Pedaços de Noz 2007 - Escola Secundária Stuart Carvalhais
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Crónica<br />
<strong>Pedaços</strong> <strong>de</strong> <strong>Noz</strong> | 13<br />
É verda<strong>de</strong> que, sem nada para fazer, conto as diversas rachas da minha, mais<br />
amarela que branca, pare<strong>de</strong>, procurando um discorrer <strong>de</strong> palavras com um sentido<br />
literário profundo, reflectindo sobre o facto consumado <strong>de</strong> que escrever nunca foi a<br />
minha paixão e <strong>de</strong> que sobre a escrita nunca antes me <strong>de</strong>brucei, pelo menos, seriamente.<br />
É rara a <strong>de</strong>dicação a algo: escrita, pintura, <strong>de</strong>senho, fotografia… enfim, tudo<br />
aquilo que não nasce connosco e tudo aquilo que está relacionado com gran<strong>de</strong>s doses <strong>de</strong><br />
trabalho enfadonho e <strong>de</strong>morado, processos <strong>de</strong> aperfeiçoamento que, só <strong>de</strong> pensar neles,<br />
nem chego a começar.<br />
É assim que o comodismo vicioso, preguiçosamente difícil <strong>de</strong> quebrar, se torna o<br />
lema <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> ociosos como eu. É assim, também, que os preguiçosos como eu se<br />
tornam acomodados à sombra <strong>de</strong> uma ambição fantasma.<br />
E agora, não analisando as rachas, mas sim os buracos da minha, mais amarela<br />
que branca, pare<strong>de</strong>, reflicto sobre as muitas oportunida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ixei fugir por entre os<br />
<strong>de</strong>dos. Essas oportunida<strong>de</strong>s que causam uma frustração sempre presente <strong>de</strong> quem sabe<br />
que podia ter dado mais um passo em direcção ao armário dos arquivos “que<br />
aconteceram”.<br />
sou eu.<br />
Joana Neto<br />
11ºC<br />
E é assim que chego à conclusão que, <strong>de</strong> facto, o maior buraco da minha pare<strong>de</strong>