Experimentando as Profundezas de Jesus Cristo ... - Ibpan.com.br
Experimentando as Profundezas de Jesus Cristo ... - Ibpan.com.br Experimentando as Profundezas de Jesus Cristo ... - Ibpan.com.br
seu avanço. Eu exorto aqueles que chegaram a este estado mais avançado,<br />que sigam estas instruções, e não variem suas ocupações simples, mesmo<br />ao aproximarem-se da comunhão; que permaneçam em silêncio, e<br />permitam que Deus atue livremente. Ele não pode ser mais bem recebido<br />do que por Ele mesmo.<br />16. A Escritura<br />Neste estado, o método da leitura deve ser interrompido quando<br />nos sentirmos recolhidos; permaneçamos então, quietos, lendo pouco e<br />sempre deixando a leitura quando atraídos internamente.<br />A alma chamada a um estado de silêncio interior, não deve se<br />ocupar de orações vocais; sempre que fizer uso delas e encontrar ali uma<br />dificuldade e uma atração ao silêncio, que não faça uso da compulsão de<br />perseverar, mas que se entregue aos impulsos internos, a não ser que a<br />repetição destas orações seja uma obrigação. Em qualquer outro caso, é<br />muito melhor não se queimar com nenhum apego à repetição de fórmulas,<br />mas se deixar conduzir pelo Espírito Santo; desta forma, toda espécie de<br />devoção é alcançada num grau mais eminente.<br />17. Oração de Pedidos?<br />A alma não deveria se surpreender ao se sentir incapaz de oferecer a<br />Deus as petições que tem formalizado com facilidade; pois, neste estado, o<br />Espírito intercede por ela de acordo com a vontade de Deus; é esse<br />Espírito que auxilia nossas enfermidades; "Assim também o Espírito socorre<br />a nossa fraqueza, Pois não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio<br />Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis" (Rm 8,26). Devemos<br />seguir os projetos de Deus, que tendem a nos desvestir de toda operação<br />própria, para que as Suas possam substituí-las.<br />Que assim seja então em cada um de nós; não estejamos atados a<br />nada, por melhor que possa parecer; nada é válido, se de alguma forma<br />nos afasta daquilo que Deus deseja para cada um de nós. A vontade<br />divina é mais valiosa que qualquer outro bem. Afastemos então todo
interesse próprio e vivamos pela fé e pelo abandono; é neste ponto que<br />aquela fé genuína começa a operar.<br />18. Distrações<br />Em caso de nos desviarmos por coisas externas ou cometermos uma<br />falta, devemos nos voltar para o interior imediatamente; pois tendo com<br />isso nos afastado de Deus, é preciso voltar para Ele o mais rápido possível,<br />sofrendo a pena que Ele inflige.<br />É muito importante evitar a inquietação por conta de nossas faltas;<br />ela surge de uma raiz secreta do orgulho, e de um amor pela nossa<br />própria excelência; somos feridos ao sentirmos o que somos.<br />Se nos desencorajamos, enfraquecemos ainda mais; e das reflexões<br />sobre nossas imperfeições, surge uma mortificação, que normalmente é<br />pior do que as próprias imperfeições.<br />A alma verdadeiramente humilde não se surpreende diante de seus<br />defeitos e faltas; quanto mais miserável se considera, mais se abandona a<br />Deus, forçando uma aliança mais íntima com Ele, diante da necessidade<br />que sente de seu auxílio. Devemos preferir a indução desta atuação, como<br />o próprio Deus disse: "Vou instruir-te, indicando o caminho a seguir, com os<br />olhos sobre ti, eu serei teu conselho". (Sl, 32,8).<br />19. Tentação<br />Um confronto direto com as distrações e as tentações só serve para<br />aumentá-las e extrair a alma da aderência a Deus, que deveria ser sua<br />única ocupação. Deveríamos simplesmente nos voltar contra o mal, e nos<br />aproximar cada vez mais de Deus. Uma criancinha, ao perceber um<br />monstro, não espera para lutar com ele, e dificilmente volta seus olhos<br />para ele, mas rapidamente se encolhe no seio de sua mãe, garantindo sua<br />segurança. "Deus está no meio dela", diz o Salmista, "jamais será abalada.<br />Deus a ajudará desde antemanhã.". (Sl. 46,5).<br />Se atuarmos de outra forma, tentarmos atacar os inimigos com a<br />nossa fraqueza, fatalmente iremos nos ferir, quando não totalmente
- Page 1 and 2: Experimentando as Profundezas<br />
- Page 3 and 4: Prefácio à Edição em Português
- Page 5 and 6: mas entrem no meu principal propós
- Page 7 and 8: Há muitos outros assuntos que pode
- Page 9 and 10: Você pode pensar de si mesmo como
- Page 11 and 12: 2. Iniciando-se<br />Gostaria de di
- Page 13 and 14: Para que você possa ver isso mais
- Page 15 and 16: permanecer nessa revelação por ta
- Page 17 and 18: um.Todas as imaginações sobre Deu
- Page 19 and 20: "Endireita teu coração e sê cons
- Page 21 and 22: É preciso ter a convicção de que
- Page 23 and 24: verdadeiramente, não podemos fazer
- Page 25 and 26: Deus possui uma virtude atrativa qu
- Page 27 and 28: ela irá reconhecer que o silêncio
- Page 29 and 30: primavera viva desabrocha abundante
- Page 31: caminho é simplesmente se voltar a
- Page 35 and 36: é desistindo da própria vida, que
- Page 37 and 38: mais rápido é o seu curso; porque
- Page 39 and 40: é nova criatura; as coisas antigas
- Page 41 and 42: do vosso trabalho com aquilo que n
- Page 43 and 44: Ato contínuo é aquele pelo qual a
- Page 45 and 46: 23. Aos Obreiros Cristãos<br />Ao
- Page 47 and 48: colocar toda sua confiança em Sua
- Page 49 and 50: problema que os novos cristãos tê
- Page 51 and 52: que não pode ser ajustado à purez
- Page 53 and 54: intensificam, ela deve diminuir gra
- Page 55 and 56: também for boa, por que a necessá
seu avanço. Eu exorto aqueles que chegaram a este estado mais avançado,<<strong>br</strong> />
que sigam est<strong>as</strong> instruções, e não variem su<strong>as</strong> ocupações simples, mesmo<<strong>br</strong> />
ao aproximarem-se da <strong>com</strong>unhão; que permaneçam em silêncio, e<<strong>br</strong> />
permitam que Deus atue livremente. Ele não po<strong>de</strong> ser mais bem recebido<<strong>br</strong> />
do que por Ele mesmo.<<strong>br</strong> />
16. A Escritura<<strong>br</strong> />
Neste estado, o método da leitura <strong>de</strong>ve ser interrompido quando<<strong>br</strong> />
nos sentirmos recolhidos; permaneçamos então, quietos, lendo pouco e<<strong>br</strong> />
sempre <strong>de</strong>ixando a leitura quando atraídos internamente.<<strong>br</strong> />
A alma chamada a um estado <strong>de</strong> silêncio interior, não <strong>de</strong>ve se<<strong>br</strong> />
ocupar <strong>de</strong> orações vocais; sempre que fizer uso <strong>de</strong>l<strong>as</strong> e encontrar ali uma<<strong>br</strong> />
dificulda<strong>de</strong> e uma atração ao silêncio, que não faça uso da <strong>com</strong>pulsão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
perseverar, m<strong>as</strong> que se entregue aos impulsos internos, a não ser que a<<strong>br</strong> />
repetição <strong>de</strong>st<strong>as</strong> orações seja uma o<strong>br</strong>igação. Em qualquer outro c<strong>as</strong>o, é<<strong>br</strong> />
muito melhor não se queimar <strong>com</strong> nenhum apego à repetição <strong>de</strong> fórmul<strong>as</strong>,<<strong>br</strong> />
m<strong>as</strong> se <strong>de</strong>ixar conduzir pelo Espírito Santo; <strong>de</strong>sta forma, toda espécie <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>voção é alcançada num grau mais eminente.<<strong>br</strong> />
17. Oração <strong>de</strong> Pedidos?<<strong>br</strong> />
A alma não <strong>de</strong>veria se surpreen<strong>de</strong>r ao se sentir incapaz <strong>de</strong> oferecer a<<strong>br</strong> />
Deus <strong>as</strong> petições que tem formalizado <strong>com</strong> facilida<strong>de</strong>; pois, neste estado, o<<strong>br</strong> />
Espírito interce<strong>de</strong> por ela <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus; é esse<<strong>br</strong> />
Espírito que auxilia noss<strong>as</strong> enfermida<strong>de</strong>s; "Assim também o Espírito socorre<<strong>br</strong> />
a nossa fraqueza, Pois não sabemos o que pedir <strong>com</strong>o convém; m<strong>as</strong> o próprio<<strong>br</strong> />
Espírito interce<strong>de</strong> por nós <strong>com</strong> gemidos inefáveis" (Rm 8,26). Devemos<<strong>br</strong> />
seguir os projetos <strong>de</strong> Deus, que ten<strong>de</strong>m a nos <strong>de</strong>svestir <strong>de</strong> toda operação<<strong>br</strong> />
própria, para que <strong>as</strong> Su<strong>as</strong> possam substituí-l<strong>as</strong>.<<strong>br</strong> />
Que <strong>as</strong>sim seja então em cada um <strong>de</strong> nós; não estejamos atados a<<strong>br</strong> />
nada, por melhor que possa parecer; nada é válido, se <strong>de</strong> alguma forma<<strong>br</strong> />
nos af<strong>as</strong>ta daquilo que Deus <strong>de</strong>seja para cada um <strong>de</strong> nós. A vonta<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
divina é mais valiosa que qualquer outro bem. Af<strong>as</strong>temos então todo