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Entre o corpo e a poesia:o processo criativo - EMAC - UFG

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Encontramo-nos perante um ser complexo e em formação constante<br />

chamado homem. Esse projetor de sonhos e arquiteto das realizações é movido dia<br />

após dia a estar instaurando em sua vida, novidades que desencadeiam rumos,<br />

apontam saídas e portas de entrada, permitem reflexos e reflexões acerca do mundo<br />

que o rodeia. Ser humano: descobridor de possibilidades, encantador de caminhos,<br />

responsável para com as suas vontades e anseios, um ser idealizador de<br />

conquistas.<br />

O homem necessita estar em constantes descobertas. Instigado pelas suas<br />

dúvidas promove uma busca de respostas, se elas não vêm de imediato, ele utiliza<br />

perguntas como ponto de ligação para subsidiar sua procura. Ele se (re)constrói<br />

durante sua passagem pela vida. Os tijolos que compõem a sua existência são<br />

assentados um por um e quando não há encaixe, substitui-se por outro. Dá-se então<br />

uma reformulação de ideias e uma reconstituição de significados. Um diferencial<br />

encontrado no ser humano em relação aos outros animais é o de poder pensar, e<br />

com isso se recriar no intuito de melhor se promover nesse ambiente onde, homens<br />

<strong>criativo</strong>s se espelham em homens, experiências e vivências criativas.<br />

“Consideramos a criatividade um potencial inerente ao homem, e a<br />

realização desse potencial uma de suas necessidades‖ (OSTROWER, 1987, p. 5). O<br />

homem é um ser essencialmente <strong>criativo</strong>, ele precisa se desenvolver e juntamente<br />

com isso desenvolver o meio à sua volta. Cabe ao ser humano, de acordo com sua<br />

visão e projeção, expandir os horizontes <strong>criativo</strong>s, promover pontos de intersecção<br />

entre as novas descobertas e deixar pontas para futuras conquistas.<br />

Ninguém cria do nada e para nada, tudo vem de uma motivação e segue<br />

para uma determinada finalidade, mesmo que essa seja um grão de areia e, em<br />

primeiro momento, sem muita relevância.<br />

Devemos destacar a influência do meio social no <strong>processo</strong> criador do ser<br />

humano, pois ―a criação é um <strong>processo</strong> de herança histórica em que cada forma que<br />

sucede é determinada pelas anteriores‖ (VIGOTSKI, 2009, p. 42). O ato criador<br />

nunca está desvinculado das experiências, seja no âmbito real, social ou onírico. O<br />

criar no homem parte de um criar do homem em sociedade, em cultura:<br />

A natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural. Todo<br />

indivíduo se desenvolve em uma realidade social, em cujas necessidades e<br />

valorações culturais se moldam os próprios valores de vida. No indivíduo<br />

confrontam-se, por assim dizer, dois polos de uma mesma relação: a sua<br />

criatividade que representa as potencialidades de um ser único, e sua

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