13.04.2013 Views

Pedaços de Noz 2007 - Escola Secundária Stuart Carvalhais

Pedaços de Noz 2007 - Escola Secundária Stuart Carvalhais

Pedaços de Noz 2007 - Escola Secundária Stuart Carvalhais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Pedaços</strong> <strong>de</strong> <strong>Noz</strong> | 86<br />

Uma aventura nas férias da Páscoa<br />

Há tempos, conheci um amigo chamado Packo Ibañes. Era argentino, vivia em<br />

Córdoba, uma bonita cida<strong>de</strong> da gran<strong>de</strong> Argentina. Packo era muito ligado à sua cida<strong>de</strong>,<br />

gostava muito <strong>de</strong>la, mas eu não via gran<strong>de</strong> coisa naquele local. Ele dizia que adorava<br />

aquelas fontes, que continham os cristais mais reluzentes <strong>de</strong> toda a América Latina.<br />

Vivia numa humil<strong>de</strong> casa no meio da cida<strong>de</strong>.<br />

Durante as férias, <strong>de</strong> manhãzinha, Packo acordava ao primeiro raio <strong>de</strong> sol,<br />

brilhante como uma moeda <strong>de</strong> prata a chocar com a luz clara e reluzente que entrava<br />

através da sua janela. Costumava levar a bola a passear pelas ruas da cida<strong>de</strong> e beber um<br />

pouco <strong>de</strong> água da fonte.<br />

Packo queria viajar, conhecer novas terras, monumentos, amigos... mas nunca<br />

tinha saído da sua cida<strong>de</strong> natal.<br />

Um dia, resolveu arranjar uma bolsa <strong>de</strong> estudo, para entrar num intercâmbio<br />

escolar. Tinha já catorze anos e <strong>de</strong>cidiu escolher a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Agra para o seu <strong>de</strong>stino <strong>de</strong><br />

férias da Páscoa. Agra é uma cida<strong>de</strong> que fica na Índia.<br />

Uma semana antes da Páscoa, Packo viajou para Agra, mas antes teve <strong>de</strong> se<br />

dirigir a Buenos Aires, pois era lá que se encontrava o único aeroporto do país.<br />

Quando chegou a Agra, saiu do aeroporto e tentou dirigir-se à sua casa <strong>de</strong><br />

acolhimento. Tinha apenas um papel a indicar a morada, olhava continuamente para<br />

aquele papel, que cada vez mais o baralhava. Foi perguntando, mas ninguém o conseguiu<br />

ajudar, pois não percebiam a sua língua.<br />

Entretanto, chegou a noite. Não tinha on<strong>de</strong> dormir e tentou encontrar um lugar<br />

seguro. Quando ia a passar por umas ruazinhas estreitas, foi parar a uma espécie <strong>de</strong> beco<br />

sem saída, ou um labirinto... sei lá! Só sei é que encontrou dois homens com cara <strong>de</strong><br />

poucos amigos...pessoas más, ou seja, terroristas. Apontaram-lhe uma faca e ele, sem<br />

reacção, tentou fugir por entre aquelas ruas, que cada vez mais o iam baralhando. De<br />

repente, viu uma luz ao fundo e tentou segui-la. Aquela luz era como se fosse um oásis,<br />

no meio do <strong>de</strong>serto quente e seco. Seguiu os caminhos indicados pela luz, até que<br />

encontrara um santuário, ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> belos e extensos jardins que o contornavam. Packo<br />

escon<strong>de</strong>u-se entre os arbustos, acabando por <strong>de</strong>spistar os assaltantes.<br />

Passado o susto, Packo dirigiu-se à porta do santuário e por lá adormeceu.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!