Pedaços de Noz 2007 - Escola Secundária Stuart Carvalhais
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<strong>Pedaços</strong> <strong>de</strong> <strong>Noz</strong> | 86<br />
Uma aventura nas férias da Páscoa<br />
Há tempos, conheci um amigo chamado Packo Ibañes. Era argentino, vivia em<br />
Córdoba, uma bonita cida<strong>de</strong> da gran<strong>de</strong> Argentina. Packo era muito ligado à sua cida<strong>de</strong>,<br />
gostava muito <strong>de</strong>la, mas eu não via gran<strong>de</strong> coisa naquele local. Ele dizia que adorava<br />
aquelas fontes, que continham os cristais mais reluzentes <strong>de</strong> toda a América Latina.<br />
Vivia numa humil<strong>de</strong> casa no meio da cida<strong>de</strong>.<br />
Durante as férias, <strong>de</strong> manhãzinha, Packo acordava ao primeiro raio <strong>de</strong> sol,<br />
brilhante como uma moeda <strong>de</strong> prata a chocar com a luz clara e reluzente que entrava<br />
através da sua janela. Costumava levar a bola a passear pelas ruas da cida<strong>de</strong> e beber um<br />
pouco <strong>de</strong> água da fonte.<br />
Packo queria viajar, conhecer novas terras, monumentos, amigos... mas nunca<br />
tinha saído da sua cida<strong>de</strong> natal.<br />
Um dia, resolveu arranjar uma bolsa <strong>de</strong> estudo, para entrar num intercâmbio<br />
escolar. Tinha já catorze anos e <strong>de</strong>cidiu escolher a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Agra para o seu <strong>de</strong>stino <strong>de</strong><br />
férias da Páscoa. Agra é uma cida<strong>de</strong> que fica na Índia.<br />
Uma semana antes da Páscoa, Packo viajou para Agra, mas antes teve <strong>de</strong> se<br />
dirigir a Buenos Aires, pois era lá que se encontrava o único aeroporto do país.<br />
Quando chegou a Agra, saiu do aeroporto e tentou dirigir-se à sua casa <strong>de</strong><br />
acolhimento. Tinha apenas um papel a indicar a morada, olhava continuamente para<br />
aquele papel, que cada vez mais o baralhava. Foi perguntando, mas ninguém o conseguiu<br />
ajudar, pois não percebiam a sua língua.<br />
Entretanto, chegou a noite. Não tinha on<strong>de</strong> dormir e tentou encontrar um lugar<br />
seguro. Quando ia a passar por umas ruazinhas estreitas, foi parar a uma espécie <strong>de</strong> beco<br />
sem saída, ou um labirinto... sei lá! Só sei é que encontrou dois homens com cara <strong>de</strong><br />
poucos amigos...pessoas más, ou seja, terroristas. Apontaram-lhe uma faca e ele, sem<br />
reacção, tentou fugir por entre aquelas ruas, que cada vez mais o iam baralhando. De<br />
repente, viu uma luz ao fundo e tentou segui-la. Aquela luz era como se fosse um oásis,<br />
no meio do <strong>de</strong>serto quente e seco. Seguiu os caminhos indicados pela luz, até que<br />
encontrara um santuário, ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> belos e extensos jardins que o contornavam. Packo<br />
escon<strong>de</strong>u-se entre os arbustos, acabando por <strong>de</strong>spistar os assaltantes.<br />
Passado o susto, Packo dirigiu-se à porta do santuário e por lá adormeceu.