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Pedaços de Noz 2007 - Escola Secundária Stuart Carvalhais

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Auto-Retrato<br />

<strong>Pedaços</strong> <strong>de</strong> <strong>Noz</strong> | 49<br />

Talvez apenas agora consiga <strong>de</strong>screver algo <strong>de</strong> si própria, no entanto é<br />

exactamente agora que é mais difícil essa <strong>de</strong>scrição. Conhecer-se a si mesmo...,<br />

talvez ninguém na vida algum dia o consiga, mas, para ela, esse conhecimento<br />

começou agora... agora que acordou para si.<br />

Reconhecem-na como uma pessoa calma e com voz suave e pouco sonora,<br />

apenas não a reconhecem quando os seus sentimentos se revelam, quando o seu<br />

eu habitual dá lugar a um eu diferente, contraditório, que abandona toda a<br />

serenida<strong>de</strong> e a monotonia, e abraça a instabilida<strong>de</strong>. Esse eu que raros são os que<br />

chegam a conhecer.<br />

O espelho reflecte os seus cabelos escuros, reflecte os seus olhos gran<strong>de</strong>s e<br />

profundos que <strong>de</strong>ixam escapar os pensamentos, reflecte as suas finas e <strong>de</strong>licadas<br />

mãos.<br />

Mas no espelho, para além da sua figura magra, ela consegue ver os seus<br />

<strong>de</strong>feitos. Precipitada... talvez a caracterize bem, e a teimosia ... <strong>de</strong> certo modo<br />

também possui alguma, mesmo que pouca. Altruísta ... isso sim, sempre se<br />

criticou por ter uma faceta assim, quantas vezes se sentiu mal e prejudicada no<br />

passado...<br />

Gosta <strong>de</strong> libertar a sua imaginação, <strong>de</strong>ixar fluír os seus pensamentos e<br />

sonhar, como se voasse... a maioria das vezes através <strong>de</strong> um lápis <strong>de</strong> grafite e <strong>de</strong><br />

um papel. Quando era pequena, adorava <strong>de</strong>senhar vestidos e, por isso, queria ser<br />

estilista. Mas agora cresceu e, apesar <strong>de</strong> esse sonho ainda se encontrar guardado<br />

no fundo do peito, os seus olhos já não o olham como futuro... talvez se a vida<br />

assim quiser, um dia, quem sabe, ainda realize um sonho <strong>de</strong> infância... quem<br />

sabe...<br />

Sofia Ribeiro<br />

10º B

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