13.04.2013 Views

st 409 – elementos de geologia e mecânica dos

st 409 – elementos de geologia e mecânica dos

st 409 – elementos de geologia e mecânica dos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ST <strong>409</strong> <strong>–</strong> ELEMENTOS DE GEOLOGIA E MECÂNICA DOS SOLOS<br />

ROCHAS SEDIMENTARES<br />

1


ROCHAS SEDIMENTARES<br />

ROCHAS SEDIMENTARES: são as rochas que se formaram<br />

tanto pela ativida<strong>de</strong> <strong>mecânica</strong> como química <strong>dos</strong> agentes do<br />

intemperismo sobre rochas pré-exi<strong>st</strong>entes. São o acúmulo do<br />

produto da <strong>de</strong>composição e <strong>de</strong>sintegração <strong>de</strong> todas as rochas<br />

presentes na Cro<strong>st</strong>a.<br />

As áreas <strong>de</strong> ocorrência são <strong>de</strong>nominadas BACIAS<br />

SEDIMENTARES. Ex: bacia sedimentar do Paraná, bacia<br />

sedimentar <strong>de</strong> São Paulo.<br />

2


ROCHAS SEDIMENTARES<br />

As rochas sedimentares são produtos do intemperismo<br />

mecânico e químico, representando apenas 5% (em volume)<br />

do exterior da Terra.<br />

Contêm evidências <strong>de</strong> ambientes passa<strong>dos</strong>.<br />

Muitas vezes, contêm fósseis.<br />

Fornecem informações sobre transporte <strong>de</strong> sedimentos<br />

3


CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DE<br />

UMA ROCHA SEDIMENTAR<br />

Pré-exi<strong>st</strong>ência <strong>de</strong> rochas.<br />

Presença <strong>de</strong> agentes móveis ou imóveis que <strong>de</strong>sagreguem ou<br />

<strong>de</strong>sintegrem aquelas rochas.<br />

Presença <strong>de</strong> agente transportador <strong>dos</strong> sedimentos.<br />

Deposição <strong>de</strong>sse material em uma bacia <strong>de</strong> acumulação,<br />

continental ou marinha.<br />

Consolidação <strong>de</strong>sses sedimentos.<br />

Diagênese: transformação do sedimento em rochas <strong>de</strong>finitivas.<br />

4


CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DE<br />

UMA ROCHA SEDIMENTAR<br />

LITIFICAÇÃO (DIAGÊNESE): último processo que ocorre<br />

na formação das rochas sedimentares. o processo é divido em:<br />

CIMENTAÇÃO: cri<strong>st</strong>alização <strong>de</strong> material carreado pela<br />

água que percola pelos vazios do sedimento (espaço <strong>de</strong><br />

vazios <strong>de</strong>ixa<strong>dos</strong> pelas partículas sólidas), preenchendo-os e<br />

dando coesão ao material;<br />

COMPACTAÇÃO: compressão <strong>dos</strong> sedimentos <strong>de</strong>vido ao<br />

peso daqueles sobrepo<strong>st</strong>os, havendo gradual diminuição da<br />

porosida<strong>de</strong> (redução <strong>dos</strong> vazios);<br />

AUTIGÊNESE: formação <strong>de</strong> novos minerais in situ.<br />

5


ESTRUTURA DAS ROCHAS SEDIMENTARES<br />

As rochas sedimentares são caracterizadas por sua<br />

<br />

e<strong>st</strong>ratificação, pois são geralmente formadas <strong>de</strong> camadas<br />

superpo<strong>st</strong>as que po<strong>de</strong>m diferir uma das outras em composição,<br />

textura, espessura, cor, resi<strong>st</strong>ência, etc.<br />

Os planos <strong>de</strong> e<strong>st</strong>ratificação, também chama<strong>dos</strong> <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />

sedimentação, são normalmente planos <strong>de</strong> fraqueza da rocha,<br />

que muito influem no seu comportamento mecânico.<br />

6


INTEMPERISMO<br />

Intemperismo ou Meteorização: conjunto <strong>de</strong><br />

processos mais geral que ocasiona a<br />

<strong>de</strong>sintegração e <strong>de</strong>composição das rochas e<br />

<strong>dos</strong> minerais por ação <strong>de</strong> agentes<br />

atmosféricos e biológicos.<br />

Importância geológica: <strong>de</strong><strong>st</strong>ruição das rochas<br />

para originar solos, sedimentos e as rochas<br />

sedimentares.<br />

Benefícios econômicos: concentração <strong>de</strong><br />

minerais úteis ou minérios (ouro, platina,<br />

pedras preciosas, etc). Formação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pósitos enriqueci<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Cu, Mn, Ni, etc.<br />

7


INTEMPERISMO E EROSÃO<br />

INTEMPERISMO: fenômeno <strong>de</strong> alteração das rochas<br />

executado por agentes essencialmente imóveis.<br />

EROSÃO: remoção e transporte <strong>dos</strong> materiais por meio <strong>de</strong><br />

agentes móveis (água, vento).<br />

8


AGENTES DO INTEMPERISMO<br />

Físicos ou mecânicos (<strong>de</strong>sagregação)<br />

variação da temperatura;<br />

congelamento da água;<br />

cri<strong>st</strong>alização <strong>de</strong> sais;<br />

ação física <strong>de</strong> vegetais.<br />

Químicos (<strong>de</strong>composição)<br />

hidrólise;<br />

hidratação;<br />

oxidação;<br />

carbonatação;<br />

ação química <strong>dos</strong> organismos e <strong>dos</strong> materiais orgânicos.<br />

9


FATORES QUE INFLUEM NO INTEMPERISMO<br />

CLIMA: em regiões quentes e úmidas predomina<br />

intemperismo químico e em regiões geladas e nos <strong>de</strong>sertos<br />

predomina intemperismo físico.<br />

TOPOGRAFIA.<br />

TIPO DE ROCHA.<br />

VEGETAÇÃO.<br />

10


TIPOS DE INTEMPERISMO<br />

INTEMPERISMO FÍSICO: ação<br />

da variação da temperatura<br />

expansão - contração → <strong>de</strong>sintegração<br />

congelamento da água:<br />

aumento <strong>de</strong> volume <strong>de</strong><br />

aproximadamente 10%.<br />

cri<strong>st</strong>alização <strong>de</strong> sais: força <strong>de</strong><br />

cri<strong>st</strong>alização.<br />

ação física <strong>dos</strong> vegetais:<br />

crescimento <strong>de</strong> raízes.<br />

11


INTEMPERISMO QUÍMICO<br />

A água, carregada <strong>de</strong> O 2 , CO 2 , e às vezes <strong>de</strong><br />

nitratos e nitritos po<strong>de</strong>m ficar impregna<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> áci<strong>dos</strong>, sais e produtos orgânicos e<br />

iniciar ataques às rochas.<br />

Hidrólise: a reação <strong>de</strong> qualquer sub<strong>st</strong>ância com<br />

a água. Íons <strong>de</strong> hidrogênio atacam e sub<strong>st</strong>ituem<br />

outros íons (formação <strong>de</strong> novas sub<strong>st</strong>âncias).<br />

Ex: KALSI 3 O 8 + H 2 O → HALSI 3 O 8 +<br />

KOH (feldspato, ortoclásio)<br />

Hidratação: adição <strong>de</strong> moléculas <strong>de</strong> água<br />

aos minerais formando novos compo<strong>st</strong>os.<br />

Ex: CASO 4 + H 2 O → CASO 4 .2H 2 O<br />

Provoca também o aumento <strong>de</strong> volume <strong>–</strong><br />

<strong>de</strong>sintegração.<br />

Carbonatação: (<strong>de</strong>composição por CO 2 )<br />

CO2 contido na água forma ácido<br />

carbônico.<br />

Ex: CO 2 + H 2 O → H 2 CO 3<br />

CACO 3 + H 2 CO 3 → CA(HCO 3 ) 2<br />

(calcita) + (ác. carb.) → (bicarbonato <strong>de</strong><br />

cálcio)<br />

12


INTEMPERISMO QUÍMICO<br />

OXIDAÇÃO: qualquer reação quando os elétrons são perdi<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong> um elemento. Decomposição <strong>dos</strong> minerais pela ação<br />

oxidante <strong>de</strong> O 2 E CO 2 dissolvi<strong>dos</strong> na água: hidratos, óxi<strong>dos</strong>,<br />

carbonatos, etc. Minerais contendo Fe, Mn, S, Cu são mais<br />

susceptíveis à oxidação.Ex:<br />

Fe ++ → Fe +++<br />

Fe(HCO 3 ) 2 + O 2 → Fe 2 O 3 NH 2 O + HCO 3 (LIMONITA)<br />

DECOMPOSIÇÃO QUÍMICO-BIOLÓGICA: ação química<br />

<strong>dos</strong> organismos <strong>–</strong> muito variada<br />

13


DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS<br />

14


DECOMPOSIÇÃO DAS ROCHAS<br />

Grupo resultante da <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> um granito:<br />

minerais inalteráveis: quartzo, zircão e muscovita.<br />

resíduos insolúveis: argilas, sub<strong>st</strong>âncias corantes.<br />

sub<strong>st</strong>âncias solúveis: sais <strong>de</strong> K, Na, Fe, Mg e Sílica.<br />

Sub<strong>st</strong>âncias solúveis:<br />

geralmente transportado para o mar (salinização);<br />

regiões <strong>de</strong> alta evaporação (<strong>de</strong>pósitos);<br />

sílica, geralmente <strong>de</strong>positadas em fraturas, e como material <strong>de</strong><br />

cimentação.<br />

Sub<strong>st</strong>âncias insolúveis:<br />

po<strong>de</strong>m permanecer no local;<br />

grãos <strong>de</strong> quartzo formam camadas <strong>de</strong> areia;<br />

partículas <strong>de</strong> argila são transportadas, e <strong>de</strong>pois sedimentadas para<br />

formar camadas <strong>de</strong> lama.<br />

15


CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES<br />

Prevalece o critério genético, sendo <strong>de</strong> origem externa.<br />

16


ROCHAS SEDIMENTARES<br />

17


ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA<br />

Também <strong>de</strong>nominadas: clá<strong>st</strong>icas ou <strong>de</strong>tríticas são formadas a partir da<br />

<strong>de</strong>sagregação <strong>de</strong> rochas pré-exi<strong>st</strong>entes pelo transporte da ação separada ou<br />

conjunta da gravida<strong>de</strong>, vento, água e gelo, e <strong>de</strong>positada po<strong>st</strong>eriormente. A<br />

composição <strong>de</strong><strong>st</strong>es sedimentos reflete os processos <strong>de</strong> intemperismo e a<br />

<strong>geologia</strong> da área da fonte.<br />

Caracterí<strong>st</strong>icas:<br />

inicialmente inconsolidado con<strong>st</strong>ituindo o sedimento;<br />

dimensões das partículas: coloidais até centímetros e blocos maiores;<br />

após compactação e/ou cimentação <strong>–</strong> rochas sedimentares ou rocha<br />

e<strong>st</strong>ratificada;<br />

sub<strong>st</strong>âncias cimentantes mais comuns: sílica, carbonato <strong>de</strong> cálcio,<br />

limonita, gipso, barita, etc.<br />

Subdivisões <strong>de</strong> acordo com diâmetros predominantes:<br />

grosseira;<br />

arenosas;<br />

argilosas.<br />

18


ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA<br />

ROCHAS GROSSEIRAS<br />

Φ≥2 mm e são originadas por <strong>de</strong>pósitos<br />

coluviais <strong>de</strong> tálus e os <strong>de</strong> aluvião. Tipos:<br />

Conglomera<strong>dos</strong>: fragmentos<br />

arredonda<strong>dos</strong>, transporta<strong>dos</strong> e<br />

<strong>de</strong>posita<strong>dos</strong>. O tamanho <strong>dos</strong><br />

fragmentos varia <strong>de</strong> seixos até<br />

matacões.<br />

Brechas: fragmentos angulosos e<br />

cimenta<strong>dos</strong> por sílica, carbonato<br />

<strong>de</strong> cálcio, etc; o que <strong>de</strong>mon<strong>st</strong>ra<br />

que o transporte não foi muito<br />

gran<strong>de</strong>.<br />

19


ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA<br />

ROCHAS ARENOSAS<br />

São as mais representativas e<br />

comuns, com diâmetros entre 0,01<br />

e 2 mm. Tipos:<br />

Arenitos: con<strong>st</strong>ituídas <strong>de</strong><br />

partículas ou grânulos <strong>de</strong> quartzo<br />

<strong>de</strong>trítico, subangulares ou<br />

angulares. O cimento po<strong>de</strong> ser<br />

sílica, carbonato e cálcio,<br />

<br />

sub<strong>st</strong>âncias ferruginosas, etc.<br />

Siltito: granulação finíssima Φ≥ 0,01 mm, forma<strong>dos</strong> por erosão<br />

fluvial, lacu<strong>st</strong>re ou glacial.<br />

Apresentam camadas muito finas<br />

i<strong>de</strong>ntificadas por diferentes faixas<br />

coloridas (películas <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong><br />

ferro).<br />

20


ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA<br />

ROCHAS ARGILOSAS<br />

São representadas pelos mais finos sedimentos mecanicamente<br />

forma<strong>dos</strong>, com Φ ≤0,01 mm até dimensões coloidais. São<br />

dividi<strong>dos</strong> em três grupos:<br />

Grupo do caulim<br />

Grupo da montmorillonita<br />

Grupo das illitas (hidrômicas)<br />

Ex: folhelhos (camadas horizontais bem <strong>de</strong><strong>st</strong>acadas em planos) e<br />

argilito (planos horizontais são menos comuns).<br />

21<br />

Folhelho. Fonte: Museu “Heinz Ebert" rc.unesp Argilito. Fonte: Museu “Heinz Ebert" rc.unesp


ROCHAS DE ORIGEM MECÂNICA<br />

Resumo: as rochas sedimentares clá<strong>st</strong>icas formam a gran<strong>de</strong><br />

família das rochas sedimentares. O tipo <strong>de</strong> sedimento<br />

originário conce<strong>de</strong> o nome a rocha formada.<br />

22


ROCHAS DE ORIGEM QUÍMICA<br />

Além <strong>dos</strong> produtos clá<strong>st</strong>icos <strong>de</strong>posita<strong>dos</strong> mecanicamente,<br />

resultam do intemperismo compo<strong>st</strong>os solúveis que tem<br />

<strong>de</strong><strong>st</strong>inos diversos. E<strong>st</strong>es compo<strong>st</strong>os po<strong>de</strong>m precipitar junto<br />

com as frações <strong>de</strong>tríticas e sofrer cimentação. Entretanto, é<br />

importante frizar que a maior parte <strong>dos</strong> compo<strong>st</strong>os solúveis são<br />

leva<strong>dos</strong> aos mares (salinida<strong>de</strong>):<br />

Calcárias: precipita<strong>dos</strong> em bacias através <strong>de</strong> mudanças físicoquímicas<br />

do meio. Ex. mármore travertino, crescimento <strong>de</strong><br />

e<strong>st</strong>alactites e e<strong>st</strong>alagmites, dolomitos, etc.<br />

Ferruginosas: origem inorgânica e química.<br />

Silicosas: precipitação <strong>de</strong> soluções cujo con<strong>st</strong>ituinte<br />

predominante é a sílica. Ex. sílex <strong>de</strong> origem química.<br />

Salinas: produto da precipitação química das bacias. Ex.<br />

cloretos, sulfatos, boratos, nitratos, etc.<br />

23


ROCHAS DE ORIGEM ORGÂNICA<br />

São <strong>de</strong>pósitos sedimentares <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong>, direta ou indiretamente, à ativida<strong>de</strong><br />

animal e/ou vegetal <strong>de</strong> natureza diversa. Esses materiais acumulam-se<br />

principalmente no fundo <strong>dos</strong> mares:<br />

Calcárias: acúmulo <strong>de</strong> conchas ou carapaças <strong>de</strong> composição<br />

carbonatada.<br />

Carbonosas: acúmulo <strong>de</strong> matéria vegetal com po<strong>st</strong>erior carbonização,<br />

total ou parcial, e consolidada. Compreen<strong>de</strong> as turfas e carvão.<br />

Os carvões são classifica<strong>dos</strong> em lignito, carvão betuminoso e antracito<br />

conforme diminuição da porcentagem <strong>de</strong> matéria volátil e o aumento do<br />

conteúdo <strong>de</strong> carbono.<br />

rochas carbonatadas (calcáreo, giz);<br />

rochas fosfatadas (fosforito, guano);<br />

rochas ferríferas (limonita);<br />

rochas silicosas (diatomitos);<br />

rochas carbonosas (carvão, antracito).<br />

24


ROCHAS SEDIMENTARES NÃO CLÁSTICAS RESIDUAIS<br />

Na condição <strong>de</strong> ações climáticas, topográficas e <strong>de</strong> vegetação,<br />

os solos <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada região po<strong>de</strong>m sofrer sensíveis<br />

modificações.<br />

A retirada e aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> componentes po<strong>de</strong> levar<br />

o solo ao concrecionamento em um primeiro e<strong>st</strong>ágio e a<br />

cru<strong>st</strong>ificação (geração <strong>de</strong> cro<strong>st</strong>as) em um e<strong>st</strong>ágio final. Ex:<br />

cangas.<br />

25


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES -EDIFICAÇÕES<br />

As rochas sedimentares bem cimentadas po<strong>de</strong>m se con<strong>st</strong>ituir<br />

em bom material para blocos <strong>de</strong> fundação e <strong>de</strong> alvenaria,<br />

calçadas, meios fios, etc. Ex: arenito <strong>de</strong> botucatu.<br />

26


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES -EDIFICAÇÕES<br />

Quando poucos cimenta<strong>dos</strong> ou trabalha<strong>dos</strong> por agentes<br />

geológicos, as rochas sedimentares po<strong>de</strong>m dar origem a<br />

<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias e pedregulhos ou <strong>de</strong> lamitos, com imensa<br />

utilização na con<strong>st</strong>rução civil, os primeiros no concreto e os<br />

últimos, na fabricação <strong>de</strong> tijolos e cerâmicas.<br />

27


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES -EDIFICAÇÕES<br />

28


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES -EDIFICAÇÕES<br />

29


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES -EDIFICAÇÕES<br />

30


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - ATERROS<br />

Os solos origina<strong>dos</strong> <strong>de</strong> rochas sedimentares, especialmente as<br />

argilo-arenosas, po<strong>de</strong>m ser utilizadas com certa tranquilida<strong>de</strong><br />

em aterros, já que combinando o atrito das areias com a coesão<br />

das argilas dão, como produto final, um material com boa<br />

resi<strong>st</strong>ência e <strong>de</strong> relativamente fácil trabalhabilida<strong>de</strong>.<br />

Os problemas surgem quando solos são predominantemente<br />

arenosos, pois são vulneráveis à erosão pela água das chuvas e<br />

ventos.<br />

31


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TALUDES<br />

A e<strong>st</strong>abilida<strong>de</strong> do talu<strong>de</strong> e<strong>st</strong>á diretamente associada à direção<br />

do plano <strong>de</strong> e<strong>st</strong>ratificação da rocha.<br />

32


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

A direção predominante do plano <strong>de</strong> e<strong>st</strong>ratificação da rocha é<br />

fundamental para o comportamento do maciço na frente <strong>de</strong><br />

escavação e <strong>dos</strong> possíveis tipos <strong>de</strong> tratamento e escoramento.<br />

33


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

Situação 1: túnel sempre nas mesmas camadas horizontais.<br />

E<strong>st</strong>a situação é <strong>de</strong>sfavorárel, pois po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>splacamento<br />

do teto por ação <strong>de</strong> flexão.<br />

34


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

Situação 2: túnel corta camadas diferentes, mergulhantes.<br />

Situação <strong>de</strong>sfavorável, pois com a escavação as placas <strong>de</strong><br />

rochas ten<strong>de</strong>m a ser <strong>de</strong>scalçadas, originando gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>smoronamentos.<br />

35


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

Situação 3: túnel atravessa camadas verticais diferentes. E<strong>st</strong>a é<br />

uma situação favorável, pois não há <strong>de</strong>scalçamento das placas<br />

<strong>de</strong> rocha na escavação.<br />

36


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

Situação 4: túnel atravessa as mesmas camadas mergulhantes.<br />

Situação <strong>de</strong>sfavorável no pé-direito do lado direito e favorável<br />

no pé-direito do lado esquerdo. Exigência <strong>de</strong> espessura<br />

assimétrica da abóboda <strong>de</strong> concreto armado.<br />

37


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

Situação 5: túnel atravessa as mesmas camadas verticais.<br />

Situação <strong>de</strong>sfavorável, pois as lajes são <strong>de</strong>scalças durante a<br />

escavação. O <strong>de</strong>smoronamento é menor do que quando são<br />

encontradas camadas horizontais.<br />

38


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

Situação 6: túnel atravessa camadas mergulhantes duas vezes.<br />

A situação é <strong>de</strong>sfavorável no teto do pé-direito esquerdo e<br />

favorável no pé-direito lado direito.<br />

39


Situação 1: muito e<strong>st</strong>ável<br />

Situação 2: pouco e<strong>st</strong>ável<br />

Situação 3: razoavelmente<br />

e<strong>st</strong>ável<br />

Situação 4: muito e<strong>st</strong>ável<br />

Situação 5: muito e<strong>st</strong>ável<br />

Situação 6: pouco e<strong>st</strong>ável<br />

(rocha ígnea diaclasada)<br />

APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - TÚNEIS<br />

40


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - BARRAGENS<br />

O empuxo das águas provoca esforços horizontais que ten<strong>de</strong>m<br />

a fazer com que a barragem <strong>de</strong>slize, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tipo <strong>de</strong><br />

rocha <strong>de</strong> fundação. O que vai impedir o <strong>de</strong>slizamento será o<br />

atrito entre a base da barragem e a rocha. Para aumentar esse<br />

atrito é que se enga<strong>st</strong>a a e<strong>st</strong>rutura na rocha através da<br />

escavação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes.<br />

Em algumas situações <strong>de</strong>sfavoráveis é comum a utilização <strong>de</strong><br />

tirantes <strong>de</strong> aço ancora<strong>dos</strong> abaixo do último plano <strong>de</strong><br />

e<strong>st</strong>ratificação. E<strong>st</strong>a medida garante a e<strong>st</strong>abilida<strong>de</strong> do maciço e<br />

aumenta a interligação da base da barragem com a rocha <strong>de</strong><br />

fundação.<br />

41


Problemas <strong>de</strong> erosão:<br />

APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - BARRAGENS<br />

A erosão interna é provocada pela percolação <strong>de</strong> águas ácidas<br />

através das camadas, dissolvendo o carbonato <strong>de</strong> cálcio e<br />

<strong>de</strong>ixando nas camadas vazios que irão progressivamente<br />

aumentando até atingirem cavernas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões.<br />

42


Problemas <strong>de</strong> erosão:<br />

APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - BARRAGENS<br />

A erosão externa é provocada pelas águas que saem da<br />

barragem, via e<strong>st</strong>ruturas hidráulicas como o vertedouro, a<br />

<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> fundo, etc. Essas correntes turbilhonadas, via <strong>de</strong><br />

regra dotadas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>rão levar, em pouco<br />

tempo, um volume enorme <strong>de</strong> rochas sedimentares pouco ou<br />

medianamente cimentadas.<br />

43


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - FUNDAÇÕES<br />

Os sedimentos recentes, atualmente<br />

<br />

concentra<strong>dos</strong> nas planícies <strong>de</strong> inundação<br />

<strong>dos</strong> cursos d’água (que e<strong>st</strong>ão em pleno<br />

processo <strong>de</strong> erosão-transporte-<strong>de</strong>posição e<br />

que ainda não sofreram mais diagênese,<br />

senão a pressão do próprio peso das<br />

camadas sobrepo<strong>st</strong>as), mo<strong>st</strong>ram algumas<br />

caracterí<strong>st</strong>icas que influem nos projetos<br />

<strong>de</strong> fundações: presença d’água muito<br />

próxima da superfície e a presença <strong>de</strong><br />

camadas lenticulares <strong>de</strong> argila no perfil<br />

(argila mole).<br />

Outros problemas e<strong>st</strong>ão associa<strong>dos</strong> a<br />

rochas calcáreas em contato com águas<br />

ácidas, provocando erosão interna, e<br />

arenitos pouco cimenta<strong>dos</strong> que e<strong>st</strong>ão<br />

sujeitos a erosão externa.<br />

44


APLICAÇÃO PRÁTICA DE ROCHAS<br />

SEDIMENTARES - CARVÃO MINERAL<br />

O carvão mineral é uma rocha sedimentar combu<strong>st</strong>ível, <strong>de</strong> cor<br />

preta e <strong>de</strong> vital importância na mo<strong>de</strong>rna indú<strong>st</strong>ria, pois, além<br />

da sua utilização em usinas termelétricas e na si<strong>de</strong>rurgia,<br />

con<strong>st</strong>itui uma das principais matérias-primas na fabricação <strong>de</strong><br />

vários tipos <strong>de</strong> plá<strong>st</strong>icos e compo<strong>st</strong>os químicos.<br />

45


Leituras:<br />

OBRIGADO PELA ATENÇÃO.<br />

Capítulo 6 <strong>de</strong> CHIOSSI, N. J. (1975).<br />

Capítulo II e III <strong>de</strong> LEINZ, V. (1998)<br />

Pesquisas adicionais:<br />

e<br />

www.rc.unesp.br/museudpm/<br />

www.periodicos.capes.gov.br<br />

www.abge.com.br<br />

Bibliotecas, Internet, etc.…<br />

46

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!