Experimentando as Profundezas de Jesus Cristo ... - Ibpan.com.br
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verda<strong>de</strong>iramente, não po<strong>de</strong>mos fazer nada que possa ofen<strong>de</strong>r o objeto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
nossos sentimentos.<<strong>br</strong> />
10. Port<strong>as</strong> A<strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />
Digo que é praticamente impossível alcançar a perfeita mortificação<<strong>br</strong> />
dos sentidos e d<strong>as</strong> paixões. A razão é óbvia: a alma dá vigor e energia aos<<strong>br</strong> />
sentidos; os sentidos surgem e estimulam <strong>as</strong> paixões; um corpo morto não<<strong>br</strong> />
tem sensações, nem paixões, porque sua conexão <strong>com</strong> a alma está<<strong>br</strong> />
dissolvida. Todos os esforços para simplesmente retificar o exterior<<strong>br</strong> />
impelem a alma a se af<strong>as</strong>tar ainda mais daquilo <strong>com</strong> que está tenra e<<strong>br</strong> />
zelosamente <strong>com</strong>prometida. Seus po<strong>de</strong>res tornam-se difusos e<<strong>br</strong> />
dispersados; pois, sendo sua atenção imediatamente direcionada a<<strong>br</strong> />
austerida<strong>de</strong> e a outr<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> extern<strong>as</strong>, ela dá vigor a esses mesmos<<strong>br</strong> />
sentidos que <strong>de</strong>seja subjugar. Pois os sentidos não têm outra origem, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
on<strong>de</strong> <strong>de</strong>riva seu vigor, do que a aplicação da alma a eles; o grau <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />
vida e ativida<strong>de</strong> é proporcional ao grau <strong>de</strong> atenção que a alma presta a<<strong>br</strong> />
eles. Esta vida dos sentidos se agita e provoca <strong>as</strong> paixões, ao invés <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
suprimi-l<strong>as</strong> ou subjugá-l<strong>as</strong>; a austerida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fato, enfraquecer o<<strong>br</strong> />
corpo, m<strong>as</strong> pel<strong>as</strong> razões já mencionad<strong>as</strong>, nunca po<strong>de</strong> tirar a vitalida<strong>de</strong> dos<<strong>br</strong> />
sentidos, muito menos sua ativida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
O único método para efetivar a mortificação é o recolhimento<<strong>br</strong> />
interior, através do qual a alma se volta totalmente e por inteiro para o<<strong>br</strong> />
interior, para possuir um Deus presente. Se direcionar todo seu vigor e<<strong>br</strong> />
energia a isso, esse ato simples a separa dos sentidos e, empregando todos<<strong>br</strong> />
os seus po<strong>de</strong>res internamente, faz <strong>com</strong> que eles enfraqueçam; quanto mais<<strong>br</strong> />
perto <strong>de</strong> Deus, mais separada estará do EU. Assim, naqueles em quem <strong>as</strong><<strong>br</strong> />
atrações da graça são muito po<strong>de</strong>ros<strong>as</strong>, geralmente o homem exterior é<<strong>br</strong> />
fraco e débil, inclusive sujeitos a <strong>de</strong>smaios.<<strong>br</strong> />
Não quero <strong>com</strong> isso, <strong>de</strong>sencorajar a mortificação; ela <strong>de</strong>ve sempre<<strong>br</strong> />
a<strong>com</strong>panhar a oração, segundo o estado e a força individual ou <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />
obediência <strong>de</strong>manda. M<strong>as</strong>, digo que a mortificação não <strong>de</strong>ve ser nossa<<strong>br</strong> />
prática principal, nem <strong>de</strong>vemos nos prescrever austerida<strong>de</strong>s, m<strong>as</strong><<strong>br</strong> />
simplesmente seguir <strong>as</strong> atrações intern<strong>as</strong> da graça e nos preocupar <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />
divina presença; sem pensar particularmente na mortificação, Deus nos<<strong>br</strong> />
permitirá realizar vári<strong>as</strong> espécies <strong>de</strong> mortificações. Aqueles que