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Entre o corpo e a poesia:o processo criativo - EMAC - UFG

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apreendidas – de gostar, analisar, compreender os trabalhos de arte e seus<br />

autores. Esses seus saberes são resultantes de raízes culturais e de<br />

influências de seu ambiente cotidiano, educacional. Ao mesmo tempo, são<br />

saberes oriundos de suas próprias experimentações, reflexões, estudos e<br />

intervenções como agentes da recepção artística (FUSARI e FERRAZ,<br />

2001, p. 112).<br />

Aquilo que o espectador tem de mais próximo e acessível a respeito de arte,<br />

influenciará ou subsidiará sua análise quando este estiver perante uma obra<br />

diferente do que ele já viu e vivenciou. Sempre temos algum ponto de referência<br />

guardado em nossa memória esperando nossa solicitação para entrar em cena.<br />

Esses pontos de referência (enquanto ponto de referência e não de alienação)<br />

dinamizam a interação dos conhecimentos anteriores com os atuais. Esse<br />

movimento formador de conhecimentos, através do artista, da sua obra e da<br />

apreciação ativa da mesma, permite ao indivíduo se reformular como pessoa<br />

construtora de sua própria formação.<br />

Sendo assim, a arte trabalha dentro do <strong>processo</strong> de formação humana, pois,<br />

não é possível o desenvolvimento de uma cultura sem o desenvolvimento<br />

das suas formas artísticas.<br />

Não é possível uma educação intelectual, formal ou informal, de elite ou<br />

popular, sem arte, porque é impossível o desenvolvimento integral da<br />

inteligência sem o desenvolvimento do pensamento divergente, do<br />

pensamento visual e do conhecimento presentacional que caracterizam a<br />

arte.<br />

Se pretendemos uma educação não apenas intelectual, mas principalmente<br />

humanizadora, a necessidade da arte é ainda mais crucial para desenvolver<br />

a percepção e a imaginação, para captar a realidade circundante e<br />

desenvolver a capacidade criadora necessária à modificação desta<br />

realidade (BARBOSA, 2005, p. 5).<br />

Segundo a arte educadora Ana Mae Barbosa, devemos considerar que o<br />

universo artístico, recheado de possibilidades, possui também elementos que<br />

ajudam na expansão do conhecimento, na formação intelectual e humanizadora do<br />

ser humano e na educação e desenvolvimento do mundo. A arte engendra<br />

consistência à vida.<br />

<strong>Entre</strong>gar-se à vida, aos seus rumos, aos passos que ela dá, aos <strong>processo</strong>s<br />

de (re)construção, mostra-nos que vivemos amanhecendo sempre. Nascemos no<br />

dia de hoje, nesta hora, agora, nesse minuto, para nascermos novamente daqui a<br />

pouco, e, nascemos de novo! Nossa vida é feita de flashes que não se apagam e<br />

sim se registram. E essa vida nos convida a desfolhar, assim como acontece com as<br />

árvores.

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