

As fêmeas de P. mesopotamicus que receberam a dieta de maior nível<br />

protéico mostraram indícios do processo de regressão ovariana confirmada pela<br />

distribuição porcentual dos diâmetros dos ovócitos (Figura 2B) e, com respostas<br />

negativas à indução hormonal, ovários altamente vascularizados com presença de<br />

inúmeros ovócitos brancos e marrom-esverdeados, constatada pela presença de<br />

folículos atrésicos e reabsorção (Figura 1G). Romagosa et al. (1990) sustentam que P.<br />

mesopotamicus, mantidos em cativeiro, apresentam fenômenos degenerativos<br />

(involução ou atresia folicular dos ovócitos) frequentes no final de maturação.<br />

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