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Luís Miguel Nunes Barata <strong>de</strong> Brito da Luz<br />

ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE DESENVOLVIMENTO<br />

DO SECTOR DAS PEDRAS NATURAIS:<br />

O CASO DOS MÁRMORES NO TRIÂNGULO DE<br />

ESTREMOZ - BORBA - VILA VIÇOSA 1980-2003<br />

<strong>Mestrado</strong> em Economia e Estudos Europeus<br />

Orientado por Prof. Doutor Horácio Crespo Pedrosa Faustino<br />

Constituição do Júri<br />

Presi<strong>de</strong>nte: Doutor Joaquim Alexandre dos Ramos Silva<br />

Vogal: Doutor Joaquim Luis Galego Lopes<br />

Vogal: Doutor Horácio Crespo Pedrosa Faustino<br />

Junho <strong>de</strong> 2005<br />

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA<br />

INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO<br />

3


Ao meu Avô José Brito da Luz<br />

4


RESUMO<br />

O sector das pedras naturais, em particular os mármores, objecto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>ste<br />

trabalho, tem sido <strong>de</strong> há décadas a esta parte com a extracção e a partir do início<br />

da década <strong>de</strong> 80 com a transformação um “cluster” a nível nacional, motor do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento regional <strong>de</strong> algumas zonas do país tais como o Alentejo, mais<br />

precisamente o triângulo marmorífero <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa.<br />

Com efeito, esta zona é a principal área extractiva <strong>de</strong> mármores em Portugal,<br />

facto esse que permitiu a implementação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 das principais indústrias<br />

transformadoras em termos <strong>de</strong> dimensão e inovação tecnológica, factores que<br />

contribuíram para o acréscimo da produtivida<strong>de</strong> e das exportações.<br />

Com a entrada <strong>de</strong> Portugal, em 1986, na então C.E.E., afl uíram ao nosso país<br />

e particularmente ao sector os tão importantes e esperados fundos estruturais<br />

que em muito vieram contribuir para a sua afi rmação, nos contextos nacional e<br />

internacional; este último pela via das exportações.<br />

Hoje em dia, porém, vivemos <strong>de</strong> um modo geral e também no sector, tempos<br />

difíceis, e não po<strong>de</strong>mos fi car indiferentes. O <strong>de</strong>créscimo das nossas exportações<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000 tem sido constante, com consequente perca <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>,<br />

a par <strong>de</strong> outros factores negativos internos, salienta-se a falta <strong>de</strong> uma<br />

estratégia política nacional para o sector, inexistência <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong><br />

criação <strong>de</strong> servidões administrativas e na vertente externa <strong>de</strong>staca-se a oferta<br />

<strong>de</strong> materiais similares a preços reduzidos.<br />

O presente trabalho preten<strong>de</strong> analisar no triângulo supracitado, o sector dos<br />

mármores, seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e contributo para a economia local<br />

e regional, propondo uma análise crítica ao <strong>de</strong>senvolvimento histórico não só<br />

na perspectiva da sua sustentabilida<strong>de</strong> económica e social, mas também na<br />

internacionalização do sector. 1<br />

Palavras-chave: mármore, bloco, chapa serrada ou polida, ladrilhos, material em obra.


ÍNDICE<br />

I . Introdução 13<br />

II . Análise do sector das pedras naturais: 1980 - 2003 19<br />

2.1 Perspectiva histórica 21<br />

2.2 Personalida<strong>de</strong>s, empresas, eventos e publicações <strong>de</strong> referência no sector 30<br />

2.3 O conceito do mármore 32<br />

2.3.1 O valor da matéria-prima 33<br />

2.4 Características dos mármores portugueses 36<br />

2.4.1 Características macroscópicas 36<br />

2.4.2 Características físico-mecânicas 36<br />

2.4.3 Condicionamentos ao aproveitamento do mármore 38<br />

2.5 Caracterização do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 39<br />

2.5.1 Localização 39<br />

2.5.2 Geologia 41<br />

2.5.2.1 Estratigrafi a 41<br />

2.5.2.2 Tectónica 43<br />

2.5.3 Principais núcleos <strong>de</strong> exploração 46<br />

2.5.4 Características do anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa 47<br />

2.6 Tipo <strong>de</strong> exploração 49<br />

2.6.1 Método <strong>de</strong> extracção 49<br />

2.6.1.1 Sequência das fases <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> uma pedreira 52<br />

2.6.1.2 Sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros 54<br />

2.6.2 Método <strong>de</strong> transformação 59<br />

2.6.2.1 Serragem 60<br />

2.6.2.2 Polimento 61<br />

2.7 Indicadores 65<br />

2.7.1 Ao nível da produção 65<br />

2.7.1.1 Extracção 65<br />

2.7.1.2 Transformação 71<br />

2.7.2 Ao nível do investimento 74<br />

2.7.2.1 Extracção 74<br />

2.7.2.2 Transformação 79<br />

2.7.3 Ao nível do emprego 81<br />

2.7.3.1 Extracção 81<br />

2.7.3.2 Transformação 84<br />

2.7.4 Ao nível da qualifi cação 86<br />

2.7.4.1 Extracção 86<br />

2.7.4.2 Transformação 91<br />

2.7.5 Habilitações 91<br />

2.7.5.1 Extracção 91<br />

2.7.5.2 Transformação 96<br />

2.7.6 Análise da estrutura <strong>de</strong> mercado 97<br />

2.7.6.1 Valor da produção e número <strong>de</strong> pessoas ao serviço nas 5 maiores empresas 97<br />

2.8 Índices do comércio intra-sectorial 99<br />

2.8.1 Mármore em bloco 100<br />

2.8.2 Mármore serrado 104<br />

2.8.3 Mármore em obra 108<br />

III . O Papel dos Fundos Estruturais 115<br />

3.1 Os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio e o investimento 117<br />

3.1.1 Pedip I 118<br />

3.1.1.1 As empresas 118<br />

3.1.1.2 As instituições 119<br />

3.1.2 Pedip II 120<br />

3.1.2.1 As empresas 120


3.1.2.2 As instituições 124<br />

3.1.3 Prime 128<br />

3.1.3.1 As empresas 128<br />

3.1.3.2 As instituições 132<br />

IV . A internacionalização pelo comércio: conjunto das estratégias <strong>de</strong> Portugal, Espanha e Itália 139<br />

4.1 Portugal 150<br />

4.2 Itália 154<br />

4.3 Espanha 164<br />

V . Propostas <strong>de</strong> política económica para o sector 175<br />

VI . Principais conclusões 185<br />

VII . Bibliografi a 193<br />

VIII . Anexos 201<br />

8.1 Anexo I 203<br />

8.2 Anexo II 206<br />

8.3 Anexo III 208


Lista <strong>de</strong> fi guras<br />

Figura 1 – Dólmen 25<br />

Figura 2 – Mapa geral da localização <strong>de</strong> rochas ornamentais portuguesas 26<br />

Figura 3 – Teatro em Mérida 28<br />

Figura 4 – Localização geográfi ca do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 39<br />

Figura 5 – Anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa 40<br />

Figura 6 – Sectores tectono–estratigráfi cos da zona Ossa - Morena em Portugal 41<br />

Figura 7 – Unida<strong>de</strong>s estratigráfi cas do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 43<br />

Figura 8 – Distribuição da fracturação em várias zonas do Anticlinal 45<br />

Figura 9 – Mapa geológico do anticlinal com a localização dos principais núcleos <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> mármores. 47<br />

Figura 10 – Esquema da carta geológica do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 48<br />

Figura 11 – Exploração <strong>de</strong> mármore na zona da Lagoa 52<br />

Figura 12 – Esquema <strong>de</strong> abaixamento <strong>de</strong> piso executado por uma roçadora 206<br />

Figura 13 – Esquema <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> um novo canal 2<strong>07</strong><br />

Lista <strong>de</strong> gráfi cos<br />

Gráfi co 1 – Produção das pedreiras <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 68<br />

Gráfi co 2 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 70<br />

Lista <strong>de</strong> fl uxogramas<br />

Fluxograma 1 – Sequência <strong>de</strong> exploração e sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros. 51<br />

Fluxograma 2 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma transformadora 59<br />

Fluxograma 3 – Ciclo do esquadrejamento dos blocos 60<br />

Fluxograma 4 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> chapa serrada em engenho <strong>de</strong> corte 61<br />

Fluxograma 5 – Principais núcleos mundiais <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> mármore 144<br />

Fluxograma 6 – Núcleos com alguma expressão na exploração <strong>de</strong> mármore 144<br />

Fluxograma 7 – Núcleos sem expressão na exploração <strong>de</strong> mármore 145<br />

Fluxograma 8 – Activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora 203<br />

Fluxograma 9 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício 204<br />

Fluxograma 10 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> uma transformadora 205<br />

Lista <strong>de</strong> quadros<br />

Quadro 1 – Características físico-mecânicas do anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa 37<br />

Quadro 2 – Formações geológicas presentes no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 42<br />

Quadro 3 – Produção <strong>de</strong> mármore do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 67<br />

Quadro 4 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas <strong>de</strong> 1980 a 1996 70<br />

Quadro 5 – Valor bruto da produção no distrito <strong>de</strong> Évora 72<br />

Quadro 6 – Valor dos produtos produzidos no distrito <strong>de</strong> Évora 73<br />

Quadro 7 – N.º <strong>de</strong> estabelecimentos activos 74<br />

Quadro 8 – Equipamento 76<br />

Quadro 9 – Síntese dos equipamentos 77<br />

Quadro 10 – Combustíveis 78<br />

Quadro 11 – Energia eléctrica 79<br />

Quadro 12 – Materiais e energia consumidos e serviços comprados 80<br />

Quadro 13 – Formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo 81<br />

Quadro 14 – Mão-<strong>de</strong>-obra 83<br />

Quadro 15 – Salários dos operários e dos encarregados 84<br />

Quadro 16 – Pessoal ao serviço na indústria transformadora 85<br />

Quadro 17 – Remunerações pagas na indústria transformadora 86<br />

Quadro 18 – Grupos etários na indústria extractiva 88<br />

Quadro 19 – Grupos etários na indústria transformadora 90<br />

Quadro 20 – Habilitações na indústria extractiva 92<br />

Quadro 21 – Habilitações na indústria transformadora 94<br />

Quadro 22 – 5 maiores empresas extractivas do distrito <strong>de</strong> Évora 97<br />

Quadro 23 – 5 maiores empresas transformadoras do distrito <strong>de</strong> Évora 98


Quadro 24 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em bloco 102<br />

Quadro 25 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore serrado 105<br />

Quadro 26 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em obra 110<br />

Quadro 27 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Empresas 118<br />

Quadro 28 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Instituições 120<br />

Quadro 29 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas 122<br />

Quadro 30 – Síntese por concelhos dos projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas 124<br />

Quadro 31 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Instituições 128<br />

Quadro 32 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Empresas 130<br />

Quadro 33 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Instituições 136<br />

Quadro 34 – Produção mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais por zonas económicas 142<br />

Quadro 35 – Principais varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármore do mundo 146<br />

Quadro 36 – Principais países produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais entre 1999 e 2003 148<br />

Quadro 37 – Importações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra 163<br />

Quadro 38 – Exportações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra 164<br />

Quadro 39 – Exportações <strong>de</strong> mármore em bruto 172<br />

Quadro 40 – Importações <strong>de</strong> mármore em bruto 173<br />

Quadro 41 – Exportações <strong>de</strong> mármore elaborado 173<br />

Quadro 42 – Importações <strong>de</strong> mármore elaborado 173<br />

Quadro 43 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1980 208<br />

Quadro 44 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1981 208<br />

Quadro 45 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1982 209<br />

Quadro 46 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1983 209<br />

Quadro 47 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1984 210<br />

Quadro 48 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1985 210<br />

Quadro 49 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1986 211<br />

Quadro 50 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1987 211<br />

Quadro 51 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1988 212<br />

Quadro 52 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1989 212<br />

Quadro 53 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1980 213<br />

Quadro 54 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1981 213<br />

Quadro 55 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1982 214<br />

Quadro 56 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1983 214<br />

Quadro 57 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1984 215<br />

Quadro 58 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1985 215<br />

Quadro 59 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1986 216<br />

Quadro 60 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1987 216<br />

Quadro 61 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1988 217<br />

Quadro 62 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1989 217<br />

Quadro 63 – Produtos produzidos em 1980 218<br />

Quadro 64 – Produtos produzidos em 1981 218<br />

Quadro 65 – Produtos produzidos em 1982 219<br />

Quadro 66 – Produtos produzidos em 1983 219<br />

Quadro 67 – Produtos produzidos em 1984 220<br />

Quadro 68 – Produtos produzidos em 1985 220<br />

Quadro 69 – Produtos produzidos em 1986 221<br />

Quadro 70 – Produtos produzidos em 1987 221<br />

Quadro 71 – Produtos produzidos em 1988 222<br />

Quadro 72 – Produtos produzidos em 1989 222<br />

Quadro 73 – Produtos produzidos em 1990 223<br />

Quadro 74 – Produtos produzidos em 1991 223<br />

Quadro 75 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1992 224<br />

Quadro 76 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1993 224<br />

Quadro 77 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1994 225<br />

Quadro 78 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1995 225


Quadro 79 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1996 226<br />

Quadro 80 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1997 226<br />

Quadro 81 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1998 227<br />

Quadro 82 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1999 227<br />

Quadro 83 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2000 228<br />

Quadro 84 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2001 228<br />

Quadro 85 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2002 229<br />

Quadro 86 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1980 230<br />

Quadro 87 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1981 231<br />

Quadro 88 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1982 232<br />

Quadro 89 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1983 233<br />

Quadro 90 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1984 234<br />

Quadro 91 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1985 236<br />

Quadro 92 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1986 238<br />

Quadro 93 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1987 239<br />

Quadro 94 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1988 240<br />

Quadro 95 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1989 242<br />

Quadro 96 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1990 244<br />

Quadro 97 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1991 246<br />

Quadro 98 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1992 248<br />

Quadro 99 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1993 250<br />

Quadro 100 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1994 252<br />

Quadro 101 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1995 254<br />

Quadro 102 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1996 256<br />

Quadro 103 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1997 258<br />

Quadro 104 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1998 260<br />

Quadro 105 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1999 262<br />

Quadro 106 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2000 264<br />

Quadro 1<strong>07</strong> – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2001 266<br />

Quadro 108 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2002 268<br />

Quadro 109 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2003 270<br />

Quadro 110 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1981 271<br />

Quadro 111 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1982 272<br />

Quadro 112 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1983 272<br />

Quadro 113 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1984 273<br />

Quadro 114 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1985 273<br />

Quadro 115 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1986 274<br />

Quadro 116 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1987 274<br />

Quadro 117 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1988 275<br />

Quadro 118 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1989 276<br />

Quadro 119 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1990 277<br />

Quadro 120 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1991 278<br />

Quadro 121 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1992 279<br />

Quadro 122 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1993 280<br />

Quadro 123 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1994 281<br />

Quadro 124 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1995 282<br />

Quadro 125 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1996 283<br />

Quadro 126 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1997 284<br />

Quadro 127 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1998 285<br />

Quadro 128 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1999 286<br />

Quadro 129 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2000 287<br />

Quadro 130 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2001 288<br />

Quadro 131 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2002 289<br />

Quadro 132 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2003 290


I . Introdução<br />

13


As pedras naturais constituem do ponto <strong>de</strong> vista económico, um dos mais signifi<br />

cativos sectores exportadores do nosso País, facto que mereceu ser referenciado<br />

no <strong>de</strong>signado Relatório Porter, como um “cluster”.<br />

No grupo <strong>de</strong> pedras naturais extraídas em Portugal, as rochas carbonatadas<br />

(calcários cristalinos, microcristalinos e sedimentares) ocupam o primeiro lugar<br />

<strong>de</strong> forma clara nas exportações portuguesas, o que permitiu, em passado<br />

recente, colocar Portugal (anos 70/80) em segundo lugar, no contexto mundial<br />

dos países produtores <strong>de</strong> mármore (A.E.H. – Rochas e Equipamentos, 2003).<br />

Actualmente, Portugal ocupa a nível mundial o oitavo lugar, com 2 837 000<br />

toneladas, atrás da China, este o principal produtor com 20 500 000 toneladas,<br />

Índia, Itália, Irão, Turquia, Espanha e Brasil na vertente da produção mundial<br />

<strong>de</strong> blocos, à frente <strong>de</strong> países como o Egipto e a Grécia. Na exportação <strong>de</strong><br />

mármores, ocupamos também o oitavo posto com 333 120 toneladas atrás da<br />

Turquia, <strong>de</strong>tentora da primeira posição, Itália, Espanha, Egipto, Irão, China e<br />

Grécia. A Turquia em 2004, pela primeira vez, passou a ser o principal fornecedor<br />

<strong>de</strong> mármores aos EUA, principal país consumidor, em <strong>de</strong>trimento da Itália<br />

(Stone Sector – Silvana Napoli 2004).<br />

O triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa constitui o principal pólo nacional<br />

da activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora <strong>de</strong>ste sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

concentrando mais <strong>de</strong> 99% do total <strong>de</strong> pedreiras <strong>de</strong> mármore activas no país,<br />

com forte incidência no concelho <strong>de</strong> Vila Viçosa (A.E.H. – Rochas e Equipamentos,<br />

2003).<br />

Neste contexto, o presente trabalho tem por objectivo efectuar um estudo sobre<br />

o mármore, para o período 1980-2003, principal pedra natural do universo<br />

dos recursos geológicos portugueses, assim como o seu contributo na criação<br />

<strong>de</strong> riqueza, sustentação social e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta região alentejana em<br />

particular e do país em geral.<br />

Efectivamente, a extracção <strong>de</strong> mármore no triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila<br />

Viçosa percorreu diferentes períodos históricos, contribuindo <strong>de</strong> forma diversa<br />

para que esta rocha portuguesa estivesse aplicada em gran<strong>de</strong>s obras <strong>de</strong> edifi cação<br />

monumental, resi<strong>de</strong>ncial e comercial por todo o mundo, mas foi sem dúvida<br />

durante os primeiros trinta anos do século XX que o mármore do Alentejo<br />

iníciou o seu percurso industrial, numa primeira fase através da exportação em<br />

15


locos durante o chamado período belga e posteriormente durante o <strong>de</strong>signado<br />

período italiano, em que a comercialização externa dos nossos mármores<br />

esteve entregue a empresários <strong>de</strong>stes dois países, para a partir dos meados dos<br />

anos setenta ser consi<strong>de</strong>rado em todo o mundo um dos mais reconhecidos e<br />

aplicados nos seus diferentes tipos <strong>de</strong> coloração, que vão dos rosas e cremes<br />

aos brancos.<br />

Com efeito, se Pêro Pinheiro era até então o principal pólo <strong>de</strong> transformação<br />

<strong>de</strong> pedra natural, foi a partir da década <strong>de</strong> 80 que as principais empresas extractivas<br />

sediadas na região alentejana instalaram novas unida<strong>de</strong>s industriais<br />

<strong>de</strong> transformação, numa perspectiva <strong>de</strong> verticalização, <strong>de</strong> economias <strong>de</strong> escala<br />

e <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> mais-valias, através da manufacturação dos blocos <strong>de</strong> mármores<br />

extraídos na região.<br />

Assim, ao serrarem os blocos, passaram inicialmente a obter chapas e posteriormente,<br />

<strong>de</strong>stas, ladrilhos, pavimentos e revestimentos, bem como outros<br />

tipos <strong>de</strong> aplicação para edifi cação e também os lambrins, <strong>de</strong>graus, corrimões,<br />

balaústres, ladrilhos padronizados, tampos <strong>de</strong> cozinha e casa <strong>de</strong> banho, etc.,<br />

o que contribuiu <strong>de</strong>cisivamente para o forte <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong><br />

na região, constituindo um “boom” industrial económico que <strong>de</strong>u origem<br />

a empresas tecnologicamente bem equipadas. Paralelamente, toda esta nova<br />

área <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> obrigou a área extractiva a intensifi car a sua produção em<br />

gran<strong>de</strong> escala.<br />

Este aumento global da indústria da pedra natural gerou não só um forte incremento<br />

<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, facto esse, que, por si só, já é importante, uma<br />

vez que estamos a falar <strong>de</strong> uma região <strong>de</strong>sfavorecida e bastante afectada pelo<br />

fenómeno do <strong>de</strong>semprego, como possibilitou criar uma mão-<strong>de</strong>-obra qualifi cada,<br />

em termos <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>.<br />

Aliado a todos estes factores, viveram-se tempos <strong>de</strong> expansão mundial a nível<br />

das economias mais <strong>de</strong>senvolvidas, o que contribuiu para um aumento constante<br />

na utilização da pedra natural em todas as suas vertentes, sendo ainda <strong>de</strong><br />

referenciar o forte contributo dos fundos comunitários através dos vários quadros<br />

<strong>de</strong> apoio que vieram criar um clima propício para que o sector português<br />

da pedra natural se mo<strong>de</strong>rnizasse em todas as suas vertentes. Em termos <strong>de</strong><br />

factores negativos, salientam-se as recessões económicas mundiais do início<br />

16


da década dos anos noventa e mais recentemente da última, da qual estamos<br />

agora a sair, as guerras no Médio Oriente e o aparecimento <strong>de</strong> novos países<br />

produtores com pedras alternativas ou similares, a preços mais competitivos,<br />

sobretudo os asiáticos.<br />

Na realida<strong>de</strong>, o consumo <strong>de</strong> pedra natural <strong>de</strong>ntro da fi leira dos materiais naturais<br />

<strong>de</strong> construção apresenta a nível mundial um crescimento na or<strong>de</strong>m dos<br />

7,3% em 2003, com uma taxa média <strong>de</strong> 8% nos últimos anos, embora estes<br />

valores estejam signifi cativamente bem longe do actual lí<strong>de</strong>r mundial, a República<br />

Popular da China, que apresenta uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 310% nos<br />

últimos <strong>de</strong>z anos (Stone Sector – Silvana Napoli 2003).<br />

Em 2003, a China extraiu 18 600 000 toneladas <strong>de</strong> pedras naturais ou seja 12,4%<br />

da produção mundial, que no último ano atingiu o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> 150 000 000 toneladas,<br />

o que correspon<strong>de</strong> a um consumo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 800 milhões <strong>de</strong> metros quadrados<br />

<strong>de</strong> chapas, à espessura convencionada <strong>de</strong> 2 cm (Stone Sector – Silvana<br />

Napoli 2003).<br />

As mudanças que vêm ocorrendo, em que é nítido o <strong>de</strong>slizar das li<strong>de</strong>ranças<br />

europeias para os países asiáticos na produção, transformação e comércio <strong>de</strong><br />

pedras naturais, têm vindo a verifi car-se num curto espaço <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong> forma<br />

abrupta, com alguns países como Itália, Portugal e Espanha a apresentarem sérias<br />

difi culda<strong>de</strong>s, face à maior competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> países como a China, Índia e<br />

Irão, mas também <strong>de</strong> países como o Brasil e Turquia cuja varieda<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong><br />

e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> recursos geológicos é manifestamente muito superior<br />

aos países tradicionais europeus.<br />

No caso específi co português, muitos dos seus calcários cristalinos, microcristalinos<br />

e sedimentares têm hoje similares em países como a China, Índia,<br />

Roménia, Turquia, Brasil e até a Itália, o que certamente irá obrigar a indústria<br />

portuguesa a alterar comportamentos, ganhar maior competitivida<strong>de</strong>, mas também<br />

a encarar a inovação e o “marketing” como factores <strong>de</strong>cisivos para o seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentado, quer a nível económico, como social, num período<br />

em que o mármore do Alentejo tem vindo a per<strong>de</strong>r competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido<br />

a factores, como moda, preço e sobretudo <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

coloração, o que limita a sua aplicação em gran<strong>de</strong>s espaços.<br />

O presente trabalho encontra-se dividido e organizado em seis capítulos: o<br />

17


primeiro faz a introdução do trabalho on<strong>de</strong> traça e explica o objecto da tese,<br />

informa o que se <strong>de</strong>senvolve em cada capítulo e apresenta algumas i<strong>de</strong>ias-base<br />

do estudo. O segundo proce<strong>de</strong> a uma <strong>de</strong>scrição histórica da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

tempos mais recuados até aos nossos dias, on<strong>de</strong> se faz uma breve <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong><br />

algumas das personalida<strong>de</strong>s, empresas, eventos e publicações <strong>de</strong> referência no<br />

sector, que <strong>de</strong> forma diversa contribuíram para a sua evolução, dá uma explicação<br />

quanto ao conceito do mármore e suas principais características, apresenta<br />

uma breve caracterização do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

(localização, geologia, principais núcleos <strong>de</strong> exploração e características), sua<br />

exploração, que envolve as vertentes da extracção, transformação e comercialização,<br />

analisa com base em indicadores tais como a produção, investimento,<br />

emprego, qualifi cação, habilitações, análise da estrutura <strong>de</strong> mercado e índices<br />

<strong>de</strong> comércio intra-sectorial as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extracção (CAE 14111) e transformação<br />

(CAE 26701), para o período 1980-2003.<br />

O terceiro apresenta e analisa os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio e qual o<br />

seu contributo para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentado das empresas bem como das<br />

instituições operantes no triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. O quarto<br />

capítulo analisa o conjunto das estratégias <strong>de</strong> internacionalização seguidas<br />

por Portugal, Espanha e Itália. No quinto capítulo tecem-se algumas consi<strong>de</strong>rações<br />

e apresentam-se várias propostas <strong>de</strong> política económica. Finalmente, no<br />

sexto e último capítulo são extraídas as conclusões globais do estudo efectuado<br />

e indicam-se algumas linhas para orientação futura.<br />

18


II . Análise do sector das pedras naturais:<br />

1980 - 2003<br />

19


2.1 – Perspectiva histórica<br />

O homem fez uma experiência muito precoce na utilização das pedras naturais.<br />

As provas <strong>de</strong>sta sua capacida<strong>de</strong> são diversas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a utilização da pedra em<br />

instrumentos <strong>de</strong> corte numa primeira fase com materiais menos duros, mais<br />

tar<strong>de</strong> em materiais mais duros como o basalto, empregues, no abatimento <strong>de</strong><br />

árvores durante a revolução agrícola do período Neolítico.<br />

No fi nal do período Paleolítico, os instrumentos para corte e para outros usos,<br />

como a caça ou para elaboração <strong>de</strong> utensílios domésticos, como vasos, símbolos<br />

ou pequenas estatuetas, são elementos <strong>de</strong>monstrativos que o homem pré-<br />

-histórico já conhecia, embora <strong>de</strong> forma empírica, algumas das proprieda<strong>de</strong>s<br />

dos materiais da crosta terrestre.<br />

Po<strong>de</strong>-se afi rmar que os avanços na utilização da pedra são acompanhados, em<br />

paralelo, com a metalurgia, on<strong>de</strong> o sucessivo conhecimento das ligas dos metais<br />

permitiu uma maior capacida<strong>de</strong> da sua transformação.<br />

Por volta <strong>de</strong> 8 000 a.C., o uso da pedra regista-se como elemento básico nas<br />

edifi cações <strong>de</strong> habitação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos aglomerados habitacionais, que surgiram<br />

então como unida<strong>de</strong> política e social na história da humanida<strong>de</strong>.<br />

No entanto, os primeiros registos da utilização da pedra como elemento estético<br />

e ornamental datam <strong>de</strong> 3 000 a.C., na região da Mesopotâmia e no Egipto,<br />

on<strong>de</strong> rochas calcárias <strong>de</strong> grão fi no e granito vermelho, assim como quartetos<br />

pretos ou rosa, esculpidos e polidos, perpetuaram até aos nossos dias fi guras<br />

escultóricas dos faraós, <strong>de</strong>uses e outras personalida<strong>de</strong>s.<br />

É durante a predominância da cultura naturalista na Grécia Antiga que a percepção<br />

das proprieda<strong>de</strong>s da cor e textura do mármore são <strong>de</strong>senvolvidas, surgindo<br />

as gran<strong>de</strong>s produções artísticas e arquitectónicas.<br />

Aos gregos <strong>de</strong>ve-se o uso do mármore no domínio público, seja na arquitectura<br />

ou na escultura, aos romanos a sua aplicação em construções privadas, como<br />

símbolos <strong>de</strong> riqueza dos seus proprietários.<br />

A obra vitruviana, De Architectura, consi<strong>de</strong>rada como o primeiro tratado <strong>de</strong><br />

arquitectura, é no conceito actual mais um enunciado <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> disciplinas,<br />

processos e regras que <strong>de</strong>vem ser seguidos pelo arquitecto, ou a que <strong>de</strong>ve<br />

obe<strong>de</strong>cer a construção arquitectónica, no contexto da época.<br />

A importância do trabalho vitruviano, disperso por <strong>de</strong>z livros e recentemente<br />

traduzido em português pela Arq.ª Helena Rua, com a colaboração <strong>de</strong> A. Es-<br />

21


teves Henriques, merece especial <strong>de</strong>staque o segundo livro, on<strong>de</strong> são referidos<br />

os materiais mais utilizados, dos quais têm especial relevância as pedras<br />

naturais.<br />

Repare-se com atenção em algumas das recomendações e ensinamentos <strong>de</strong>ste<br />

arquitecto que viveu no tempo <strong>de</strong> Júlio César (101 - 44 a.C.): “<strong>de</strong>vem estudarse<br />

as Pedreiras don<strong>de</strong> se retiram os gran<strong>de</strong>s quartos e as moles para a construção.<br />

Nem todas as pedras são da mesma espécie pois existem as brandas e outras<br />

que se chamam Polienses e Fidonates; outras medianamente duras, outras<br />

ainda são duras como calhaus. Outras ainda que po<strong>de</strong>m ser cortadas com uma<br />

serra como a ma<strong>de</strong>ira.<br />

As pedras que não são duras têm como vantagem trabalharem-se facilmente<br />

e têm bastante utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam utilizadas em locais cobertos, e se<br />

forem aplicadas no exterior, o gelo e as chuvas transformam-nas em poeira e<br />

se aplicadas em edifícios próximos do mar, a salinida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgasta-as e o calor<br />

excessivo chega mesmo a <strong>de</strong>teriorá-las.<br />

Em termos <strong>de</strong> precaução com algumas pedras será aconselhável, a fi m <strong>de</strong> que<br />

elas estejam menos sujeitas a <strong>de</strong>teriorar-se, que sejam tiradas das pedreiras<br />

no Verão e não no Inverno, e das expor ao ar num local <strong>de</strong>scoberto dois anos<br />

antes <strong>de</strong> as colocar na obra <strong>de</strong> forma que aquelas que o mau tempo tenha<br />

danifi cado sejam colocadas nos fundamentos e que as outras que após terem<br />

sido tratadas pela própria natureza, se forem boas, então serão utilizadas na<br />

Alvenaria”.<br />

Ainda no segundo livro, no capítulo VIII, Vitrúvio é explícito sobre as espécies<br />

<strong>de</strong> Alvenaria, as suas proprieda<strong>de</strong>s, e a diferente maneira que elas <strong>de</strong>vem ser<br />

feitas segundo os locais, como ainda ao longo <strong>de</strong> toda a sua obra, a pedra é sem<br />

dúvida o material <strong>de</strong> construção por excelência.<br />

Muitos <strong>de</strong>stes ensinamentos têm ainda hoje plena aplicação, após milénios, se<br />

quisermos ainda recuar à Grécia arcaica ou visitarmos a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Éfeso na<br />

Turquia, que se mantém viva após várias civilizações, graças aos edifícios e<br />

monumentos em pedra natural.<br />

Embora, na Antiguida<strong>de</strong>, a utilização das pedras naturais tivesse sido restrita,<br />

o uso da pedra apenas tinha lugar, na sua maior parte, nas proximida<strong>de</strong>s dos<br />

locais on<strong>de</strong> era extraída, dadas as difi culda<strong>de</strong>s inerentes ao seu transporte, em<br />

22


termos <strong>de</strong> peso e custo, que condicionavam a formação <strong>de</strong> um mercado <strong>de</strong> rochas<br />

ornamentais e, consequentemente, a sua utilização planetária. Excepção<br />

feita à vigência do Império Romano – durante a qual a exploração <strong>de</strong> pedreiras<br />

tinha lugar em quase todos os territórios conquistados –, o comércio da pedra,<br />

praticamente, não existia, <strong>de</strong>veu-se principalmente ao sistema <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> minas e pedreiras e em parte às técnicas nessa altura disponíveis.<br />

No antigo Egipto, as minas e pedreiras eram proprieda<strong>de</strong>s dos faraós, na Grécia<br />

clássica, pertenciam às cida<strong>de</strong>s-Estados e nas leis do Império Bizantino<br />

eram proprieda<strong>de</strong>s do tesouro do imperador.<br />

Em cada uma <strong>de</strong>stas civilizações, os proprietários possuíam os seus próprios<br />

técnicos especializados, sendo gran<strong>de</strong> parte dos trabalhos relativos à extracção,<br />

transporte e benefi ciamento das pedras realizados por numerosos grupos <strong>de</strong><br />

escravos.<br />

A regulamentação do uso do subsolo, como proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> interesse público,<br />

aparece durante a época medieval, mas foi realmente na Ida<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rna que<br />

foi mais difundida. O sistema <strong>de</strong> concessão do direito <strong>de</strong> lavra para iniciativa<br />

privada aparece bem mais <strong>de</strong>fi nido no último século da Ida<strong>de</strong> Média, on<strong>de</strong><br />

é criada uma tradição técnico-profi ssional na extracção e transformação <strong>de</strong><br />

pedras naturais, que, duma forma ou <strong>de</strong> outra, tem sobrevivido até aos dias<br />

<strong>de</strong> hoje.<br />

Na realida<strong>de</strong>, é no período Renascentista que aparece a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Arquitecto,<br />

termo <strong>de</strong> origem grega – “arkhitekton” – que signifi ca “acima <strong>de</strong> pedreiro”<br />

ou “primeiro construtor” que dá origem ao arquitecto “especulativo” que<br />

ainda hoje o caracteriza, substituindo o arquitecto <strong>de</strong>signado por construtor ou<br />

operativo, como eram consi<strong>de</strong>rados até esta altura.<br />

É no auge do período do Renascimento que novas e diferentes rochas proporcionaram<br />

um rompimento entre o mundo antigo e o novo, no que diz respeito<br />

às pedras naturais. Entre os séculos XVI e XVII existiu uma euforia <strong>de</strong> requerimentos<br />

<strong>de</strong> concessões para exploração <strong>de</strong> novos mármores, que aparecem<br />

em policromias, e embutidos na arquitectura da época, sobretudo na arquitectura<br />

barroca. A partir do século XVIII, com o estilo neoclássico re<strong>de</strong>scobre-se<br />

o uso do mármore branco que volta a difundir-se na região mediterrânea e na<br />

23


América do Norte, durante a fase da arquitectura colonial, um ramo do estilo<br />

neoclássico, o mármore branco tem uma maior expressão.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento da indústria pétrea ornamental a nível mundial só se tornou<br />

possível, fi nalmente, com o evento da Revolução Industrial do século XIX.<br />

As <strong>de</strong>scobertas científi cas e o progresso tecnológico alcançado, a par da súbita<br />

melhoria do sistema <strong>de</strong> transportes e comunicações, para além do crescimento<br />

natural da procura, acabaram por potenciar um maior volume <strong>de</strong> produção,<br />

quer através da entrada em funcionamento <strong>de</strong> novas pedreiras, quer por via do<br />

aumento <strong>de</strong> produção em muitas outras.<br />

No início do século XX é introduzida a mecanização na extracção e na transformação<br />

do mármore, através do uso do fi o helicoidal na extracção e, em<br />

seguida, do engenho no corte do bloco em chapa.<br />

É neste período que o uso do mármore na arquitectura começa a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser<br />

um elemento <strong>de</strong> base estrutural avançando <strong>de</strong>cisivamente para o ornamental.<br />

Também na transformação dos granitos são dados passos importantes, sendo o<br />

mais signifi cativo o polimento.<br />

Em Portugal, são signifi cativas as referências da utilização da pedra natural<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Antiguida<strong>de</strong> aos dias <strong>de</strong> hoje.<br />

Defi nidos por períodos históricos, por todo o território português têm sido<br />

encontrados vestígios das mais diversas utilizações da pedra natural que vão<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> utensílios domésticos a armas <strong>de</strong> guerra e caça, como ainda em objectos<br />

sacros ou funerários.<br />

As referências sobre a sua aplicação quer em monumentos históricos e construção<br />

percorrem diversas épocas e estilos arquitectónicos. Tal como em Itália<br />

e em outros países consi<strong>de</strong>rados “tradicionais” no seu uso, Portugal possui<br />

um vasto espólio sobre utilização da pedra natural <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Pré-História como<br />

por exemplo o Dólmen (Figura 1) ao período Romano, passando pelos estilos<br />

Gótico, Renascentista, Barroco sem esquecer o Manuelino.<br />

As rochas ornamentais naturais susceptíveis <strong>de</strong> aproveitamento e valorização<br />

encontram-se repartidas, em Portugal, um pouco por todo o território e será<br />

justo <strong>de</strong>stacar o seu contributo para a criação <strong>de</strong> riqueza e para o <strong>de</strong>senvolvi-<br />

24


Figura 1 – Dólmen


Figura 2 – Mapa geral da localização <strong>de</strong> rochas ornamentais portuguesas (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas,<br />

vol. 38, n.º 3)


mento do País, tanto mais que a realida<strong>de</strong> geológica compreen<strong>de</strong> uma larga<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pedras naturais que proporciona ao sector a necessária sustentabilida<strong>de</strong><br />

(Figura 2 – Boletim <strong>de</strong> Minas, vol. 38, n.º 3).<br />

Nessas circunstâncias, a indústria das rochas ornamentais constitui, em Portugal,<br />

um dos sectores mais importantes <strong>de</strong> entre os que têm por base activida<strong>de</strong>s<br />

extractivas, tanto mais que se tem assistido a um forte incremento da produção<br />

concomitante com a mo<strong>de</strong>rnização do sector, o qual constitui mesmo um importante<br />

ramo exportador no seio da indústria extractiva.<br />

A produção portuguesa assenta basicamente em granitos, mármores e calcários<br />

(a produção <strong>de</strong> ardósias, embora interessante, assume valores menos expressivos)<br />

<strong>de</strong> que se faz larga exportação em bruto e, sobretudo, após transformação,<br />

existindo em todo o mundo inúmeros exemplos emblemáticos da sua utilização<br />

em obra.<br />

As rochas ornamentais actualmente exploradas no País são as <strong>de</strong> natureza<br />

calcária comercialmente <strong>de</strong>signadas por “mármores” (calcário cristalino, microcristalino,<br />

sedimentar e brecha calcária) e as predominantemente siliciosas<br />

comercialmente <strong>de</strong>nominadas “granitos e rochas similares” (granito, pórfi ro<br />

ácido, gabro, sienito nefelínico e serpentinito).<br />

Uma sucinta história das utilizações das pedras naturais portuguesas passa obrigatoriamente<br />

pela rica jazida <strong>de</strong> calcários cristalinos <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila<br />

Viçosa, talvez uma das mais reconhecidas e estudadas a nível mundial, sem<br />

todavia excluir a importância signifi cativa dos calcários e outras rochas sedimentares,<br />

bem como as rochas siliciosas.<br />

A prova mais antiga do reconhecimento da utilização microcristalina dos mármores<br />

na região alentejana data do ano 370 a.C. Este importante achado arqueológico<br />

está representado por uma lápi<strong>de</strong> mandada executar pelo capitão<br />

cartaginês Maarbal na sua viagem <strong>de</strong> Faro para Elvas e foi <strong>de</strong>scoberta pelo investigador<br />

Padre Espanca (tio da poetisa Florbela Espanca) em Terena (Alandroal).<br />

Posteriormente, os Romanos utilizaram o mármore <strong>de</strong> Vigária (Vila Viçosa)<br />

nas colunas e outros elementos <strong>de</strong>corativos do Teatro <strong>de</strong> Mérida (Figura 3)<br />

inaugurado no ano 16 a.C. quando Octaviano César Augusto era imperador,<br />

27


Figura 3 – Teatro em Mérida<br />

no tempo em que Mérida era a capital da Lusitânia e também nas bases das<br />

colunas e dos capitéis do Templo Romano, em Évora, no século II.<br />

Na estrada que ligava Évora a Mérida, a actual povoação <strong>de</strong> Bencatel era um<br />

posto <strong>de</strong> elevada importância, on<strong>de</strong>, nas proximida<strong>de</strong>s, ainda há poucos anos<br />

foram encontrados vestígios da activida<strong>de</strong> extractiva durante o período romano<br />

e ainda po<strong>de</strong>m ser observados “in situ”, em pedreira abandonada, cerca <strong>de</strong> 50<br />

m a NW da pedreira da empresa A. Mocho - Lagoa.<br />

A mo<strong>de</strong>rna indústria extractiva <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

arrancou por volta <strong>de</strong> 1930. A evolução produtiva da zona, nas últimas décadas,<br />

<strong>de</strong>ve-se sobretudo às exportações <strong>de</strong> mármore. Do ponto <strong>de</strong> vista quantitativo,<br />

estas manifestaram notável <strong>de</strong>senvolvimento em 1965-66. Conheceram<br />

28


altos e baixos até 1972, e em 1973-74 voltaram a atingir um bom nível, para<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>clinarem. Apresentaram a reactivação <strong>de</strong> 1980, seguida pelo retrocesso<br />

<strong>de</strong> 1981-82. A partir <strong>de</strong> 1982 cresceram sem cessar, à excepção do ano<br />

1993, estando <strong>de</strong> há uns anos para cá (a partir <strong>de</strong> 1999) a atravessar algumas<br />

difi culda<strong>de</strong>s.<br />

A exploração da jazida <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong>sta região sofreu signifi cativas mudanças<br />

ao longo <strong>de</strong>stes anos, em primeiro lugar, porque os objectivos da produção<br />

se passaram a pautar mais pela obtenção <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e menos<br />

pela quantida<strong>de</strong>. Longe <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma opção conscientemente assumida,<br />

ela resultou, no essencial, <strong>de</strong> razões impostas pelo comportamento do mercado,<br />

com refl exos na quebra das exportações, que ditou o ponto <strong>de</strong> infl exão<br />

da curva do volume <strong>de</strong> produção à boca da pedreira, ao fi m <strong>de</strong> 16 anos <strong>de</strong><br />

crescimento ininterrupto. Em segundo lugar, porque os constrangimentos <strong>de</strong><br />

natureza ambiental, que foram mantidos durante anos em segundo plano, na<br />

indústria dos mármores, saltaram subitamente à vista quando passaram, eles<br />

próprios, a ameaçar o <strong>de</strong>senvolvimento da exploração.<br />

29


2.2 – Personalida<strong>de</strong>s, empresas, eventos e publicações <strong>de</strong> referência no sector<br />

Ao longo da evolução <strong>de</strong>ste sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, várias foram as personalida<strong>de</strong>s<br />

que contribuíram <strong>de</strong>cisivamente para o seu <strong>de</strong>senvolvimento a nível industrial<br />

e não só, homens que nos diversos períodos marcaram o sector português<br />

da pedra natural, em geral e da região do Alentejo em particular.<br />

Entre outros, <strong>de</strong>stacaremos o arquitecto Pardal Monteiro e sua família que<br />

constituíram a empresa Pardal Monteiro, com se<strong>de</strong> e fábrica em Pêro Pinheiro<br />

e com pedreiras no anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa, o Eng. Leopoldo<br />

Portas da empresa Solubema, José Brito da Luz da Marmoz, Rui Caeiro da Calemar,<br />

os irmãos Francisco e Eduardo Galrão da Figaljor e Mármores Galrão e<br />

mais recentemente Plácido José Simões da Plácido José Simões L. da , constituíram<br />

um grupo <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong>s cujas capacida<strong>de</strong>s profi ssionais, carácter e<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança infl uenciaram por várias décadas o percurso da indústria da pedra<br />

natural nesta região.<br />

Po<strong>de</strong>r-se-á afi rmar que, a par <strong>de</strong>stes empresários, também outras personalida<strong>de</strong>s<br />

como Francisco Ramos da empresa Granitos da Maceira, Comendador<br />

Joaquim <strong>de</strong> Oliveira Gue<strong>de</strong>s da Cooperativa dos Pedreiros do Porto, assim<br />

como empresas <strong>de</strong> referência que também contribuíram no tempo, para uma<br />

maior internacionalização das nossas pedras naturais das quais salientamos<br />

Solubema/Etma, Marmoz/Marbrito, Mármores Galrão, Magratex, C. M. Mata<br />

Export, Joaquim Duarte Urmal, Mármores Batanete, Dimpomar, Marmetal,<br />

Plácido José Simões, Serrações Viana e A. Bento Vermelho e outras que, após<br />

um período <strong>de</strong> apogeu, entraram em <strong>de</strong>clínio e fecharam, tais como Mármores<br />

do Condado posteriormente adquirida pela Macepor, Silvério Possante <strong>de</strong> Almeida,<br />

Armando Duarte, Manoel Esteves Victor e Pardal Monteiro.<br />

No que se refere à produção <strong>de</strong> rochas siliciosas nesta região há ainda a <strong>de</strong>stacar<br />

as empresas Singranova, Granitos <strong>de</strong> Maceira, Granital, Graper, Granisul,<br />

Granisintra, Graniplac <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova, Granitrans <strong>de</strong> Pêro Pinheiro com<br />

pedreiras no distrito <strong>de</strong> Évora e a GMC com pedreira no distrito <strong>de</strong> Portalegre<br />

(Alpalhão).<br />

Também no campo tecnológico, Portugal contribuiu para o avanço nos equipamentos<br />

utilizados na extracção e transformação através da empresa DMC e<br />

posteriormente pela Mapor Portuguesa no fabrico <strong>de</strong> engenhos diamantados<br />

para mármore, pórticos e pontes rolantes, empresa esta conduzida por A. Costa,<br />

30


que fechou as suas portas em 1998, a empresa Fabrimar, fabricante <strong>de</strong> ferramentas<br />

diamantadas cujo arranque e implantação no mercado nacional e mundial<br />

se <strong>de</strong>ve a Hermano Santos, a Tuch Portuguesa <strong>de</strong> Armando Luís, fabricante<br />

<strong>de</strong> discos e lâminas diamantadas para mármore, a Metalúrgica A. Barradas,<br />

Pirra, e Gancho em Estremoz, que fechou recentemente, e ainda as empresas<br />

construtoras <strong>de</strong> máquinas e equipamentos como a Construal, António Jacinto<br />

Figueiredo e Minorça no pólo <strong>de</strong> Pêro Pinheiro e Poeiras em Vila Viçosa.<br />

Em termos <strong>de</strong> exposições comerciais e outras manifestações profi ssionais e<br />

culturais, este sector conta actualmente com quatro certames, Siror, realizada<br />

pela AIP/FIL, em Lisboa; A Pedra realizada pela EXPOSALÃO, na Batalha;<br />

a Fimal, organizada pela Câmara Municipal em Vila Viçosa, e o salão “A Pedra”<br />

realizado em paralelo à Concreta organizado pela EXPONOR. Os três<br />

primeiros eventos têm uma periodicida<strong>de</strong> bienal e o último anual. Também<br />

com periodicida<strong>de</strong> anual tem vindo a ser realizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 no cineteatro<br />

Florbela Espanca, o Congresso Internacional da Pedra Natural do Alentejo e<br />

com periodicida<strong>de</strong> bienal a Mostra <strong>de</strong> Escultura, ambas em Vila Viçosa.<br />

A nível internacional, a presença portuguesa data do início dos anos 60 na Feira<br />

<strong>de</strong> Santo Ambrósio, ValPolicella em Itália, no único certame então realizado.<br />

Actualmente a presença das empresas portuguesas, embora em número reduzido,<br />

distribuem-se em certames como Marmomacc, em Verona (Itália); Stonetech,<br />

em Nuremberga (Alemanha); Marmotech, em Carrara (Itália); Piedra, em<br />

Madrid (Espanha); Victoria Stone Fair, em Espírito Santo (Brasil); Stonetech,<br />

em Pequim (China) e Coverings, em Orlando (USA), entre outras.<br />

Convém salientar, em termos <strong>de</strong> informação especializada, que o sector conta<br />

com duas publicações periódicas: a revista “A Pedra”, editada pela Assimagra<br />

e a revista “Rochas e Equipamentos” editada pela Comedil, L. da <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985, e<br />

consi<strong>de</strong>rada a revista <strong>de</strong> maior difusão no mercado interno e externo.<br />

31


2.3 – O conceito do mármore<br />

Sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> mármore referem-se, muitas vezes, tipos <strong>de</strong> rochas que<br />

petrográfi ca e geneticamente não correspon<strong>de</strong>m a verda<strong>de</strong>iros mármores nem<br />

mesmo, frequentemente, a formações metamórfi cas. Este facto traduz que, na<br />

terminologia vulgar, face a difi culda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifi cação petrográfi ca, se empregue<br />

o vocábulo “mármore” como termo genérico para <strong>de</strong>signar toda a rocha<br />

carbonatada ou não, que po<strong>de</strong> ser aplicada com fi ns ornamentais e que, em<br />

particular, é susceptível <strong>de</strong> receber polimento.<br />

Os mármores <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> rochas carbonatadas diversas que, sob a infl uência<br />

do metamorfi smo, per<strong>de</strong>ram as suas características originais e recristalizaram<br />

completamente.<br />

O termo mármore implica, pois, completa recristalização dos carbonatos (com<br />

neoformação <strong>de</strong> calcite e, eventualmente, <strong>de</strong> outros minerais) por intermédio<br />

<strong>de</strong> um processo metamórfi co, pelo que <strong>de</strong>verá ser reservado para <strong>de</strong>signar apenas<br />

as rochas metamórfi cas essencialmente constituídas por calcite e/ou dolomite<br />

com textura granoblástica.<br />

Assim, fi cam fora <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>signação todos os calcários que, embora com a mesma<br />

composição química e mineralógica dos mármores, se apresentam constituídos,<br />

total ou parcialmente, por grãos <strong>de</strong> calcite ou dolomite sob a forma<br />

micro ou criptocristalina, cuja génese e diagénese tiveram lugar a temperatura<br />

e pressões muito mo<strong>de</strong>radas.<br />

Torna-se evi<strong>de</strong>nte que os mármores, como todas as substâncias naturais, raramente<br />

são materiais <strong>de</strong> características homogéneas ao longo <strong>de</strong> todo um maciço<br />

ou, até, apenas ao nível local.<br />

Frequentemente, numa mesma pedreira <strong>de</strong> mármore evi<strong>de</strong>nciam-se zonas <strong>de</strong><br />

coloração, textura e motivo ornamental diversos, mostrando, por vezes, disposição<br />

em faixas ou passagens graduais <strong>de</strong> um dado tipo aos que lhe são<br />

contíguos. A tendência da indústria extractiva vai no sentido da produção <strong>de</strong><br />

blocos correspon<strong>de</strong>ntes a uma ou mais varieda<strong>de</strong>s com aspecto e qualida<strong>de</strong> o<br />

mais homogéneo possível.<br />

As diferentes tonalida<strong>de</strong>s dos mármores são atribuídas a impregnações da<br />

massa carbonatada por óxidos e hidróxidos <strong>de</strong> ferro e <strong>de</strong> manganés, silicatos<br />

diversos, em alguns casos originados por metassomatose, e matéria carbonosa.<br />

Os pigmentos carbonosos ocasionam mármores cinzentos e anegrados e, em<br />

32


função da predominância e proporções das restantes “impurezas”, resultam<br />

mármores rosados, cremes, esver<strong>de</strong>ados, etc. A pigmentação é reduzida ou<br />

nula nos mármores esbranquiçados.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista petrográfi co, todos os mármores portugueses são constituídos<br />

por uma elevada percentagem <strong>de</strong> calcite (a dolomite é subordinada ou está<br />

ausente) e apresentam, no geral, textura granoblástica, por vezes sacarói<strong>de</strong>, e<br />

grão fi no ou médio, muito mais raramente grosseiro.<br />

Em suma,<br />

a noção <strong>de</strong> mármore, com origem etimológica no vocábulo latino “marmor”<br />

e do grego “marmairein”, que signifi ca “rocha <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>” in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />

seu tipo ou “pedra branca” <strong>de</strong>notando claramente a sua importância, apresentase<br />

ligado a duas acepções:<br />

Conceito geológico: calcário metamórfi co, isto é, rocha cristalina composta<br />

por cristais <strong>de</strong> calcite (mármore calcítico) ou dolomite (mármore dolomítico),<br />

resultante da recristalização <strong>de</strong> rochas calcárias ou dolomíticas previamente<br />

existentes;<br />

Conceito comercial: <strong>de</strong>signa toda a rocha cristalina sedimentar ou metamórfi<br />

ca, carbonatada ou não, que apresentando um aspecto semelhante ao<br />

do mármore “stricto sensu”, possa ser extraída em blocos, evi<strong>de</strong>ncie boas<br />

características para o corte e seja susceptível <strong>de</strong> adquirir bom polimento (trabalhabilida<strong>de</strong>).<br />

33<br />

2.3.1 – O valor da matéria-prima<br />

Um factor fundamental na indústria das rochas ornamentais é o valor comercial<br />

do material rochoso afl orante, função <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> parâmetros, intrínsecos<br />

e extrínsecos à matéria-prima, <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação complexa, e relacionados<br />

com as suas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extracção, transformação, utilização e<br />

comercialização.<br />

No que diz respeito ao mármore, a sua <strong>de</strong>terminação é condicionada essencialmente<br />

pelos seguintes aspectos:


Qualida<strong>de</strong> estética: cor, textura, padrão ornamental e presença <strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong>s<br />

(venagem, manchas, geo<strong>de</strong>s, cavida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dissolução, “linhas”, etc.),<br />

<strong>de</strong>signadamente no plano <strong>de</strong> serragem do material, po<strong>de</strong>ndo a cor do fundo,<br />

a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e a sinuosida<strong>de</strong> dos veios serem consi<strong>de</strong>radas como as principais<br />

características diferenciadoras do material:<br />

• cor do fundo – atributo <strong>de</strong> enorme importância do ponto <strong>de</strong> vista comercial,<br />

por infl uência do mercado, e <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong>fi nição <strong>de</strong>vido ao seu carácter<br />

subjectivo e à terminologia localmente utilizada; regionalmente dominam<br />

os mármores <strong>de</strong> cores claras (branco e creme), rosados (rosa, rosa aurora e<br />

rosa salmão) e azul cinzentos (ruivina, azul e marinel); surgem igualmente<br />

varieda<strong>de</strong>s mais ou menos aniladas (e.g. pele <strong>de</strong> tigre);<br />

• venagem (ou “vergada”) – atributo relativo à presença (e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>) <strong>de</strong><br />

veios, os quais po<strong>de</strong>m apresentar colorações e comportamentos geométricos<br />

diversos; é indicador da maior ou menor heterogeneida<strong>de</strong> do material,<br />

com gran<strong>de</strong> infl uência no seu aspecto estético global e comportamento mecânico,<br />

dado os veios constituírem frequentemente planos <strong>de</strong> fraqueza do<br />

material, quando contínuos, planares e espessos;<br />

• sanida<strong>de</strong> – atributo relacionado com a maior ou menor presença <strong>de</strong> “fi os”<br />

(ou seja, planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>), que po<strong>de</strong>rão implicar uma redução nas<br />

dimensões e rendimento dos blocos extraídos e inviabilizar a produção.<br />

Qualida<strong>de</strong> físico-mecânica (trabalhabilida<strong>de</strong> e aptidão): comportamento da<br />

matéria-prima, função das proprieda<strong>de</strong>s mais importantes do ponto <strong>de</strong> vista da<br />

sua transformação e utilização, sobretudo as relativas à exposição a condições<br />

atmosféricas e climatéricas adversas e manutenção das características ao longo<br />

do tempo (resistências à compressão, à fl exão, ao choque e ao <strong>de</strong>sgaste, porosida<strong>de</strong><br />

e absorção, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, dilatação térmica, alterabilida<strong>de</strong>, etc.); <strong>de</strong>terminação<br />

por resposta do material a ensaios físicos, mecânicos e <strong>de</strong> permanência<br />

<strong>de</strong> cores e tonalida<strong>de</strong>s;<br />

Dimensões do material extraído (volumetria e blocometria): função <strong>de</strong> diversos<br />

factores, tais como a compartimentação do maciço (famílias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s,<br />

espaçamento e relações geométricas entre elas, etc.), fractura-<br />

34


ilida<strong>de</strong> do material, métodos <strong>de</strong> extracção e maquinaria utilizada e aspectos<br />

comerciais (a<strong>de</strong>quação à transformação industrial, tipo <strong>de</strong> produto comercial,<br />

etc.); conceito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na indústria das rochas ornamentais,<br />

on<strong>de</strong> o valor do bloco comercial 1 <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não apenas da qualida<strong>de</strong> intrínseca<br />

do material, mas também do seu volume, <strong>de</strong>signadamente das dimensões lineares,<br />

comprimento, largura e altura comerciais;<br />

Disponibilida<strong>de</strong>: função do conhecimento das reservas com interesse económico<br />

(cor, textura, padrão e blocometria) e dos condicionalismos tecnológicos<br />

<strong>de</strong> exploração;<br />

Divulgação/procura: função da dinâmica <strong>de</strong> promoção, da pressão <strong>de</strong> procura<br />

(moda comercial), valor <strong>de</strong>corativo (aspecto cromático, padrão ornamental,<br />

etc.), aptidão para <strong>de</strong>terminadas aplicações, etc.<br />

Deste modo, po<strong>de</strong>rá afi rmar-se que o valor da matéria-prima <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá essencialmente<br />

da qualida<strong>de</strong> do material, da compartimentação do maciço e do<br />

comportamento do mercado.<br />

1 – Bloco extraído ao qual se <strong>de</strong>scontam os <strong>de</strong>feitos, irregularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma, etc., e cuja transformação<br />

é rendível.<br />

35


2.4 – Características dos mármores portugueses<br />

Os diferentes domínios em que os mármores são susceptíveis <strong>de</strong> ser utilizados<br />

e, em particular, o da construção civil, levantam, logo à partida, a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se conhecerem as características <strong>de</strong> cada “pedra” como critério <strong>de</strong> selecção<br />

das diferentes qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rocha e <strong>de</strong> escolha da rocha mais conveniente para<br />

<strong>de</strong>terminada aplicação.<br />

Torna-se evi<strong>de</strong>nte que os mármores, como todas as substâncias naturais, raramente<br />

são materiais <strong>de</strong> características homogéneas ao longo <strong>de</strong> todo um maciço<br />

ou, até, apenas ao nível <strong>de</strong> uma pedreira, e, por tal motivo, as quantifi cações<br />

obtidas para cada proprieda<strong>de</strong> estudada terão <strong>de</strong> ser tomadas como valores médios<br />

característicos – o que em nada os torna menos úteis para uma avaliação<br />

preliminar da sua qualida<strong>de</strong>.<br />

2.4.1 – Características macroscópicas<br />

Não restam dúvidas <strong>de</strong> que o aspecto estético <strong>de</strong> uma rocha ou, pelo menos, o<br />

facto <strong>de</strong> o seu aspecto correspon<strong>de</strong>r às exigências <strong>de</strong> cada época ou momento,<br />

é um factor <strong>de</strong>terminante da importância do seu valor comercial.<br />

Algumas características das rochas, tão peculiares e fundamentais, como a cor,<br />

forma e tamanho dos cristais, aspecto geral da estrutura e do padrão ornamental,<br />

presença <strong>de</strong> manchas e venados, <strong>de</strong> geói<strong>de</strong>s calcíticos ou <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

dissolução, etc., são avaliáveis à simples vista <strong>de</strong>sarmada fornecendo, indubitavelmente,<br />

indicações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> signifi cado prático.<br />

Cabe, evi<strong>de</strong>ntemente, ao Laboratório, o seu estudo e <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe a<br />

nível da composição mineralógica e da textura (ou seja, a forma, dimensões<br />

e arranjos).<br />

2.4.2 – Características físico-mecânicas<br />

O valor das rochas ornamentais passa pela homogeneida<strong>de</strong> da sua tonalida<strong>de</strong><br />

e da sua textura, características <strong>de</strong>fi nidoras do respectivo padrão ornamental,<br />

não restando dúvida <strong>de</strong> que o aspecto visual <strong>de</strong> uma rocha ou, pelo menos, o<br />

36


x<br />

M<br />

m<br />

facto <strong>de</strong> o seu aspecto correspon<strong>de</strong>r às exigências estéticas <strong>de</strong> cada época ou<br />

momento é um factor <strong>de</strong>terminante da importância do seu valor comercial.<br />

Todavia, torna-se fundamental a <strong>de</strong>terminação das características mais importantes<br />

das rochas ornamentais através da execução <strong>de</strong> estudos e ensaios a<strong>de</strong>quados,<br />

alguns <strong>de</strong> cariz tecnológico, que permitem <strong>de</strong>fi nir as rochas do ponto<br />

<strong>de</strong> vista da qualida<strong>de</strong>. Só <strong>de</strong>sse modo se torna possível aconselhar, para uma<br />

dada rocha, a utilização mais a<strong>de</strong>quada, que <strong>de</strong>verá ser aquela em que ela encontre<br />

o seu valor técnico, estético e comercial mais elevado.<br />

Com base em amostras colhidas para serem submetidas a ensaios <strong>de</strong> índole<br />

físico-mecânica, na sua maioria realizados, ainda, <strong>de</strong> acordo com procedimentos<br />

prescritos pelas Normas DIN, já que as Normas CEN são <strong>de</strong> elaboração<br />

recente. A orientação do corte dos provetes utilizados refere-se sempre ao plano<br />

cujo aspecto ou padrão ornamental é o <strong>de</strong> utilização mais vulgarizada para<br />

cada tipo <strong>de</strong> rocha em apreço.<br />

Os resultados obtidos encontram-se referidos no quadro seguinte (Quadro 1 –<br />

Boletim <strong>de</strong> Minas, vol. 38, n.º 3), dando-se indicação, em muitos dos casos, dos<br />

valores médios (x), máximos (M) e mínimos (m).<br />

Resist.<br />

mec. à<br />

compressão<br />

(kg/cm2 I<strong>de</strong>m, após<br />

teste <strong>de</strong><br />

gelivida<strong>de</strong><br />

) (kg/cm2 Resist. mec.<br />

à fl exão<br />

) (kg/cm2 )<br />

858<br />

1.1<strong>07</strong><br />

602<br />

Quadro 1 – Características físico-mecânicas do anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa (segundo<br />

Dr. A. Casal Moura)<br />

37<br />

880<br />

1.057<br />

685<br />

Densida<strong>de</strong><br />

aparente<br />

(kg/m2 )<br />

Absor.<br />

<strong>de</strong> água<br />

à pressão<br />

atmosf.<br />

normal<br />

(% peso)<br />

Porosid.<br />

aberta<br />

(% vol.)<br />

Estremoz - Borba - Vila Viçosa (N=36 amostras)<br />

225<br />

301<br />

148<br />

2.713<br />

2.726<br />

2.703<br />

0,<strong>07</strong><br />

0,11<br />

0,03<br />

0,20<br />

0,32<br />

0,05<br />

Coef.<br />

<strong>de</strong> dilat.<br />

linear<br />

térmica<br />

(x10 –6 /ºC)<br />

11,2<br />

16,3<br />

5,4<br />

Resist. ao<br />

<strong>de</strong>sgaste<br />

Amsler<br />

(mm)<br />

2,6<br />

3,8<br />

1,4<br />

Resist. ao<br />

choque<br />

(cm)<br />

55<br />

75<br />

45


2.4.3 – Condicionamentos ao aproveitamento do mármore<br />

Para além do volume <strong>de</strong> mármore existente, a prospecção tem-se preocupado<br />

com os condicionamentos ao seu aproveitamento e particularmente no que diz<br />

respeito a:<br />

a) Compartimentação do maciço por falhas;<br />

b) Dolomitização secundária dos mármores;<br />

c) Fracturação (diaclasamento);<br />

d) Carsifi cação.<br />

a) A compartimentação do maciço é feita por numerosas falhas transversais à<br />

estrutura geral, e preenchidas por fi lões doleríticos. Estes fi lões têm condicionado,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, as explorações <strong>de</strong> mármore ao limitarem as pedreiras.<br />

Segundo Vintém (1998), é observável uma diminuição da fracturação em profundida<strong>de</strong>,<br />

embora esta não se possa consi<strong>de</strong>rar geral para todo o maciço, pois<br />

varia <strong>de</strong> local para local.<br />

b) A dolomitização secundária do mármore é responsável pela transformação<br />

<strong>de</strong> mármore num dolomito cavernoso secundário sem aptidão ornamental (vulgo<br />

“olho <strong>de</strong> mocho”).<br />

c) A atitu<strong>de</strong> e frequência das diaclases são uma forte condicionante do aproveitamento<br />

dos mármores. Uma observação cuidada da fracturação em cada<br />

local <strong>de</strong> exploração é sempre necessária para uma previsão da blocometria e<br />

do rendimento da exploração.<br />

d) O aparecimento <strong>de</strong> carso nas explorações é relativamente frequente, sobretudo<br />

em Borba e em algumas zonas <strong>de</strong> Lagoa. Estes fenómenos, <strong>de</strong> acordo<br />

com as sondagens realizadas pelo Instituto Geológico e Mineiro (IGM) po<strong>de</strong>m<br />

aparecer até profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 150 m (Vintém, 1998).<br />

38


2.5 – Caracterização do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

39<br />

2.5.1 – Localização<br />

O Anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa situa-se no Alentejo, mais propriamente<br />

no distrito <strong>de</strong> Évora. Possui forma elíptica com cerca <strong>de</strong> 40 km no<br />

eixo maior e 7 km no eixo menor, e está orientado segundo NW-SE, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Sousel até às imediações <strong>de</strong> Alandroal, tal como se po<strong>de</strong> observar nas fi guras<br />

seguintes (Figura 4 e 5 - IGM).<br />

• Lisboa<br />

• Leiria<br />

• Setúbal<br />

• Viana do Castelo<br />

• Aveiro<br />

• Braga<br />

• Porto<br />

• Coimbra<br />

Bragança •<br />

• Viseu<br />

Guarda •<br />

Castelo Branco •<br />

• Santarém<br />

Beja •<br />

• Faro<br />

• Évora<br />

Vimieiro<br />

10 km<br />

Ameixial<br />

ESTREMOZ<br />

Anticlinal <strong>de</strong> Estremoz<br />

SOUSEL Veiros<br />

Borba<br />

Terrugem<br />

Vila Viçosa<br />

ALANDROAL<br />

Figura 4 – Localização geográfi ca do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa (Fonte: IGM)<br />

N


Estremoz<br />

Lagoa<br />

Mouro<br />

Figura 5 – Anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa (Fonte: IGM)<br />

Borba<br />

Cabanas<br />

Pardais<br />

Em termos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas geográfi cas, esta estrutura está localizada a uma<br />

latitu<strong>de</strong> entre 38°44´N e 38°51´N e uma longitu<strong>de</strong> variando entre 7°23´W e<br />

7°36´W. As povoações mais importantes <strong>de</strong>sta faixa marmórea são Estremoz,<br />

Vila Viçosa, Borba, Rio <strong>de</strong> Moinhos e Bencatel. O anticlinal apresenta cotas<br />

que variam entre 300 m, nas zonas mais baixas, e 500 m nos locais mais altos,<br />

sendo frequentes cotas em torno dos 400 m.<br />

No que respeita às vias <strong>de</strong> comunicação, esta zona é atravessada por várias estradas<br />

e caminhos que ligam as povoações existentes. Como principais vias <strong>de</strong><br />

comunicação para o exterior <strong>de</strong>stacam-se a auto-estrada A6 (Lisboa - Elvas), a<br />

Estrada Nacional n.º 4 e a nova variante A 255, bem como uma linha <strong>de</strong> caminho-<br />

-<strong>de</strong>-ferro que se encontra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há algum tempo inactiva.<br />

Em termos geográfi cos, as cartas que apresentam a zona do anticlinal são as<br />

folhas n. os 426, 440 e 441 da Carta Militar, à escala 1:25.000, dos Serviços<br />

Cartográfi cos do Exército.<br />

O anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa encontra-se cartografado nas<br />

cartas geológicas 36D-Redondo e 36B-Estremoz, dos serviços Geológicos <strong>de</strong><br />

Portugal, à escala 1:50.000. Recentemente foram publicadas cartas geológicas<br />

40


temáticas do anticlinal à escala 1:10.000 e 1:25.000, por parte do Instituto<br />

Geológico e Mineiro (actualmente I.N.E.T.I.), o que constitui um avanço importante<br />

no conhecimento geológico e na cartografi a do anticlinal.<br />

41<br />

2.5.2 – Geologia<br />

2.5.2.1 – Estratigrafi a<br />

O anticlinal integra-se no Maciço Hispérico mais propriamente na zona <strong>de</strong><br />

Ossa-Morena, no sector tectono-estratigráfi co <strong>de</strong> Estremoz - Barrancos, tal<br />

como se mostra na Figura 6 (Oliveira et al. (1991)).<br />

As formações que integram a zona em estudo, ou seja, o anticlinal <strong>de</strong> Estremoz<br />

- Borba - Vila Viçosa, segundo Gonçalves (1974) e <strong>de</strong>pois reconsi<strong>de</strong>radas<br />

por Carvalhosa et al. (1987), são as que se apresentam no Quadro 2.<br />

A ida<strong>de</strong> da formação dos mármores (calcários cristalinos metamorfi zados) ainda<br />

motiva divergências entre os vários autores que têm vindo a estudar esta<br />

zona, dada a ausência <strong>de</strong> fósseis.<br />

Figura 6 – Sectores tectono-estratigráfi cos da zona Ossa - Morena em Portugal. (Oliveira et al.<br />

(1991), in Reynaud e Vintém, 1994)


Ordovícico provável (O)<br />

(Complexo Vulcanosedimentar-carbonato<br />

<strong>de</strong> Estremoz – CVSCE)<br />

Silúrico (S)<br />

Formação dos Xistos com Nódulos<br />

e Xistos com Liditos<br />

Devónico (D)<br />

(médio ou superior)<br />

Plistocénico<br />

Rochas fi lonianas<br />

Da base para o topo<br />

Xistos negros e xisto arenito - grauvacói<strong>de</strong>s. Com inter-<br />

Pré-câmbrico (PE) superior<br />

calações, por vezes, <strong>de</strong> quartzitos negros e liditos. Este<br />

(Formação <strong>de</strong> Mares)<br />

conjunto encontra-se fortemente dobrado e afl ora na parte<br />

axial do Anticlinal. Designam-se por “xistos dos mares”.<br />

Conglomerado <strong>de</strong> base, silifi cado em elementos que po<strong>de</strong>m<br />

atingir os 40 cm <strong>de</strong> diâmetro. Assentam em discordância<br />

com os “xistos dos mares”. <strong>Af</strong>l oram nos fl ancos<br />

Câmbrico inferior (Cb1)<br />

do Anticlinal.<br />

(Formação Dolomítica) Calcários cristalinos <strong>de</strong> grão fi no e muito xistifi cados na<br />

parte inferior, alternando ou passando lateralmente a dolomitos<br />

primários. Dolomitos e calcários dolomitizados<br />

<strong>de</strong>nominados na região <strong>de</strong> “pedra cascalva”.<br />

Mármores calcíticos <strong>de</strong> grão médio a fi no, cor clara variando<br />

entre o branco, creme, rosa, cinzento. Estes mármores<br />

apresentam-se geralmente pouco xistifi cados. Em<br />

algumas zonas estes mármores encontram-se dolomitizados<br />

à superfície, através <strong>de</strong> dolomitização recente e<br />

secundário, que foi condicionado pela xistosida<strong>de</strong> e pela<br />

fracturação. A estas zonas <strong>de</strong> dolomitos secundários dá-<br />

-se o nome <strong>de</strong> “Olho <strong>de</strong> mocho”.<br />

Xistos com intercalações <strong>de</strong> liditos e xistos grafi tosos.<br />

Tratam-se <strong>de</strong> xistos luzentes, cinzentos esver<strong>de</strong>ados ou<br />

cor <strong>de</strong> borra <strong>de</strong> vinho, com quartzo alterado com grauvaques.<br />

Assenta directamente sobre a série carbonatada<br />

câmbrica. Na base <strong>de</strong>sta série existem metavulcanitos<br />

que se apresentam a la<strong>de</strong>ar o maciço calcário ou associados<br />

a estes nas zonas <strong>de</strong> sinclinal.<br />

Conglomerados sobrepostos por xistos, alternando estes<br />

com grauvaques.<br />

Plioplistocénico (PQ) Areias e cascalheiras <strong>de</strong> matriz avermelhada.<br />

Calcário lacustre, por vezes brechói<strong>de</strong>s, que assentam em<br />

discordância sobre os terrenos antigos. Estes afl oramentos<br />

situam-se na periferia do maciço calcário.<br />

Filões <strong>de</strong> várias naturezas (doleríticos, etc.) e com diversos<br />

estados <strong>de</strong> alterações. Apresentam em geral orientações<br />

NE-SW e ENE-WSW.<br />

Quadro 2 - Formações geológicas presentes no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. (Gonçalves,<br />

1974; Carvalhosa et al., 1987; Oliveira et al., 1991; Lopes, 1995; Lopes, 2003)<br />

42


Na Figura 7 apresenta-se a correlação entre estas unida<strong>de</strong>s e as <strong>de</strong>scritas por<br />

Gonçalves (1974) e que foram apresentadas no quadro anterior, verifi cando-se<br />

que existe uma dúvida sobre a ida<strong>de</strong> do CVSCE (Câmbrico ou Ordovícico).<br />

Figura 7 – Unida<strong>de</strong>s estratigráfi cas do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. (Fonte: Oliveira<br />

et al. 1991)<br />

43<br />

2.5.2.2 – Tectónica<br />

O anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa, e <strong>de</strong> acordo com Carvalhosa et al.<br />

(1987) foi afectado por duas fases <strong>de</strong> dobramentos seguidas <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> cisalhamento,<br />

<strong>de</strong>vido à Orogenia Hercínica. A primeira fase <strong>de</strong> dobramentos (F1) conduziu<br />

a dobras isoclinais apertadas, <strong>de</strong> plano axial N-S e NNW-SSE, inclinando<br />

cerca <strong>de</strong> 20º para ENE com eixo sub-horizontal. Nesta fase o transporte <strong>de</strong> massa


é maioritariamente paralelo ao orógeno, como o <strong>de</strong>nuncia o estiramento mineral<br />

subparalelo às dobras <strong>de</strong> primeira fase observáveis a várias escalas um pouco por<br />

todo o anticlinal e corroborado por critérios microestruturais (Lopes, 2003). Na segunda<br />

fase (F2) as dobras resultantes apresentam orientação NW-SE, com inclinação<br />

dos planos axiais que po<strong>de</strong>m atingir 70º a 80º para SW (com a atitu<strong>de</strong> média <strong>de</strong><br />

N30W, 65º SW) e com eixos mergulhantes entre 20º e 40º para SE e NW. Esta fase<br />

é a responsável pelo aspecto macroscópico apresentado pelo anticlinal. Critérios<br />

estruturais apontam para uma sucessão diacrónica entre estas duas fases dúcteis,<br />

por exemplo, mantém-se o sentido <strong>de</strong> transporte para o quadrante N a NW.<br />

De acordo com La<strong>de</strong>ira (1981) e com Reynaud e Vintém (1992), todo o maciço<br />

sofreu importantes esforços tectónicos que lhe provocaram, além dos dobramentos<br />

e numa terceira fase, intensa compartimentação. Essa compartimentação<br />

apresenta como direcções mais importantes as seguintes:<br />

1) NNE-SSW – as fracturas NNE-SSW apresentam inclinações dominantemente<br />

verticais, estando associadas, em alguns casos, a dolomitização secundária<br />

(“olho <strong>de</strong> mocho”). Para Lopes (2003), estes aci<strong>de</strong>ntes correspon<strong>de</strong>m a<br />

zonas <strong>de</strong> cisalhamento preferencialmente <strong>de</strong>senvolvidas diacronicamente nos<br />

fl ancos <strong>de</strong> dobras <strong>de</strong> segunda fase revelando uma variação do andar estrutural<br />

a que ocorreu a <strong>de</strong>formação, agora e condições dúctil-frágil, ainda assim congruentes<br />

com as direcções <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação herdadas. No enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ste autor,<br />

estas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sempenham um papel maior na segmentação da estrutura<br />

anticlinal e têm sido sistematicamente ignoradas nos planos <strong>de</strong> trabalho<br />

à escala da pedreira. A rejeição vertical e horizontal ao longo <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s<br />

é na maior parte dos casos muito superior à dimensão das próprias<br />

unida<strong>de</strong>s extractivas o que facilmente explica o <strong>de</strong>senvolvimento extractivo e<br />

económico tão <strong>de</strong>sigual entre pedreiras contíguas. O sucesso <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong><br />

extractiva <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da localização <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, no terreno, o que<br />

nem sempre é fácil, nomeadamente quando ocorrem em mármores homógenos,<br />

requerendo aí a atenção especializada do geólogo estrutural (Lopes, 2003).<br />

2) ENE-WSE – estas fracturas também subverticais apresentam-se preenchidas,<br />

geralmente, por fi lões doleríticos (conhecidos na região por “cabos reais”).<br />

Também segundo Lopes (2003), gran<strong>de</strong> parte do texto da alínea anterior,<br />

po<strong>de</strong> aqui ser aplicado, no entanto dada a natureza litológica tão distinta dos<br />

44


materiais que <strong>de</strong>nunciam estas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, no terreno, são mais facilmente<br />

i<strong>de</strong>ntifi cáveis. A atenção do especialista não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser requerida para<br />

i<strong>de</strong>ntifi car a natureza dos movimentos verticais que ocorreram ao longo <strong>de</strong>stas<br />

<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s (Lopes, 2003).<br />

3) Sub-horizontal (inclinação máxima <strong>de</strong> 30º) – fracturas sub-horizontais que po<strong>de</strong>m<br />

apresentar inclinações máximas da or<strong>de</strong>m dos 30º e direcções ENE-WSE ou<br />

NNE-SSW. Esta segmentação correspon<strong>de</strong> a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s relacionadas com o<br />

processo <strong>de</strong> sedimentação ainda anteriores ao metamorfi smo que originou os próprios<br />

mármores e/ou a fracturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompressão originadas pela subida epirogénica<br />

do Maciço <strong>de</strong>vido à erosão que sobre ele actuou (Lopes, comunicação oral).<br />

A fracturação presente em diversas zonas do anticlinal varia bastante, tal como se<br />

po<strong>de</strong> observar na Figura 8 referente ao estudo levado a cabo por La<strong>de</strong>ira (1981),<br />

embora se note uma certa constância nas famílias <strong>de</strong> fracturas associadas à estratifi<br />

cação (NW-SE) e à direcção preferencial <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> fi lões (ENE-WSW).<br />

Figura 8 – Distribuição da fracturação em várias zonas do anticlinal. (Fonte: La<strong>de</strong>ira, 1981)<br />

45


No mármore, entre outros factores, a fracturação é infl uenciada pela homogeneida<strong>de</strong>.<br />

Assim, quanto mais homogéneo e fi no for o mármore maiores são as probabilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> o encontrar mais fracturado. Caso este apresente intercalações <strong>de</strong><br />

rocha pelítica (intercalações <strong>de</strong> xisto) e/ou grão médio, menor será a fracturação<br />

presente, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estas características lhe permitirem uma maior <strong>de</strong>formação<br />

quando da instalação <strong>de</strong> tensões, evitando a sua ruptura (Lopes, 1995).<br />

No entanto, outros factores como a espessura das diferentes camadas, proximida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> rochas fi lonianas, posição relativa em relação às dobras <strong>de</strong> segunda<br />

fase, a referida intercalação <strong>de</strong> materiais pelíticos (<strong>de</strong> diferentes naturezas:<br />

vulcânica e sedimentar) com maior ou menor presença <strong>de</strong> fi lossilicatos, etc.<br />

infl uencia drasticamente o comportamento dos mármores do CVSCE no que<br />

concerne à <strong>de</strong>formação em regime frágil, pelo que, estudos regionais não têm<br />

qualquer signifi cado na óptica do industrial que explora <strong>de</strong>terminada pedreira<br />

(Lopes, 2003).<br />

2.5.3 – Principais núcleos <strong>de</strong> exploração<br />

No anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa, o mármore existente apresenta-se<br />

intercalado entre os metadolomitos, na base (metadolomias), e os metavulcanitos<br />

e xistos negros, no topo, tal como já foi referido. No fl anco NE do<br />

Anticlinal os mármores apresentam-se pouco dobrados com orientação NW-<br />

SE, inclinando 70º a 80º para NE, possuindo uma espessura <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150<br />

m (Silva, 1989). No fl anco SW, as camadas apresentam-se com orientações e<br />

inclinações bastante variáveis, predominando, no entanto, as orientações NW-<br />

SE e as inclinações <strong>de</strong> 35 a 50º para SW. Neste fl anco a espessura máxima da<br />

camada <strong>de</strong> mármores apresenta-se bastante variável. Segundo Carvalhosa et<br />

al. (1987), a sequência estratigráfi ca da camada <strong>de</strong> mármores po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fi nida,<br />

<strong>de</strong> acordo com a sua cor e, do topo para a base, do seguinte modo:<br />

1. Mármores cinzentos, por vezes escuros (mármore azul e ruivina);<br />

2. Mármores claros, cremes e róseos limpos, ou <strong>de</strong> vergada fi na castanha e<br />

acinzentada;<br />

3. Mármores claros com vergada, róseos e creme com vergada xistenta espessa.<br />

46


Na Figura 9 (IGM) apresenta-se uma planta do anticlinal com as zonas on<strong>de</strong><br />

ocorrem mármores e on<strong>de</strong> são apresentados os principais núcleos <strong>de</strong> exploração<br />

existentes na região com uma breve síntese <strong>de</strong> algumas das suas características.<br />

Figura 9 – Mapa geológico do anticlinal com a localização dos principais núcleos <strong>de</strong> exploração<br />

<strong>de</strong> mármores. (Fonte: Carta Geológica do anticlinal à escala 1:25.000 do Instituto Geológico e<br />

Mineiro - IGM)<br />

47<br />

2.5.4 – Características do Anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

A jazida <strong>de</strong> calcários cristalinos Paleozóicos do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila<br />

Viçosa (Alto Alentejo) e, em particular, nos seus fl ancos NE (Zona <strong>de</strong> Borba - Vila<br />

Viçosa) e SW (zona <strong>de</strong> Estremoz-Borba) e no núcleo <strong>de</strong> um sinclinal <strong>de</strong> 2.ª or<strong>de</strong>m<br />

existente no fl anco sudoeste da dobra e que se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Barro Branco (Borba)<br />

até S. Marcos (Vila Viçosa), localida<strong>de</strong> situada já na extremida<strong>de</strong> periclinal virada a<br />

su<strong>de</strong>ste, apresentam relevante interesse do ponto <strong>de</strong> vista geológico e económico.


Esta estrutura (Figura 10), como já foi dito, tem cerca <strong>de</strong> 40 km <strong>de</strong> comprimento,<br />

esten<strong>de</strong>ndo-se na direcção NW-SE, e chega a apresentar 7 km <strong>de</strong> largura.<br />

Além <strong>de</strong> três faixas <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong> cores variadas (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o branco ao creme,<br />

ao rosa e ao cinzento-escuro, por vezes com venados <strong>de</strong> diversas tonalida<strong>de</strong>s,<br />

todos eles com gran<strong>de</strong> reputação nacional e internacional), em geral associadas<br />

a calcoxistos, aí afl oram mármores dolomíticos e rochas xistentas alternando<br />

com grauvaques e alguns tipos <strong>de</strong> rochas eruptivas, em massas ou fi lões (Gonçalves,<br />

1970 e 1972 e Vintém et al., 1997). Mais raramente, ocorrem nódulos<br />

siliciosos no seio dos mármores.<br />

Figura 10 – Esquema da carta geológica do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa segundo<br />

VINTÉM et al. (1997), reduzida para a escala aproximada <strong>de</strong> 1:200.000<br />

48


2.6 – Tipo <strong>de</strong> exploração<br />

O tipo <strong>de</strong> exploração para este sector é efectuado em fosso, ou seja, em profundida<strong>de</strong><br />

a céu aberto, actualmente também por galeria subterrânea, um sistema<br />

ainda em estudo. Uma vez que os mármores com interesse ornamental chegam<br />

a profundida<strong>de</strong>s superiores a 400 m, a exploração subterrânea po<strong>de</strong> ser o único<br />

meio <strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r a este recurso, o “Projecto <strong>de</strong> execução para a exploração subterrânea<br />

<strong>de</strong> mármores na região <strong>de</strong> Pardais, Relatório Interno, I.G.M., Lisboa”<br />

(Gama et al., 2000), <strong>de</strong>screve um caso concreto que este método está a ser<br />

implementado no terreno.<br />

Normalmente, o método <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte utilizado é <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus direitos ou em<br />

fl anco <strong>de</strong> encosta. A altura dos <strong>de</strong>graus ou bancadas é variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />

qualida<strong>de</strong> e do corrume da matéria-prima “o mármore”.<br />

A focar a profundida<strong>de</strong> que as pedreiras nesta região atingiram em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma activida<strong>de</strong> extractiva extensa que origina um elevado número <strong>de</strong> escombreiras<br />

com custos <strong>de</strong> extracção elevadíssimos e que mais tar<strong>de</strong> ou mais cedo<br />

essas pedreiras terão que fechar <strong>de</strong>vido a problemas geológicos como a instabilida<strong>de</strong><br />

dos talu<strong>de</strong>s. A legislação não tem permitido criar gran<strong>de</strong>s frentes <strong>de</strong><br />

lavra, o que em alguns aspectos evi<strong>de</strong>ncia o problema focado anteriormente.<br />

49<br />

2.6.1 – Método <strong>de</strong> extracção<br />

Até 1929, a pá, a picareta e o marrão eram as ferramentas fundamentais da<br />

pesquisa para se conhecerem os “bancos”, cuja qualida<strong>de</strong> era melhor avaliada<br />

pela intervenção do ponteiro e maceta. O <strong>de</strong>smonte era feito sem outro recurso<br />

que não fosse a alavanca pequena, ou a gran<strong>de</strong> e grossa alavanca, <strong>de</strong> uns dois<br />

metros <strong>de</strong> comprimento, manobrada por muitos homens, os quais obe<strong>de</strong>ciam<br />

repetidamente a uma voz <strong>de</strong> comando. Também um macaco <strong>de</strong> 3 a 5 toneladas<br />

e <strong>de</strong> meio metro <strong>de</strong> altura, trazido para o Alentejo por mestres cabouqueiros<br />

oriundos <strong>de</strong> Pêro Pinheiro que vieram como homens <strong>de</strong> confi ança <strong>de</strong> certos industriais<br />

das serrações daquela zona, a fi m <strong>de</strong> virem buscar pedra para as suas<br />

serrações, bem como o recurso à pólvora negra eram métodos frequentemente<br />

utilizados. Estes, eram muito <strong>de</strong>morados e inseguros e prejudicavam a qualida<strong>de</strong><br />

dos blocos sobretudo pelo uso dos explosivos.


Só no último trimestre <strong>de</strong> 1929 se retomaria o emprego do fi o helicoidal (uma<br />

primeira tentativa <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>ste fi o foi feita pelo Sr. Eng.º Lisboa <strong>de</strong><br />

Lima, director técnico da Socieda<strong>de</strong> dos Mármores e Barros <strong>de</strong> Estremoz e<br />

Borba, iniciativa essa que, dizia-se, viria a não dar resultado na nossa pedra) na<br />

herda<strong>de</strong> da Vigária, sob os auspícios da então recém-formada empresa Solubema,<br />

que para o efeito chamou ao nosso país um técnico belga, Mr. Dehan, para<br />

iniciar a nossa recente indústria aos métodos <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> pedreiras usados<br />

particularmente em França e na Bélgica. Foi montada primeiramente uma gra<strong>de</strong><br />

fi xa <strong>de</strong> serragem pelo fi o helicoidal, a fi m <strong>de</strong> fazer a separação das partes<br />

com <strong>de</strong>feitos bem como a separação <strong>de</strong> cores ou até mesmo zonas manchadas.<br />

Ainda nesse ano, passou-se do fi o <strong>de</strong> estaleiro ou fi xo para o corte ou serragem<br />

dos “bancos” com a ajuda da perfuradora <strong>de</strong> rocha com uma broca <strong>de</strong> 40cm <strong>de</strong><br />

diâmetro que fazia os poços ou furos para a penetração do fi o. Também os macacos<br />

referidos há pouco foram substituídos por outros importados <strong>de</strong> França<br />

<strong>de</strong> 10, 12 e até mesmo 20 toneladas, com um metro <strong>de</strong> altura para permitir um<br />

maior avanço directo no arranque e também na movimentação <strong>de</strong> pedras.<br />

A partir da década <strong>de</strong> 30, o arranque e virar da pedra pelos macacos foi substituído,<br />

ou pelo menos auxiliado pelos “crapauds”, que mais não eram do que<br />

guinchos <strong>de</strong> manivela, tipo horizontal, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> roda <strong>de</strong>ntada e carretos para<br />

<strong>de</strong>smultiplicação <strong>de</strong> esforço com correntes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s e fortes elos que arrastavam<br />

25 a 39 toneladas, posteriormente modifi cados para tracção por cabos e<br />

accionamento mecânico por motor a gasóleo.<br />

Na década <strong>de</strong> 60, o processo <strong>de</strong> limpeza das pedreiras alterou-se por completo,<br />

com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> máquinas mais rápidas e mais versáteis, tais como os<br />

tractores com atrelados providos <strong>de</strong> báscula que vieram substituir primeiramente<br />

os serventes <strong>de</strong> pedreira com o cabanejo às costas e posteriormente as vias<br />

Decauville e vagonetas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo lateral e frontal puxadas por guinchos tipo<br />

verticais, tambor comprido e com uma centena ou duas <strong>de</strong> metros <strong>de</strong> cabo.<br />

Como as pedreiras não se podiam alargar em superfície, recorreu-se ao aprofundamento<br />

dos pisos, introduzindo-se novos processos <strong>de</strong> extracção tais como<br />

a instalação <strong>de</strong> gruas <strong>de</strong> braço fi xo ou “<strong>de</strong>rricks”, po<strong>de</strong>ndo estes levantar do<br />

fundo as massas <strong>de</strong>smontadas, cortadas a fi o ou divididas a ar comprimido que<br />

atingiam 20 a 30 toneladas. O primeiro equipamento <strong>de</strong>ste tipo foi importado<br />

50


pelo empresário Sr. José Brito da Luz para uma pedreira em Estremoz. De<br />

assinalar também a inovação trazida da Bélgica pela empresa Solubema dos<br />

chamados camiões-gruas sobre pneus que erguiam 16 a 18 toneladas.<br />

No domínio do corte das rochas para além do fi o helicoidal, uma inovação importante<br />

foi a introdução, em 1969, do corte pelas “serradoras <strong>de</strong> rocha” chamadas<br />

em França <strong>de</strong> “Haveuses-rouilleuses”, do fabricante Perrier, cujo corte<br />

se efectuava por acção <strong>de</strong> uma corrente provida <strong>de</strong> pastilhas <strong>de</strong> aço-tungsténio<br />

em movimento contínuo sobre a rocha. Nos anos 80 <strong>de</strong>u-se o maior avanço tecnológico<br />

experimentado pelo sector, substituindo-se estes equipamentos por<br />

máquinas <strong>de</strong> fi o diamantado, cuja velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte permitiu aumentar em<br />

gran<strong>de</strong> escala a produção das pedreiras.<br />

Descrição dos esquemas produtivos da activida<strong>de</strong> extractiva dos processos<br />

<strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> uma pedreira <strong>de</strong> mármore<br />

51<br />

Sequência <strong>de</strong> exploração<br />

<strong>de</strong> uma pedreira ou fases<br />

<strong>de</strong> extracção<br />

Destapação<br />

Remoção dos Cabeços<br />

Abaixamento <strong>de</strong> Piso<br />

Abertura <strong>de</strong> Canais<br />

Desmonte <strong>de</strong> Bancadas<br />

Fluxograma 1 – Sequência <strong>de</strong> exploração e sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros<br />

Sequência <strong>de</strong> trabalhos<br />

mineiros<br />

Perfuração<br />

Serragem<br />

Desmonte<br />

Esquadrejamento<br />

Remoção


O ciclo produtivo da activida<strong>de</strong> extractiva (ver Fluxograma 8 – Anexo I) divi<strong>de</strong>-<br />

-se em duas partes. São as fases <strong>de</strong> exploração da pedreira (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua <strong>de</strong>stapação<br />

até à sua exploração fi nal) e a sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros (Figura 11).<br />

Esta última, encontra-se <strong>de</strong>ntro da fase <strong>de</strong> exploração, muito embora se consiga<br />

distinguir, uma vez que são operações realizadas no dia-a-dia <strong>de</strong> uma pedreira.<br />

Figura 11 – Exploração <strong>de</strong> mármore na zona da Lagoa<br />

2.6.1.1 – Sequência das fases <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> uma pedreira<br />

Destapação<br />

A abertura da pedreira inicia-se com a <strong>de</strong>stapação que consiste na remoção<br />

do solo que se encontra sobre o maciço rochoso a explorar e é obrigatório em<br />

explorações a céu aberto. Proce<strong>de</strong>-se, no entanto, à remoção <strong>de</strong> terras <strong>de</strong> cobertura<br />

nos alargamentos da área <strong>de</strong> corte e no cumprimento da legislação quanto<br />

à limpeza do perímetro <strong>de</strong> corte por motivos <strong>de</strong> segurança (Lei <strong>de</strong> pedreiras<br />

270/01 recentemente regulamentada em Fevereiro <strong>de</strong> 2005 em Conselho <strong>de</strong><br />

Ministros). Esta acção é <strong>de</strong>senvolvida por pás carregadoras, escavadoras e<br />

manualmente. A espessura da camada <strong>de</strong> solo é muitas vezes consi<strong>de</strong>rável,<br />

52


variando ao longo do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz. No caso particular <strong>de</strong> uma pedreira,<br />

a coluna <strong>de</strong> solo varia entre 0,5 m e 3 m. Sendo o solo retirado, é também<br />

removido o coberto vegetal, levando a alterações signifi cativas na região, com<br />

impactes ambientais assinaláveis ao nível da topografi a, da fl ora e da fauna.<br />

A regulamentação vigente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, obriga, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> essa data, o explorador ao<br />

armazenamento do solo <strong>de</strong> cobertura para posterior recuperação paisagística<br />

(DL 270/01).<br />

Remoção dos cabeços<br />

A remoção dos cabeços po<strong>de</strong> ser efectuada <strong>de</strong> duas formas: no primeiro caso,<br />

se o material estiver fracturado ou a qualida<strong>de</strong> da rocha não justifi car a sua<br />

exploração, faz-se uma pega <strong>de</strong> fogo com pólvora negra e rastilho, fazendo-se<br />

assim o <strong>de</strong>smonte da massa por <strong>de</strong>fl agração. No entanto, esta operação é realizada<br />

quando os cabeços não estão agarrados ao maciço, caso contrário, <strong>de</strong>ve-<br />

-se inicialmente serrar <strong>de</strong> levante (golpe horizontal) o cabeço, executando-se<br />

posteriormente a pega. Esta operação justifi ca-se, para evitar que se provoque<br />

fracturação no maciço após o rebentamento da pólvora. O segundo caso surge<br />

quando a qualida<strong>de</strong> do material justifi car uma extracção mais cuidada para futuro<br />

aproveitamento. Então, <strong>de</strong>stacam-se os cabeços através <strong>de</strong> operações <strong>de</strong><br />

perfuração e serragem com fi o diamantado, que mais à frente serão tratados<br />

com pormenor (2.6.1.2).<br />

Abaixamento <strong>de</strong> piso<br />

Terminada a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte dos cabeços, passaremos a ter uma superfície<br />

perfeitamente lisa. Então inicia-se o abaixamento <strong>de</strong> piso (ver fi gura 12 – Anexo<br />

II) que é um método normalmente usado para o <strong>de</strong>smonte em profundida<strong>de</strong><br />

recorrendo-se à roçadora Jet Belt (perfuradora), po<strong>de</strong>ndo-se, no entanto,<br />

executá-lo com fi o diamantado.<br />

Abertura <strong>de</strong> canais<br />

A abertura <strong>de</strong> canais consiste em fazer um rasgo na frente <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte com a forma<br />

trapezoidal, seguindo-se a individualização <strong>de</strong> talhadas. Também esta fase tem<br />

uma sequência que se efectua da seguinte maneira (ver fi gura 13 - Anexo II):<br />

53


• Perfuração horizontal ou <strong>de</strong> levante, executando-se dois furos convergentes<br />

<strong>de</strong> 11 cm <strong>de</strong> diâmetro efectuado por perfuradora pneumática;<br />

• Perfuração vertical executada por uma coluna <strong>de</strong> perfuração vertical com<br />

cerca <strong>de</strong> 40 cm <strong>de</strong> diâmetro;<br />

• Divisão do volume em talhadas com o auxílio <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> fi o diamantado;<br />

• Execução <strong>de</strong> corte ou golpe <strong>de</strong> levante com máquina <strong>de</strong> fi o diamantado <strong>de</strong> 40 c.v.;<br />

• Execução <strong>de</strong> dois cortes ou golpes verticais com máquina <strong>de</strong> fi o diamantado;<br />

• Introdução <strong>de</strong> almofadas insufl áveis <strong>de</strong> 0,5 cm <strong>de</strong> espessura e ou “pistons”<br />

hidráulicos;<br />

• Remoção com o auxílio <strong>de</strong> pás carregadoras e gruas.<br />

Desmonte <strong>de</strong> bancadas<br />

Após o abaixamento <strong>de</strong> piso e a criação <strong>de</strong> canais, temos agora o fundo da pedreira<br />

com várias frentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte em bancada. O princípio <strong>de</strong> separação <strong>de</strong>ssas<br />

bancadas do resto do maciço é o mesmo que para as fases anteriores, isto é, inicialmente<br />

executam-se furos <strong>de</strong> levante que intersectam um furo vertical, para permitir<br />

passar o fi o diamantado, proce<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong> seguida ao seu corte. Depois da<br />

talhada individualizada, é tombada com o auxílio <strong>de</strong> equipamentos apropriados.<br />

2.6.1.2 – Sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros<br />

Perfuração<br />

A perfuradora pneumática, mais vulgarmente conhecida por milharouco, perfura<br />

horizontalmente o maciço intersectando os furos verticais efectuados pelos<br />

martelos pneumáticos. Assim, é possível introduzir o fi o diamantado para<br />

se proce<strong>de</strong>r à serragem. Todos estes equipamentos pneumáticos possuem um<br />

fl uxo <strong>de</strong> ar injectado no fundo do furo através dos “bits”, para a remoção dos<br />

resíduos criados pela acção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste.<br />

Serragem<br />

Este método constitui o mais importante salto tecnológico na exploração <strong>de</strong><br />

pedra ornamental, na medida em que permitiu que as velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte e,<br />

54


consequentemente, as produções disparassem para valores impensáveis quando<br />

se usava o fi o helicoidal.<br />

A operação é efectuada com máquinas <strong>de</strong> fi o diamantado eléctricas, as quais proce<strong>de</strong>m<br />

ao corte do maciço. A máquina <strong>de</strong> fi o diamantado funciona sobre carris,<br />

nos quais ela se vai <strong>de</strong>slocando para manter o fi o tensionado, possuindo um grupo<br />

motriz eléctrico e poleias para orientação do fi o. Esta máquina executa golpes<br />

horizontais ou <strong>de</strong> levante, verticais e oblíquos. O fi o diamantado que constitui na<br />

prática a ferramenta <strong>de</strong> corte consiste num cabo <strong>de</strong> fi os <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> 5 mm <strong>de</strong> diâmetro,<br />

sobre o qual estão inseridos vários anéis diamantados, <strong>de</strong>nominados pérolas,<br />

com um diâmetro <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 10 mm (para mármores), constituídas por diamantes<br />

sintéticos e que vão permitir o corte da pedra. Para além das pérolas diamantadas,<br />

existem, ainda, anilhas, molas <strong>de</strong> dois tamanhos diferentes e um prensador que está<br />

fi xo ao cabo e que impe<strong>de</strong> que as outras peças sejam projectadas quando o fi o se<br />

parte. O sistema implica a utilização <strong>de</strong> água como refrigerante.<br />

Desmonte<br />

Enten<strong>de</strong>-se por <strong>de</strong>smonte, todas as técnicas utilizadas para separar certos volumes<br />

<strong>de</strong> rocha do resto do maciço. O <strong>de</strong>smonte <strong>de</strong> bancadas po<strong>de</strong> ser efectuado<br />

por “pistons” hidráulicos, colchões (hidráulicos <strong>de</strong> alumínio ou pneumáticos),<br />

com o auxílio <strong>de</strong> pás carregadoras e “crapauds” e por disparos ou rebentamentos,<br />

recorrendo ao uso <strong>de</strong> explosivos (pólvora negra) quando o maciço se<br />

encontra muito fracturado e com pouco valor económico.<br />

• “Pistons” hidráulicos<br />

Os “pistons” hidráulicos, mais vulgarmente conhecidos por “macacas”, são<br />

concebidos para o afastamento e o <strong>de</strong>rrube da talhada. São constituídos por um<br />

ou mais cilindros <strong>de</strong> aço cromado e o seu accionamento é feito através <strong>de</strong> uma<br />

central hidráulica (centralina) accionada por um motor eléctrico. Este equipamento<br />

possui forças <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação entre 70 e 160 toneladas, com percursos dos<br />

êmbolos na or<strong>de</strong>m dos 50 e 300 mm.<br />

Para o seu uso habitual faz-se uma “caixa” no maciço, on<strong>de</strong> o cilindro é colocado.<br />

Após o accionamento da centralina, o cilindro começa a empurrar a fatia, afastando-a<br />

do maciço. Nesta fase, à medida que se vai processando o afastamento,<br />

55


vai-se colocando pequenos blocos <strong>de</strong> pedra no espaço que se vai criando entre a<br />

fatia e o resto da bancada, evitando-se assim que esta retome a posição inicial.<br />

• Colchões pneumáticos<br />

Os colchões pneumáticos são colocados completamente vazios nos golpes<br />

efectuados no maciço, e têm, como objectivo, o afastamento <strong>de</strong> massas e seu<br />

<strong>de</strong>rrube. São insufl ados com ar comprimido, sendo a sua constituição <strong>de</strong> neoprene<br />

e são revestidos com uma malha <strong>de</strong> aço. Quando vazios têm espessuras<br />

<strong>de</strong> 2,5 a 3 cm e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cheios 40 cm. As suas dimensões po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> 2 m<br />

x 1,20 m e 3 m x 1,20 m, sendo preferíveis as dimensões menores para o caso<br />

<strong>de</strong> maciços muito fracturados, facilitando a colocação dos colchões em zonas<br />

mais sãs, evitando assim a sua danifi cação. Este tipo <strong>de</strong> colchões tem uma<br />

força <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação na or<strong>de</strong>m das 200 toneladas.<br />

• Colchões <strong>de</strong> alumínio<br />

Os colchões <strong>de</strong> alumínio são usados para os mesmos fi ns que os pneumáticos,<br />

porém são concebidos para serem usados uma só vez, sendo cheios com água.<br />

A vantagem é que são mais baratos que os anteriores. As dimensões normais<br />

são <strong>de</strong> 1 m x 1 m, com peso <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 8 kg, possuindo uma espessura inicial<br />

<strong>de</strong> 4 mm e no fi nal 20 cm. Têm uma força <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação na or<strong>de</strong>m das 300<br />

toneladas. O seu funcionamento consiste na injecção <strong>de</strong> água para a almofada<br />

<strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> alumínio com cerca <strong>de</strong> 0,5 cm <strong>de</strong> espessura inicialmente, expandir<br />

cerca <strong>de</strong> 30 cm, promovendo o afastamento da talhada.<br />

• “Crapaud”<br />

O “crapaud” é um equipamento que está em <strong>de</strong>suso. É um veículo <strong>de</strong> quatro<br />

rodas que possui uma bobina na traseira on<strong>de</strong> é enrolado um cabo <strong>de</strong> aço. Para<br />

se proce<strong>de</strong>r ao <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> uma fatia ou <strong>de</strong> um bloco, estas massas são<br />

enlaçadas com o cabo <strong>de</strong> aço, sendo este enrolado na bobine.<br />

• Cunhas<br />

São constituídas por três peças: uma cunha metálica propriamente dita, parecida<br />

com um escopro, e duas chapas metálicas (palmetas) que são colocadas<br />

56


num furo feito com martelo pneumático. Para que se consiga a separação <strong>de</strong><br />

uma massa, é necessário usar vários conjuntos <strong>de</strong> cunhas que são colocadas<br />

em furos dispostos lado a lado, afastados entre si por escassos centímetros.<br />

Finalmente, um trabalhador com a acção <strong>de</strong> uma marreta vai martelando nas<br />

cunhas até a massa se dividir pelo plano <strong>de</strong> fraqueza criado.<br />

• Escavadoras e pás carregadoras<br />

Equipamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, que po<strong>de</strong> ser usado para fazer tombar talhadas<br />

com o auxílio do bal<strong>de</strong> ou com um “<strong>de</strong>nte” que é acoplado ao braço da máquina.<br />

Especifi camente, as pás carregadoras transportam os blocos até à grua e os<br />

resíduos até ao bal<strong>de</strong>.<br />

• Explosivos<br />

Nas pedreiras <strong>de</strong> mármore, os explosivos são cada vez menos usados, no entanto,<br />

este método continua a ser utilizado, condicionado por requisitos impostos na<br />

área cativa pela Portaria 441/90. Este procedimento é, no entanto, realizado para<br />

remover materiais estéreis, sem valor comercial ou <strong>de</strong> baixo valor económico, sendo<br />

preferível relativamente aos outros métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte por se tornar mais<br />

efi caz e menos dispendioso. Para este efeito, é utilizada pólvora negra com 75%<br />

<strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> potássio, 10% <strong>de</strong> enxofre e 15% <strong>de</strong> carbono, tendo uma temperatura<br />

<strong>de</strong> explosão <strong>de</strong> 2600ºC e um volume <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> 300 L/kg (López Jimeno, 1995).<br />

Posteriormente, o <strong>de</strong>stino do material removido será a <strong>de</strong>posição em escombreira.<br />

Esquadrejamento em fundo da pedreira<br />

O esquadrejamento po<strong>de</strong> ser feito numa talhada acabada <strong>de</strong> tombar, tendo em<br />

vista a sua divisão em blocos facilmente transportáveis. No entanto, raríssimas<br />

vezes as talhadas se mantêm intactas após a sua queda, fragmentando-se em<br />

vários blocos informes, havendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os esquartejar para que tomem<br />

uma forma aproximadamente paralelepipédica.<br />

Nesta fase a separação dos blocos po<strong>de</strong> ser feita através <strong>de</strong> uma guilhação (por<br />

perfuração) executável com os martelos pneumáticos, ou, a outra alternativa, é<br />

a utilização <strong>de</strong> fi o diamantado para o esquadrejamento do bloco.<br />

57


Remoção<br />

A remoção dos blocos <strong>de</strong> uma pedreira é feita por gruas fi xas do tipo Derrick que<br />

possuem uma coluna, um braço e duas escoras laterais que fi xam a grua ao chão e<br />

que fazem um ângulo <strong>de</strong> 90º entre si. A área <strong>de</strong> rotação da coluna e do braço, chama-<br />

-se área <strong>de</strong> trabalho e é <strong>de</strong> 220º a 240º. As capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carga são <strong>de</strong> 25 toneladas<br />

e as suas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> elevação em média <strong>de</strong> 12 m/s. Os blocos são movimentados<br />

no fundo por uma pá carregadora até à prumada das gruas. Os <strong>de</strong>sperdícios são<br />

<strong>de</strong>positados num bal<strong>de</strong> apropriado e removidos pelo mesmo sistema.<br />

Cais <strong>de</strong> pedreira<br />

• Esquadrejamento<br />

Por vezes alguns blocos chegam ao cais ainda com formas irregulares. Para se<br />

corrigir essa forma proce<strong>de</strong>-se a uma transformação através do uso <strong>de</strong> equipamentos<br />

<strong>de</strong>signados por monolâmina e monofi o. São equipamentos eléctricos,<br />

fi xos, sendo os seus golpes efectuados com o auxílio <strong>de</strong> água para arrefecimento<br />

das ferramentas <strong>de</strong> corte e para limpeza do pó <strong>de</strong> pedra resultante do <strong>de</strong>sgaste<br />

(ver Fluxograma 9 – Anexo I). As monolâminas são possuidoras <strong>de</strong> uma única<br />

lâmina constituída por segmentos diamantados que vão promover o corte da<br />

rocha. A lâmina tem um movimento <strong>de</strong> vai-e-vem e à medida que corta o bloco<br />

vai <strong>de</strong>scendo. O monofi o, ao contrário das monolâminas, é constituído por um<br />

fi o diamantado com um comprimento aproximado <strong>de</strong> 18 m. O fi o permite obter<br />

um golpe mais fi no e uniforme. Outras vantagens do monofi o em relação à<br />

monolâmina são a sua rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> corte, bem como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efectuar<br />

golpes segundo linhas quebradas e curvaturas, bastando para isso que haja um<br />

movimento controlado da plataforma (zorra) on<strong>de</strong> está assente o bloco, po<strong>de</strong>ndo<br />

inclusivamente efectuar algumas obras <strong>de</strong> arte. Existe também um outro<br />

equipamento <strong>de</strong>nominado vira-blocos que permite virar o bloco colocando-o na<br />

posição exacta para a posterior serragem com monofi o ou monolâmina.<br />

Nesta fase, estão associados os pórticos rolantes e gruas anteriormente <strong>de</strong>scritos<br />

que garantem a alimentação dos blocos aos equipamentos.<br />

58


Pórtico Zorra Pórtico<br />

Serragem<br />

(Monolâmina)<br />

Material Obra<br />

Blocos<br />

Ponte Rolante Zorra<br />

Embalagem<br />

59<br />

2.6.2 – Método <strong>de</strong> transformação<br />

A activida<strong>de</strong> transformadora (ver Fluxograma 8 – Anexo I) é caracterizada<br />

por esquemas produtivos muito diversifi cados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do produto fi nal<br />

pretendido, como se po<strong>de</strong> verifi car no fl uxograma seguinte:<br />

Serragem<br />

(Engenhos)<br />

Chapa Serrada<br />

Ponte Rolante<br />

Polidora<br />

Rolos<br />

Transportadores<br />

Chapas Polidas<br />

Mesa <strong>de</strong> Descarga<br />

Embalagem<br />

Comercialização<br />

Comprimentos<br />

Livres<br />

Comercialização<br />

<strong>de</strong> Blocos<br />

Multidisco<br />

Longitudinal<br />

Ponte Rolante<br />

Tiras<br />

ou Bandas<br />

PARQUE<br />

Chapa Polida<br />

Importada<br />

Tiras<br />

ou Bandas<br />

Ponte Rolante<br />

Rectifi cadora<br />

Pórtico<br />

Rolante<br />

Empilhador<br />

e Autogrua<br />

Fluxograma 2 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma transformadora<br />

Máquina<br />

<strong>de</strong> Ponte<br />

Ponte Rolante<br />

Material<br />

em obra<br />

Rolos<br />

Transportadores<br />

Acabamento<br />

<strong>de</strong> Perfi s<br />

Rolos<br />

Transportadores<br />

Rolos<br />

Transportadores<br />

Stock<br />

<strong>de</strong> Caixotes<br />

(Espessura<br />

3 cm e 4.5 cm)<br />

Ponte Rolante<br />

Rufi adora<br />

(Tiras ou Bandas<br />

Ponte Rolante<br />

Polidora Polidora<br />

Mesa<br />

<strong>de</strong> Selecção<br />

Embalagem<br />

Rolos<br />

Transportadores<br />

Multidisco Multidisco<br />

Rolos<br />

Transportadores<br />

Biseladora Biseladora<br />

Selecção


Os blocos <strong>de</strong> rocha extraídos da pedreira são transportados até à fábrica por<br />

meio <strong>de</strong> camiões, on<strong>de</strong> são armazenados numa zona <strong>de</strong>signada por Parque <strong>de</strong><br />

Blocos ou <strong>de</strong>pósito, sendo iniciado o processo <strong>de</strong> transformação, o qual inclui<br />

um conjunto <strong>de</strong> operações sequenciais, com o objectivo <strong>de</strong> produzir um produto<br />

acabado que cumpra <strong>de</strong>terminados requisitos específi cos.<br />

Carga e <strong>de</strong>scarga<br />

Consiste na recepção, pesagem do bloco e i<strong>de</strong>ntifi cação (n.º <strong>de</strong> fábrica e tonelagem).<br />

A <strong>de</strong>scarga é feita do camião para o Parque <strong>de</strong> Blocos através <strong>de</strong><br />

pórticos cujo raio <strong>de</strong> acção cobre toda a área do parque. Estes equipamentos<br />

também realizam o transporte do bloco para o vira-blocos 2 (ver esquadrejamento<br />

2.6.2.1.), o qual tem como função posicioná-lo correctamente na zorra,<br />

proce<strong>de</strong>ndo-se ao início da operação <strong>de</strong> serragem na monolâmina.<br />

2.6.2.1 – Serragem<br />

Esquadrejamento <strong>de</strong> blocos<br />

À semelhança do que se passa na pedreira, na unida<strong>de</strong> transformadora, as monolâminas<br />

também servem para conferir uma forma paralelepipédica aos blocos,<br />

retirando-lhes os <strong>de</strong>feitos estruturais.<br />

As monolâminas são essencialmente para rectifi car as dimensões <strong>de</strong> blocos adquiridos<br />

a outras empresas e para obras <strong>de</strong> arte feitas à medida (Fluxograma 3).<br />

Camião P. <strong>de</strong> Blocos Vira-Blocos Monolâmina Engenhos<br />

Fluxograma 3 – Ciclo do esquadrejamento dos blocos<br />

2 – Equipamento que vira o bloco para a posição exacta <strong>de</strong> serragem.<br />

60


Produção <strong>de</strong> chapa serrada em engenho <strong>de</strong> corte<br />

A transformação do bloco em chapas é efectuada por engenhos <strong>de</strong> corte (Fluxograma<br />

4). Estes consistem num equipamento com multilâminas que cortam<br />

o bloco em chapas com espessuras pre<strong>de</strong>fi nidas. Este equipamento possui um<br />

tear que suporta o conjunto <strong>de</strong> lâminas que, através <strong>de</strong> movimento <strong>de</strong> vai-e-<br />

-vem, promove o <strong>de</strong>sgaste do bloco, possuindo uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong><br />

aproximadamente 15 cm/h. À semelhança <strong>de</strong> alguns equipamentos atrás referidos,<br />

também este possui um sistema <strong>de</strong> refrigeração por injecção <strong>de</strong> água.<br />

À medida que o corte se vai efectuando, a zorra on<strong>de</strong> o bloco está colocado<br />

executa um movimento ascen<strong>de</strong>nte permitindo assim que as lâminas estejam<br />

em constante contacto com a pedra. A colocação e remoção dos blocos na zorra<br />

é feita com o auxílio dos pórticos.<br />

Monolâmina Vira-Blocos Engenhos<br />

Fluxograma 4 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> chapa serrada em engenho <strong>de</strong> corte<br />

61<br />

2.6.2.2 – Polimento<br />

Produção <strong>de</strong> produtos polidos<br />

Chapas e tiras são produtos que sofrem uma transformação primária e por isso<br />

consi<strong>de</strong>rados semitransformados ou intermédios, sendo produzidos respectivamente<br />

nos engenhos e nos talha-blocos.<br />

Este material vai agora conhecer um novo estágio <strong>de</strong> benefi ciação, o polimento,<br />

com vista ao aumento do seu valor comercial. Neste processo utilizam-<br />

-se diferentes abrasivos <strong>de</strong> grão progressivamente <strong>de</strong>crescentes, cada um dos<br />

quais vai eliminando os traços <strong>de</strong>ixados pelo anterior. A dimensão do grão<br />

com que se inicia o trabalho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da classe do material e do aspecto que<br />

apresenta a sua superfície. Os abrasivos são compostos por uma resina <strong>de</strong> poliéster<br />

insaturada, partículas <strong>de</strong> carbonato <strong>de</strong> silicone, <strong>de</strong> dimensões diversas,


carbonato <strong>de</strong> cálcio em cloreto <strong>de</strong> sódio e óxidos corantes (segundo a fi cha <strong>de</strong><br />

abrasivos da Abra Iri<strong>de</strong>).<br />

A linha <strong>de</strong> polimento <strong>de</strong> chapa po<strong>de</strong> ser através <strong>de</strong> carregamento manual ou<br />

composta por um sistema <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga automática. Uma vez polidas, as<br />

chapas obtidas po<strong>de</strong>m ser expedidas como tal ou encaminhadas para o corte<br />

longitudinal e transversal (máquinas <strong>de</strong> ponte), com a programação das medidas<br />

exactas para o efeito pretendido. Durante o processo <strong>de</strong> corte, os discos<br />

são continuamente refrigerados por água (ver fl uxograma 10 – Anexo I).<br />

O corte é feito através do movimento da trave da máquina no sentido transversal<br />

e da cabeça equipada com o disco no movimento longitudinal. O suporte<br />

do disco é graduável po<strong>de</strong>ndo trabalhar em posições diferentes.<br />

Após o corte <strong>de</strong> precisão segue-se a biselagem e polimento dos topos. Por<br />

último efectua-se a limpeza da peça, a secagem e escolha segundo critérios<br />

<strong>de</strong> uniformização <strong>de</strong> vergadas e tonalida<strong>de</strong>s, seguindo-se a embalagem do<br />

produto.<br />

Linhas <strong>de</strong> ladrilhos<br />

As tiras provenientes dos talha-blocos po<strong>de</strong>m ir directamente para a linha <strong>de</strong><br />

polimento, ou então seguem imediatamente para a rufi adora que divi<strong>de</strong> uma<br />

tira com uma <strong>de</strong>terminada espessura em duas <strong>de</strong> espessura igual sendo posteriormente<br />

encaminhadas para a fase seguinte.<br />

Nesta fase, as tiras passam por uma rectifi cadora <strong>de</strong> espessura que as calibrará.<br />

Posteriormente, através do tapete rolante, as tiras passam para a polidora que<br />

vai polir uma das suas superfícies, seguindo para a multidisco automática<br />

(máquina <strong>de</strong> corte transversal) conferindo-lhes uma forma rectangular. Aqui,<br />

po<strong>de</strong> também encontrar-se instalado um “robot” para voltar a peça. Nesta<br />

fase <strong>de</strong>ixa-se <strong>de</strong> chamar tira e passa-se a chamar ladrilho ou mosaico, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

da dimensão. Seguidamente, o ladrilho é transportado por meio<br />

<strong>de</strong> rolos transportadores para a biseladora, equipamento possuidor <strong>de</strong> mós<br />

diamantadas que irão rectifi car as arestas dos quatro lados da peça, passando<br />

<strong>de</strong> seguida por uma secção <strong>de</strong> secagem e limpeza, sendo, em seguida, dirigido<br />

para a embalagem.<br />

62


Embalagem e selecção<br />

Com esta fase, preten<strong>de</strong>-se obter um produto fi nal uniformizado (ex. tonalida<strong>de</strong>);<br />

é um processo inicialmente manual sendo efectuado por operários especializados.<br />

As tiras ou bandas <strong>de</strong> comprimento livre são embaladas em paletes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

simples. A chapa polida e trabalhos especiais são envolvidos unicamente por<br />

fi lme plástico e colocados em cavaletes. A embalagem dos ladrilhos é antecedida<br />

por um controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em mesas <strong>de</strong> escolha, efectuada normalmente<br />

por mulheres (seleccionadoras). Posteriormente, os ladrilhos são embalados<br />

em caixas <strong>de</strong> papelão, separados por um fi lme plástico colocado entre duas<br />

superfícies polidas. Segue-se a colocação <strong>de</strong>stas caixas em paletes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

protegidas nos topos por placas <strong>de</strong> esferovite; excepção feita aos produtos<br />

<strong>de</strong>stinados ao mercado alemão on<strong>de</strong> no lugar <strong>de</strong> esferovite é usado cartão por<br />

requisitos impostos nesse país. O transporte das paletes é assegurado por um<br />

empilhador e por pontes rolantes.<br />

Trabalhos especiais<br />

Nos trabalhos especiais feitos por medida inclui-se a elaboração <strong>de</strong> bancadas<br />

<strong>de</strong> cozinha, <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> banho, rodapés, revestimentos <strong>de</strong> fachadas, entre outros.<br />

Estes trabalhos são efectuados por equipamentos manuais, como rebarbadoras,<br />

fresas e também máquinas <strong>de</strong> corte automáticas tipo ponte, todavia<br />

a maioria das empresas que se <strong>de</strong>dica a este tipo <strong>de</strong> trabalhos introduziu já a<br />

tecnologia <strong>de</strong> corte CNC a três e cinco eixos e por jacto <strong>de</strong> água.<br />

Depósito <strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong>sperdício<br />

Desperdício <strong>de</strong> mármore – paletes<br />

O <strong>de</strong>sperdício das linhas <strong>de</strong> polimento possui um gran<strong>de</strong> aproveitamento, uma<br />

vez que existe mercado para este produto geralmente posto à venda em paletes<br />

<strong>de</strong> 1 m 3 .<br />

63


Subprodutos – mármore<br />

Em explorações dotadas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> para realizar uma primeira transformação<br />

ou transformação primária, os blocos <strong>de</strong> pequenas dimensões ou com algumas<br />

<strong>de</strong>fi ciências (não comerciais) po<strong>de</strong>m ser utilizados na produção <strong>de</strong> tiras<br />

(comprimentos livres) e ladrilhos, com o objectivo <strong>de</strong> obter uma mais-valia <strong>de</strong><br />

um produto que tradicionalmente era <strong>de</strong>stinado às escombreiras.<br />

Natas – carbonato <strong>de</strong> cálcio <strong>de</strong>sidratado<br />

Quanto às “natas” provenientes do corte, serragem e polimento <strong>de</strong> rochas ornamentais<br />

são inicialmente canalizadas para um tanque <strong>de</strong> on<strong>de</strong> serão bombeadas<br />

posteriormente para <strong>de</strong>puradores, on<strong>de</strong> sofrerão uma separação da água.<br />

Finalmente a “nata” será canalizada para o fi ltroprensa e a água purifi cada<br />

entrará <strong>de</strong> novo no circuito da fábrica.<br />

As “natas” <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> prensadas são colocadas num “dumper” que as levará<br />

para o <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> resíduos.<br />

Sistemas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> poeiras<br />

Existem equipamentos que captam as poeiras existentes nos locais <strong>de</strong> trabalho.<br />

Estes equipamentos são <strong>de</strong>signados por bancadas aspiradoras, cortinas <strong>de</strong><br />

água e aspirador <strong>de</strong> poeiras. Estes equipamentos estão situados nas zonas <strong>de</strong><br />

acabamento, permitindo assim trabalhar em ambiente seco e com o mínimo <strong>de</strong><br />

poeiras.<br />

A caracterização da indústria dos mármores será efectuada, sempre que possível,<br />

separadamente para a indústria extractiva e para a indústria transformadora.<br />

64


2.7 – Indicadores<br />

65<br />

2.7.1 – Ao nível da produção<br />

2.7.1.1 – Extracção<br />

A partir <strong>de</strong> 1977, assistiu-se a quatro anos <strong>de</strong> escalada ininterrupta, após a<br />

regressão <strong>de</strong> 1975-76, atingindo-se, em 1980, um volume produtivo sem-par<br />

no sector, na or<strong>de</strong>m das 309 766 toneladas, correspon<strong>de</strong>ndo a mais 14,3%<br />

do que no ano anterior, estando à cabeça <strong>de</strong>ste os mármores do anticlinal <strong>de</strong><br />

Estremoz - Borba - Vila Viçosa (Quadro 3 – Boletim <strong>de</strong> Minas).<br />

Na base <strong>de</strong>sta recuperação, fi guraram sem dúvida a transposição <strong>de</strong> alguns dos<br />

principais estrangulamentos à construção civil nacional bem como o incremento<br />

das exportações <strong>de</strong> mármore, das varieda<strong>de</strong>s rosadas, cremes, esbranquiçadas<br />

e negro-azuladas da mais vasta e rica formação nacional que continuavam<br />

a <strong>de</strong>spertar a atenção e a suscitar o interesse dos mais exigentes mercados<br />

internos e externos.<br />

Tal como no ano anterior, <strong>de</strong> 1981 a 1985 a mancha <strong>de</strong> calcários cristalinos caracterizava-se<br />

mais uma vez pelo ligeiro incremento produtivo, com valores situados<br />

entre os 3,1% do ano 1981 (valor mais baixo) e os 5,5% <strong>de</strong> 1983 (valor mais alto),<br />

correspon<strong>de</strong>ndo neste ano a um aumento da produção <strong>de</strong> 18 182 toneladas.<br />

Os países industriais mais evoluídos adaptaram gradualmente as suas economias<br />

em face dos dois choques petrolíferos e relançaram as suas trocas comerciais<br />

com o exterior. Por outro lado, as nações ricas em petróleo manifestaram<br />

interesse crescente pelas nossas rochas <strong>de</strong>corativas.<br />

As razões expostas, aliadas a um importante consumo interno fundamentalmente<br />

por parte da construção <strong>de</strong> habitação própria e <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte funerária,<br />

colocaram o ano <strong>de</strong> 1983 num nível produtivo <strong>de</strong> rochas ornamentais lusitanas<br />

sem paralelo com os antece<strong>de</strong>ntes.<br />

De 1986 a 1992, <strong>de</strong>u-se novo pulo na activida<strong>de</strong> extractiva, situando-se os<br />

valores entre os 6,9% <strong>de</strong> 1986 e os 11,6% <strong>de</strong> 1988, valor este só superado pelo<br />

<strong>de</strong> 1980. A produção em toneladas no ano <strong>de</strong> 1992 atingiu 643.323 toneladas,<br />

o valor mais alto experimentado por esta indústria.<br />

Constata-se que os anos 80 foram, sem dúvida, a década <strong>de</strong> ouro em termos <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> mármores para o anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa.


Não restam quaisquer dúvidas quanto à esmagadora supremacia <strong>de</strong>sta vasta<br />

bacia marmórea. A excelência da qualida<strong>de</strong> dos seus produtos – aliada às<br />

suas enormes reservas – conquistou os favores dos mais exigentes apreciadores<br />

mundiais e <strong>de</strong>u origem ao nascimento e expansão <strong>de</strong> uma indústria que no ramo<br />

mineral fi gurava e fi gura entre as mais notáveis e promissoras do nosso país.<br />

As estatísticas mostram que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 até 1992 o volume <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mármores<br />

à boca da pedreira nos concelhos <strong>de</strong> Estremoz, Borba e Vila Viçosa apresentava<br />

uma evolução positiva praticamente constante, começando em 309766<br />

toneladas correspon<strong>de</strong>ndo a 1 312 777 contos em 1980 para concluir em 643323<br />

toneladas e 17 826 210 contos em 1992. Este sucesso fi cou a <strong>de</strong>ver-se em gran<strong>de</strong><br />

parte ao andamento favorável das nossas exportações <strong>de</strong> mármore.<br />

Nestes mesmos anos, a quantida<strong>de</strong> produzida veio multiplicada por 2,<strong>07</strong>7 e o<br />

valor por 13,579.<br />

De 1992 até 1996, os valores da produção mantiveram-se crescentes, com ligeiras<br />

fl utuações, embora os aumentos tenham sido marginais quando comparados<br />

com os dos anos anteriores.<br />

De <strong>de</strong>stacar pela negativa o ano 1993 que foi o único ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 em que a<br />

produção <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong>caiu na or<strong>de</strong>m dos 7,4%, muito embora nesse ano se<br />

tivessem realizado 17 651 321 contos, o segundo valor mais alto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980.<br />

Apesar do <strong>de</strong>créscimo evi<strong>de</strong>nciado na produção durante esse ano, <strong>de</strong>ve-se realçar<br />

também que nunca até aí o valor <strong>de</strong> uma tonelada valeu tanto, atingindo<br />

nesse ano aproximadamente 30 contos.<br />

A razão para este facto pren<strong>de</strong>u-se com a recessão a nível mundial, em muito<br />

infl uenciada pela guerra do Golfo, que em muito afectou a economia portuguesa,<br />

esta, muito aberta ao exterior, a qual <strong>de</strong>morou muito a sair da crise.<br />

66


(*) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Escoural, Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

Quadro 3 – Produção <strong>de</strong> mármore do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa ( Fonte: Boletim<br />

<strong>de</strong> Minas)<br />

67<br />

Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

Produção<br />

Total (t)<br />

309 766<br />

319 383<br />

333 327<br />

351 509<br />

363 951<br />

381 412<br />

4<strong>07</strong> 740<br />

439 009<br />

490 067<br />

535 7<strong>07</strong><br />

584 457<br />

630 693<br />

643 323<br />

596 028<br />

621 794<br />

624 979<br />

626 517<br />

*<br />

*<br />

*<br />

**<br />

**<br />

**<br />

Variação Valor na pedreira<br />

(t) %<br />

(contos) ESC./t<br />

+38 695<br />

+9617<br />

+13 944<br />

+18 182<br />

+12 442<br />

+17 461<br />

+26 328<br />

+31 269<br />

+51 058<br />

+45 640<br />

+48 750<br />

+46 236<br />

+12 630<br />

-47 295<br />

+25 766<br />

+3185<br />

+1538<br />

+14,3<br />

+3,1<br />

+4,4<br />

+5,5<br />

+3,5<br />

+4,8<br />

+6,9<br />

+7,7<br />

+11,6<br />

+9,3<br />

+9,1<br />

+7,9<br />

+2,0<br />

-7,4<br />

+4,3<br />

+0,5<br />

+0,2<br />

1 312 777<br />

1 765 635<br />

2 299 444<br />

3 046 246<br />

3 892 950<br />

4 978 176<br />

6 285 117<br />

7 615 865<br />

9 508 368<br />

11 703 121<br />

14 468 819<br />

16 618 339<br />

17 826 210<br />

17 651 321<br />

19 086 884<br />

19 415 669<br />

20 059 484<br />

*<br />

*<br />

*<br />

**<br />

**<br />

**<br />

4238$0<br />

5528$3<br />

6898$5<br />

8666$2<br />

10 696$4<br />

13 052$0<br />

15 415$0<br />

17 347$9<br />

19 402$2<br />

21 846$1<br />

24 767$0<br />

26 349$3<br />

27 709$6<br />

29 614$9<br />

30 696$5<br />

31 066$1<br />

32 017$5


Toneladas<br />

Milhares<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

1980<br />

1982<br />

1984<br />

1986<br />

Gráfi co 1 – Produção das pedreiras <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

1988<br />

Toneladas Contos<br />

Anos<br />

Em relação à distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção, po<strong>de</strong>mos<br />

concluir que <strong>de</strong>sapareceu por completo o predomínio das empresas <strong>de</strong> muito<br />

pequena dimensão que, em 1980, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 130 no sector, 77 distribuíamse<br />

pelos dois primeiros escalões <strong>de</strong> produção (P< 500; 500≤P


Outra conclusão a que po<strong>de</strong>mos chegar é o da diminuição do número <strong>de</strong> pedreiras<br />

activas. A tendência para a diminuição do número <strong>de</strong> pedreiras acentuou-se<br />

claramente com a crise do início da década <strong>de</strong> 90. De acordo com as<br />

estatísticas ofi ciais, o número <strong>de</strong> pedreiras activas passou <strong>de</strong> 249 em 1992 para<br />

219 em 1996, o que correspon<strong>de</strong> ao abandono <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 10% das explorações<br />

em apenas quatro anos (Quadro 4 – Boletim <strong>de</strong> Minas).<br />

Em conjugação com este cenário, verifi cou-se que a indústria se orientou para<br />

a extracção <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármores tidas como comercialmente mais interessantes.<br />

Com efeito, e à semelhança do que aconteceu em outras regiões produtoras<br />

<strong>de</strong> rochas ornamentais, a recessão não atingiu por igual as diferentes<br />

varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra natural existentes nas jazidas. Neste contexto, a procura<br />

da varieda<strong>de</strong> rosa, mais importante do ponto <strong>de</strong> vista comercial, e mais rara,<br />

ao mesmo tempo que favorece a manutenção <strong>de</strong> elevados níveis produtivos em<br />

áreas tradicionais da sua ocorrência, como o Rosal ou a Encostinha (Borba),<br />

em <strong>de</strong>trimento das varieda<strong>de</strong>s claras, especialmente as mais venadas, induziu<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos métodos <strong>de</strong> extracção, métodos esses que foram<br />

aplicados por exemplo na exploração subterrânea em El-Rei (Vila Viçosa),<br />

como forma <strong>de</strong> obviar a remoção <strong>de</strong> elevadas espessuras <strong>de</strong> recobrimento.<br />

Em suma: a produção quase que não aumentou durante os anos <strong>de</strong> 1995 e<br />

1996, privilegiando-se as varieda<strong>de</strong>s comercialmente mais procuradas, com<br />

<strong>de</strong>staque para o mármore rosa. As explorações estão mais concentradas, tendo<br />

abandonado praticamente vastas áreas rurais (o extremo NW; no centro do<br />

anticlinal, praticamente toda a faixa entre Cruz dos Meninos e Poço Bravo; a<br />

zona das Salgadas, etc...), favorecendo a sua reabilitação ecológica e subsequente<br />

<strong>de</strong>volução às antigas utilizações. Este foi certamente um factor a favor<br />

na busca da <strong>de</strong>sejada sustentabilida<strong>de</strong>, racionalização e mo<strong>de</strong>rnização para a<br />

activida<strong>de</strong> extractiva na região.<br />

69


Ano<br />

Pedreiras<br />

Activas (n.º)<br />

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996<br />

213 226 239 243 230 228 226 227 239 241 250 * 250 * 249 * 236 * 239 ** 228 ** 219 **<br />

(*) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Escoural, Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

Quadro 4 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas <strong>de</strong> 1980 a 1996 (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

1996<br />

1994<br />

1992<br />

1990<br />

1988<br />

1986<br />

1984<br />

1982<br />

1980<br />

200 205 210 215 220 225 230 235 240 245 250<br />

N.º <strong>de</strong> Pedreiras Activas<br />

Gráfi co 2 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

70


71<br />

2.7.1.2 – Transformação<br />

A produção anual <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> rocha é expressa em<br />

metros quadrados (m 2 ). Esta produção po<strong>de</strong> apresentar-se sob a forma <strong>de</strong> uma<br />

vasta gama <strong>de</strong> produtos cuja varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos equipamentos disponíveis,<br />

do seu grau <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e da mão-<strong>de</strong>-obra especializada.<br />

Os valores apresentados seguidamente são referentes à fabricação <strong>de</strong> cantarias<br />

e outros produtos <strong>de</strong> pedra, não incluindo os estabelecimentos <strong>de</strong> fabrico exclusivamente<br />

manual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que empreguem 10 ou menos <strong>de</strong> 10 operários ou<br />

tenham uma área coberta igual ou inferior a 2000 m 2 .<br />

Constata-se, portanto, que, <strong>de</strong> 1980 a 1989, o valor bruto da produção total (Quadro<br />

5 – INE) não parou <strong>de</strong> subir, cifrando-se em 1989 em 2 506 523 contos. Dos<br />

elementos constitutivos do valor bruto da produção são <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar os produtos<br />

acabados e os resíduos <strong>de</strong> laboração vendidos que nesse ano se cifravam em<br />

2 340 581 contos (93,3%) e 74 270 contos (2,96%), respectivamente. Em relação<br />

aos serviços industriais prestados a terceiros, não obstante o valor <strong>de</strong> 62 834<br />

contos evi<strong>de</strong>nciado em 1989, esta rubrica sofreu oscilações maiores do que as<br />

anteriores, tendo <strong>de</strong>créscimos signifi cativos <strong>de</strong> 1980 para 81 e <strong>de</strong> 1986 para 87.<br />

No que respeita à variação do valor dos produtos em vias <strong>de</strong> fabrico no início e no<br />

fi m do ano, verifi ca-se que foi a componente do valor bruto da produção que mais<br />

oscilações sofreu, evi<strong>de</strong>nciando nos anos <strong>de</strong> 1987 e 1988 variações negativas.<br />

Em suma, conclui-se, que, no geral, tanto o valor bruto da produção total como<br />

os vários componentes <strong>de</strong>sse valor experimentaram subidas ininterruptas durante<br />

a década <strong>de</strong> 80.


Ano Total<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

238 262<br />

361 967<br />

460 182<br />

661 045<br />

952 662<br />

1 263 838<br />

1 380 237<br />

1 621 894<br />

2 172 492<br />

2 506 523<br />

Produtos<br />

acabados<br />

211 179<br />

335 797<br />

436 995<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

1 340 494<br />

1 588 734<br />

2 <strong>07</strong>9 753<br />

2 340 581<br />

Bens <strong>de</strong><br />

capital fi xo<br />

produzidos<br />

para uso<br />

próprio<br />

Valor bruto da produção<br />

-<br />

-<br />

1600<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

-<br />

-<br />

14 897<br />

28 620<br />

Elementos constitutivos<br />

23 948<br />

9426<br />

7911<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

31 658<br />

17 826<br />

47 840<br />

62 834<br />

Quadro 5 – Valor bruto da produção no distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />

Serviços<br />

Variação<br />

do valor dos<br />

produtos em<br />

industriais<br />

Resíduos <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> fabrico<br />

prestados a<br />

laboração no início e no<br />

terceiros Electricida<strong>de</strong> vendidos fi m do ano<br />

1000 ESC<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

10<br />

21<br />

725<br />

-<br />

1848<br />

1672<br />

4374<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

7655<br />

15 889<br />

29 308<br />

74 270<br />

A atestar isto, verifi ca-se também a mesma tendência para os valores dos produtos<br />

produzidos (Quadro 6 – INE), do distrito <strong>de</strong> Évora <strong>de</strong> 1980 a 2002, que<br />

não pararam <strong>de</strong> crescer à excepção dos anos 1992, 1995 e 2001, em que o<br />

crescimento foi menor do que em relação ao ano anterior. Em 2002, o valor<br />

dos produtos produzidos cifra-se em 165.206.976 euros. Também aqui fi ca<br />

patente, tal como na indústria extractiva, o crescimento da activida<strong>de</strong> transformadora.<br />

72<br />

1287<br />

15 <strong>07</strong>2<br />

9302<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

420<br />

-576<br />

-31<br />

218


* Valor em euros<br />

Quadro 6 – Valor dos produtos produzidos no distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />

73<br />

Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

Valor dos produtos produzidos (1000 ESC)<br />

3 013 536<br />

3 753 680<br />

4 264 659<br />

4 905 338<br />

6 505 504<br />

7 095 545<br />

7 785 803<br />

8 790 385<br />

11 848 686<br />

13 584 641<br />

22 720 343<br />

25 511 413<br />

13 580 453<br />

19 175 556<br />

19 708 522<br />

18 310 545<br />

21 670 434<br />

24 528 174<br />

26 215 4<strong>07</strong><br />

31 <strong>07</strong>0 053<br />

34 254 032<br />

163.379.002*<br />

165.206.976*


Ainda nesta activida<strong>de</strong> e em relação ao número <strong>de</strong> estabelecimentos activos<br />

(Quadro 7 – INE), po<strong>de</strong>mos concluir que durante a década <strong>de</strong> 80 este número<br />

veio sempre a baixar, invertendo-se apenas o ciclo em 90 e 91, em que quase<br />

se chegou a atingir o número <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> 1980.<br />

Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991<br />

Estabelecimentos em activida<strong>de</strong> (n.º)<br />

Quadro 7 – N.º <strong>de</strong> estabelecimentos activos (Não inclui os estabelecimentos <strong>de</strong> fabrico exclusivamente<br />

manual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que empreguem 10 ou menos <strong>de</strong> 10 operários ou tenham uma área coberta<br />

igual ou inferior a 2000 m2 ) – Fonte: INE<br />

2.7.2 – Ao nível do investimento<br />

2.7.2.1 – Extracção<br />

23 23 20 18 18 18 17 16 14 14 21 21<br />

Tal como foi dito anteriormente, o triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

é a principal área extractiva <strong>de</strong> mármores em Portugal e durante a década <strong>de</strong><br />

80, com a geologia propícia das jazidas bem como com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escoamento do mármore a preços muito vantajosos, permitiu-se a implementação<br />

das principais indústrias transformadoras apetrechadas com a mais alta<br />

tecnologia <strong>de</strong> ponta, melhorando os meios tecnológicos não só em quantida<strong>de</strong><br />

mas também em qualida<strong>de</strong>. Durante toda a década <strong>de</strong> 80, o investimento em<br />

equipamento tecnológico por parte das maiores empresas <strong>de</strong>sta área foi uma<br />

constante.<br />

Um facto relevante veio dar mais um contributo para o progresso do sector<br />

marmóreo em especial <strong>de</strong>sta área: pela primeira vez entrou em funcionamento<br />

em Portugal (Vila Viçosa, 24/3/1980) uma máquina tipo monolâmina em<br />

cuja lâmina eram introduzidas pastilhas <strong>de</strong> concreção diamantada, concebida e<br />

construída especialmente para esquadrejamento automático <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha<br />

74


calcária. Outra aplicação foi a serragem <strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> espessura, muito<br />

embora com menos frequência.<br />

O ano <strong>de</strong> 1981 fi cou marcado na história da Indústria Extractiva Ornamental<br />

pela entrada em funcionamento pela primeira vez em Portugal (Vila Viçosa,<br />

15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1981) do fi o <strong>de</strong> serrar constituído por um cabo inoxidável <strong>de</strong><br />

suporte <strong>de</strong> pérolas diamantadas electro<strong>de</strong>positadas.<br />

Assim se estreava com sucesso em Portugal a última inovação tecnológica no<br />

domínio do arranque e esquadrejamento <strong>de</strong> rochas <strong>de</strong>corativas calcárias.<br />

Em 9 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1982, entra pela primeira vez em funcionamento, no concelho<br />

<strong>de</strong> Vila Viçosa, um pórtico gigante com 60 metros <strong>de</strong> vão e com uma<br />

capacida<strong>de</strong> elevatória e <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> 25 toneladas, cobrindo toda a área<br />

extractiva da pedreira on<strong>de</strong> foi instalado.<br />

Em 1983, o parque industrial conheceu nova e importante arrancada. Os empresários<br />

mais dinâmicos e ousados continuaram a investir em tecnologia com<br />

máquinas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e alta efi ciência.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 1984 prosseguiu-se com a expansão do parque industrial.<br />

Encontravam-se em funcionamento 2463 máquinas operatórias accionadas por<br />

motores “Diesel” ou eléctricos com a potência global <strong>de</strong> 83 454 C.V. Não surpreendia<br />

apenas o gigantismo expresso pelos números, mas também sobretudo<br />

a qualida<strong>de</strong> e efi ciência das máquinas, constituindo nalgumas unida<strong>de</strong>s produtivas<br />

<strong>de</strong> vanguarda o expoente máximo da investigação científi ca e tecnológica<br />

à data. Os empresários com real capacida<strong>de</strong> e sólida competência primavam<br />

pela inovação, <strong>de</strong> tal forma que não recearam canalizar para as suas explorações<br />

vastos recursos fi nanceiros, aplicados essencialmente na mo<strong>de</strong>rnização<br />

das suas técnicas e no consequente reapetrechamento com as máquinas mais<br />

avançadas.<br />

O ano <strong>de</strong> 1985 enquadra-se perfeitamente na fase <strong>de</strong> expansão dos bens <strong>de</strong><br />

equipamento. Surgiu em 1985 uma inovação ao nível <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> extractiva,<br />

pela primeira vez foi instalado numa pedreira <strong>de</strong> mármore, no concelho <strong>de</strong><br />

Borba, um talha-blocos, <strong>de</strong> fabrico português.<br />

O investimento em bens <strong>de</strong> equipamento não mais parou até ao fi nal da década,<br />

aumentando <strong>de</strong> 2811 o número <strong>de</strong> máquinas no ano <strong>de</strong> 1986 para 3887<br />

em 1990, equivalendo a uma potência <strong>de</strong> 145 936 C.V., marcas nunca antes<br />

75


atingidas no sector. No que diz respeito às máquinas <strong>de</strong> extracção por elevação<br />

(Quadro 9 – Boletim <strong>de</strong> Minas), conclui-se o mesmo, totalizando o sector<br />

em 1989, 250 máquinas, tendo os “Derricks” sido os principais responsáveis<br />

por este crescimento. Também os engenhos monolâminas bem como os fi os<br />

diamantados tiveram aumentos substanciais durante toda a década <strong>de</strong> 80, cifrando-se<br />

no fi nal daquela em 149 máquinas, no caso dos primeiros, e 349, no<br />

caso dos segundos.<br />

Ano Máq. Oper. (n.º)<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

Equipamento<br />

Potência (C.V)<br />

1634 57 931<br />

1854 66 318<br />

2187 74 975<br />

2342 79 277<br />

2463 83 454<br />

2616 89 440<br />

2811 98 347<br />

2973 104 276<br />

3141 112 754<br />

3371 122 065<br />

3887ª<br />

145 936ª<br />

ª Região Alentejo (distrito <strong>de</strong> Évora e Beja)<br />

Quadro 8 – Equipamento (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

Rendimento do<br />

Equipamento<br />

(t/C.V./ano)<br />

5,35<br />

4,82<br />

4,45<br />

4,43<br />

4,36<br />

4,26<br />

4,15<br />

4,21<br />

4,35<br />

4,39<br />

n.d.<br />

Grau <strong>de</strong><br />

mecanização<br />

(C.V./homem))<br />

23,90<br />

26,90<br />

29,14<br />

30,43<br />

32,69<br />

34,64<br />

37,42<br />

39,23<br />

40,33<br />

42,92<br />

n.d.<br />

76


Ano «Derricks» Gruas fi xas<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

77<br />

58<br />

68<br />

76<br />

87<br />

96<br />

102<br />

121<br />

138<br />

151<br />

170<br />

Máquina <strong>de</strong> extracção por elevação<br />

4<br />

4<br />

5<br />

6<br />

4<br />

4<br />

4<br />

4<br />

4<br />

3<br />

Gruas<br />

móveis<br />

<strong>de</strong> rasto Camiõescontínuo<br />

-gruas Pórticos Total<br />

17<br />

16<br />

16<br />

15<br />

14<br />

13<br />

13<br />

13<br />

12<br />

10<br />

53<br />

57<br />

64<br />

64<br />

63<br />

65<br />

64<br />

64<br />

63<br />

64<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

5<br />

6<br />

9<br />

10<br />

12<br />

12<br />

Quadro 9 – Síntese dos equipamentos (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

132<br />

145<br />

161<br />

172<br />

182<br />

190<br />

211<br />

229<br />

242<br />

259<br />

Engenhos<br />

monolâminas<br />

7<br />

52<br />

63<br />

69<br />

83<br />

134<br />

149<br />

Em relação aos combustíveis (Quadro 10 – Boletim <strong>de</strong> Minas), salienta-se também<br />

o aumento no consumo <strong>de</strong>stes, que em 1980 se cifrava em 4053,947 mil<br />

litros para no fi nal da década se situar em 6432,630 mil litros. O indicador a<br />

ter em conta é o do consumo <strong>de</strong> combustível por produção anual (litros/tonelada)<br />

que em 1980 se situava nos 13,09 litros/tonelada para no ano 1991 ser <strong>de</strong><br />

10,20 litros/tonelada. Isto quer dizer que, não obstante, as duas rubricas terem<br />

aumentado durante a década, a produção em toneladas aumentou mais do que<br />

o consumo <strong>de</strong> combustível. O investimento contínuo em máquinas cada vez<br />

mais avançadas tecnologicamente permitiu não só extrair mais pedra como<br />

extraí-la a menores custos.<br />

Fios<br />

diamantados<br />

9<br />

39<br />

52<br />

75<br />

1<strong>07</strong><br />

264<br />

349


Combustíveis<br />

Ano Mil litros Contos<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

4 053,947<br />

4 036,205<br />

4 276,441<br />

4 357,350<br />

4 <strong>07</strong>6,823<br />

4 136,879<br />

4 183,697<br />

4 409,515<br />

4 913,556<br />

5 188,265<br />

6 088,776<br />

6 432,630<br />

6 549,128<br />

6 097,382<br />

6 516,498<br />

6 574,782<br />

6 572,184<br />

*<br />

*<br />

*<br />

*<br />

**<br />

**<br />

**<br />

70 524,2<strong>07</strong><br />

95 977,816<br />

130 086,366<br />

184 143,763<br />

233 009,614<br />

275 162,160<br />

284 098,451<br />

309 254,123<br />

363 603,144<br />

408 325,186<br />

549 184<br />

644 878<br />

655 482<br />

625 775<br />

669 052<br />

685 882<br />

718 736<br />

Consumo <strong>de</strong> combustível/<br />

Produção anual (Litros/ton.)<br />

13,09<br />

12,64<br />

12,83<br />

12,40<br />

11,20<br />

10,85<br />

10,26<br />

10,04<br />

10,03<br />

9,68<br />

10,30<br />

10,20<br />

10,18<br />

10,23<br />

10,48<br />

10,52<br />

10,49<br />

(*) Inclui mármores e afi ns (calcário cristalino, microcristalino e sedimentar e “brecha” calcária)<br />

(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa<br />

Quadro 10 – Combustíveis (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

Da análise do quadro 11, conclui-se também que, em relação a esta rubrica, até<br />

ao fi nal da década <strong>de</strong> 80, o número <strong>de</strong> transformadores eléctricos aumentou signifi<br />

cativamente, cifrando-se em 1989 em 132 transformadores, correspon<strong>de</strong>ndo<br />

a 33 975 kVA. Por esta altura, 193 pedreiras <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 241, correspon<strong>de</strong>ndo<br />

a 80%, já se encontravam electrifi cadas. O número <strong>de</strong> motores existentes nessa<br />

data ascendia a mais <strong>de</strong> 3800 <strong>de</strong>bitando uma potência <strong>de</strong> 54 325 C.V.<br />

*<br />

*<br />

*<br />

*<br />

**<br />

**<br />

**<br />

78


1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990 *<br />

1991 *<br />

1992 *<br />

1993 *<br />

1994 **<br />

1995 **<br />

1996 **<br />

Transformadores<br />

eléctricos por elevação<br />

Ano N.º kVA<br />

(*) Inclui mármores e afi ns (calcário cristalino, microcristalino e sedimentar e “brecha” calcária)<br />

(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

Quadro 11 – Energia eléctrica (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

79<br />

54<br />

60<br />

66<br />

73<br />

82<br />

90<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

121<br />

132<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

14 190<br />

16 545<br />

19 145<br />

21 045<br />

23 470<br />

25 010<br />

n d<br />

n d<br />

31 315<br />

33 975<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

N.º <strong>de</strong><br />

pedreiras<br />

electrifi<br />

cadas<br />

72<br />

84<br />

93<br />

105<br />

112<br />

120<br />

136<br />

154<br />

169<br />

193<br />

203ª<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

2.7.2.2 – Transformação<br />

N.º <strong>de</strong><br />

motores<br />

775<br />

1003<br />

1393<br />

1631<br />

1874<br />

2175<br />

2612<br />

2966<br />

3334<br />

3836<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

Potência<br />

(C.V.) kWh Contos<br />

15 728<br />

18 915<br />

22 881<br />

25 371<br />

28 578<br />

32 766<br />

37 728<br />

43 490<br />

47 982<br />

54 327<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

No quadro seguinte, apresentam-se os materiais e energia consumidos e os<br />

serviços comprados na indústria transformadora, durante a década <strong>de</strong> 80,<br />

28 438,0<br />

40 779,5<br />

58 985,7<br />

86 530,2<br />

123 808,6<br />

170 355,8<br />

211 977,6<br />

258 876,7<br />

312 303,3<br />

381 474,3<br />

496 343<br />

595 <strong>07</strong>9<br />

652 188<br />

664 092<br />

690 536<br />

687 786<br />

671 412


incluindo este último o seguinte: trabalhos industriais executados sob contrato<br />

ou comissão por terceiros, serviços <strong>de</strong> reparação e <strong>de</strong> manutenção, serviços<br />

não industriais, patentes e marcas.<br />

Com a implementação das unida<strong>de</strong>s industriais no parque industrial <strong>de</strong> Vila<br />

Viçosa, no início da década <strong>de</strong> 80, e com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong>stas<br />

por uma indústria a montante em franco <strong>de</strong>senvolvimento, também o sector<br />

da transformação experimentou um franco progresso como po<strong>de</strong>mos verifi car<br />

através da análise dos quadros 12 e 13. Os materiais e energia consumidos bem<br />

como os serviços comprados cresceram <strong>de</strong> ano para ano cifrando-se em 1989<br />

nos 1 5<strong>07</strong> 324 contos.<br />

Em relação à formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo, as rubricas mais importantes são<br />

as máquinas e outro material, principalmente novo, que, em 1989, <strong>de</strong> um total<br />

<strong>de</strong> 75629 contos em máquinas perfaziam 72 689 contos.<br />

Também as rubricas material <strong>de</strong> transporte e edifícios contribuíram também<br />

para a “performance” total da formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo, representando,<br />

em 1989, 24 410 e 27 996 contos respectivamente.<br />

Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

Materiais e energia consumidos e serviços comprados<br />

1000 ESC<br />

Quadro 12 – Materiais e energia consumidos e serviços comprados (Fonte: INE)<br />

109 602<br />

184 631<br />

231 379<br />

390 885<br />

552 795<br />

800 709<br />

816 454<br />

1 101 462<br />

1 319 013<br />

1 5<strong>07</strong> 324<br />

80


Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

Quadro 13 – Formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo (Fonte: INE)<br />

81<br />

Novos<br />

e usados<br />

18 800<br />

48 731<br />

43 676<br />

94 532<br />

124 658<br />

174 860<br />

126 373<br />

157 754<br />

82 955<br />

146 198<br />

16 875<br />

46 254<br />

41 206<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

112 613<br />

133 201<br />

137 142<br />

127 443<br />

-.55<br />

1920<br />

1191<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

13 237<br />

55<strong>07</strong><br />

-3991<br />

-<br />

2.7.3 – Ao nível do emprego<br />

2.7.3.1 – Extracção<br />

Formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo<br />

Total Terrenos Edifícios<br />

Arranjos<br />

nos<br />

terrenos<br />

e outras<br />

cons-<br />

Novos<br />

Total Novos truções<br />

788<br />

6825<br />

4004<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

14 942<br />

15 095<br />

-.20 418<br />

27 996<br />

1000 ESC<br />

488<br />

6825<br />

3975<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

14 942<br />

13 802<br />

14 182<br />

27 996<br />

-<br />

-<br />

-<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

-<br />

-<br />

3508<br />

18 163<br />

Total Novo Total Novo<br />

-.482<br />

2241<br />

8662<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

5921<br />

9294<br />

8941<br />

24 410<br />

Material <strong>de</strong><br />

transporte<br />

-.1602<br />

1711<br />

8662<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

5921<br />

8411<br />

13 <strong>07</strong>4<br />

26 758<br />

Máquinas e outro<br />

material<br />

18 549<br />

37 745<br />

29 819<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

92 273<br />

127 858<br />

94 915<br />

75 629<br />

Ao nível do emprego, na extracção, po<strong>de</strong>mos dizer que o número total <strong>de</strong><br />

trabalhadores oscilou entre 2424 em 1980 e 3029 em 1991. Po<strong>de</strong>mos salientar<br />

que, durante a década <strong>de</strong> 80, mais precisamente até 1991, o número total <strong>de</strong><br />

trabalhadores não parou <strong>de</strong> crescer à excepção do ano <strong>de</strong> 1984, para, a partir<br />

<strong>de</strong> 1991, <strong>de</strong>crescer, situando-se em 1996 nos 2718. Esta tendência continua<br />

nos nossos dias, já que é patente a diminuição do número <strong>de</strong> trabalhadores <strong>de</strong>vido<br />

a factores como o encerramento <strong>de</strong> pedreiras, quer por motivos ambientais,<br />

quer pelo aumento dos custos <strong>de</strong> extracção, bem como pela mecanização<br />

daquelas necessitando-se cada vez menos <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

17 971<br />

37 718<br />

28 569<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

91 750<br />

110 988<br />

109 886<br />

72 689


Em relação à produtivida<strong>de</strong> t/homem/ano, po<strong>de</strong>mos concluir que não parou <strong>de</strong><br />

crescer, evi<strong>de</strong>nciando valores na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 231 t/homem/ano em 1996.<br />

No que diz respeito ao número <strong>de</strong> encarregados, constata-se que, na década<br />

<strong>de</strong> 80, o peso <strong>de</strong>stes na indústria extractiva se manteve, tendo o aumento sido<br />

<strong>de</strong> 8,5% em 1980 para 9,<strong>07</strong>% em 1989 com um máximo <strong>de</strong> 9,2% em 1987.<br />

O mesmo se passou em relação aos salários auferidos por estes. Com efeito, se, no<br />

ano <strong>de</strong> 1980, o salário auferido pelos encarregados representava 9,29% do total <strong>de</strong><br />

salários do ano, os mesmos salários representavam 11,6% no ano <strong>de</strong> 1989.<br />

Em suma, po<strong>de</strong>-se concluir que, durante a década <strong>de</strong> 80, o peso quer <strong>de</strong> operários<br />

quer <strong>de</strong> encarregados no número total <strong>de</strong> trabalhadores se manteve na<br />

or<strong>de</strong>m dos 91%, com ligeiras diminuições, no caso dos primeiros, e <strong>de</strong> 9%,<br />

com ligeiros aumentos no caso dos segundos. Po<strong>de</strong>-se concluir o mesmo para<br />

os salários auferidos por operários e encarregados.<br />

No que diz respeito à distribuição <strong>de</strong> empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra,<br />

(ver anexo III) durante os anos 80, constata-se que, em relação ao primeiro<br />

escalão, em que o número <strong>de</strong> operários é inferior ou igual a cinco elementos,<br />

o número <strong>de</strong> empresas com menos ou cinco trabalhadores <strong>de</strong>caiu substancialmente<br />

durante a década, <strong>de</strong> 66 estabelecimentos em 1980 para 44 em 1989, <strong>de</strong>caindo<br />

também o peso que estas <strong>de</strong>tinham no volume <strong>de</strong> emprego que no início<br />

da década se situava nos 9,11% para no fi nal daquela representar somente 6%.<br />

Em relação ao segundo escalão, em que o número <strong>de</strong> operários se situa entre<br />

os 5 e os 10 elementos respectivamente, po<strong>de</strong> afi rmar-se que o número <strong>de</strong> empresas<br />

aumentou signifi cativamente durante a década, <strong>de</strong> 22 estabelecimentos<br />

em 1980 para 30 em 1989, apesar <strong>de</strong> algumas oscilações sofridas durante o período.<br />

Já em relação ao seu volume <strong>de</strong> emprego no total, o aumento não foi tão<br />

gran<strong>de</strong> como seria <strong>de</strong> esperar. Assim, este escalão <strong>de</strong>tinha 7,93% do volume <strong>de</strong><br />

emprego em 1980 e 8,97% em 1989, um aumento <strong>de</strong> um ponto percentual respectivamente.<br />

Po<strong>de</strong>-se afi rmar que em face do aumento signifi cativo do número<br />

<strong>de</strong> estabelecimentos se esperava um aumento da mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za<br />

no volume <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong>tido por este escalão. Nos três escalões intermédios,<br />

i.e., em que o número <strong>de</strong> operários se situa entre 10 e 50 respectivamente,<br />

assiste-se aqui também a um aumento <strong>de</strong> 34 estabelecimentos em 1980 para<br />

41 em 1989, não obstante algum <strong>de</strong>créscimo também aqui evi<strong>de</strong>nciado mais<br />

82


propriamente nos anos <strong>de</strong> 1982, 1986 e 1987. Contudo, o peso <strong>de</strong>stes escalões<br />

no volume total <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong>cresceu ligeiramente <strong>de</strong> 34,4% em 1980 para<br />

31,7% em 1989, apesar <strong>de</strong> os anos <strong>de</strong> 1983-1985,1988 e 1989 terem sido <strong>de</strong><br />

subida. Quanto aos dois últimos escalões, constata-se um aumento <strong>de</strong> 5 estabelecimentos<br />

com mais <strong>de</strong> 50 operários, durante a década <strong>de</strong> 80, facto por si só<br />

muito signifi cativo. O seu peso no volume <strong>de</strong> emprego total no início da década<br />

situava-se nos 48,53% para no fi nal daquela aumentar para 53,28%.<br />

(*) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Escoural, Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />

Quadro 14 – Mão-<strong>de</strong>-obra (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

83<br />

Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

N.º total <strong>de</strong><br />

trabalhadores<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

2424<br />

2465<br />

2573<br />

2605<br />

2553<br />

2582<br />

2628<br />

2658<br />

2796<br />

2844<br />

3020<br />

3029<br />

2965<br />

2755<br />

2777<br />

2736<br />

2718<br />

*<br />

*<br />

*<br />

*<br />

**<br />

**<br />

**<br />

Salários<br />

(contos)<br />

409 217,822<br />

544 817,757<br />

705 347,320<br />

889 289,270<br />

1 060 165,680<br />

1 320 363,400<br />

1 609 328,411<br />

1 879 343,962<br />

2 188 104,348<br />

2 526 799,560<br />

3 <strong>07</strong>1 191,000<br />

3 543 191,000<br />

3 958 502,000<br />

4 111 024,000<br />

4 374 558,000<br />

4 542 713,000<br />

4 754 623,000<br />

*<br />

*<br />

*<br />

*<br />

**<br />

**<br />

**<br />

Produtivida<strong>de</strong><br />

(t/homem/ano)<br />

127,79<br />

129,57<br />

129,55<br />

134,94<br />

142,56<br />

147,72<br />

155,15<br />

165,17<br />

175,27<br />

188,36<br />

195,83<br />

208,22<br />

216,97<br />

216,34<br />

223,91<br />

228,43<br />

230,51<br />

Salários anuais<br />

Valor na<br />

pedreira (%)<br />

31,17<br />

30,86<br />

30,67<br />

29,19<br />

27,23<br />

26,52<br />

25,61<br />

24,68<br />

23,01<br />

21,59<br />

20,97<br />

21,32<br />

22,21<br />

23,29<br />

22,91<br />

23,40<br />

23,70


Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

N.º <strong>de</strong> operários<br />

2217<br />

2254<br />

2351<br />

2371<br />

2326<br />

2353<br />

2394<br />

2413<br />

2541<br />

2586<br />

Quadro 15 – Salários dos operários e dos encarregados (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

2.7.3.2 – Transformação<br />

371 171,930<br />

492 530,500<br />

635 400,642<br />

797 495,733<br />

952 299,963<br />

1 184 047,844<br />

1 439 <strong>07</strong>3,082<br />

1 671 034,560<br />

1 944 705,359<br />

2 232 621,044<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Salários<br />

(contos)<br />

N.º <strong>de</strong><br />

encarregados<br />

2<strong>07</strong><br />

211<br />

222<br />

234<br />

227<br />

229<br />

234<br />

245<br />

255<br />

258<br />

Salários<br />

(contos)<br />

38 045,892<br />

52 287,257<br />

69 946,678<br />

91 793,537<br />

1<strong>07</strong> 865,717<br />

136 315,559<br />

170 255,329<br />

208 309,402<br />

243 398,989<br />

294 178,516<br />

Em relação ao pessoal ao serviço na indústria transformadora durante a década<br />

<strong>de</strong> 80, constata-se que era constituído maioritariamente por homens, muito<br />

embora as mulheres, à medida que a década se aproximava do fi m, fossem<br />

aumentando o seu peso para 6,85% em 1989, em contraste com os 3,85% <strong>de</strong><br />

1980. Este aumento foi consi<strong>de</strong>rável, se se tiver em conta o tipo <strong>de</strong> indústria, a<br />

região e a época em que suce<strong>de</strong>u.<br />

Outra conclusão a que se po<strong>de</strong> chegar é que a quase totalida<strong>de</strong> do pessoal é<br />

remunerado. Dentro <strong>de</strong>ste escalão, o pessoal operário é a classe mais representativa,<br />

chegando no ano <strong>de</strong> 1989 a <strong>de</strong>ter quase 90%, 584 homens e 28 mulheres,<br />

<strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 640 e 47 respectivamente. No início da década esta classe<br />

representava 87%.<br />

Em relação às remunerações auferidas, constata-se que durante a década estas<br />

foram sendo sempre mais altas, atingindo um valor total <strong>de</strong> 729 772 contos.<br />

84


Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

Já em relação às horas <strong>de</strong> trabalho efectuadas pelos operários po<strong>de</strong> afi rmar-se<br />

que aumentaram até 1987 à excepção do ano <strong>de</strong> 1982 em que diminuíram,<br />

para,a partir daquele ano, diminuírem até ao fi m da década.<br />

399<br />

405<br />

405<br />

427<br />

466<br />

493<br />

546<br />

634<br />

620<br />

652<br />

Quadro 16 – Pessoal ao serviço na indústria transformadora (Fonte: INE)<br />

85<br />

Total<br />

16<br />

14<br />

14<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

39<br />

40<br />

48<br />

48<br />

Pessoal<br />

não remunerado<br />

14<br />

19<br />

13<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

9<br />

9<br />

10<br />

12<br />

2<br />

2<br />

2<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1<br />

385<br />

386<br />

392<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

537<br />

625<br />

610<br />

640<br />

Pessoal ao serviço na última semana do ano<br />

Total<br />

14<br />

12<br />

12<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

37<br />

39<br />

46<br />

47<br />

Dirigentes<br />

HM M HM M HM M HM M HM M HM M HM M HM M<br />

24<br />

16<br />

18<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

18<br />

16<br />

14<br />

17<br />

2<br />

1<br />

1<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

Pessoal remunerado<br />

Administrativo, técnico<br />

e <strong>de</strong> escritório<br />

n.º<br />

20<br />

20<br />

23<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

35<br />

38<br />

39<br />

39<br />

Outro pessoal<br />

Total<br />

5<br />

5<br />

4<br />

n.d<br />

n.d<br />

n.d<br />

11<br />

14<br />

16<br />

17<br />


Ano<br />

1980<br />

1981<br />

1982<br />

1983<br />

1984<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

Total das remunerações pagas<br />

(1000 ESC)<br />

Quadro 17 – Remunerações pagas na indústria transformadora (Fonte: INE)<br />

2.7.4 – Ao nível da qualifi cação<br />

2.7.4.1 – Extracção<br />

76 618<br />

96 089<br />

130 518<br />

157 904<br />

204 644<br />

270 558<br />

362 419<br />

460 761<br />

550 526<br />

729 772<br />

Horas <strong>de</strong> trabalho efectuado<br />

pelos operários<br />

766<br />

771<br />

748<br />

775<br />

861<br />

951<br />

1048<br />

1314<br />

1297<br />

1290<br />

Em 1980, a formação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra ainda não tinha prestado gran<strong>de</strong> contributo<br />

a este sector. Com efeito, os trabalhadores qualifi cados não totalizavam<br />

6% da ocupação total.<br />

Os trabalhadores da especialida<strong>de</strong> nutriam especial predilecção pelo mármore,<br />

que era aplicado cada vez mais na construção em edifícios públicos e privados.<br />

Os maiores contingentes <strong>de</strong> trabalhadores eram oriundos do sector agrícola, e<br />

por isso raramente passavam da semiqualifi cação.<br />

No ano <strong>de</strong> 1982, o grau <strong>de</strong> analfabetismo rondava os 90%, não permitindo a passagem<br />

da semiqualifi cação. Eram muito raros os profi ssionais qualifi cados, <strong>de</strong><br />

tal forma que raramente excediam 5% da ocupação total (Boletim <strong>de</strong> Minas).<br />

Até ao fi nal da década <strong>de</strong> 80 verifi ca-se que os grupos etários com maior peso<br />

86


na indústria extractiva eram os três grupos etários dos 45-59 anos, sendo o escalão<br />

dos 50-54 anos o mais representativo até 1987, para, nos últimos anos da<br />

década, passar a ser o dos 55-59 anos. Estes três grupos etários por si só ainda<br />

representavam 35% do total em 1989, muito embora em 1985 representassem<br />

bastante mais, à volta dos 43%.<br />

Po<strong>de</strong>-se concluir que, no fi nal da década <strong>de</strong> 80, a classe trabalhadora na indústria<br />

extractiva <strong>de</strong>notava um gran<strong>de</strong> envelhecimento com mais <strong>de</strong> 36% dos<br />

operários com ida<strong>de</strong>s acima dos 50 anos, estando 24% <strong>de</strong>les acima dos 55 anos<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. No entanto, para a década seguinte, verifi cou-se uma diminuição<br />

acentuada do peso <strong>de</strong>stes escalões, em relação aos grupos etários mais jovens,<br />

mais propriamente os dois grupos etários da casa dos 30 anos que viram o seu<br />

peso aumentar signifi cativamente, sobretudo a partir <strong>de</strong> 1995.<br />

Nos primeiros anos da década <strong>de</strong> 90, mais propriamente até 1994, o grupo<br />

etário mais signifi cativo foi o dos 55-59 anos, com pesos na or<strong>de</strong>m dos 13,5%;<br />

13,4% em 1991, 13,6% em 1992 e 1994. O grupo etário dos 25-29 anos viu a<br />

sua posição crescer, tendo mesmo superado os grupos etários tradicionalmente<br />

com maior peso na indústria extractiva no ano <strong>de</strong> 1993 atingindo nesse mesmo<br />

ano 13,6% em contraste com os 12,9% do grupo etário dos 55-59 anos.<br />

Com o aproximar do fi nal da década, os grupos etários da casa dos trinta anos<br />

fortaleceram a sua posição e tornaram-se os <strong>de</strong> maior peso no sector. De 1995<br />

a 1997, o grupo dos 30-34 anos foi o grupo com maior peso nesta indústria, representando,<br />

em 1995, 15%, em 1996, 17% e, em 1997, 15,6%. Para o triénio<br />

seguinte e até ao fi nal da década, o grupo dos 35-39 passou a ser o <strong>de</strong> maior<br />

peso no sector, crescendo sempre até ao fi nal da década <strong>de</strong> 14% em 1998, para<br />

15,8% em 1999 e 17% em 2000.<br />

Em suma, po<strong>de</strong> dizer-se que todos os grupos etários viram o seu peso diminuir<br />

ao longo <strong>de</strong>stas duas décadas, diminuindo mais acentuadamente aqueles<br />

que dominaram a segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 80, excepção feita aos grupos<br />

correspon<strong>de</strong>ntes à casa dos 30 e também ao grupo etário dos 60-64 anos, que<br />

em 2000, o seu peso era maior do que em 1985, facto este relevante <strong>de</strong> que as<br />

mudanças operadas ainda não eram satisfatórias.<br />

87


88<br />

Quadro 18 – Grupos etários na indústria extractiva (Fonte: INE)<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

0<br />

1<br />

1<br />

1<br />

0<br />

n.d.<br />

10<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

108<br />

100<br />

77<br />

73<br />

68<br />

n.d.<br />

135<br />

66<br />

49<br />

22<br />

17<br />

9<br />

9<br />

13<br />

14<br />

22<br />

2<strong>07</strong><br />

251<br />

202<br />

230<br />

189<br />

n.d.<br />

271<br />

217<br />

194<br />

135<br />

129<br />

80<br />

76<br />

63<br />

56<br />

62<br />

168<br />

173<br />

183<br />

235<br />

221<br />

n.d.<br />

284<br />

294<br />

284<br />

243<br />

241<br />

158<br />

160<br />

146<br />

139<br />

125<br />

162<br />

157<br />

150<br />

187<br />

165<br />

n.d.<br />

171<br />

231<br />

254<br />

260<br />

279<br />

240<br />

252<br />

211<br />

212<br />

210<br />

167<br />

193<br />

132<br />

156<br />

148<br />

n.d.<br />

172<br />

162<br />

164<br />

164<br />

185<br />

170<br />

192<br />

212<br />

241<br />

257<br />

187<br />

188<br />

140<br />

165<br />

130<br />

n.d.<br />

171<br />

174<br />

162<br />

164<br />

181<br />

145<br />

171<br />

156<br />

156<br />

169<br />

315<br />

304<br />

222<br />

213<br />

170<br />

n.d.<br />

191<br />

154<br />

176<br />

173<br />

179<br />

129<br />

168<br />

170<br />

165<br />

168<br />

315<br />

350<br />

261<br />

283<br />

227<br />

n.d.<br />

272<br />

241<br />

202<br />

181<br />

151<br />

102<br />

162<br />

157<br />

173<br />

172<br />

261<br />

274<br />

243<br />

290<br />

238<br />

n.d.<br />

292<br />

294<br />

268<br />

262<br />

238<br />

190<br />

197<br />

167<br />

148<br />

124<br />

148<br />

168<br />

180<br />

2<strong>07</strong><br />

175<br />

n.d.<br />

144<br />

225<br />

237<br />

247<br />

228<br />

149<br />

200<br />

190<br />

185<br />

153<br />

12<br />

14<br />

21<br />

21<br />

28<br />

n.d.<br />

16<br />

52<br />

33<br />

28<br />

21<br />

21<br />

20<br />

23<br />

25<br />

26<br />

26<br />

24<br />

23<br />

30<br />

55<br />

n.d.<br />

38<br />

40<br />

53<br />

40<br />

17<br />

9<br />

4<br />

6<br />

7<br />

7<br />

2.<strong>07</strong>6<br />

2197<br />

1835<br />

2091<br />

1814<br />

n.d.<br />

2.167<br />

2150<br />

2<strong>07</strong>6<br />

1919<br />

1866<br />

1402<br />

1611<br />

1514<br />

1521<br />

1495<br />

Ano<br />

12<br />

a 14<br />

anos<br />

15<br />

a 19<br />

anos<br />

20<br />

a 24<br />

anos<br />

25<br />

a 29<br />

anos<br />

30<br />

a 34<br />

anos<br />

35<br />

a 39<br />

anos<br />

40<br />

a 44<br />

anos<br />

45<br />

a 49<br />

anos<br />

50<br />

a 54<br />

anos<br />

55<br />

a 59<br />

anos<br />

60<br />

a 64<br />

anos<br />

≥ a<br />

65<br />

anos<br />

Igno-<br />

rado Total<br />

Grupos etários


89<br />

2.7.4.2 – Transformação<br />

Durante as duas décadas em estudo, os grupos etários com maior peso na<br />

indústria transformadora foram sempre os mais jovens, mais precisamente os<br />

dos 20-39 anos, em <strong>de</strong>trimento dos grupos etários acima dos 50 anos, que, não<br />

obstante terem aumentado em termos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> elementos nas respectivas,<br />

classes, o seu peso na indústria apenas aumentou ligeiramente <strong>de</strong> 12,8% em<br />

1985 para 15,9% no ano 2000. Constata-se que, durante a segunda meta<strong>de</strong><br />

da década <strong>de</strong> 80, os grupos com maior peso foram os três escalões dos 20-34<br />

anos, representando, em 1985, 50% do peso total da indústria para em 1989<br />

virem a sua posição consolidar-se ainda mais atingindo 55%. Destes escalões,<br />

até 1986, o mais importante <strong>de</strong> todos eles foi o dos 20-24 anos, per<strong>de</strong>ndo a<br />

li<strong>de</strong>rança para o escalão seguinte, o dos 25-29 anos, até ao fi nal da respectiva<br />

década. Este escalão ainda foi predominante até 1993, altura em que o grupo<br />

etário seguinte dos 30-34 anos se evi<strong>de</strong>nciou tornando-se o <strong>de</strong> maior peso até<br />

1997. A hegemonia dos últimos anos da década pertenceu ao escalão seguinte<br />

dos 35-39 anos.<br />

Concluindo, constata-se que, até 1993, os grupos etários dominantes foram os<br />

da casa dos 20 anos, com predominância para o dos 25-29 anos, para, a partir<br />

<strong>de</strong> 1994 até ao fi nal da década, serem os da casa dos 30 os mais importantes.<br />

Também se conclui que todos os escalões acentuaram o seu peso no sector,<br />

muito embora, aqueles que viram a sua posição consolidar-se mais, fossem<br />

os quatro grupos etários dos 25-44 anos. Só o escalão dos 20-24 anos viu<br />

diminuída a sua posição no sector, mantendo-se constante o grupo etário dos<br />

15-19 anos.


90<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

0<br />

0<br />

1<br />

0<br />

0<br />

n.d.<br />

7<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

0<br />

26<br />

29<br />

21<br />

37<br />

37<br />

n.d.<br />

108<br />

56<br />

26<br />

18<br />

11<br />

6<br />

12<br />

12<br />

18<br />

26<br />

97<br />

111<br />

111<br />

138<br />

142<br />

n.d.<br />

188<br />

142<br />

109<br />

69<br />

62<br />

82<br />

76<br />

77<br />

67<br />

72<br />

54<br />

88<br />

129<br />

157<br />

187<br />

n.d.<br />

191<br />

190<br />

172<br />

120<br />

102<br />

122<br />

127<br />

137<br />

121<br />

124<br />

48<br />

65<br />

63<br />

57<br />

85<br />

n.d.<br />

103<br />

149<br />

148<br />

138<br />

129<br />

134<br />

159<br />

175<br />

151<br />

155<br />

36<br />

37<br />

52<br />

61<br />

72<br />

n.d.<br />

78<br />

87<br />

74<br />

92<br />

92<br />

121<br />

152<br />

195<br />

175<br />

179<br />

27<br />

38<br />

50<br />

41<br />

62<br />

n.d.<br />

49<br />

69<br />

78<br />

69<br />

53<br />

55<br />

70<br />

93<br />

112<br />

133<br />

32<br />

37<br />

50<br />

46<br />

49<br />

n.d.<br />

50<br />

47<br />

47<br />

52<br />

48<br />

65<br />

63<br />

77<br />

76<br />

82<br />

25<br />

31<br />

36<br />

40<br />

49<br />

n.d.<br />

69<br />

61<br />

65<br />

61<br />

40<br />

43<br />

50<br />

65<br />

56<br />

62<br />

15<br />

22<br />

23<br />

28<br />

29<br />

n.d.<br />

54<br />

53<br />

50<br />

53<br />

45<br />

37<br />

51<br />

67<br />

55<br />

50<br />

11<br />

14<br />

16<br />

19<br />

28<br />

n.d.<br />

29<br />

48<br />

47<br />

49<br />

30<br />

33<br />

30<br />

38<br />

45<br />

37<br />

3<br />

2<br />

6<br />

6<br />

4<br />

n.d.<br />

6<br />

7<br />

12<br />

8<br />

7<br />

8<br />

9<br />

9<br />

15<br />

10<br />

23<br />

18<br />

23<br />

19<br />

14<br />

n.d.<br />

28<br />

19<br />

41<br />

27<br />

7<br />

7<br />

5<br />

4<br />

6<br />

5<br />

397<br />

492<br />

581<br />

649<br />

758<br />

n.d.<br />

960<br />

928<br />

869<br />

756<br />

626<br />

713<br />

804<br />

949<br />

898<br />

935<br />

Ano<br />

12<br />

a 14<br />

anos<br />

15<br />

a 19<br />

anos<br />

20<br />

a 24<br />

anos<br />

25<br />

a 29<br />

anos<br />

30<br />

a 34<br />

anos<br />

35<br />

a 39<br />

anos<br />

40<br />

a 44<br />

anos<br />

45<br />

a 49<br />

anos<br />

50<br />

a 54<br />

anos<br />

55<br />

a 59<br />

anos<br />

60<br />

a 64<br />

anos<br />

≥ a<br />

65<br />

anos<br />

Igno-<br />

rado Total<br />

Grupos etários<br />

Quadro 19 – Grupos etários na indústria transformadora (Fonte: INE)


91<br />

2.7.5 – Habilitações<br />

2.7.5.1 – Extracção<br />

Em relação às habilitações, po<strong>de</strong> dizer-se que na indústria extractiva predomina<br />

o ensino básico primário, o qual, <strong>de</strong> 1985 a 1993, viu crescer o seu peso<br />

<strong>de</strong> 50,6% para 54% em 1993, apesar <strong>de</strong> algumas oscilações experimentadas<br />

durante esses anos. Em relação aos grupos que mais peso per<strong>de</strong>ram durante<br />

esses anos, estão o grupo dos analfabetos e também o grupo que apenas<br />

sabe ler e escrever, que em termos <strong>de</strong> peso viram a sua posição <strong>de</strong>teriorar-se<br />

<strong>de</strong> 24,6% em 1985 para 12,4% em 1993, no caso dos primeiros, e <strong>de</strong> 13,8%<br />

para 9,5%, no caso dos segundos. Quanto ao ensino básico preparatório, a sua<br />

posição cresceu durante este período. Em relação ao conjunto <strong>de</strong> habilitações<br />

superiores a bacharelato, estas representavam somente 0,<strong>07</strong>% em 1985, para<br />

passarem a representar 1% passados oito anos, mais propriamente no ano <strong>de</strong><br />

1993. Este facto por si só é relevante da inexistência <strong>de</strong> qualifi cações apropriadas<br />

no sector. A partir <strong>de</strong> 1994 e até ao fi nal da década, constata-se que o 1.º<br />

ciclo é a categoria <strong>de</strong> habilitações com maior peso, muito embora o seu número<br />

tenha diminuído até ao ano 2000, <strong>de</strong>tinha ainda nesse ano 54% do peso total na<br />

indústria, ligeiramente acima do valor <strong>de</strong> 1994. A categoria do ensino básico<br />

viu o seu peso diminuir <strong>de</strong> 18,5% em 1994 para 10,5% no fi nal da década, enquanto<br />

os 2.º e 3.º ciclos viram a sua posição aumentar <strong>de</strong> 13% para 17,3%, no<br />

caso dos primeiros, e <strong>de</strong> 5,47 % para 10%, no caso dos segundos. Continua-se<br />

aqui a constatar que em relação às habilitações superiores não houve melhorias<br />

signifi cativas, já que, em conjunto, o peso <strong>de</strong> bacharelatos e licenciaturas não<br />

representavam mais <strong>de</strong> 1,33% no ano 2000.


Ano<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

Ano<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

Não<br />

sabe ler<br />

nem<br />

escrever<br />

512<br />

5<strong>07</strong><br />

361<br />

418<br />

296<br />

319<br />

295<br />

259<br />

Sabe ler e<br />

escrever<br />

287<br />

311<br />

200<br />

262<br />

165<br />

251<br />

221<br />

199<br />

Ensino<br />

básico<br />

primário<br />

1052<br />

1068<br />

993<br />

973<br />

1030<br />

1174<br />

1161<br />

1121<br />

Ensino<br />

básico<br />

preparatório<br />

Quadro 20 – Habilitações na indústria extractiva (Fonte: INE)<br />

120<br />

159<br />

136<br />

257<br />

165<br />

219<br />

237<br />

240<br />

< Ensino<br />

básico 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo<br />

356<br />

340<br />

198<br />

258<br />

211<br />

190<br />

157<br />

1015<br />

1008<br />

778<br />

913<br />

891<br />

842<br />

8<strong>07</strong><br />

251<br />

266<br />

242<br />

241<br />

238<br />

276<br />

260<br />

105<br />

110<br />

85<br />

90<br />

76<br />

115<br />

152<br />

Curso geral<br />

dos liceus<br />

Quadro 20 – Habilitações na indústria extractiva (Fonte: INE) (continuação)<br />

28<br />

44<br />

36<br />

50<br />

53<br />

71<br />

77<br />

81<br />

Ensino<br />

secundário<br />

68<br />

93<br />

77<br />

77<br />

78<br />

82<br />

92<br />

Curso complementar<br />

dos liceus<br />

25<br />

34<br />

36<br />

32<br />

37<br />

54<br />

70<br />

78<br />

Cursos das<br />

escolas<br />

profi ssionais<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

92<br />

Habilitações<br />

Ensino<br />

técnico<br />

comercial<br />

8<br />

13<br />

13<br />

9<br />

10<br />

10<br />

13<br />

13<br />

Habilitações<br />

Bacharelato<br />

2<br />

3<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2


93<br />

11<br />

9<br />

6<br />

9<br />

7<br />

6<br />

6<br />

6<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

1<br />

0<br />

5<br />

3<br />

2<br />

7<br />

0<br />

4<br />

10<br />

5<br />

1<br />

1<br />

0<br />

1<br />

1<br />

0<br />

2<br />

0<br />

3<br />

1<br />

2<br />

3<br />

1<br />

2<br />

5<br />

2<br />

12<br />

9<br />

7<br />

16<br />

14<br />

24<br />

18<br />

19<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

7<br />

4<br />

14<br />

12<br />

38<br />

43<br />

54<br />

34<br />

25<br />

30<br />

39<br />

2<strong>07</strong>6<br />

2197<br />

1835<br />

2091<br />

1814<br />

2167<br />

2150<br />

2<strong>07</strong>6<br />

Ensino<br />

técnico<br />

industrial<br />

Ensino<br />

técnico<br />

agrícola<br />

Outros<br />

ensinos<br />

secundá-<br />

rios<br />

Ensino<br />

médio<br />

Bachare-<br />

lato<br />

Licencia-<br />

tura Outras Ignorado Total<br />

Habilitações<br />

Licencia-<br />

tura Ignorado Total<br />

Habilitações<br />

16<br />

13<br />

11<br />

16<br />

14<br />

11<br />

18<br />

106<br />

33<br />

9<br />

15<br />

5<br />

3<br />

7<br />

1919<br />

1866<br />

1402<br />

1611<br />

1514<br />

1521<br />

1495


Ano<br />

1985<br />

1986<br />

1987<br />

1988<br />

1989<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

Ano<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

Não<br />

sabe ler<br />

nem<br />

escrever<br />

19<br />

22<br />

24<br />

25<br />

22<br />

58<br />

47<br />

47<br />

Sabe ler e<br />

escrever<br />

25<br />

27<br />

19<br />

25<br />

32<br />

32<br />

53<br />

54<br />

Ensino<br />

básico<br />

primário<br />

222<br />

288<br />

385<br />

396<br />

451<br />

391<br />

356<br />

344<br />

Ensino<br />

básico<br />

preparatório<br />

54<br />

82<br />

80<br />

109<br />

140<br />

201<br />

210<br />

175<br />

Quadro 21 – Habilitações na indústria transformadora (Fonte: INE)<br />

< Ensino<br />

básico 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo<br />

66<br />

48<br />

31<br />

30<br />

47<br />

41<br />

50<br />

341<br />

272<br />

304<br />

358<br />

396<br />

356<br />

348<br />

178<br />

163<br />

196<br />

223<br />

251<br />

250<br />

239<br />

75<br />

61<br />

81<br />

86<br />

126<br />

126<br />

147<br />

Curso geral<br />

dos liceus<br />

Quadro 21 – Habilitações na indústria transformadora (Fonte: INE) (continuação)<br />

23<br />

25<br />

29<br />

33<br />

53<br />

78<br />

69<br />

61<br />

Ensino<br />

secundário<br />

62<br />

62<br />

85<br />

89<br />

105<br />

103<br />

122<br />

Curso complementar<br />

dos liceus<br />

17<br />

18<br />

222<br />

28<br />

40<br />

54<br />

51<br />

57<br />

Cursos das<br />

escolas<br />

profi ssionais<br />

0<br />

1<br />

0<br />

1<br />

1<br />

0<br />

-<br />

94<br />

Habilitações<br />

Ensino<br />

técnico<br />

comercial<br />

7<br />

5<br />

5<br />

7<br />

3<br />

4<br />

3<br />

4<br />

Habilitações<br />

Bacharelato<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1<br />

3<br />

7<br />

7


95<br />

9<br />

10<br />

3<br />

3<br />

1<br />

3<br />

5<br />

4<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

2<br />

3<br />

3<br />

1<br />

1<br />

15<br />

17<br />

13<br />

1<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

2<br />

3<br />

3<br />

1<br />

0<br />

1<br />

0<br />

1<br />

0<br />

0<br />

0<br />

6<br />

5<br />

4<br />

7<br />

8<br />

16<br />

22<br />

14<br />

5<br />

0<br />

0<br />

3<br />

3<br />

1<br />

6<br />

4<br />

6<br />

7<br />

6<br />

14<br />

3<br />

105<br />

86<br />

89<br />

397<br />

492<br />

581<br />

651<br />

758<br />

960<br />

928<br />

869<br />

Ensino<br />

técnico<br />

industrial<br />

Ensino<br />

técnico<br />

agrícola<br />

Outros<br />

ensinos<br />

secundá-<br />

rios<br />

Ensino<br />

médio<br />

Bachare-<br />

lato<br />

Licencia-<br />

tura Outras Ignorado Total<br />

Habilitações<br />

Licencia-<br />

tura Ignorado Total<br />

Habilitações<br />

16<br />

11<br />

12<br />

14<br />

20<br />

10<br />

18<br />

16<br />

7<br />

2<br />

2<br />

0<br />

5<br />

4<br />

756<br />

626<br />

713<br />

804<br />

949<br />

898<br />

935


2.7.5.2 – Transformação<br />

Tal como na extracção, também na transformação a categoria <strong>de</strong> habilitações<br />

principal é a do ensino básico primário, muito embora tenha visto cair o seu<br />

peso <strong>de</strong> 55,9% em 1985 para 39,5% em 1993. De 1985 até 1993, à excepção<br />

dos ensinos técnico comercial e industrial, todas as outras categorias <strong>de</strong> habilitações<br />

cresceram em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s e viram aumentar o seu peso na<br />

indústria transformadora. Saliente-se o facto <strong>de</strong> que as categorias <strong>de</strong> bacharelato<br />

e licenciatura não viram o seu peso aumentar, continuando sem peso nesta<br />

indústria. A partir <strong>de</strong> 1994, o 1.º ciclo, tal como na extracção, continuava a<br />

ser a principal categoria <strong>de</strong> habilitações, não obstante ter perdido 8% do peso<br />

<strong>de</strong> 1994 para 2000 (45,1% em 1994 para 37,2% em 2000), muito embora em<br />

termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> tenha crescido. Os 2.º e 3.º ciclo, são, <strong>de</strong>pois daquela, as<br />

categorias mais importantes que viram aumentar a sua posição tanto em número<br />

como em peso no total da indústria, tendo aumentado mais o último que<br />

o primeiro. Estas três categorias por si só <strong>de</strong>tinham em 2000 um peso no total<br />

<strong>de</strong> 78,5%. A única categoria que diminuiu quer em número quer em peso, foi a<br />

do ensino básico que em 2000 ainda <strong>de</strong>tinha 5,34% do peso total em contraste<br />

com os 8,7% do ano <strong>de</strong> 1994.<br />

Em relação às categorias bacharelato e licenciatura, apesar do aumento ligeiro<br />

experimentado tanto em número como em peso no total da indústria, <strong>de</strong>tinham<br />

muito pouca expressão, representando somente 2,67% em 2000, sinal muito<br />

negativo da evolução do sector neste parâmetro.<br />

96


97<br />

2.7.6 – Análise da estrutura <strong>de</strong> mercado<br />

2.7.6.1 – Valor da produção e número <strong>de</strong> pessoas ao serviço<br />

nas 5 maiores empresas<br />

Empresas extractivas 3<br />

Segundo o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, e tendo em conta a nomenclatura<br />

utilizada, para o número <strong>de</strong> pessoas ao serviço e volume <strong>de</strong> negócios, estas são<br />

as cinco maiores empresas extractivas com activida<strong>de</strong> no distrito <strong>de</strong> Évora.<br />

Nome da empresa Volume <strong>de</strong> negócios<br />

Solubema – Socieda<strong>de</strong> Luso-Belga <strong>de</strong> Mármores S.A.<br />

Marmoz – Companhia Industrial <strong>de</strong> Mármores <strong>de</strong> Estremoz, L. da<br />

Marvisa – Mármores Alentejanos L. da<br />

A. Bento Vermelho L. da<br />

Plácido José Simões S.A. 3<br />

De 5 000 001 a 7 000 000<br />

De 1 500 001 a 3 000 000<br />

De 1 500 001 a 3 000 000<br />

De 1 500 001 a 3 000 000<br />

De 3 000 001 a 5 000 000<br />

Quadro 22 – 5 maiores empresas extractivas do distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />

Empresas transformadoras<br />

Segundo o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, e tendo em conta a nomenclatura<br />

utilizada, para o número <strong>de</strong> pessoas ao serviço e volume <strong>de</strong> negócios, estas<br />

são as cinco maiores empresas transformadoras com activida<strong>de</strong> no distrito <strong>de</strong><br />

Évora.<br />

3 – A empresa Plácido José Simões, embora pertença à CAE 14111 (CAE pertencente às empresas<br />

extractivas), também possui indústria transformadora.<br />

Número<br />

<strong>de</strong> pessoas<br />

ao serviço<br />

De 100 a 249<br />

De 100 a 249<br />

De 50 a 99<br />

De 50 a 99<br />

De 50 a 99


Nome da empresa Volume <strong>de</strong> negócios<br />

Etma – Empresa Transformadora <strong>de</strong> Mármores do Alentejo S.A.<br />

Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> mármores L. da<br />

Dimpomar – Rochas Portuguesas, L. da<br />

Magratex – Mármores e Granitos para exportação L. da<br />

António Galego & Filhos- Mármores L. da<br />

De 7 000 001 a 15 000 000<br />

De 5 000 001 a 7 000 000<br />

De 5 000 001 a 7 000 000<br />

De 5 000 001 a 7 000 000<br />

De 3 000 001 a 5 000 000<br />

Quadro 23 – 5 maiores empresas transformadoras do distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />

Número<br />

<strong>de</strong> pessoas<br />

ao serviço<br />

De 50 a 99<br />

De 50 a 99<br />

De 50 a 99<br />

De 50 a 99<br />

De 20 a 49<br />

98


2.8 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial<br />

Portugal, a partir <strong>de</strong> 1986, passou a integrar a então Comunida<strong>de</strong> Económica<br />

Europeia (CEE). Em 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1987, com o Acto Único Europeu, <strong>de</strong>u-se a<br />

primeira gran<strong>de</strong> revisão do sistema comunitário, i.e, a primeira gran<strong>de</strong> revisão<br />

do Tratado <strong>de</strong> Roma. O primeiro gran<strong>de</strong> objectivo <strong>de</strong>sta revisão foi o <strong>de</strong> criar<br />

a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1993 um mercado único on<strong>de</strong> efectivamente fossem<br />

abolidas as barreiras à livre circulação <strong>de</strong> mercadorias, pessoas, capitais, bens<br />

e serviços, passando Portugal a fazer parte <strong>de</strong> um mercado <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300<br />

milhões <strong>de</strong> pessoas. Com efeito, o nosso país, sendo pequeno e, consequentemente,<br />

com uma economia <strong>de</strong> dimensão reduzida e muito aberta ao exterior,<br />

a partir <strong>de</strong>sse preciso momento, tinha <strong>de</strong> se fortalecer em termos económicos<br />

sob pena <strong>de</strong> não aguentar a concorrência no seio <strong>de</strong>ste grupo. Para o efeito,<br />

afl uíram ao nosso país os fundos comunitários, repartidos pelos vários quadros<br />

comunitários <strong>de</strong> apoio, que iriam dar a possibilida<strong>de</strong> a Portugal <strong>de</strong> diminuir o<br />

fosso existente que nos separava dos Estados membros mais ricos. Esperava-se<br />

com o processo <strong>de</strong> integração europeia que existisse convergência real entre as<br />

economias dos estados membros, e também neste caso particular convergência<br />

real entre os sectores da pedra natural bem como entre as três categorias principais<br />

<strong>de</strong>ste sector, mármore em bloco, serrado e em obra.<br />

Preten<strong>de</strong>-se, pois, analisar não só para os países pertencentes à União Europeia,<br />

como também para todos aqueles que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980, tiveram relações comerciais<br />

com o nosso país ao nível <strong>de</strong>stas três categorias, se o indicador <strong>de</strong><br />

comércio intra-sectorial cresceu e se tornou maior, como seria <strong>de</strong> esperar, indicando<br />

que houve <strong>de</strong> facto uma aposta forte no investimento, na reestruturação<br />

das empresas, na inovação, “marketing”, “<strong>de</strong>sign”, bem como também uma<br />

internacionalização das nossas empresas com possíveis constituições <strong>de</strong> parcerias<br />

e/ou “joint-ventures”, etc., ou, ao invés disso, se manteve ou até mesmo<br />

<strong>de</strong>cresceu, fi cando mais longe a convergência real.<br />

99


No nosso estudo iremos utilizar o conhecido índice <strong>de</strong> comércio intra-sectorial<br />

<strong>de</strong> Grubel e Lloyd (1975) 4 .<br />

2.8.1 – Mármore em bloco<br />

Constata-se, como seria <strong>de</strong> esperar, que, para a década <strong>de</strong> 80 e para um conjunto<br />

<strong>de</strong> países <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os estados membros pertencentes à U.E., outros países europeus<br />

e países do resto do mundo, que, praticamente, do total do comércio entre<br />

Portugal e estes países, uma percentagem muito pequena é consi<strong>de</strong>rada como<br />

sendo pertencente ao comércio intra-sectorial, o mesmo é dizer que, nesta<br />

categoria, quase não se verifi ca exportação e importação dos mesmos produtos<br />

com alta diferenciação. Assim, até ao ano <strong>de</strong> 1987, constatam-se apenas quatro<br />

valores, todos eles pertencentes a parceiros comunitários cujo comércio intra-<br />

-sectorial não chegou a explicar 0,5% do comércio total. Até ao fi nal da década<br />

salienta-se a França e a Suíça que, em 1988 e 1989, alcançaram em conjunto<br />

com o nosso país percentagens representativas daquele comércio na or<strong>de</strong>m dos<br />

39%, no caso da primeira, e 59,4%, no caso da segunda. Com a entrada nos<br />

anos 90, <strong>de</strong>stacam-se dois países europeus, pertencentes à U.E., Itália e Espanha<br />

que, à excepção do ano <strong>de</strong> 1992, no primeiro caso, mantiveram sempre trocas<br />

comerciais conjuntas com o nosso país. Salienta-se que, em termos europeus,<br />

estes três países são os principais países no sector, e como tal, não causa<br />

estranheza a existência <strong>de</strong> trocas comerciais intensas entre eles. No que diz<br />

4 – Grubel e Lloyd <strong>de</strong>fi niram o comércio intra-sectorial como a diferença entre o comércio total<br />

da indústria ou sector i (Xi+Mi) e o comércio inter-sectorial ou balança comercial <strong>de</strong>ssa indústria<br />

i (Xi -Mi) em valor absoluto (por ser indiferente o sinal positivo ou negativo do comércio inter-<br />

-sectorial). Com vista a eliminar o efeito dimensão e possibilitar a comparação entre indústrias e<br />

países, o comércio intra-sectorial é apresentado na forma <strong>de</strong> um rácio ou índice, em que o <strong>de</strong>nominador<br />

(que elimina o efeito <strong>de</strong> escala) é o comércio total. Temos assim:<br />

B i = 1 – X i – M i<br />

(X i + M i)<br />

B i = (X i + M i) – X i – M i<br />

(X i + M i)<br />

O índice varia entre 0 ( todo o comércio é inter-sectorial) e o valor 1 ( todo o comércio é intra-<br />

-sectorial).<br />

100


espeito à Itália, só a partir do ano 2000, por conseguinte, muito recentemente,<br />

o comércio intra-sectorial com o nosso país, nesta categoria, disparou,<br />

salientando-se o crescimento <strong>de</strong> 2000 para 2001 cifrando-se nos 16,4%, muito<br />

embora, a partir <strong>de</strong>sse ano e até 2003, tivesse diminuído mantendo-se à volta<br />

dos 11%. Está-se, contudo, perante valores <strong>de</strong> comércio intra-sectorial muito<br />

baixos. Já com Espanha, a representativida<strong>de</strong> do comércio intra-sectorial <strong>de</strong>ste<br />

sector é mais elevada, com valores superiores a 10% em oito anos, sendo que<br />

em quatro <strong>de</strong>les, 1995, 1997, 2001 e 2003, aquele comércio era mais <strong>de</strong> 20%<br />

do comércio total. Quanto aos outros Estados membros, a França, apesar <strong>de</strong><br />

esporadicamente manter trocas comerciais conjuntas (exportação e importação)<br />

connosco, quando estas existem, os índices são relevantes, principalmente em<br />

1997, em que 80% do total do comércio é intra-sectorial. O mesmo po<strong>de</strong>mos<br />

dizer do comércio com a Grécia que em 2003 tinha valores <strong>de</strong> comércio<br />

intra-sectorial acima dos 57%. De <strong>de</strong>stacar também outros países, tais como<br />

a Noruega, Marrocos e Vietname, que, não obstante quase nunca efectuarem<br />

trocas comerciais com Portugal, apresentam índices representativos na or<strong>de</strong>m<br />

dos 93% em 1996, no primeiro caso, 96,6% (valor mais elevado <strong>de</strong> todos) em<br />

1994 e 53,1% em 1998, respectivamente para o segundo caso e 76,5% em 2003<br />

no último caso.<br />

101


Ano 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90<br />

França<br />

Bélgica-Luxemburgo<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Angola<br />

Marrocos<br />

Suíça<br />

Taiwan<br />

Grécia<br />

Noruega<br />

Suécia<br />

Líbano<br />

Índia<br />

Brasil<br />

Vietname<br />

Ano<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0,004163<br />

0<br />

0,0<strong>07</strong>835<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,001933<br />

0,004401<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

Quadro 24 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em bloco<br />

França<br />

Bélgica-Luxemburgo<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Angola<br />

Marrocos<br />

Suíça<br />

Taiwan<br />

Grécia<br />

Noruega<br />

Suécia<br />

Líbano<br />

Índia<br />

Brasil<br />

Vietname<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,01279<br />

0,051504<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,2764<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0,025571<br />

0,014<strong>07</strong>6<br />

0<br />

0<br />

0,050275<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0,3909<br />

0<br />

0<br />

0,004191<br />

0,050618<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,169526<br />

0<br />

0<br />

0,027152<br />

0,137553<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

Quadro 24 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em bloco (continuação)<br />

91<br />

92<br />

93<br />

0,042406<br />

0<br />

0<br />

0,002832<br />

0,054186<br />

-<br />

0<br />

0,594059<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

94<br />

0,394548<br />

0,031167<br />

0<br />

0,008914<br />

0,1590<strong>07</strong><br />

0<br />

0,96646<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

102<br />

0,087115<br />

0,056539<br />

0<br />

0<br />

0,<strong>07</strong>4472<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,03843<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

95<br />

0<br />

0<br />

0,037864<br />

0,000645<br />

0,229459<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-


103<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,108226<br />

0,211909<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0,571423<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,090373<br />

0,018526<br />

0,76518<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,122725<br />

0,117994<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,179968<br />

0,112988<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,164343<br />

0,237382<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0,152086<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,086733<br />

0,067277<br />

0,092659<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,049555<br />

0,081259<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0,211958<br />

0<br />

0,028936<br />

0,047653<br />

0<br />

0,5317<strong>07</strong><br />

0<br />

0<br />

0,087569<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,311716<br />

-<br />

-<br />

0,801553<br />

0,365421<br />

0,002347<br />

0,031142<br />

0,27159<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,0<strong>07</strong>24<br />

0,112953<br />

-<br />

0<br />

0,619565<br />

0,024858<br />

0,014312<br />

0,93<strong>07</strong>41<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

96 03<br />

02<br />

01<br />

00<br />

99<br />

98<br />

97


2.8.2 – Mármore serrado<br />

Tal como na categoria anterior, até 1987, apenas três valores pertencentes a<br />

estados membros da União Europeia, todos eles pequenos, foram constatados.<br />

Os países em causa foram a França, Alemanha e Espanha. De 1987 até ao fi nal<br />

da década <strong>de</strong> 80, salientaram-se três países com trocas comerciais todos os<br />

anos com o nosso país como foi o caso <strong>de</strong> França, Itália e Espanha, muito embora<br />

o comércio intra-sectorial represente uma percentagem muito pequena.<br />

De <strong>de</strong>stacar durante os anos 80, os 18,67% daquele tipo <strong>de</strong> comércio com os<br />

Países Baixos no ano <strong>de</strong> 1988.<br />

A partir do início da década <strong>de</strong> 90, e tal como no mármore em bloco, os Espanhóis<br />

e os Italianos estiveram sempre presentes nas relações comerciais com o<br />

nosso país, mais propriamente a partir <strong>de</strong> 1988, sobretudo a Itália, tendo alcançado<br />

connosco índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial, particularmente no fi nal dos<br />

anos 90 à roda dos 30%; mais propriamente 31,3% em 1997, 38,4% no ano <strong>de</strong><br />

1998 e 34,3% em 1999 e no início do milénio na casa dos 50% (53,7% em 2000,<br />

52,3% no ano <strong>de</strong> 2001 e 59,3% em 2003). Já em relação a Espanha, a percentagem<br />

do comércio intra-sectorial no total do comércio é bastante signifi cativa nos<br />

últimos anos, a partir <strong>de</strong> 2001 inclusive, com 75,9% nesse ano, 47,5% em 2002<br />

e 55% no ano <strong>de</strong> 2003. Em relação a todos os outros países da U.E., só os Países<br />

Baixos e a Grécia evi<strong>de</strong>nciaram índices com alguma relevância <strong>de</strong> 66% e 52%<br />

nos anos <strong>de</strong> 1994 e 1995, para o primeiro, 62% e 52% nos anos <strong>de</strong> 1998 e 2003<br />

para o segundo. Saliente-se o caso da Suíça, no ano <strong>de</strong> 1999, em que o comércio<br />

intra-sectorial representava 73,6% do total <strong>de</strong> comércio com o nosso país.<br />

Concluindo, constata-se que, apesar <strong>de</strong> pontualmente existirem trocas comerciais<br />

com alguns países, tais como a Índia, Brasil, Vietname e Egipto, estas,<br />

quando acontecem, por norma o comércio intra-sectorial representa sempre a<br />

maior parte do comércio total. Com a Índia, este facto suce<strong>de</strong>u no ano <strong>de</strong> 1999,<br />

atingindo-se 85,2%, com o Brasil nos anos <strong>de</strong> 1995 e 1996 com percentagens<br />

<strong>de</strong> 96,9%, o valor mais alto nesta categoria, e 77% respectivamente. No que diz<br />

respeito ao Vietname, 65,1% das nossas trocas comerciais com aquele país, no<br />

ano <strong>de</strong> 2003, diziam respeito ao comércio intra-sectorial e em relação ao Egipto,<br />

a partir do ano <strong>de</strong> 2001, temos os seguintes valores : 62,5%, 81,8% e 52,5% .<br />

104


Ano 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90<br />

França<br />

Bélgica-Luxemburgo<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Espanha<br />

China<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

África do Sul<br />

Grécia<br />

Marrocos<br />

Suécia<br />

Líbano<br />

Índia<br />

Brasil<br />

Vietname<br />

Egipto<br />

EUA<br />

105<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,00<strong>07</strong>73<br />

0<br />

8,36E-05<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,015666<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

Quadro 25 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore serrado<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,046149<br />

0<br />

0<br />

0,002976<br />

0,001371<br />

0<br />

0,186729<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,023505<br />

0,005158<br />

0,002347<br />

0,001912<br />

0,003225<br />

-<br />

0,02997<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,003063<br />

0<br />

0,000131<br />

0,015916<br />

0,010539<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0,069487


Ano<br />

França<br />

Bélgica-Luxemburgo<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Espanha<br />

China<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

África do Sul<br />

Grécia<br />

Marrocos<br />

Suécia<br />

Líbano<br />

Índia<br />

Brasil<br />

Vietname<br />

Egipto<br />

EUA<br />

0,019917<br />

0<br />

0<br />

0,<strong>07</strong>0472<br />

0,017824<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0,003973<br />

0<br />

0<br />

0,310424<br />

0,045155<br />

0,023455<br />

0,001315<br />

0,012946<br />

0,016528<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,064797<br />

0,000478<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

Quadro 25 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore serrado (continuação)<br />

91<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

92<br />

93<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

94<br />

0,011326<br />

0,0<strong>07</strong>523<br />

0<br />

0,051571<br />

0,035819<br />

-<br />

0,660851<br />

0<br />

-<br />

0,336906<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

106<br />

95<br />

0,021479<br />

0<br />

0<br />

0,102642<br />

0,058459<br />

-<br />

0,52432<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0,969697<br />

-<br />

-<br />

0


1<strong>07</strong><br />

0,<strong>07</strong>2202<br />

0<br />

0<br />

0,593916<br />

0,551517<br />

0<br />

0,065254<br />

0<br />

-<br />

0,524015<br />

0<br />

-<br />

0,265589<br />

0,651397<br />

0,525458<br />

0<br />

0,044636<br />

0<br />

0<br />

0,170818<br />

0,475993<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,818<strong>07</strong>9<br />

0<br />

0,035742<br />

0<br />

0<br />

0,523802<br />

0,759718<br />

0<br />

0,222594<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0,36754<br />

-<br />

0<br />

0,108452<br />

-<br />

0,625686<br />

0<br />

0,087402<br />

0<br />

0,02587<br />

0,537575<br />

0,134161<br />

0,0675<strong>07</strong><br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0,010571<br />

0,018937<br />

0<br />

0<br />

0,343922<br />

0,064953<br />

0,026427<br />

0<br />

0,736318<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,852875<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,38425<br />

0,083766<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,621439<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,000905<br />

0<br />

0,<strong>07</strong>3504<br />

0,313199<br />

0,<strong>07</strong>4123<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0,010099<br />

0<br />

0,02612<br />

0,115827<br />

0,056173<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,770978<br />

-<br />

-<br />

0<br />

96 03<br />

02<br />

01<br />

00<br />

99<br />

98<br />

97


2.8.3 – Mármore em obra<br />

Em relação a esta categoria, salienta-se o facto <strong>de</strong> também aqui, Itália e Espanha,<br />

serem os países com quem o nosso país tem relações comerciais conjuntas<br />

(exportação e importação) ininterruptas há mais tempo, mais precisamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1983, em relação ao primeiro, e 1984, em relação ao segundo. Com efeito,<br />

já em 1983 a percentagem <strong>de</strong> comércio intra-sectorial no comércio total entre<br />

Portugal e Itália representava 68,2% do total, em 1990 atingiu 70%, o valor<br />

mais alto, para a partir <strong>de</strong>sse ano sofrer várias oscilações quer <strong>de</strong> subida quer<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scida, fi cando-se pelos 52,9% no ano <strong>de</strong> 2003. Em relação a Espanha, não<br />

obstante durante os anos 80 e primeira meta<strong>de</strong> dos anos 90 a percentagem do<br />

comércio intra-sectorial representar menos se comparado com a Itália, a partir<br />

<strong>de</strong> 1997 essa percentagem aumentou atingindo índices relevantes nos anos <strong>de</strong><br />

2001 com 86,89%, 2002 com 96% e no ano <strong>de</strong> 2003 com 92,2%.<br />

Em relação aos <strong>de</strong>mais estados membros da U.E., França, Bélgica-Luxemburgo,<br />

Alemanha, Reino Unido, Países Baixos e Grécia assinalam-se como índices<br />

mais representativos os <strong>de</strong>ste último país, particularmente nos anos <strong>de</strong> 2002 e<br />

2003 com 44,1% e 50,8% respectivamente. Em todos os outros países, a representativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ste comércio no total das trocas comerciais é diminuta, mesmo<br />

em países em que existem relações comerciais conjuntas (exportação e importação)<br />

ininterruptas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989, como é o caso da Bélgica-Luxemburgo.<br />

Em relação aos outros países, assinala-se o aparecimento da China que, nos anos<br />

<strong>de</strong> 1998, 1999 e 2000, a percentagem <strong>de</strong> comércio intra-sectorial era <strong>de</strong> 66,8%,<br />

98,9% e 62,1%, respectivamente, sendo o índice do ano <strong>de</strong> 1999 o mais representativo<br />

<strong>de</strong> todos. Brasil, Egipto e Taiwan também apresentam alguns índices<br />

representativos daquele comércio, particularmente 62,7% no ano <strong>de</strong> 1999 e<br />

55,9% em 2001 em relação ao primeiro país, 79,87% em 2003 no caso do Egipto<br />

e 50% em 1992, 61% no ano <strong>de</strong> 1993 e 36% em 1997 para Taiwan. De <strong>de</strong>stacar<br />

também o facto <strong>de</strong> nas relações comerciais com os EUA a representativida<strong>de</strong> do<br />

comércio intra-sectorial ser muito reduzida nos anos <strong>de</strong> 1993, 1999 e 2002.<br />

Conclui-se, portanto, que das três categorias, esta é aquela on<strong>de</strong> se verifi cam índices<br />

mais elevados <strong>de</strong> comércio intra-sectorial, particularmente com Espanha<br />

e Itália, os principais parceiros comerciais, e pontualmente com outros países<br />

108


como foi dito anteriormente. Das três categorias, a do mármore em obra, é aquela<br />

on<strong>de</strong> os produtos têm maior diferenciação, contudo estes índices não são <strong>de</strong><br />

modo algum satisfatórios, muito havendo para fazer particularmente na aposta<br />

da internacionalização das empresas on<strong>de</strong> a inovação, “marketing” e “<strong>de</strong>sign”<br />

são peças fundamentais na afi rmação e imagem das nossas empresas.


Ano<br />

França<br />

Bélgica-Luxemburgo<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Taiwan<br />

Grécia<br />

China<br />

Egipto<br />

Ceuta<br />

EUA<br />

Brasil<br />

80<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

81<br />

0<br />

-<br />

0,083453<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0,002318<br />

0<br />

-<br />

Quadro 26 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em obra<br />

82<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

83<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,682336<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

110<br />

84<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,605492<br />

0,468614<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-


111<br />

0,02463<br />

0,002052<br />

0,00394<br />

0,700063<br />

0,<strong>07</strong>74<strong>07</strong><br />

0,00253<br />

0,036385<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,014686<br />

0,001954<br />

0,006592<br />

0,584312<br />

0,094225<br />

0,001124<br />

0,004431<br />

0,006174<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,009576<br />

0<br />

0,008395<br />

0,626779<br />

0,1<strong>07</strong>236<br />

0,006998<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,006523<br />

0<br />

0,0084<strong>07</strong><br />

0,404285<br />

0,177447<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,005104<br />

0<br />

0,418403<br />

0,418403<br />

0,219043<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,564155<br />

0,166921<br />

0<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

85 90<br />

89<br />

88<br />

87<br />

86


Ano<br />

França<br />

Bélgica-Luxemburgo<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Taiwan<br />

Grécia<br />

China<br />

Egipto<br />

Ceuta<br />

EUA<br />

Brasil<br />

0,012962<br />

0,019988<br />

0,00299<br />

0,27683<br />

0,113703<br />

0,002478<br />

0,116461<br />

0<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,010682<br />

0,02734<br />

0,014217<br />

0,544081<br />

0,134131<br />

0,006702<br />

0,10273<br />

0<br />

0,50206<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

-<br />

0,020573<br />

0,066479<br />

0,018968<br />

0,254949<br />

0,135829<br />

0<br />

0,<strong>07</strong>7601<br />

0<br />

0,610106<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0,000976<br />

0<br />

Quadro 26 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em obra (continuação)<br />

91<br />

92<br />

93<br />

94<br />

0,006417<br />

0,038452<br />

0,029804<br />

0,18849<br />

0,146897<br />

0<br />

0,062451<br />

0,05859<br />

0,276705<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

112<br />

95<br />

0<br />

0,032954<br />

0<br />

0,275236<br />

0,249996<br />

0<br />

0,022839<br />

0<br />

0<br />

-<br />

0,028689<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0


113<br />

0<br />

0,011251<br />

0<br />

0,529276<br />

0,922825<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,508311<br />

0,191906<br />

0,798739<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,012333<br />

0,<strong>07</strong>6345<br />

0,365544<br />

0,960805<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,441767<br />

0,011977<br />

0<br />

-<br />

0,006286<br />

0<br />

0,003258<br />

0,008757<br />

0,059458<br />

0,455708<br />

0,868978<br />

0<br />

0,045632<br />

0<br />

0,086634<br />

0<br />

0,2<strong>07</strong>783<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,55946<br />

0,01169<br />

0,013514<br />

0,042761<br />

0,514737<br />

0,680017<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,027926<br />

0<br />

0,621913<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0,258046<br />

0,011179<br />

0,020164<br />

0<br />

0,561839<br />

0,736832<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0,<strong>07</strong><strong>07</strong>06<br />

0<br />

0,989321<br />

-<br />

-<br />

0,004728<br />

0,062725<br />

0,024713<br />

0,030536<br />

0<br />

0,457374<br />

0,647611<br />

0,00305<br />

0,017578<br />

0<br />

0,278<strong>07</strong>9<br />

0<br />

0,668304<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0,01279<br />

0,042865<br />

0<br />

0,491461<br />

0,667913<br />

0<br />

0,029534<br />

0<br />

0,363643<br />

-<br />

0<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

0,006608<br />

0,047611<br />

0,021464<br />

0,298214<br />

0,273795<br />

0<br />

0,057783<br />

0<br />

0,114105<br />

0<br />

-<br />

-<br />

-<br />

0<br />

0<br />

96 03<br />

02<br />

01<br />

00<br />

99<br />

98<br />

97


III . O Papel dos Fundos Estruturais<br />

115


116


117<br />

3.1 – Os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio e o investimento<br />

Com os fundos estruturais, Portugal, bem como o sector das pedras naturais,<br />

principalmente as empresas pertencentes ao triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba -<br />

Vila Viçosa, benefi ciaram particularmente com os vários quadros comunitários<br />

<strong>de</strong> apoio ao investimento.<br />

Com efeito, variadíssimas empresas quer extractivas quer transformadoras<br />

optaram e bem por reorganizar e expandir o seu processo produtivo<br />

mo<strong>de</strong>rnizando-se estrutural e organizacionalmente, adquirindo equipamentos<br />

<strong>de</strong> ponta, melhorando as suas instalações e até mesmo edifi cando novas.<br />

Muitas também optaram por se certifi car quer em termos da qualida<strong>de</strong>, quer<br />

ambientalmente.<br />

Os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio permitiram apoiar todo este tipo <strong>de</strong><br />

projectos, essenciais para a mo<strong>de</strong>rnização das empresas num contexto <strong>de</strong> uma<br />

economia globalizada cada vez mais concorrencial. Paralelamente às empresas,<br />

também as instituições percorreram o mesmo caminho, candidatando-se<br />

também a vários tipos <strong>de</strong> projectos, entre eles, assistência técnica às empresas,<br />

organismos <strong>de</strong> normalização, planos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, consolidação, transferência<br />

<strong>de</strong> tecnologia, parcerias e candidaturas em contínuo.<br />

No sector das rochas ornamentais, há a <strong>de</strong>stacar duas instituições, um centro<br />

tecnológico, o CEVALOR (Centro Tecnológico para o Aproveitamento<br />

e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais) e uma associação<br />

empresarial, a ASSIMAGRA (Associação dos Industriais dos Mármores e<br />

Granitos).<br />

No entanto, o sector conta ainda com mais duas associações, que são a<br />

APIGN (Associação Portuguesa dos Industriais <strong>de</strong> Granito do Norte) e APCP<br />

(Associação <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Calçada Portuguesa).<br />

O CEVALOR, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986, com se<strong>de</strong> em Borba e possuindo três<br />

pólos em zonas <strong>de</strong> elevada concentração <strong>de</strong> empresas do sector, nomeadamente<br />

em Pêro Pinheiro, Porto <strong>de</strong> Mós e Porto, tem por objectivo o estudo e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativas que permitam interligar a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

investigação, <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> recolha e<br />

divulgação <strong>de</strong> informação sectorial.


Esta instituição <strong>de</strong>teve-se com algumas difi culda<strong>de</strong>s nos primeiros anos <strong>de</strong><br />

existência, tendo a partir dos anos 90 um importante papel dinamizador do<br />

sector, para isso contribuíram tanto as empresas como a ASSIMAGRA.<br />

A ASSIMAGRA possui 525 empresas associadas, com se<strong>de</strong> em Lisboa e com<br />

vários pólos nos locais <strong>de</strong> maior concentração <strong>de</strong> empresas do sector, tem por<br />

objectivo criar condições para aumentar a competitivida<strong>de</strong> das empresas do<br />

sector apoiando as empresas em áreas como a formação, estudos económicos,<br />

planos <strong>de</strong> recuperação paisagística e diagnósticos ambientais, planos <strong>de</strong> lavra,<br />

entre outras, como promover as rochas nacionais em feiras internacionais e<br />

missões comerciais e ainda por ajudar a criar condições propícias à activida<strong>de</strong><br />

das empresas.<br />

3.1.1 – PEDIP I<br />

3.1.1.1 – As empresas<br />

Durante a valência do primeiro quadro comunitário <strong>de</strong> apoio, três foram os<br />

projectos apoiados pelo PEDIP I, um no âmbito da medida 3.1.3 e dois na medida<br />

3.1.4. Dois dos projectos correspon<strong>de</strong>m à activida<strong>de</strong> extractiva enquanto o da<br />

empresa J. Men<strong>de</strong>s Nobre, L. da diz respeito à activida<strong>de</strong> transformadora.<br />

As três fi rmas em questão protagonizaram um investimento conjunto <strong>de</strong><br />

49 444 contos, tendo obtido um incentivo total <strong>de</strong> 17 105 contos.<br />

Promotor Medida CAE<br />

António Mocho, L. da<br />

J. Men<strong>de</strong>s Nobre, L. da<br />

Marlino – Mármores, L. da<br />

Total <strong>de</strong> projectos<br />

3.1.3 369950<br />

3.1.4 290160<br />

3.1.4 369950<br />

3<br />

Investimento<br />

(contos)<br />

24 054<br />

5900<br />

19 490<br />

49 444<br />

Incentivo Total<br />

(contos) Distrito<br />

12 027<br />

1180<br />

3898<br />

17 105<br />

Évora<br />

Évora<br />

Évora<br />

Quadro 27 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Empresas (Fonte: PRIME)<br />

118


119<br />

3.1.1.2 – As instituições<br />

A ASSIMAGRA apresentou e viu aprovados cinco projectos no âmbito<br />

das medidas 2.A., 2.B, 5.B3 e 5.C5 com um investimento conjunto total <strong>de</strong><br />

156 232 contos, tendo obtido um incentivo total no conjunto dos cinco projectos<br />

<strong>de</strong> 73 488 contos.<br />

Quanto ao CEVALOR, apresentou e viu aprovados três projectos, dois no distrito<br />

<strong>de</strong> Évora e um no distrito <strong>de</strong> Braga, no âmbito das medidas 1.2.B., 5.B4 e<br />

6.C1, focando principalmente como objectivo a construção das infra-estruturas,<br />

particularmente do CEVALOR em Borba. O investimento conjunto <strong>de</strong>stes<br />

três projectos cifrava-se em 767 965 contos, com um incentivo total <strong>de</strong> 742 811<br />

contos, equivalendo a 96 7% do total do investimento.<br />

Em relação à ESTER 5 – Associação para a formação tecnológica no sector das<br />

rochas ornamentais e industriais, esta associação no âmbito do PEDIP I só teve<br />

candidatura à medida 5.1C – Apoio às entida<strong>de</strong>s formadoras. Esta candidatura<br />

<strong>de</strong>correu nos anos <strong>de</strong> 1999 e 2000, sendo o seu objectivo a formação especializada<br />

<strong>de</strong> curta duração para gestores, quadros e chefi as intermédias do sector da<br />

pedra natural. Em 1999, foram <strong>de</strong>senvolvidos os cursos <strong>de</strong> internacionalização<br />

<strong>de</strong> empresas, gestão ambiental, gestão fi nanceira, gestão <strong>de</strong> recursos humanos<br />

e gestão <strong>de</strong> “marketing”, todos eles com uma carga horária <strong>de</strong> 30 horas. Os<br />

locais <strong>de</strong> realização <strong>de</strong>stas acções foram Porto, Porto <strong>de</strong> Mós e Borba.<br />

Em 2000, foram promovidos, nas mesmas zonas, os cursos <strong>de</strong> gestão ambiental,<br />

gestão da produção e gestão geral, também todos eles com uma duração<br />

<strong>de</strong> 30 horas.<br />

Esta candidatura, no âmbito do PEDIP I, teve uma execução <strong>de</strong> 100%.<br />

5 – O CEVALOR é sócio maioritário da ESTER, sendo o seu director-geral o director executivo<br />

<strong>de</strong>sta associação. Todas as formações são realizadas no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> formação do CEVALOR<br />

à excepção da especialização tecnológica realizada nesta associação.


Promotor Medida CAE<br />

Assimagra<br />

Assimagra<br />

Assimagra<br />

Assimagra<br />

Assimagra<br />

Cevalor<br />

Cevalor<br />

Cevalor<br />

Total <strong>de</strong> projectos<br />

Quadro 28 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Instituições (Fonte: PRIME)<br />

3.1.2 – Pedip II<br />

3.1.2.1 – As empresas<br />

2.B 939900<br />

2.A 939900<br />

2.B 939900<br />

5.C5 935100<br />

5.B3 935100<br />

5.B4 932000<br />

6.C1 932000<br />

1.2.B 932000<br />

8<br />

Investimento<br />

(contos)<br />

63 562<br />

55 956<br />

22 173<br />

7 941<br />

6 600<br />

20 745<br />

20 055<br />

727 165<br />

910 299 851<br />

Incentivo Total<br />

(contos) Distrito<br />

22 429<br />

18 936<br />

22 173<br />

5000<br />

4950<br />

14 129<br />

14 479<br />

714 203<br />

305 657 506<br />

Lisboa<br />

Lisboa<br />

Lisboa<br />

Lisboa<br />

Lisboa<br />

Évora<br />

Braga<br />

Évora<br />

Em relação ao segundo quadro comunitário <strong>de</strong> apoio, várias foram as empresas<br />

quer na extracção quer na transformação que se candidataram a projectos<br />

no âmbito dos sistemas SIBR e SINDEPEDIP e os viram aprovados. De um<br />

total <strong>de</strong> <strong>de</strong>zanove projectos, <strong>de</strong>z dizem respeito ao concelho <strong>de</strong> Vila Viçosa,<br />

seis ao <strong>de</strong> Borba e três ao <strong>de</strong> Estremoz. O investimento total foi na or<strong>de</strong>m dos<br />

9.091 milhões <strong>de</strong> euros, dos quais 47% no primeiro concelho, 27% em Borba<br />

e 26% em Estremoz. A parcela conjunta <strong>de</strong> incentivo total rondou os 3.017<br />

milhões <strong>de</strong> euros, correspon<strong>de</strong>ndo a 1.519 milhões <strong>de</strong> euros ao concelho <strong>de</strong><br />

Vila Viçosa, 803 e 695 milhões <strong>de</strong> euros aos concelhos <strong>de</strong> Borba e <strong>de</strong> Estremoz<br />

respectivamente. Estes projectos, que visavam <strong>de</strong> entre muitos objectivos a<br />

reorganização do processo produtivo, expansão, diagnóstico e análise estratégica,<br />

diagnóstico, estudo e auditoria, certifi cação <strong>de</strong> empresas e mo<strong>de</strong>rnização<br />

120


tecnológica, permitiram criar 91 postos <strong>de</strong> trabalho, 55 em Vila Viçosa, 28 em<br />

Estremoz e 8 em Borba. (Quadro 30)<br />

Do total dos projectos apresentados pelas empresas no âmbito do PEDIP II<br />

nos sistemas SIBR e SINDEPEDIP, onze <strong>de</strong>les dizem respeito às principais<br />

empresas extractivas e transformadoras, seis no caso da primeira categoria e<br />

os restantes cinco na segunda 6 . O total do investimento aprovado <strong>de</strong>stas seis<br />

empresas extractivas cifrava-se em 2.640.965,48 euros, 29% do total do investimento<br />

aprovado dos 19 projectos, com um incentivo total aprovado <strong>de</strong><br />

913.816,46 euros. No que diz respeito às transformadoras, estas representavam<br />

33,66% do investimento total aprovado, representando as duas categorias em<br />

conjunto 62,66% do investimento total dos 19 projectos.<br />

Várias foram as empresas que se candidataram a mais do que um projecto, <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stacar a Magratex, Lda., com três projectos no âmbito do sistema SINDE-<br />

PEDIP com um investimento total aprovado, no conjunto dos projectos, <strong>de</strong><br />

1.478.282,33 euros, dos quais 373.135,75 euros correspon<strong>de</strong>ram a um incentivo<br />

total aprovado. Também a fi rma Plácido José Simões, SA 7 viu aprovados<br />

três projectos 8 no âmbito do sistema SINDEPEDIP com um investimento total<br />

aprovado <strong>de</strong> 789.901,54 euros, dos quais 297.986,86 euros correspon<strong>de</strong>ram<br />

à parcela <strong>de</strong> incentivo total aprovado. Com dois projectos cada, as fi rmas<br />

Marmoz, Lda., Marbrito, Lda., e Marmetal, SA cada uma com um projecto<br />

no âmbito do SINDEPEDIP e outro no SIBR. Em relação à Marmoz, Lda.,<br />

esta empresa viu aprovados os dois projectos com um investimento total <strong>de</strong><br />

1.319.066,05 euros, dos quais 389.574,87 euros correspon<strong>de</strong>ram à parcela <strong>de</strong><br />

incentivo. Salienta-se o facto <strong>de</strong> esta empresa ter criado 28 postos <strong>de</strong> trabalho.<br />

No que diz respeito à Marbrito, Lda., os seus dois projectos representaram<br />

um investimento total <strong>de</strong> 1.581.957,48 euros, dos quais 554.910,16<br />

euros correspon<strong>de</strong>ram à parcela <strong>de</strong> incentivo total aprovado. Esta empresa foi<br />

a que no seu conjunto maior investimento realizou e maior incentivo recebeu.<br />

No caso da Marmetal, o investimento total dos seus dois projectos cifrou-<br />

6 – Ver ponto 2.7.6 Análise da estrutura <strong>de</strong> mercado.<br />

7 – Esta empresa pertence à CAE 14111 (activida<strong>de</strong> extractiva), embora também possua transformação.<br />

8 – Dois projectos na activida<strong>de</strong> extractiva e um na activida<strong>de</strong> transformadora.<br />

121


N.º Projecto<br />

40/00318<br />

48/09622<br />

48/10<strong>07</strong>7<br />

48/10859<br />

40/11225<br />

48/06926<br />

<strong>07</strong>/00535<br />

48/10835<br />

48/09538<br />

48/11015<br />

48/<strong>07</strong>122<br />

48/09535<br />

48/11840<br />

48/09192<br />

48/14085<br />

40/13110<br />

48/05438<br />

48/03385<br />

48/03337<br />

Total<br />

-se em 1.338.853,36 euros, correspon<strong>de</strong>ndo à parcela <strong>de</strong> incentivo total <strong>de</strong><br />

244.505,74 euros, permitindo a criação <strong>de</strong> 12 postos <strong>de</strong> trabalho.<br />

Outros projectos importantes que também foram aprovados valem a pena ser<br />

salientados, particularmente os projectos das empresas Marvisa, Lda., Rosa<br />

Portugal, Lda., Margrimar, Lda., e Mega, Lda. Só esta última empresa criou<br />

23 postos <strong>de</strong> trabalho num único projecto, só sendo suplantada pela empresa<br />

Marmoz, Lda., na criação conjunta <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho.<br />

Marmetal - Mármore e materiais <strong>de</strong> construção, SA<br />

Plácido José Simões, SA<br />

Marvisa – Mármores Alentejanos, L. da<br />

Rosa Portugal – Comércio <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Marmetal - Mármore e materiais <strong>de</strong> construção, SA<br />

Marmorose – Soc. exportadora <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Plácido José Simões, SA<br />

Calemar – Mármores e granitos, Lda<br />

Marmoz – Companhia industrial <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Marmoz – Companhia industrial <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Mega – Mármores e granitos, L. da<br />

Rocha & Filhos, L. da<br />

Margrimar – Mármores e granitos, SA<br />

Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> Mármore, L. da<br />

Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> Mármore, L. da<br />

Magratex – Mármores e granitos para exportação, L. da<br />

Plácido José Simões, SA<br />

Magratex – Mármores e granitos para exportação, L. da<br />

Magratex – Mármores e granitos para exportação, L. da<br />

Medida<br />

3.10<br />

3.5<br />

3.5<br />

3.5<br />

3.1<br />

3.1<br />

3.7.A.<br />

3.5<br />

3.5<br />

3.10<br />

3.10<br />

3.5<br />

3.5<br />

3.5<br />

3.10<br />

3.5<br />

3.4<br />

3.3<br />

3.1<br />

SIBR<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SIBR<br />

SIBR<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SIBR<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

SINDEPEDIP<br />

Quadro 29 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas (Fonte: PRIME)<br />

Sistema Invst. Tot. Aprov.<br />

122<br />

1.313.913,47<br />

418.735,85<br />

531.997,89<br />

472.406,26<br />

24.939,89<br />

15.737,<strong>07</strong><br />

60.065,44<br />

569.452,62<br />

488.697,24<br />

830.368,81<br />

258.023,16<br />

238.096,19<br />

496.660,55<br />

498.324,04<br />

1.083.633,44<br />

455.467,32<br />

311.100,25<br />

1.013.886,53<br />

8.928,48<br />

9.090.435,50


230.474,56<br />

122.055,85<br />

226.254,73<br />

248.511,45<br />

14.031,18<br />

7.995,73<br />

35.933,4<br />

253.668,66<br />

249.433,86<br />

140.141,01<br />

53.426,24<br />

109.820,33<br />

256.000,54<br />

249.982,54<br />

304.927,62<br />

200.392,06<br />

139.997,61<br />

166.793,03<br />

5.950,66<br />

3.015.791,06<br />

123<br />

Criados<br />

12<br />

8<br />

1<br />

6<br />

8<br />

20<br />

23<br />

7<br />

4<br />

2<br />

PT<br />

Libertados<br />

9<br />

Existentes<br />

Tipo Projecto<br />

Concelho<br />

282<br />

Vila Viçosa<br />

82 Reorganização do processo produtivo Vila Viçosa<br />

94<br />

Expansão Vila Viçosa<br />

9<br />

Expansão Vila Viçosa<br />

144 Diagnóstico e Análise Estratégica Vila Viçosa<br />

24 Diagnóstico / Estudo / Auditoria Vila Viçosa<br />

103<br />

Certifi cação <strong>de</strong> empresas Borba<br />

18<br />

Expansão Borba<br />

126<br />

Expansão Estremoz<br />

172<br />

Estremoz<br />

Vila Viçosa<br />

7<br />

Expansão Vila Viçosa<br />

6<br />

Expansão Vila Viçosa<br />

64<br />

Expansão Vila Viçosa<br />

61<br />

Estremoz<br />

56<br />

Mo<strong>de</strong>rnização tecnológica Borba<br />

104 Reorganização do processo produtivo Borba<br />

56<br />

Mo<strong>de</strong>rnização tecnológica Borba<br />

56<br />

Auditoria Borba<br />

CAE<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701


Concelho N.º Projectos Investimento Incentivo Total PT Criados<br />

Vila Viçosa<br />

Borba<br />

Estremoz<br />

Total<br />

Quadro 30 – Síntese por concelhos dos projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas<br />

(Fonte: PRIME)<br />

3.1.2.2 – As Instituições<br />

O papel das instituições<br />

10<br />

6<br />

3<br />

19<br />

4.269<br />

2.419<br />

2.403<br />

9.091<br />

1.519<br />

803<br />

695<br />

3.017<br />

As instituições ligadas a este sector enfermam por falta <strong>de</strong> protagonismo <strong>de</strong>terminante,<br />

<strong>de</strong>vido à reduzida dimensão das empresas e à fraca capacida<strong>de</strong><br />

empresarial da maioria dos seus empresários.<br />

No entanto, a associação empresarial e o centro tecnológico <strong>de</strong>senvolveram<br />

um conjunto <strong>de</strong> iniciativas, entre as quais fi guram alguns projectos incluídos<br />

no PEDIP II, algumas que merecem ser aqui expostas e comentadas:<br />

• Obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> Director Técnico na exploração<br />

A existência <strong>de</strong>sta proposta mostra bem a falta <strong>de</strong> quadros qualifi cados nas<br />

empresas, e a importância que a isso foi dada.<br />

Todas as empresas que preten<strong>de</strong>ssem ter acesso a sistema <strong>de</strong> incentivos como<br />

o PEDIP ou o SIR, teriam a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um engenheiro responsável<br />

em cada pedreira e <strong>de</strong> um técnico formado em economia ou gestão.<br />

• Fomento à cooperação empresarial e articulação institucional<br />

Medida que po<strong>de</strong>rá combater dois importantes entraves ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> industrial.<br />

• Constituição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição comuns e integração paisagística das<br />

pedreiras (em activida<strong>de</strong> ou não)<br />

55<br />

8<br />

28<br />

91<br />

124


Esta proposta tentará resolver um dos problemas que mais difi cultam o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da activida<strong>de</strong> na zona dos mármores, as escombreiras.<br />

• Aproveitamento dos subprodutos<br />

• Melhoramento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes para escoamento <strong>de</strong> produtos e sub<br />

produtos<br />

• Aproveitamento e dinamização turística da zona dos mármores<br />

Este tipo <strong>de</strong> iniciativas materializou-se, entre outras coisas <strong>de</strong> menor relevo, na<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> realizar o Plano Regional <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento da Zona dos Mármores<br />

(PROZOM), instrumento <strong>de</strong> intervenção que po<strong>de</strong> vir a ser fundamental, mas<br />

que tem encontrado algumas difi culda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação.<br />

Projectos das instituições – CEVALOR e ASSIMAGRA<br />

O CEVALOR apresentou e viu aprovados 8 projectos no PEDIP II, no âmbito<br />

das medidas 1.2.A, 1.3.B. 1.7, 4.7.B e 5.1.C, todos eles respeitantes ao concelho<br />

<strong>de</strong> Borba.<br />

O projecto da medida 1.3.B visava a cre<strong>de</strong>nciação do CEVALOR como Organismo<br />

<strong>de</strong> Normalização. Apresentado em Outubro <strong>de</strong> 1994 e aprovado em<br />

Abril do ano seguinte, com um incentivo a fundo perdido <strong>de</strong> 135.288,95€ para<br />

apoiar um investimento <strong>de</strong> 2<strong>07</strong>.884,00€. Este projecto teve continuação com<br />

mais uma candidatura à medida 1.3.B apresentada em Janeiro <strong>de</strong> 1996 e aprovada<br />

em Junho <strong>de</strong> 1997 cujo investimento total <strong>de</strong> 317.155,65€ benefi ciou <strong>de</strong><br />

um incentivo a fundo perdido <strong>de</strong> 70% <strong>de</strong>sse valor (224.643,61€).<br />

O projecto na medida 4.7.B mobilizador junto das empresas da importância<br />

da prospecção nas pedreiras, ou seja <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços ou assistência<br />

técnica às empresas do sector, apresentado e aprovado em 1995, envolveu um<br />

investimento <strong>de</strong> 320.166,29€ e benefi ciou <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 231.238,89€ <strong>de</strong> incentivo<br />

a fundo perdido, foi mais tar<strong>de</strong> (1999) “reeditado”, envolvendo um investimento<br />

total <strong>de</strong> 113.732,39€, dos quais 85.299,29€ foram a componente <strong>de</strong><br />

incentivo total.<br />

125


Teve ainda aprovado um projecto na medida 1.2.A para a realização <strong>de</strong> um<br />

Diagnóstico Estratégico, envolvendo 1.296.366,94€ <strong>de</strong> investimento, apoiado<br />

com 478.449,78€ a fundo perdido.<br />

Na medida 5.1.C, apresentou-se um projecto em 1998, o qual foi aprovado no<br />

ano seguinte, com um plano <strong>de</strong> consolidação do centro envolvendo 303.527,52€<br />

<strong>de</strong> investimento, apoiado com 281.781,93€ a fundo perdido.<br />

Já em relação à medida 1.7, apresentaram-se dois projectos nos anos <strong>de</strong> 1989 e<br />

1991, tendo sido ambos aprovados em 1994 com um investimento total no seu<br />

conjunto <strong>de</strong> 553.082,<strong>07</strong>€, benefi ciando <strong>de</strong> um incentivo total <strong>de</strong> 420.900,63€<br />

no seu conjunto.<br />

Também <strong>de</strong> salientar o projecto REVAL – projecto levado a cabo por uma acção<br />

voluntarista. Trata-se <strong>de</strong> um projecto promovido por várias entida<strong>de</strong>s, para além<br />

do Cevalor, directamente interessadas no projecto, entre as quais a Cimpor, a<br />

Granisintra, a Mármores Galrão e o ISQ, que se realizou numa das zonas <strong>de</strong><br />

maior concentração <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> rochas ornamentais – Pêro Pinheiro – e<br />

que obrigou a um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 500 mil contos. O projecto visava a<br />

montagem <strong>de</strong> uma central <strong>de</strong> recepção e “tratamento” das natas 9 resultantes do<br />

processo <strong>de</strong> transformação das rochas ornamentais, por forma não só a resolver<br />

o enorme problema ambiental associado às toneladas <strong>de</strong> natas produzidas todos<br />

os anos, mas também a valorizar este subproduto <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> industrial.<br />

Efectivamente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> recolhido e <strong>de</strong> sofrer simples processos <strong>de</strong> “tratamento”<br />

(limpeza, secagem, etc.), este subproduto po<strong>de</strong> ser rentavelmente utilizado<br />

em coisas, entre outras, como a selagem <strong>de</strong> lixeiras, o fabrico <strong>de</strong> cimento,<br />

o fabrico <strong>de</strong> produtos cerâmicos, o fabrico <strong>de</strong> correctores químicos <strong>de</strong> solos,<br />

etc. Este projecto permitiu, pois, essa valorização.<br />

Parece que este é um exemplo interessante <strong>de</strong> como a cooperação entre empresas,<br />

infra-estruturas tecnológicas e as próprias autorida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ajudar a resolver<br />

problemas muito sérios e que <strong>de</strong> outra forma muito difi cilmente po<strong>de</strong>riam<br />

ser resolvidos, pelo menos <strong>de</strong> forma efi caz.<br />

Quanto à ASSIMAGRA, <strong>de</strong>ve salientar-se a apresentação no ano <strong>de</strong> 1997 e<br />

respectiva aprovação em 1998 <strong>de</strong> um projecto integrado na medida 4.5.D, ten-<br />

9 – As “natas” são as misturas <strong>de</strong> água e pó resultante do corte e polimento das rochas ornamentais.<br />

126


do envolvido um investimento total <strong>de</strong> 557.112,36€ com um incentivo total <strong>de</strong><br />

498.797,90€, correspon<strong>de</strong>ndo a 89,5% daquele investimento, para a realização<br />

do Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s, projecto naturalmente importante no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e consolidação da activida<strong>de</strong> da associação, mas que não impôs nenhuma ruptura<br />

clara com o passado. Com efeito, em Julho <strong>de</strong> 1997 foi criado o contrato<br />

<strong>de</strong> adaptação ambiental, on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>fi nido um quadro cronológico, constituído<br />

por várias etapas <strong>de</strong> forma a que as empresas a<strong>de</strong>rentes tivessem uma adaptação<br />

gradual que culminava a 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1999. Todo este processo teve uma<br />

gran<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são por parte das empresas do sector, contando com 433 unida<strong>de</strong>s<br />

a<strong>de</strong>rentes. Deste universo, ¾ das empresas tinham o seu plano <strong>de</strong> reconversão<br />

em curso. A pouco tempo <strong>de</strong> se atingir o prazo <strong>de</strong>fi nido para a adaptação do sector<br />

das pedras naturais, um breve balanço da situação aponta para uma melhoria<br />

ambiental da maioria das empresas, nomeadamente no que se refere a resíduos,<br />

ruído, poeiras, efl uentes e integração/recuperação paisagística.<br />

No seguimento <strong>de</strong>ste projecto, um outro foi apresentado na óptica do apoio<br />

às empresas na vertente técnica – Extensão Ambiental ao Empresário. Este<br />

projecto consistiu numa medida voluntarista da ASSIMAGRA e contou com o<br />

apoio da DGI, do IGM e do CEVALOR.<br />

Este projecto visou a elaboração <strong>de</strong> diagnósticos ambientais e <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />

reconversão em 180 unida<strong>de</strong>s industriais, os apoios na implementação dos planos<br />

<strong>de</strong> reconversão em 108 empresas e à legalização <strong>de</strong> situações, incluindo<br />

assistência técnica às empresas na vertente ambiental, divulgação da legislação<br />

nacional e comunitária, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> sensibilização bem<br />

como acções ten<strong>de</strong>ntes à resolução <strong>de</strong> problemas estruturais <strong>de</strong> cariz ambiental,<br />

promovendo o contacto com os organismos ofi ciais e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> soluções conjuntas entre empresas.<br />

Também <strong>de</strong>ve salientar-se o Projecto Re<strong>de</strong> que é um programa inserido no âmbito<br />

do programa piloto <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> PME’s, da responsabilida<strong>de</strong> do IEFP e<br />

apoiado pela União Europeia. Destina-se a apoiar a gestão das Pequenas, médias<br />

e microempresas (até 49 trabalhadores) com o objectivo <strong>de</strong> reforçar a sua<br />

capacida<strong>de</strong> competitiva e simultaneamente promover o emprego qualifi cado <strong>de</strong><br />

jovens Bacharéis/ Licenciados na área que a empresa necessita, através <strong>de</strong> uma<br />

metodologia <strong>de</strong> intervenção assente em consultores, formadores, especialistas<br />

127


01/00529<br />

<strong>07</strong>/00498<br />

01/00011<br />

01/00538<br />

01/00636<br />

10/00056<br />

<strong>07</strong>/00002<br />

<strong>07</strong>/00046<br />

02/01358<br />

e jovens estagiários (chamados <strong>de</strong> assistentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento empresarial)<br />

que no seu conjunto formam as equipas técnicas <strong>de</strong> apoio às empresas.<br />

No âmbito da promoção das pedras naturais, <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>stacar-se a presença nas<br />

feiras <strong>de</strong> Carrara, Nuremberga, Verona, Exposintra, Concreta e Fimal 99, a<br />

criação e promoção do logo “Pedra Portuguesa” bem como a edição do CD<br />

“Pedra Portuguesa” e a manutenção e divulgação do site stones@portugal, na<br />

Internet.<br />

N.º Projecto Nome Promotor Medida<br />

Ano Candidatura<br />

Quadro 31 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Instituições (Fonte: PRIME)<br />

3.1.3 – Prime<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

ASSIMAGRA<br />

3.1.3.1 – As empresas<br />

1.2.A<br />

1.3.B<br />

1.7<br />

4.7.B<br />

4.7.B<br />

5.1.C<br />

1.7<br />

1.3.B<br />

4.5.D<br />

1995<br />

1996<br />

1989<br />

1995<br />

1999<br />

1998<br />

1991<br />

1994<br />

1997<br />

Dos onze projectos apresentados e aprovados no âmbito do PRIME, a maioria<br />

<strong>de</strong>les, mais propriamente oito, dizem respeito à activida<strong>de</strong> transformadora, dizendo<br />

respeito os restantes à activida<strong>de</strong> extractiva. Dos projectos respeitantes<br />

à activida<strong>de</strong> transformadora, salienta-se a criação <strong>de</strong> duas empresas, Lapão<br />

e Filhos, e Carlos Sebo, Lda., uma em Borba e outra em Estremoz, três pro-<br />

Ano <strong>de</strong> Aprovação<br />

128<br />

1995<br />

1997<br />

1994<br />

1995<br />

1999<br />

1999<br />

1994<br />

1995<br />

1998


Investimento total (euros) Incentivo total (euros) Concelho Tipo Projecto<br />

1.296.366,94<br />

317.155,65<br />

24.356,30<br />

320.166,29<br />

113.732,39<br />

303.527,52<br />

528.725,77<br />

2<strong>07</strong>.884,00<br />

557.112,36<br />

478.449,78<br />

224.643,61<br />

24.356,31<br />

231.238,89<br />

85.299,29<br />

281.781,93<br />

396.544,33<br />

135.288,95<br />

498.797,90<br />

Borba<br />

Borba<br />

Borba<br />

Borba<br />

Borba<br />

Borba<br />

Borba<br />

Borba<br />

Lisboa<br />

DAE + Consolidação<br />

Organismo <strong>de</strong> normalização<br />

Assistência técnica às empresas do sector<br />

Assistência técnica às empresas do sector<br />

Centros tecnológicos<br />

Organismo <strong>de</strong> normalização<br />

Plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s


00/02024<br />

00/05762<br />

00/06386<br />

00/06512<br />

00/06805<br />

00/08490<br />

00/08662<br />

00/08753<br />

48/00109<br />

48/00138<br />

16/00086<br />

jectos <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> no Alandroal, em Borba e Vila Viçosa, das<br />

empresas Alandromar, M.C.M., Lda., e Marvisa, Lda., dois projectos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização<br />

estrutural e organizacional em Vila Viçosa das empresas Marbrito,<br />

Lda., e Criamármore, Lda., e um projecto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou<br />

equipamentos, em Borba, da empresa Biquimar, Lda.<br />

Destes oito projectos, <strong>de</strong>staca-se o projecto da Marbrito, tendo como Dec. Inv.<br />

FEDER 2.415.813 euros, com uma componente <strong>de</strong> Dec. <strong>de</strong>spesa pública do FE-<br />

DER <strong>de</strong> 1.200.673 euros, seguindo-se os projectos das empresas Criamármore, e<br />

Marvisa. Em relação a estas duas últimas empresas, salienta-se o facto <strong>de</strong> terem<br />

benefi ciado do FSE para formação <strong>de</strong> pessoal. No que diz respeito à primeira<br />

empresa, a componente <strong>de</strong> Dec. Inv. cifrou-se no valor <strong>de</strong> 11.857,58 euros,<br />

N.º Projecto Nome Promotor<br />

Biquimar – Indústria <strong>de</strong> mármores<br />

Alandromar – Transformação <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Carlos Manuel Sequeira Sebo<br />

Criamármore – Mármores portugueses, L. da<br />

Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> Mármore, L. da<br />

Bentel – Soc. extractiva <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Mármores do Poço Bravo, L. da<br />

Marmorose – Soc. exportadora <strong>de</strong> mármores, L. da<br />

Marvisa – Mármores Alentejanos, L. da<br />

Lapão e Filhos, L. da<br />

M.C.M. – Soc. <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong> Montes Claros, L. da<br />

Medida<br />

2.1A<br />

2.1A<br />

2.1A<br />

1.A<br />

1.A<br />

2.1A<br />

2.1A<br />

2.1A<br />

1.A<br />

2.1A<br />

1.A<br />

Dec. - Inv. FEDER<br />

152.931,44<br />

147.908,54<br />

64.369,87<br />

1.064.000,76<br />

2.415.813<br />

228.015,48<br />

179.685<br />

130.705<br />

526.656<br />

237.140<br />

Quadro 32 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Empresas (Fonte: PRIME)<br />

Dec. Despesa<br />

Pública FEDER<br />

130<br />

56.723,3<br />

58.439,16<br />

23.677,94<br />

393.347,03<br />

1.200.673<br />

58.209,71<br />

59.816<br />

52.279,01<br />

256.319<br />

59.682


Dec. Inv. FSE<br />

0<br />

0<br />

0<br />

11857,58<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

31414,44<br />

0<br />

obtendo uma Dec. Inc. <strong>de</strong> 9.291.51 euros. Já em relação à segunda empresa, a<br />

componente <strong>de</strong> Dec. Inv. foi <strong>de</strong> 31.414,44, obtendo esta empresa uma Dec. Inc.<br />

<strong>de</strong> 25.131,55 euros. De salientar que todos eles foram apresentados no âmbito<br />

das medidas 1.A e 2.1A.<br />

No que diz respeito à activida<strong>de</strong> extractiva, os três projectos nesta activida<strong>de</strong><br />

visavam a mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos, no caso das empresas<br />

Mármores do Poço Bravo, Lda., em Borba, e Marmorose, Lda., em Vila<br />

Viçosa e a expansão da activida<strong>de</strong> para a empresa Bentel, Lda., em Estremoz.<br />

Destes três projectos, po<strong>de</strong>mos salientar o projecto <strong>de</strong>sta última empresa como<br />

sendo o mais relevante, tendo como Dec. Inv. FEDER 228.015,48 euros, com<br />

uma componente <strong>de</strong> Dec. <strong>de</strong>spesa pública do FEDER <strong>de</strong> 58.209,71 euros.<br />

131<br />

Dec. Inc. FSE<br />

0<br />

0<br />

0<br />

9291,51<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

25131,55<br />

0<br />

Tipo Projecto<br />

Mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos<br />

Expansão da activida<strong>de</strong><br />

Criação <strong>de</strong> empresa<br />

Mo<strong>de</strong>rnização estrutural ou organizacional<br />

Mo<strong>de</strong>rnização estrutural ou organizacional<br />

Expansão da activida<strong>de</strong><br />

Mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos<br />

Mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos<br />

Expansão da activida<strong>de</strong><br />

Criação <strong>de</strong> empresa<br />

Expansão da activida<strong>de</strong><br />

Concelho<br />

Borba<br />

Alandroal<br />

Borba<br />

Vila Viçosa<br />

Vila Viçosa<br />

Estremoz<br />

Borba<br />

Vila Viçosa<br />

Vila Viçosa<br />

Estremoz<br />

Borba<br />

CAE<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

26701<br />

14111<br />

14111<br />

14111<br />

26701<br />

26701<br />

26701


3.1.3.2 – As instituições<br />

O CEVALOR apresentou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, até ao presente ano <strong>de</strong> 2005, cinco projectos<br />

ao PRIME, quatro <strong>de</strong>les na medida 5.1A e um na medida 5.1B. Em relação<br />

à primeira medida, este tipo <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong>signam-se como investigação,<br />

<strong>de</strong>monstração e transferência tecnológica através <strong>de</strong> uma articulação funcional<br />

entre técnica, formação e “marketing”, numa perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

integrado do sector. Já em relação à medida 5.1B, este projecto tem como estratégia<br />

a consolidação <strong>de</strong> infra-estrutura no âmbito do sistema português da<br />

qualida<strong>de</strong>. De referir que foi efectuada uma nova candidatura já em 2005, por<br />

mais 2 anos, no entanto, ainda se encontra em fase <strong>de</strong> análise.<br />

Os projectos da Medida 5.1 Acção A têm duração <strong>de</strong> um ano e estão <strong>de</strong> acordo<br />

com o plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s do centro e a sua execução. Os objectivos gerais<br />

<strong>de</strong>ste projecto têm por base os objectivos traçados pelo centro em plano <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s.<br />

No que se refere ao Projecto da Medida 5.1 Acção B a candidatura foi efectuada<br />

em 2001, no entanto, o projecto só foi aprovado em 2003 e prolongou-se até<br />

fi nal do ano 2004. Este projecto tem como objectivo o centro <strong>de</strong>sempenhar as<br />

funções como Organismo Normalizador.<br />

Estas duas medidas têm como objectivos:<br />

• Criação <strong>de</strong> novas infra-estruturas, no Sistema Tecnológico, com competências<br />

em áreas tecnológicas <strong>de</strong>fi cientemente cobertas pela actual re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

infra-estruturas;<br />

• Dotar as entida<strong>de</strong>s do Sistema Tecnológico <strong>de</strong> novas competências, bem<br />

como reforçar e/ou reorientar estrategicamente infra-estruturas e incentivar<br />

a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia para sectores <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong> utilizadores;<br />

• Apoiar a dinamização da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas tecnológicas e a criação <strong>de</strong><br />

condições equilibradas para a sua activida<strong>de</strong>;<br />

• Apoiar as infra-estruturas do SPQ (Sistema Português da Qualida<strong>de</strong>), visando<br />

fortalecer a re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> laboratórios, bem como estimular a<br />

activida<strong>de</strong> dos organismos <strong>de</strong> normalização.<br />

132


Po<strong>de</strong>mos enumerar como benefi ciários <strong>de</strong>stas medidas:<br />

• Os centros tecnológicos, centros <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia, institutos<br />

<strong>de</strong> novas tecnologias, centros <strong>de</strong> incubação <strong>de</strong> base tecnológica e parques<br />

tecnológicos ou entida<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> interface tuteladas pelo Ministério<br />

das Activida<strong>de</strong>s Económicas e do Trabalho que tenham como atribuição<br />

principal a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência tecnológica empresarial<br />

e <strong>de</strong> apoio técnico e/ou I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico),<br />

empresarialmente orientadas;<br />

• As escolas tecnológicas;<br />

• As entida<strong>de</strong>s que possuam infra-estruturas laboratoriais acreditadas no âmbito<br />

do SPQ ou que possuam infra-estruturas acreditadas, reconhecidas ou<br />

qualifi cadas no âmbito do SPQ como organismos <strong>de</strong> certifi cação, organismos<br />

<strong>de</strong> inspecção técnica e auditoria, organismos <strong>de</strong> verifi cação metrológica,<br />

organismos notifi cados, entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> qualifi cação<br />

integrados ou registados no SPQ e organismos <strong>de</strong> normalização.<br />

No que diz respeito à tipologia <strong>de</strong> apoios e em relação à Acção A – transferência<br />

<strong>de</strong> tecnologia no âmbito do SCTN (Sistema Científi co e Tecnológico Nacional),<br />

esta acção visa apoiar os projectos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia, ou conducentes<br />

a esta, integrados nos planos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s dos promotores relativos aos<br />

exercícios económicos subsequentes aos <strong>de</strong> apresentação das candidaturas. Já<br />

em relação à Acção B – dinamização <strong>de</strong> infra-estruturas dos sistemas tecnológico,<br />

da formação e da qualida<strong>de</strong>, esta acção visa a dinamização da actuação das<br />

infra-estruturas da envolvente empresarial nas áreas <strong>de</strong> inovação, assistência<br />

técnica e tecnológica, formação e qualida<strong>de</strong>, dotando-as <strong>de</strong> competências necessárias<br />

na criação <strong>de</strong> dinâmicas favoráveis a uma resposta mais efectiva aos<br />

<strong>de</strong>safi os <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> sustentável do tecido empresarial nacional.<br />

No que diz respeito às condições <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong>, em relação ao promotor,<br />

<strong>de</strong>ve este:<br />

• Estar legalmente constituído e registado;<br />

• Possuir a situação regularizada face à administração fi scal, à segurança social<br />

e às entida<strong>de</strong>s pagadoras do incentivo;<br />

• Cumprir as condições legais necessárias à activida<strong>de</strong>, nomeadamente, ter<br />

133


situação regularizada em matéria <strong>de</strong> licenciamento (quando aplicável);<br />

• Dispor <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> organizada, <strong>de</strong> acordo com a legislação aplicável;<br />

• Cumprir outras disposições específi cas inerentes a cada sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

nomeadamente possuir capacida<strong>de</strong> jurídica necessária para a prossecução<br />

da activida<strong>de</strong>;<br />

• <strong>Af</strong>ectar o projecto à activida<strong>de</strong> e à localização geográfi ca por um período<br />

mínimo <strong>de</strong> 5 anos após a celebração do contrato);<br />

• Declarar possuir ou vir a possuir sistemas <strong>de</strong> controlo a<strong>de</strong>quados à análise<br />

e ao acompanhamento do projecto;<br />

• No caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas, <strong>de</strong>monstrar possuir uma situação económico-<br />

-fi nanceira equilibrada, nomeadamente apresentando uma autonomia fi nanceira<br />

superior a 10%, calculada <strong>de</strong> acordo com a metodologia do Anexo A;<br />

• Cumprir as condições <strong>de</strong> acesso previstas na legislação enquadradora dos<br />

apoios do FSE (Fundo Social Europeu), quando o projecto tenha associada<br />

uma componente <strong>de</strong> formação profi ssional;<br />

• No caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s cujo acto <strong>de</strong> constituição se tenha verifi cado nos 60<br />

dias úteis anteriores à data <strong>de</strong> candidatura, comprovar que foi requerida a<br />

inscrição na conservatória do registo comercial ou no registo nacional <strong>de</strong><br />

pessoas colectivas competentes.<br />

No caso dos projectos <strong>de</strong> infra-estruturas do SPQ, os promotores <strong>de</strong>vem ainda:<br />

• Encontrar-se <strong>de</strong>vidamente acreditados, reconhecidos ou qualifi cados no<br />

âmbito do SPQ ou ter em curso o respectivo processo;<br />

• Comprometer-se a requerer, após a conclusão do projecto, no âmbito do<br />

SPQ, a extensão para domínio similar;<br />

• Obrigar-se, após a conclusão do projecto, à prestação <strong>de</strong> serviços no âmbito<br />

do SPQ, por um período mínimo <strong>de</strong> 5 anos e no caso <strong>de</strong> organismos <strong>de</strong> normalização<br />

e <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> qualifi cação integrados<br />

ou registados no SPQ, por um período mínimo <strong>de</strong> 3 anos.<br />

No caso específi co da Acção B e quando se trate <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> incubação, os<br />

promotores à data da candidatura não po<strong>de</strong>rão possuir nem manter no <strong>de</strong>correr<br />

do projecto, situações <strong>de</strong> incubação superiores a 4 anos.<br />

134


No que diz respeito às condições <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong> do projecto, <strong>de</strong>ve este:<br />

• Enquadrar-se nos objectivos da Medida e da Acção a que se candidata;<br />

• Ter uma proposta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia aprovada, no caso <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

novas infra-estruturas tecnológicas;<br />

• Apresentar uma fundamentação <strong>de</strong> suporte ao projecto (conforme mo<strong>de</strong>lo<br />

constante do formulário <strong>de</strong> candidatura) e, no caso <strong>de</strong> infra-estruturas do<br />

sistema tecnológico candidatas à Acção B, apresentar um plano estratégico<br />

enquadrador dos objectivos do projecto;<br />

• Não ter sido iniciada a sua realização antes da data da candidatura;<br />

• Nos casos em que haja construção <strong>de</strong> edifícios, o promotor <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>monstrar<br />

que o terreno se encontra disponível;<br />

• Ter a duração máxima <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> um ano no caso da Acção A e <strong>de</strong><br />

2 anos nos casos das Acções B e C (à excepção do co-fi nanciamento <strong>de</strong><br />

projectos realizados ao abrigo <strong>de</strong> programas comunitários) e, no caso da<br />

Acção D, ser realizado num período máximo <strong>de</strong> três anos, contando-se<br />

estes prazos a partir da data <strong>de</strong> início do projecto;<br />

• Ser elaborado <strong>de</strong> acordo com a estrutura constante dos formulários <strong>de</strong> candidatura;<br />

• Correspon<strong>de</strong>r a um investimento mínimo elegível <strong>de</strong> 100.000 euros no<br />

caso <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> infra-estruturas tecnológicas e <strong>de</strong> formação no âmbito<br />

das Acções A, B e C e 25.000 euros para infra-estruturas laboratoriais<br />

e 10.000 euros para as restantes infra-estruturas do SPQ no âmbito da<br />

Acção B;<br />

• Ter asseguradas as necessárias fontes <strong>de</strong> fi nanciamento e, no caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />

privadas, ser a<strong>de</strong>quadamente fi nanciados por meios próprios;<br />

• Ter o investimento coberto em pelo menos 10% ou em pelo menos 20%<br />

por capitais próprios, no caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas sem fi ns lucrativos e<br />

no caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas com fi ns lucrativos, o capital necessário tem<br />

<strong>de</strong> estar realizado à data da assinatura do contrato;<br />

• Apresentar a componente <strong>de</strong> formação interna correspon<strong>de</strong>nte, quando integrar<br />

acções <strong>de</strong> formação profi ssional, a qual terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar coerência,<br />

ser consonante com os objectivos do projecto e cumprir os normativos<br />

aplicáveis aos apoios do FSE;<br />

135


03/00044<br />

03/00<strong>07</strong>9<br />

03/00119<br />

03/00272<br />

03/00309<br />

04/00042<br />

04/00171<br />

• Para os projectos candidatos à Acção C no âmbito <strong>de</strong> um co-fi nanciamento,<br />

tem <strong>de</strong> ser apresentado um documento comprovativo do apoio concedido<br />

pelo programa comunitário, e respectivas condições, tendo a candidatura<br />

<strong>de</strong> ser apresentada no prazo <strong>de</strong> 6 meses a partir da data <strong>de</strong> aprovação do<br />

projecto.<br />

Em relação à ASSIMAGRA, apresentou esta associação e viu aprovados<br />

dois projectos nas medidas 5.2A e 6. Em relação à primeira medida, este tipo<br />

<strong>de</strong> projecto diz respeito a candidaturas em contínuo no âmbito da Portaria<br />

686B/2000. Já em relação à segunda medida, este tipo <strong>de</strong> projecto era um projecto<br />

<strong>de</strong> promoção e internacionalização da fi leira dos materiais <strong>de</strong> construção.<br />

Este, encontra-se na 2.ª edição e visa o <strong>de</strong>senvolvimento e reforço da imagem<br />

da Fileira dos Materiais <strong>de</strong> Construção (2004/2006).<br />

N.º Projecto Nome Promotor<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

CEVALOR<br />

ASSIMAGRA<br />

ASSIMAGRA<br />

Medida<br />

5.1B<br />

5.1A<br />

5.1A<br />

5.1A<br />

5.1A<br />

5.2A<br />

6<br />

Cand.<br />

Inv. FEDER<br />

254.922,41<br />

441.311,77<br />

551.760,08<br />

435.096,69<br />

487.157,99<br />

431.613,96<br />

730.636,00<br />

Dec.<br />

Inv. FEDER<br />

256.439,86<br />

441.311,77<br />

551.760,08<br />

435.096,69<br />

438.320,15<br />

730.636,00<br />

Dec.<br />

Inc. FEDER<br />

144.512,57<br />

249.765,32<br />

287.396,32<br />

326.322,52<br />

218.474,93<br />

485.488,94<br />

Quadro 33 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Instituições (Fonte: PRIME)<br />

136<br />

Dec.<br />

A.R. FEDER<br />

192.683,42<br />

333.020,43<br />

383.195,10<br />

435.096,69<br />

403.057,33<br />

658.560,44


0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

6.738,76<br />

0<br />

Também se <strong>de</strong>ve salientar o projecto AMA – Acções <strong>de</strong> Melhora Ambiental<br />

do sector das rochas naturais, o qual foi apresentado em 2001 e tinha como<br />

objectivo criar condições para que as empresas do sector obtivessem a Certifi<br />

cação Ambiental. Encontrava-se subdividido em três gran<strong>de</strong>s áreas, entre<br />

elas, a elaboração <strong>de</strong> um guia <strong>de</strong> gestão ambiental, a i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong> soluções<br />

regionais <strong>de</strong> apoio à Gestão <strong>de</strong> Resíduos do sector e também a i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong><br />

indicadores ambientais para futura acção <strong>de</strong> “benchmarking” ambiental.<br />

Outros dois projectos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>stacados, o Equal – “Círculos <strong>de</strong> Aprendizagem<br />

e Desenvolvimento” – que é um projecto <strong>de</strong> iniciativa comunitária,<br />

<strong>de</strong>senvolvido em conjunto com o CEVALOR e a EGOR, no qual se preten<strong>de</strong><br />

criar e <strong>de</strong>senvolver metodologias das pessoas e organizações. Quanto ao segundo<br />

projecto, o PME digital é um projecto promovido pela AIP, em colaboração<br />

com a Assimagra, APICER, AIMMP, APIC, APEMETA <strong>de</strong> resíduos do sector.<br />

Cand. Inv. FSE Dec. Inv. FSE Dec. A.R. FSE Dec. Inc. FSE<br />

Tipo <strong>de</strong> Projecto<br />

137<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

9.277,58<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

2.333,66<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

9.277,58<br />

0<br />

Organismo <strong>de</strong> normalização<br />

Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />

Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />

Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />

Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />

Candidaturas em contínuo – Portª 686B/2000<br />

Parceria


IV . A internacionalização pelo comércio:<br />

conjunto das estratégias <strong>de</strong> Portugal,<br />

Espanha e Itália<br />

139


140


Nas duas últimas décadas, objecto <strong>de</strong>ste trabalho, o sector registou um crescimento<br />

bastante signifi cativo sem comparação igual. A exploração <strong>de</strong> mármore<br />

durante este período distribuiu-se principalmente no gran<strong>de</strong> núcleo europeu,<br />

por vários países, tais como Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Bélgica, França<br />

e Alemanha, muito embora <strong>de</strong>vido a condicionalismos ambientais ou por<br />

questões <strong>de</strong> urbanização vários países europeus foram per<strong>de</strong>ndo expressão,<br />

entre eles os três últimos. As razões principais para que este crescimento ímpar<br />

tenha acontecido <strong>de</strong>vem-se em primeiro lugar à procura pelo sector da<br />

construção dada a apetência cada vez maior a nível mundial do mármore que a<br />

par da adopção <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> extracção e transformação <strong>de</strong>sta matéria-prima<br />

proporcionaram a i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong> novos recursos geológicos assim<br />

como o <strong>de</strong>senvolvimento da exploração <strong>de</strong>stes em países com vastos recursos<br />

naturais e que até então não eram tradicionais neste sector, como por exemplo<br />

a China, a Índia bem como a Turquia que assumiram uma posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

neste grupo. Em relação ao primeiro, este país introduziu fortes alterações<br />

na lógica do mercado internacional com uma política <strong>de</strong> preços baixos, bem<br />

como estruturas produtivas assentes em baixos custos salariais e extracção sem<br />

regra (incumprimento e reduzida preocupação com aplicação <strong>de</strong> boas práticas<br />

<strong>de</strong> lavra, ambientais, segurança e saú<strong>de</strong>) que marcou <strong>de</strong>cisivamente o sector.<br />

Com efeito, a China em 2002 já tinha ultrapassado a Europa como mercado<br />

consumidor, o que traduz as mudanças acima mencionadas como é também o<br />

principal produtor mundial ultrapassando a Itália que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre assumiu a<br />

li<strong>de</strong>rança, muito embora este país continue ainda a <strong>de</strong>ter um papel fulcral no<br />

sector, uma vez que, para além <strong>de</strong> possuir vastos recursos e uma tecnologia<br />

<strong>de</strong> ponta disponível, tem uma tradição empresarial muito forte assente numa<br />

estratégia <strong>de</strong> comercialização muito dinâmica e ao mesmo tempo inovadora,<br />

com forte imagem <strong>de</strong> marca, qualida<strong>de</strong> e “<strong>de</strong>sign”.<br />

A atestar o que foi dito, está a evolução muito fraca registada pelos principais<br />

produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais nos anos 90. Não obstante a Europa<br />

manter a tradicional li<strong>de</strong>rança na oferta, em termos regionais abrandou<br />

ligeiramente a sua produção especialmente na União Europeia, compensada<br />

pela produção asiática, esperando-se que esta tendência se mantenha. As perspectivas<br />

<strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> acordo com as revistas Stone e Rochas & Equipamen-<br />

141


tos prevêem que, durante as primeiras décadas do século XXI, estejamos perante<br />

um crescimento exponencial em termos <strong>de</strong> extracção e comercialização.<br />

Associada a esta tendência está também a evolução tecnológica, a redução <strong>de</strong><br />

preços, diminuição dos prazos <strong>de</strong> entrega, tendência <strong>de</strong> homogeneida<strong>de</strong> dos<br />

produtos fi nais e acentuação dos valores culturais e estéticos ligados às rochas.<br />

Em síntese, a Europa continua a assumir um papel fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do sector, apesar do <strong>de</strong>saceleramento comentado acima em <strong>de</strong>trimento<br />

do mercado asiático sobretudo da China.<br />

União Europeia<br />

Outros<br />

Total Europa<br />

América do Norte<br />

América Latina<br />

Total América<br />

África<br />

China<br />

Índia<br />

Outros<br />

Total Ásia<br />

Oceânia<br />

Total Mundial<br />

Milhares % do Milhares % do Milhares % do Milhares % do Milhares % do<br />

<strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado<br />

ladas mundial<br />

ladas mundial ladas mundial ladas mundial ladas mundial<br />

21 500<br />

5000<br />

26 500<br />

2850<br />

3150<br />

6000<br />

2750<br />

9000<br />

4600<br />

5400<br />

19 000<br />

250<br />

54 500<br />

39,4<br />

9,2<br />

48,6<br />

5,2<br />

5,8<br />

11,0<br />

5,0<br />

16,5<br />

8,4<br />

9,9<br />

34,9<br />

0,5<br />

100,0<br />

23 150<br />

6250<br />

29 400<br />

3000<br />

3250<br />

6250<br />

2800<br />

10 250<br />

5200<br />

5550<br />

21 000<br />

200<br />

59 650<br />

38,8<br />

10,5<br />

49,3<br />

5,0<br />

5,4<br />

10,5<br />

4,7<br />

17,2<br />

8,7<br />

9,3<br />

35,2<br />

0,3<br />

100,0<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

21 600<br />

6900<br />

28 500<br />

3200<br />

3800<br />

7000<br />

2800<br />

14 000<br />

6500<br />

8500<br />

29 000<br />

200<br />

67 500<br />

32,0<br />

10,2<br />

42,2<br />

4,8<br />

5,6<br />

10,4<br />

4,1<br />

20,8<br />

9,6<br />

12,6<br />

43,0<br />

0,3<br />

100,0<br />

21 900<br />

7650<br />

29 550<br />

3450<br />

4250<br />

7700<br />

3000<br />

17 500<br />

8500<br />

8500<br />

34 500<br />

250<br />

75 000<br />

Quadro 34 – Produção mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais por zonas económicas entre 1999 e 2003<br />

(Fonte: Stone 2000; 2001; 2003; 2004)<br />

142<br />

29,2<br />

10,2<br />

39,4<br />

4,6<br />

5,7<br />

10,3<br />

4<br />

23,3<br />

11,3<br />

11,3<br />

45,9<br />

0,4<br />

100


Por tudo quanto foi dito, optei, em termos internacionais, por estabelecer uma<br />

comparação entre Portugal com países mais próximos não só geográfi ca e culturalmente<br />

do nosso, como é o caso da Itália e Espanha, mas também porque<br />

estes representam em termos do nosso comércio externo um peso enorme<br />

quando comparado com outros países asiáticos, tais como a China e a Índia,<br />

que, não obstante serem <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> uma li<strong>de</strong>rança mundial hoje em dia,<br />

ainda não representam <strong>de</strong> forma signifi cativa um volume importante na nossa<br />

estrutura das importações e exportações.<br />

Assim, analisou-se a estrutura das relações <strong>de</strong> comércio internacional <strong>de</strong>stes<br />

três países para os anos mais recentes, isto é, 1999-2003, anos importantíssimos<br />

que marcaram <strong>de</strong>cisivamente o sector e que através <strong>de</strong>les po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong><br />

alguma forma antever o que se passará num futuro próximo.


Espanha<br />

Fluxograma 5 – Principais núcleos mundiais <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> mármore<br />

Grécia Egipto Argentina Turquia<br />

Roménia<br />

Irão<br />

Brasil Índia<br />

NÚCLEOS<br />

IMPORTANTES<br />

Portugal Itália<br />

NÚCLEOS COM<br />

ALGUMA EXPRESSÃO<br />

Croácia EUA Marrocos Síria<br />

Fluxograma 6 – Núcleos com alguma expressão na exploração <strong>de</strong> mármore<br />

China<br />

Israel<br />

Namíbia<br />

144


Moçambique<br />

Finlândia<br />

NÚCLEOS<br />

S/ EXPRESSÃO<br />

Noruega<br />

Fluxograma 7 – Núcleos sem expressão na exploração <strong>de</strong> mármore<br />

Angola<br />

As principais varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármore dos maiores países produtores anteriormente<br />

referidos po<strong>de</strong>m ser observadas, no respeitante à sua coloração, no quadro<br />

seguinte:


Países<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

E.U.A.<br />

Espanha<br />

Grécia<br />

Índia<br />

Itália<br />

Croácia<br />

Namíbia<br />

Noruega<br />

Portugal<br />

Turquia<br />

China<br />

Roménia<br />

Cores dos Mármores<br />

Brancos Rosas Cinzentos Amarelos<br />

Branco Neve;<br />

Branco Extra<br />

Imperial Dandy<br />

Branco Tassos<br />

Branco Ambaji<br />

Branco Carrara;<br />

Statuario<br />

Branco Sivec<br />

Branco Savana<br />

Chocorosa;<br />

Rosa Monte<br />

Rosa Alicante<br />

Rosa Egeu<br />

Rosa da Índia<br />

Rosa Verona<br />

Rosa Noruega<br />

Branco Estremoz; Branco Rosa Portugal;<br />

Lagoa; Branco Pardais Rosa Aurora<br />

Branco Mármara <strong>Af</strong>yon<br />

Rosa da China<br />

Ruschita<br />

Quadro 35 – Principais varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármore do mundo<br />

Bardiglio Carrara;<br />

Azul Venato; Palisandro<br />

Azul Lagoa; Ruivina;<br />

Trigaches<br />

Salomé; Supren<br />

Amarelo Siena<br />

146


Ver<strong>de</strong>s Azuis Creme<br />

Preto<br />

Ver<strong>de</strong> Vermont<br />

Ver<strong>de</strong> Guatemala<br />

Cipollino Apuano; Ver<strong>de</strong><br />

Issorie; Ver<strong>de</strong> Aver<br />

Ver<strong>de</strong> Viana<br />

147<br />

Azul Cielo<br />

Palisandro<br />

Creme Delicato<br />

Creme Estremoz<br />

Creme Ficalho<br />

Nero Marquina<br />

Portoro


Países<br />

China<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Índia<br />

Portugal<br />

Brasil<br />

E. U. A.<br />

Grécia<br />

Coreia do Sul<br />

Turquia<br />

Subtotal<br />

Outros<br />

Total Mundial<br />

1999<br />

Milhares % do<br />

<strong>de</strong> tone- mercado<br />

ladas mundial Países<br />

9000<br />

8250<br />

5000<br />

4600<br />

2350<br />

2100<br />

1700<br />

1650<br />

1500<br />

1350<br />

37 500<br />

17 000<br />

54 500<br />

16,5<br />

15,1<br />

9,2<br />

8,4<br />

4,3<br />

3,9<br />

3,1<br />

3,0<br />

2,8<br />

2,5<br />

68,8<br />

31,2<br />

100,0<br />

China<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Índia<br />

Portugal<br />

Brasil<br />

Turquia<br />

E.U.A.<br />

Grécia<br />

Coreia do Sul<br />

Subtotal<br />

Outros<br />

Total Mundial<br />

2000<br />

Milhares % do<br />

<strong>de</strong> tone- mercado<br />

ladas mundial Países<br />

10 250<br />

8500<br />

5850<br />

5200<br />

2500<br />

2250<br />

1750<br />

1750<br />

1700<br />

1400<br />

41 150<br />

18 500<br />

59 650<br />

17,2<br />

14,2<br />

9,8<br />

8,7<br />

4,2<br />

3,8<br />

2,9<br />

2,9<br />

2,8<br />

2,3<br />

69,0<br />

31,0<br />

100,0<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

Quadro 36 – Principais países produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais entre 1999 e 2003 (Fonte:<br />

Stone 2000; 2001; 2003; 2004)<br />

2001<br />

Milhares % do<br />

<strong>de</strong> tone- mercado<br />

ladas mundial<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

148<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.<br />

n.d.


Países<br />

China<br />

Itália<br />

Índia<br />

Espanha<br />

Irão<br />

Brasil<br />

Turquia<br />

Portugal<br />

E.U.A.<br />

Grécia<br />

Subtotal<br />

Outros<br />

Total Mundial<br />

149<br />

2002<br />

Milhares % do<br />

<strong>de</strong> tone- mercado<br />

ladas mundial Países<br />

14 000<br />

8000<br />

6500<br />

5350<br />

4250<br />

2750<br />

2500<br />

2300<br />

2000<br />

1500<br />

49 150<br />

18 350<br />

67 500<br />

20,8<br />

11,9<br />

9,6<br />

7,9<br />

6,3<br />

4,1<br />

3,7<br />

3,4<br />

3,0<br />

2,2<br />

72,8<br />

27,2<br />

100,0<br />

China<br />

Índia<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Irão<br />

Turquia<br />

Brasil<br />

Portugal<br />

E.U.A.<br />

Grécia<br />

Subtotal<br />

Outros<br />

Total Mundial<br />

2003<br />

Milhares % do<br />

<strong>de</strong> tone- mercado<br />

ladas mundial<br />

17 500<br />

8500<br />

7850<br />

5750<br />

4850<br />

3250<br />

3200<br />

2250<br />

2250<br />

1450<br />

56 850<br />

18 150<br />

75 000<br />

23,3<br />

11,3<br />

11,0<br />

7,7<br />

6,5<br />

4,3<br />

4,3<br />

3,0<br />

3,0<br />

1,9<br />

76,3<br />

23,7<br />

100,0


4.1 – Portugal<br />

A estrutura das relações <strong>de</strong> comércio internacional do nosso país no que diz<br />

respeito às importações revela um elevado grau <strong>de</strong> concentração geográfi -<br />

ca ao nível dos principais parceiros comerciais. Neste contexto, a Espanha<br />

apresenta-se como o principal parceiro comercial <strong>de</strong> Portugal no conjunto das<br />

importações. Para além <strong>de</strong>ste mercado, também a Itália é o segundo parceiro<br />

mais importante. Estes dois países dominam totalmente o conjunto das nossas<br />

importações, tendo um peso em 2003 <strong>de</strong> 82,73%.<br />

Relativamente às exportações e tal como nas importações, <strong>de</strong>tecta-se um elevado<br />

grau <strong>de</strong> concentração geográfi ca daquelas por países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino. Assim e<br />

da mesma maneira, o mercado espanhol continua também aqui a <strong>de</strong>ter um peso<br />

bastante expressivo enquanto mercado <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações nacionais do<br />

sector, ocupando o segundo lugar, atrás da Arábia Saudita, que é lí<strong>de</strong>r muito<br />

à custa da sua “performance” no mármore em obra. A Itália, a partir <strong>de</strong> 2003,<br />

posicionou-se como o quarto país mais importante no <strong>de</strong>stino das nossas exportações,<br />

não obstante ser lí<strong>de</strong>r na categoria <strong>de</strong> mármore em bloco. Por si só,<br />

estes três países representam em 2003 um peso <strong>de</strong> 50%. Salienta-se o facto <strong>de</strong><br />

os Estados Unidos da América terem sido até 2002 o terceiro país no <strong>de</strong>stino<br />

das nossas exportações, tendo sido alcançados pelo Reino Unido e Itália.<br />

Po<strong>de</strong>mos concluir dizendo que o mercado comunitário exerce no contexto das<br />

nossas relações comerciais um peso muito signifi cativo.<br />

As exportações portuguesas <strong>de</strong> mármore no ano <strong>de</strong> 1999 saldaram-se em<br />

250 694 toneladas, menos 3 006 toneladas, 1,18% a menos do que no ano<br />

anterior, muito embora o seu valor tivesse sido superior em 396 884 contos,<br />

o que correspon<strong>de</strong>u a um acréscimo <strong>de</strong> 2%. Destas, o mármore em obra representa<br />

69% com 172 995 toneladas, a única rubrica a subir em relação a<br />

1998. Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações portuguesas durante o<br />

ano, no conjunto das rubricas, foram a Arábia Saudita com 60 158 toneladas<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a 5 2<strong>07</strong> 498 contos, a Espanha com 52 817 toneladas correspon<strong>de</strong>ndo<br />

a 2 428 639 contos e os Estados Unidos com 16 720 toneladas<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a 2 258 905 contos. Reino Unido, Itália e França foram os<br />

países que se seguiram no peso das exportações portuguesas. Estes seis países<br />

150


epresentavam no conjunto das exportações portuguesas, nesse ano, 73,2%<br />

em valor e 76,2% em quantida<strong>de</strong>. Por rubricas, a Itália foi o país que mais<br />

mármore em bloco comprou, 64% do total das exportações nessa categoria<br />

em termos <strong>de</strong> valor e 54,3% em quantida<strong>de</strong>. Em relação ao mármore serrado,<br />

a Espanha ocupa a primeira posição representando quase 55% em quantida<strong>de</strong><br />

e 40% em valor. Quanto ao mármore em obra, a Arábia Saudita domina esta<br />

categoria com 24% em quantida<strong>de</strong> e 25,7% em valor.<br />

As importações portuguesas, no ano <strong>de</strong> 1999, aumentaram em relação ao ano<br />

anterior, tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor. Com efeito, importaram-se mais<br />

6 242 toneladas (74,3%) equivalendo a mais 397 <strong>07</strong>7 contos, 39,5% a mais do<br />

que em 1998. Os principais países fornecedores <strong>de</strong> material ao nosso país foram<br />

a Espanha, a Itália e a Índia, representando no seu conjunto 11 722 toneladas,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a 1 238 572 contos, 80% da quantida<strong>de</strong> e 88,3% em valor. Por<br />

rubricas, a Itália continuava a ser o país que mais vendia a Portugal tanto em<br />

bloco como em serrado, importando mais o nosso país, em obra, <strong>de</strong> Espanha.<br />

O ano 2000 saldou-se por um acréscimo signifi cativo das nossas exportações,<br />

quer em quantida<strong>de</strong> quer em valor. Para isso, contribuíram as três rubricas, tendo<br />

aumentado todas, excepção feita para as quantida<strong>de</strong>s do mármore em bloco,<br />

a única a diminuir, muito embora tivesse sido compensada pelo aumento do seu<br />

valor. Com efeito, Portugal aumentou as suas exportações nesse ano em 92,9%<br />

em quantida<strong>de</strong> e 17% em valor. A rubrica do mármore em obra foi aquela que<br />

maior contributo <strong>de</strong>u para esse aumento, aumentando ainda mais que o geral,<br />

quer em quantida<strong>de</strong> quer em valor, mais precisamente, 123% na primeira rubrica<br />

e 20,19% na segunda. Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das nossas exportações<br />

nesse ano, no conjunto das rubricas, foram, tal como no ano anterior, os mesmos<br />

países que, no seu conjunto, viram o seu peso diminuir, embora pouco, em relação<br />

ao ano anterior para 72,2% em valor. Por rubricas, a Itália continua a <strong>de</strong>ter<br />

a hegemonia do mármore em bloco, importando durante o ano 15 160 toneladas<br />

que equivaleram a 899 202 contos. O predomínio no mármore serrado continua<br />

a ser espanhol com as 21 885 toneladas, compradas por 858 145 contos. No<br />

mármore em obra, a Arábia Saudita importou 71 581 toneladas correspon<strong>de</strong>ndo<br />

a 5 866 651 contos. Em relação às importações portuguesas <strong>de</strong> mármores, continuaram<br />

a crescer, tal como as exportações, cifrando-se nas 18 495 toneladas,<br />

151


mais 26,3% e 1 903 024 contos, mais 35,8% em relação ao ano anterior. Os países<br />

que mais exportaram para o nosso país em 2000 foram a Espanha com um<br />

total <strong>de</strong> 9 153 toneladas correspon<strong>de</strong>ndo a 1 210 932 contos, a Itália e a Índia<br />

com 4 328 e 877 toneladas equivalendo a 330 937 e 86 762 contos. Também<br />

por rubricas, a Itália continua a dominar no mármore em bloco e serrado, importando<br />

Portugal 740 toneladas <strong>de</strong> blocos e 1 453 toneladas <strong>de</strong> mármore serrado,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a 40 763 e a 80 829 contos respectivamente. Na categoria do<br />

mármore em obra, a li<strong>de</strong>rança vai para Espanha que exportou para o nosso país<br />

7 774 toneladas equivalendo a 1 141 591 contos.<br />

O ano <strong>de</strong> 2001 fi cou marcado pelos acontecimentos do 11 <strong>de</strong> Setembro nos<br />

EUA, os quais infl uenciaram e muito o sector. Mesmo assim, as exportações<br />

portuguesas continuaram a evoluir positivamente, crescendo 2.45% em valor,<br />

cifrando-se este em 121.049.434€. Em relação aos principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino<br />

das nossas exportações, no conjunto das rubricas e em valor, continuam a ser<br />

os tradicionais <strong>de</strong> anos anteriores, i.e., Arábia Saudita, Espanha, EUA, França<br />

que se colocou à frente do Reino Unido, e, por fi m, a Itália, embora colada a<br />

este último. Por rubricas, a Itália mantém a li<strong>de</strong>rança na categoria <strong>de</strong> mármore<br />

em bloco comprando 4.915.381€, equivalente a 15 656 toneladas, <strong>de</strong>tendo<br />

60% do peso nesta rubrica. A Espanha, <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 37,5% do peso na categoria<br />

mármore serrado com 17 528 toneladas e 3.4<strong>07</strong>.626€, <strong>de</strong>tém a hegemonia<br />

nesta rubrica. A Arábia Saudita continua a ser o principal país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das<br />

nossas exportações <strong>de</strong> mármore em obra absorvendo 67 764 toneladas equivalendo<br />

a 31.825.905€, 30,6% do peso total <strong>de</strong>sta rubrica.<br />

Em relação às importações, voltamos a constatar uma subida signifi cativa<br />

<strong>de</strong>stas tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor. Em relação à primeira, Portugal<br />

importou mais 16 958 toneladas, quase que duplicando o resultado <strong>de</strong> 2000,<br />

cifrando-se o acréscimo em 91,6%. No que diz respeito aos valores, as nossas<br />

importações cresceram 62,1% a mais em relação ao ano anterior alcançando os<br />

15.392.524€. Todas as categorias contribuíram positivamente para este acréscimo,<br />

<strong>de</strong>stacando-se aqui a do mármore serrado que atingiu mais do dobro.<br />

Em termos gerais, os países que mais contribuíram para o aumento das importações<br />

foram a Espanha, a Itália e o Brasil, este último ultrapassou a Índia<br />

tornando-se o terceiro país no peso total das nossas importações. Em relação a<br />

152


categorias, salienta-se a Espanha que ultrapassou a Itália no mármore serrado,<br />

tornando-se lí<strong>de</strong>r aqui bem como no mármore em obra. No mármore em bruto,<br />

a Itália continua a li<strong>de</strong>rar, sendo o país do qual Portugal mais importa, o equivalente<br />

a 1 494 toneladas e 440.065€.<br />

As exportações portuguesas durante o ano <strong>de</strong> 2002 tiveram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

8,3%, para aproximadamente 111.000.000€, não obstante o aumento verifi cado<br />

nas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 467 toneladas. Este <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong>veu-se à queda das<br />

exportações <strong>de</strong> mármore em obra que se cifraram em 13,9% em valor e 4,6%<br />

em quantida<strong>de</strong>. Apesar <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>scida em termos gerais, as categorias <strong>de</strong> bloco e<br />

serrado cresceram tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor. No conjunto das rubricas,<br />

os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das nossas exportações foram, tal como em<br />

anos anteriores, os mesmos países com a Arábia Saudita à cabeça com 71 556<br />

toneladas e 27.561.191€ em valor. Por rubricas, a Itália continua a <strong>de</strong>ter uma<br />

li<strong>de</strong>rança muito forte na categoria <strong>de</strong> mármore em bloco com 49,6% do total<br />

daquela comprando 17 273 toneladas, o equivalente a 5.102.657€. Em relação<br />

ao mármore serrado, a li<strong>de</strong>rança pertence a Espanha com 18 368 toneladas,<br />

4.906.642€ em valor, 44% do peso total.<br />

No que diz respeito às importações portuguesas <strong>de</strong> mármore no ano <strong>de</strong> 2002,<br />

também estas à semelhança das exportações <strong>de</strong>cresceram quer em valor quer<br />

em quantida<strong>de</strong>s, caindo 6,2% no primeiro caso e 8,35% no segundo. Todas as<br />

rubricas contribuíram para esta queda, salientando-se a categoria em obra que,<br />

apesar <strong>de</strong> as quantida<strong>de</strong>s terem aumentado o seu valor, <strong>de</strong>caiu. No conjunto<br />

geral, os dois primeiros lugares continuam a ser <strong>de</strong>tidos por Espanha e Itália,<br />

enquanto o terceiro lugar vai variando, fi cando este ano pertença do Egipto.<br />

Só os dois primeiros países representam 86,7% do valor total das importações.<br />

Por rubricas e na categoria <strong>de</strong> mármore em bloco, pela primeira vez o Egipto<br />

suplantou a Itália no primeiro lugar, assumindo a li<strong>de</strong>rança com 2 636 toneladas<br />

e 4<strong>07</strong>.398€ em valor. Nas categorias serrado e em obra, a Espanha continua<br />

a dominar, apesar <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>scido em relação a 2001, na primeira <strong>de</strong>las.<br />

No que diz respeito ao ano <strong>de</strong> 2003, as exportações <strong>de</strong> mármore portuguesas<br />

evi<strong>de</strong>nciaram novamente um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 9,9% em valor, apesar <strong>de</strong> as quantida<strong>de</strong>s<br />

terem aumentado. Isto signifi ca que o nosso país continua a per<strong>de</strong>r peso<br />

na cena internacional, uma vez que ven<strong>de</strong> mais quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra, muito<br />

153


embora a preços inferiores. Isto po<strong>de</strong> ser comprovado na rubrica <strong>de</strong> mármore em<br />

bloco que, não obstante as quantida<strong>de</strong>s exportadas terem aumentado na or<strong>de</strong>m<br />

das 18.500 toneladas, o seu valor foi pouco maior. Em relação ao mármore serrado,<br />

a situação ainda foi pior, uma vez que as quantida<strong>de</strong>s aumentaram e o seu<br />

valor diminuiu. Quanto ao mármore em obra, estamos perante uma queda quer<br />

em quantida<strong>de</strong>s quer em valores. Quanto aos países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das nossas exportações,<br />

mantêm-se as principais posições, apenas com uma diferença, a troca <strong>de</strong><br />

lugar entre os EUA e o Reino Unido, passando este para a terceira posição. Por<br />

rubricas, a Itália continua a ser lí<strong>de</strong>r no mármore em bruto, exportando Portugal<br />

para este país 19561 toneladas equivalendo a 5.467.469€ e a Espanha a <strong>de</strong>ter<br />

também a primeira posição no mármore serrado. Salienta-se o facto <strong>de</strong> a China,<br />

nas duas rubricas anteriores, ter alcançado a segunda posição com um peso aproximadamente<br />

igual nas duas categorias <strong>de</strong> 28%. No conjunto geral este país já<br />

ocupava em 2003 o sétimo lugar com um peso total na or<strong>de</strong>m dos 4%, em termos<br />

<strong>de</strong> valor. Na rubrica mármore em obra, a Arábia Saudita continua a dominar,<br />

importando do nosso país 72 163 toneladas equivalentes a 26.466.885€.<br />

Em relação às importações, constata-se que cresceram signifi cativamente quer<br />

em quantida<strong>de</strong> quer em valor, mais propriamente 29,2% no primeiro caso e<br />

17% no segundo. A Espanha e a Itália continuam a ser os países que mais ven<strong>de</strong>m<br />

a Portugal, representando 82,6% em valor do conjunto das importações.<br />

A Turquia trocou com o Egipto na terceira posição. Em relação a este país, viu<br />

reforçada a sua li<strong>de</strong>rança na categoria mármore em bloco, importando o nosso<br />

país 5 710 toneladas equivalente a 610.620€. Nas categorias <strong>de</strong> mármore serrado<br />

e em obra a li<strong>de</strong>rança continua a ser do nosso país vizinho do qual Portugal<br />

importa 6 387 toneladas <strong>de</strong> serrado, correspon<strong>de</strong>ndo a 1.526.948€ e 17 486<br />

toneladas em obra equivalendo a 10.858.613€.<br />

4.2 – ITÁLIA<br />

O ano <strong>de</strong> 1999 não foi fácil para a maioria das empresas <strong>de</strong>ste país; o total<br />

das exportações em relação ao ano anterior foi negativo, embora com níveis<br />

contidos: 0,5% na quantida<strong>de</strong> e 3% em valor. As principais novida<strong>de</strong>s para este<br />

154


sector, que vive em larga medida projectado para o exterior, surgiram na relação<br />

entre produtores e consumidores internacionais. Este ano não foi seguramente<br />

positivo para os mármores italianos com a excepção <strong>de</strong> alguns mercados<br />

particulares. De qualquer forma, houve cursos distintos nos vários períodos<br />

do ano: uma tendência que sofreu um efeito <strong>de</strong> arraste <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 seguida <strong>de</strong><br />

uma recuperação difícil, oscilante quer em valores quer em quantida<strong>de</strong>s, com<br />

uma reactivação <strong>de</strong>stes para os produtos transformados, sobretudo no último<br />

trimestre quando a relação entre o dólar e o euro voltou a ser favorável para<br />

os exportadores. Isto fez com que 1999 fosse diferente dos anteriores. Apesar<br />

disso, a Itália ainda continuava a ser o lí<strong>de</strong>r mundial e um importante produtor<br />

em toda a fi leira, bem como um exportador mo<strong>de</strong>lo – sem dúvida um mo<strong>de</strong>lo<br />

a imitar não só pelo peso que <strong>de</strong>tinha no sector como também pelo papel que<br />

jogava nele. O resultado das exportações sentiu-se em todo o sector, apesar<br />

da melhoria do mercado interno impulsionado em parte por medidas governamentais,<br />

tendo em vista o incremento dos gastos privados na construção, uma<br />

vez que na construção pública o mármore foi menos utilizado. No Norte, em<br />

algumas regiões, voltaram-se a reabrir várias pedreiras que forneceram material<br />

para a restauração <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte (algumas em conexão com o Jubileu),<br />

ou como consequência da re<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> materiais tradicionais.<br />

Também importante foi o começo da utilização da Internet nesta indústria,<br />

muito embora aqui, tal como em outros sectores, não fosse utilizada para<br />

compras, estando o seu uso restringido somente para recolha e obtenção <strong>de</strong><br />

informação no tocante aos produtos, sendo uma ferramenta muito importante<br />

nesta matéria.<br />

Em relação aos parceiros comerciais, constatamos, como relação particularmente<br />

importante, o mercado norte-americano, mercado este <strong>de</strong> vanguarda que<br />

antecipou muito bem aquilo que surgiu em outras partes do globo. Este mercado<br />

foi responsável pelo consumo <strong>de</strong> 10% do volume global das exportações<br />

italianas e 24% dos valores. Em termos <strong>de</strong> cenário europeu, constatamos o<br />

surgimento <strong>de</strong> um novo elemento com um <strong>de</strong>senvolvimento económico e <strong>de</strong><br />

construção fortíssimo: a Irlanda. A Itália <strong>de</strong> uma maneira concertada e rápida<br />

aumentou as suas exportações para este país, muito embora estas ainda não<br />

fossem à época equiparadas com as da França e Reino Unido.<br />

155


Em relação a África, po<strong>de</strong>mos dizer que o balanço foi positivo, <strong>de</strong>stacando<br />

o aumento das exportações para o Egipto e também aumentos embora mais<br />

contidos para a área mediterrânea.<br />

O mesmo po<strong>de</strong>mos dizer também para a Oceânia, com a Austrália à cabeça em<br />

matéria <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> materiais italianos tanto em volume como em quantida<strong>de</strong><br />

em relação ao ano anterior, embora aqui possamos dizer que ainda estava<br />

longe <strong>de</strong> consumir todas as quantida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>ria absorver.<br />

Por fi m, uma palavra para a Índia que fi nalmente adquiriu o estatuto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

consumidor <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido ao longo <strong>de</strong> muito tempo somente um gigantesco<br />

exportador. Com efeito, converteu-se num gran<strong>de</strong> comprador, apesar das<br />

barreiras aduaneiras à entrada, tanto em termos <strong>de</strong> volume como <strong>de</strong> valor, ultrapassando<br />

largamente a Coreia do Sul que, em conjunto com Taiwan, foram<br />

os únicos mercados importantes <strong>de</strong>sta área que registaram aumentos.<br />

O ano 2000 foi um ano substancialmente positivo para o sector da pedra em Itália,<br />

tanto para a produção como para as importações e exportações que relativamente<br />

a 1999 aumentaram. Este aumento <strong>de</strong>veu-se a um mercado externo que<br />

absorveu gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra, quer em bruto, quer elaborada, como<br />

também a um mercado interno com particular ênfase para a construção que,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>crescido <strong>de</strong> 98 para 99, viu renovada a sua vitalida<strong>de</strong> em 2000.<br />

Apesar disto, continuavam a existir gran<strong>de</strong>s preocupações, uma vez que o cenário<br />

para a indústria italiana era cada vez mais tenso; a cada ano que passava,<br />

mais forte se tornava a concorrência. Não obstante o mercado italiano ser um<br />

mercado bastante atractivo em matéria <strong>de</strong> consumo e recursos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter um<br />

importante papel junto dos produtores, possuía e possui características que não<br />

eram e não são apreciadas por quem estava e está acostumado a trabalhar com<br />

mercados <strong>de</strong> divisa forte cujos pagamentos são mais seguros e vantajosos. As<br />

maiores difi culda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste mercado prendiam-se com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição<br />

que ainda não se encontrava estruturada, não tendo à altura arrancado <strong>de</strong> uma<br />

maneira satisfatória, não obstante estarmos na era da Internet.<br />

Neste mercado também po<strong>de</strong>mos observar os materiais cerâmicos para pavimentos<br />

e revestimentos criados por algumas empresas que, apesar <strong>de</strong> a sua<br />

aparência ser muito semelhante relativamente ao mármore, não são mais que<br />

simples imitações <strong>de</strong>ste produto natural que concorrem directamente com este.<br />

156


Estes materiais são o resultado <strong>de</strong> importantes inversões na investigação e<br />

“marketing”, começando a dar resultados signifi cativos, a que os produtores<br />

<strong>de</strong> pedra não <strong>de</strong>vem fi car alheios.<br />

As exportações italianas <strong>de</strong> pedra caracterizaram-se por uma prossecução do<br />

clima positivo registado já em fi nais <strong>de</strong> 99, tendo as exportações como já foi<br />

referido atrás aumentado relativamente ao ano anterior.<br />

Em relação ao mercado norte-americano, po<strong>de</strong>mos dizer que, face ao ano anterior,<br />

este mercado não inverteu o seu percurso, continuando a absorver uma<br />

parte importante das exportações italianas. Este mercado importou <strong>de</strong> Itália<br />

mármores transformados e pedras similares calcárias cobrindo uma quota da<br />

exportação nacional <strong>de</strong> quase 35% da exportação nacional <strong>de</strong>stes produtos,<br />

contra 27% do total dos produtos. Resta dizer que este mercado não absorve<br />

materiais e produtos exclusivamente <strong>de</strong> Itália e fechou o ano com um aumento<br />

das suas importações do Brasil, Espanha, mas também <strong>de</strong> países <strong>de</strong> menor<br />

dimensão como o Paquistão.<br />

Em relação à Europa, alguns produtores europeus também obtiveram resultados<br />

positivos, não querendo todavia dizer que, no seio <strong>de</strong>sta área, não haja<br />

também produtores com resultados negativos. A Alemanha, a título <strong>de</strong> exemplo,<br />

não teve propriamente um fecho <strong>de</strong> ano com balanço positivo; ao fi m <strong>de</strong><br />

muitos anos, a dinâmica do mercado local resultou negativa para os produtores<br />

italianos e não só para estes. Os mármores elaborados foram os materiais que<br />

mais sofreram, com uma quebra <strong>de</strong> 11% em quantida<strong>de</strong> e 7,5% em valor. Não<br />

obstante, a Alemanha continuava a ser um parceiro fundamental com mais <strong>de</strong><br />

18% da quota nacional principalmente <strong>de</strong> granitos e pedras similares. Alguns<br />

países da União Europeia, bem como outros da Europa não comunitária, registaram<br />

um aumento, como por exemplo a Suíça, Espanha, França, Reino Unido<br />

e Áustria, sendo uma confi rmação nos últimos anos o caso da Polónia. A Rússia<br />

cresceu também um pouco, muito embora com níveis mais contidos.<br />

Os países do Norte <strong>de</strong> África continuavam a ser um mercado limitado embora<br />

estável, com crescimentos não vistosos mas apreciáveis, notando-se uma certa<br />

activida<strong>de</strong> na Tunísia, Líbia, Egipto e Marrocos.<br />

Sinais <strong>de</strong> recuperação chegavam também do Médio Oriente, on<strong>de</strong> Arábia Saudita,<br />

Emirados e Kuwait continuavam a dominar.<br />

157


Em relação ao Extremo Oriente, notaram-se difi culda<strong>de</strong>s alargadas para os<br />

produtores italianos. Os principais produtos exportados pela indústria <strong>de</strong> pedra<br />

italiana eram os produtos acabados <strong>de</strong> mármore e calcários, cujos números<br />

continuavam a ser negativos.<br />

Além disso, o principal parceiro comercial <strong>de</strong> Itália para este mercado, Hong<br />

Kong, que reexportava parte das suas importações para a China, continuava<br />

também a <strong>de</strong>ter cifras negativas.<br />

Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que, em 2001, o facto principal do ano foi a ultrapassagem<br />

da China à Itália, tanto em quantida<strong>de</strong>s exportadas, como em consumo. Este<br />

país já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999 que li<strong>de</strong>rava o “ranking” dos principais países produtores<br />

mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais, com 9 000 milhares <strong>de</strong> toneladas, correspon<strong>de</strong>ndo<br />

a uma quota <strong>de</strong> 16,5% do mercado mundial (Stone 2000). Com efeito,<br />

em termos <strong>de</strong> exportação e relacionado com vendas, os primeiros seis países<br />

com números superiores a um milhão <strong>de</strong> toneladas eram neste ano e por esta<br />

or<strong>de</strong>m: a China, Itália, Índia, Espanha, Portugal e Brasil. Para além do primeiro<br />

lugar da China já mencionado, outro facto relevante importa aqui ser<br />

referido: a consolidação da Índia em termos <strong>de</strong> resultados face à Espanha.<br />

Aqui importa referir que o confronto económico internacional não é <strong>de</strong> certeza<br />

uma competição <strong>de</strong>sportiva e também não o é neste sector on<strong>de</strong> a evolução da<br />

procura e o progresso tecnológico <strong>de</strong>monstraram que existe espaço para todos.<br />

O importante não é alcançar o primeiro ou segundo lugar, mas sim garantir um<br />

crescimento racional para cada país e, consequentemente, para cada empresa,<br />

crescimento esse, quer seja gran<strong>de</strong> ou pequeno, os lucros possam criar um verda<strong>de</strong>iro<br />

efeito multiplicador. Em relação à importação, os primeiros seis países<br />

são a Itália, Alemanha, Estados Unidos, China, Japão e Taiwan. As importações<br />

<strong>de</strong> matérias-primas registaram novo recor<strong>de</strong> com 2,2 milhões <strong>de</strong> toneladas,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo a 9,2%, com a Itália a ultrapassar outra vez a Alemanha.<br />

Também <strong>de</strong>vemos salientar que a Suíça, Itália e a Bélgica foram os países com<br />

a mais alta incidência <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> pedra “percapita” com quotas superiores<br />

a um por mil (Stone sector 2000).<br />

Os pontos fortes que permitiram com que a Itália exce<strong>de</strong>sse 2000 foram uma<br />

vez mais o profi ssionalismo <strong>de</strong> vanguarda, bem como a constância <strong>de</strong> um progresso<br />

tecnológico que permitiu obter vantagens em tempo real.<br />

158


Não menos positivo foi a contribuição promocional da feira <strong>de</strong> Verona que<br />

consolidou a sua li<strong>de</strong>rança internacional, mas também a natureza operativa<br />

dos novos portais especializados da Internet, distinguindo-se aqui o ACIMM<br />

www.techstone.it.<br />

Em relação a 2002, no caso particular <strong>de</strong> Itália, as consequências da taxa <strong>de</strong><br />

câmbio fi zeram sentir-se <strong>de</strong> uma maneira clara e contun<strong>de</strong>nte durante todo o<br />

ano. Face a isto, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> predição e gestão dos possíveis cenários exteriores<br />

estava submetida a dura prova pela situação internacional e pelas suas<br />

evoluções repentinas e globais.<br />

Nesse ano, os consumos internos <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> pedra mantiveram-se constantes<br />

suportados por um mercado imobiliário e <strong>de</strong> construção que continuou a<br />

manter os níveis elevados <strong>de</strong> anos anteriores. Os tempos que se seguiram para<br />

o sector não foram nada bons, comprovando-se aquilo que se tinha previsto<br />

na altura. A fase positiva iniciada em 1995 esgotou-se, notando-se em 2003 os<br />

efeitos da súbita baixa iniciada em 2002. O ciclo expansivo da construção no<br />

seu conjunto tanto no caso italiano como a nível europeu, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter conhecido<br />

o mais longo ciclo <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 50, entrou numa fase <strong>de</strong><br />

estancamento e começou a baixar progressivamente a partir <strong>de</strong> 2002. A incerteza<br />

apo<strong>de</strong>rou-se <strong>de</strong>ste como <strong>de</strong> outros sectores e vai sem dúvida alterar a relação<br />

entre oferta e procura. O papel do imobiliário também se alterou arrastando por<br />

completo o sector da pedra. Assim se passou com os consumos internos que,<br />

apesar <strong>de</strong> continuarem a consumir materiais em pedra, vão progressivamente<br />

consumindo menos, sofrendo <strong>de</strong> uma redução geral no consumo por parte das<br />

famílias. Este efeito conjunto surge pela primeira vez na história recente da<br />

indústria <strong>de</strong> construção italiana.<br />

O sector da pedra, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um 2002 todavia bom, parece ter uma competição<br />

no futuro mais forte com mercados segmentados e muito especializados, lógica<br />

à qual o mercado doméstico não conseguirá resistir.<br />

Da análise dos dados da exportação, po<strong>de</strong>mos concluir que o atentado às Torres<br />

Gémeas <strong>de</strong> Nova Iorque, originou uma viragem num mercado já <strong>de</strong> sim<br />

em abrandamento. Começámos a notar durante o ano a agudização da crise<br />

nos Estados Unidos, reforçada, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, pelos efeitos<br />

psicológicos do 11 <strong>de</strong> Setembro, a que se veio também juntar um outro país<br />

159


muito importante para as exportações italianas, como é o caso da Alemanha.<br />

Assistimos, portanto, a duas crises económicas, em dois dos maiores países<br />

industriais e consumidores <strong>de</strong>ste sector, criando uma situação difícil não só<br />

para a Itália como também para Espanha e Portugal. De forma particular, sofreram<br />

todos aqueles produtores que não pu<strong>de</strong>ram reduzir o preço <strong>de</strong> venda<br />

para manter as suas quotas <strong>de</strong> mercado, uma vez que a rigi<strong>de</strong>z interna motivada<br />

pelos altos custos <strong>de</strong> produção, investimentos efectuados, taxas <strong>de</strong> juro, custo<br />

<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, etc., não permitiram isso. Além do mais, tivemos também o<br />

problema da valorização do euro que veio agravar ainda mais esta situação, já<br />

<strong>de</strong> si negativa.<br />

As áreas <strong>de</strong> maior saída dos produtos italianos foram as tradicionais: área europeia<br />

comunitária e não comunitária e também a norte-americana. Para a União<br />

Europeia, assistiu-se a um <strong>de</strong>créscimo em cerca <strong>de</strong> 10% sobretudo para os<br />

materiais melhores. Com a entrada dos países <strong>de</strong> Leste, este mercado alargou-<br />

-se, estando alguns <strong>de</strong>les em crescimento económico geral bem como no sector,<br />

tanto no papel <strong>de</strong> consumidores como <strong>de</strong> produtores e transformadores.<br />

A sua importância cresceu na medida em que estes países já são associados<br />

comerciais e <strong>de</strong> transformação não só <strong>de</strong> Itália como também <strong>de</strong> outros países,<br />

tais como a Alemanha e a Áustria.<br />

A América do Norte merece atenção especial, pois foi a zona on<strong>de</strong> surgiram as<br />

maiores difi culda<strong>de</strong>s em parte <strong>de</strong>vidas à incerteza do crescimento económico e<br />

também do panorama político. Em 2002, as obras e os trabalhos em pedra tecnologicamente<br />

avançados assim como os trabalhos semiacabados em mármore<br />

foram feitos na sua maioria por italianos. Vai pesando o efeito do euro que por<br />

um lado facilitava as aquisições, por outro impunha vendas mais difíceis com<br />

margens mais reduzidas.<br />

Negativo mais uma vez foi o panorama das exportações para a América do Sul:<br />

os totais refl ectem perdas <strong>de</strong> 30% em relação ao ano anterior. Nestes países, a<br />

indústria local continuava ainda a basear-se essencialmente na área extractiva,<br />

sendo signifi cativos os volumes e valores exportados em bloco, como no caso<br />

do Brasil, mas com a indústria transformadora a ganhar novas capacida<strong>de</strong>s,<br />

concorrendo até com a Itália, em países como os EUA, tendo por base os materiais<br />

extraídos no Brasil.<br />

160


Quanto ao Médio Oriente, as exportações para esta região foram em gran<strong>de</strong><br />

parte afectadas pelo clima <strong>de</strong> pré-guerra em 2002 e <strong>de</strong> guerra no ano seguinte.<br />

Os problemas nos transportes e a incerteza geral fi zeram-se notar, não obstante<br />

existir uma vonta<strong>de</strong> férrea em inverter a situação. Mesmo assim, para a Itália<br />

a redução foi apreciável: menos 10,6% em volume e menos 15% em valor.<br />

Trata-se contudo <strong>de</strong> uma região para a qual a atenção para as produções e obras<br />

italianas foi e continua a ser alta.<br />

Outro caso é o Extremo Oriente, on<strong>de</strong> os dados ainda falam com mais clareza:<br />

A Coreia do Sul é quase o único país a crescer em relação a 2001, tanto em<br />

volume como em valor, embora este crescimento seja feito à custa <strong>de</strong> materiais<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> fraca. O mercado chinês, em particular, cresce mais <strong>de</strong> 30% em<br />

quantida<strong>de</strong> mas baixa quase 10% em valor. Ao lado <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor e<br />

prestígio, move-se um conjunto <strong>de</strong> exportações cujo valor vem caindo progressivamente<br />

e que pouco ajudam a indústria italiana.<br />

2002 não foi <strong>de</strong> maneira alguma um ano fácil para as exportações italianas,<br />

conforme foi dito anteriormente, as quais passaram por difi culda<strong>de</strong>s objectivas<br />

com forte competição. O problema imposto pela China não se resolve com<br />

facilida<strong>de</strong>, muito embora os recursos para continuar a competir não faltem.<br />

As importações <strong>de</strong> mármores também sofreram, embora numa medida muito<br />

menor em relação às exportações.<br />

O ano <strong>de</strong> 2003 foi marcado por um ataque competitivo muito forte a este país<br />

como já vinha sendo apanágio <strong>de</strong> há uns tempos a esta parte. O euro infl uenciou<br />

negativamente um panorama já <strong>de</strong> si negro e muito sensível a diversos<br />

factores. Em relação ao comportamento das exportações italianas, po<strong>de</strong>mos<br />

dizer que <strong>de</strong>monstraram total difi culda<strong>de</strong> num sector altamente especializado<br />

e qualifi cado. Com efeito, a Itália exportou menos que no ano anterior, com<br />

um primeiro trimestre bastante fraco para voltar a melhorar nos dois trimestres<br />

seguintes, piorando no último. Se no ano anterior o ponto fulcral foi a incerteza<br />

das perspectivas, em 2003 constatou-se que as difi culda<strong>de</strong>s em operar num<br />

mercado cada vez mais selectivo e complexo foram o ponto dominante.<br />

Em relação ao mercado norte-americano, po<strong>de</strong>mos dizer, no que respeita ao<br />

material em obra (mármores, calcários e travertinos), a Itália per<strong>de</strong>u a primeira<br />

posição para a Turquia em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, mantendo todavia a li<strong>de</strong>rança<br />

161


em relação a valores, provando-se a qualifi cação da sua indústria em mercados<br />

consumidores que requerem qualida<strong>de</strong> e “<strong>de</strong>sign”. A diferença <strong>de</strong> valor médio<br />

em dólares por unida<strong>de</strong> importada manteve-se muito gran<strong>de</strong>, quase o dobro em<br />

relação à Turquia e mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> frente ao Brasil: isto signifi ca que o posicionamento<br />

estratégico da indústria da pedra italiana está ainda uns passos à<br />

frente dos competidores, forte sobretudo pela qualida<strong>de</strong>, “<strong>de</strong>sign” e implantação<br />

comercial. Embora também signifi que que o mercado da pedra não só nos<br />

Estados Unidos estava a abrir espaços <strong>de</strong> forte consumo e também em rápido<br />

crescimento. Mesmo assim este mercado ainda representava 30% do total dos<br />

valores das exportações italianas.<br />

Em relação à zona mais importante para as exportações italianas, a União Europeia,<br />

diminuíram por parte <strong>de</strong>sta as importações <strong>de</strong> Itália, embora aqui por<br />

motivos diferentes: enquanto o mercado norte-americano <strong>de</strong>u sinais <strong>de</strong> reactivação,<br />

não obstante a situação económica internacional, nos países europeus o<br />

panorama foi diferente e mais variado; a crise económica que aos poucos foi<br />

sendo superada levou à i<strong>de</strong>ntifi cação do sector imobiliário como sector <strong>de</strong> refúgio<br />

e não menos importante que isso levou também à <strong>de</strong>gradação económica<br />

<strong>de</strong> uma esfera ampla da população, sobretudo na Alemanha on<strong>de</strong> aumentou<br />

drasticamente a propensão das famílias para a poupança e on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>u uma<br />

<strong>de</strong>saceleração da construção, sintomas <strong>de</strong> incerteza quanto ao futuro em que<br />

a Itália saiu claramente vencida face a uma China triunfante. Convém referir<br />

aqui a entrada dos <strong>de</strong>z países na União Europeia no dia 1 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2004; na<br />

sua totalida<strong>de</strong> representam um bom conjunto <strong>de</strong> países que têm possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> trazer algo <strong>de</strong> diferente ao panorama europeu que necessita <strong>de</strong> inovação<br />

quer produtiva quer <strong>de</strong> mercado. Para a Itália, os números não são elevados,<br />

muito embora existam situações <strong>de</strong> certo interesse: a Eslovénia com recursos<br />

<strong>de</strong> matéria-prima apreciáveis explorados não só por empresas internas como<br />

também por europeias. Noutros casos, como a Polónia, com consumos e materiais<br />

e produtos italianos. Para a zona da Europa não comunitária, a Suíça<br />

continuava a ser uma referência no panorama das exportações italianas.<br />

Em relação ao Médio e Extremo Oriente, a situação complicava-se ainda mais.<br />

Assim, po<strong>de</strong>mos dizer que esta zona estava em <strong>de</strong>saceleração contínua no mercado<br />

da construção, não obstante a li<strong>de</strong>rança por parte <strong>de</strong> Itália nestes merca-<br />

162


dos, sobretudo nos materiais acabados. Arábia Saudita e Emirados Árabes dominavam<br />

o mercado, muito embora a primeira esteja em diminuição ano após<br />

ano, enquanto os segundos cresciam apreciavelmente graças a intervenções <strong>de</strong><br />

alto valor on<strong>de</strong> as empresas italianas se vêm distinguindo.<br />

Por fi m e em relação ao Japão e aos países do Su<strong>de</strong>ste Asiático, constatamos que<br />

cada vez menos se dirigem para os mercados europeus e nem mesmo a recuperação<br />

económica daquele país fez com que houvesse um retorno para os produtos <strong>de</strong><br />

pedra italianos, sendo a China o seu principal fornecedor <strong>de</strong>vido entre outros factores<br />

à sua proximida<strong>de</strong> geográfi ca, o mesmo acontecendo com a Coreia do Sul.<br />

Quanto às importações <strong>de</strong> Itália no ano <strong>de</strong> 2003, estas foram o refl exo das<br />

incertezas vividas por este sector. Com estes números, mostra-se a complexida<strong>de</strong><br />

da indústria da pedra neste país, que não está limitada a uma tipologia ou<br />

classe <strong>de</strong> materiais, ao invés, compreen<strong>de</strong>-as todas; em relação aos mármores<br />

e travertinos, po<strong>de</strong> dizer-se que aguentaram bem a parada, aproveitando bem<br />

a vantagem que, ao menos na compra da matéria-prima, benefi ciaram <strong>de</strong> uma<br />

divisa forte. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar o Egipto como principal fornecedor e em ascensão<br />

seguido por países como a Croácia, a Turquia, o Irão e a Tunísia, todos eles<br />

com um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no sector. Com isto se <strong>de</strong>monstra que neste<br />

ramo as coisas têm mudado <strong>de</strong> forma rápida e profunda e que novos actores<br />

vão interpretando os principais papéis. Decrescem a Espanha, que não obstante<br />

continua a ser um parceiro importante e também Marrocos.<br />

1999 2000<br />

Importação<br />

2001 2002 2003<br />

Ano t 000€ t 000€ t 000€ t 000€ t 000€<br />

Mármore em bloco e serrado 310 336 61.419 368 <strong>07</strong>9 75.233 431 973 87.434 398 258 74.319 430 549 73.612<br />

Mármore em obra<br />

48 532 25.114 52 649 31.204 48 927 30.597 51 956 29.035 50 280 25.161<br />

Total<br />

358 868 86.533 420 728 106.437 480,900 118.031 450 214 103.354 480 829 98.773<br />

Quadro 37 – Importações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra (Fonte: Stone sector<br />

1999; 2000; 2001; 2002; 2003 e 2004)<br />

163


1999 2000<br />

Exportação<br />

2001 2002 2003<br />

Ano t 000€ t 000€ t 000€ t 000€ t 000€<br />

Mármore em<br />

bloco e serrado<br />

Mármore<br />

615 902 132.598 769 428 166.632 754 246 170.331 761 426 170.752 688 782 140.932<br />

em obra 1 402 829 831.093 1 437 698 941.478 1 375 933 938.547 1 333 752 883.050 1 061 256 7<strong>07</strong>.128<br />

Total 2 018 731 963.691 2 2<strong>07</strong> 126 1.108.110 2 130 179 1.108.878 2 095 178 1.053.802 1 750 038 848.060<br />

Quadro 38 – Exportações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra (Fonte: Stone sector<br />

1999; 2000; 2001; 2002; 2003; 2004)<br />

4.3 – Espanha<br />

As exportações espanholas do sector da pedra natural em 1999 vinham <strong>de</strong> uma<br />

fase <strong>de</strong> expansão pelo terceiro ano consecutivo com mais <strong>de</strong> 100 000 milhões<br />

<strong>de</strong> pesetas, superando os 1<strong>07</strong> 000 milhões do ano 1998 (117 441 milhões <strong>de</strong><br />

pesetas em 1999), o que consolidava este sector como um dos mais importantes<br />

do comércio externo <strong>de</strong> Espanha.<br />

Em 1998, para este país, o mármore, nos vectores em bruto e elaborado, era<br />

o tipo <strong>de</strong> pedra natural com maior valor a nível <strong>de</strong> exportação, embora em<br />

quantida<strong>de</strong> (toneladas) ocupasse um lugar intermédio entre o granito e a ardósia.<br />

A Espanha mantinha a li<strong>de</strong>rança mundial na exportação e produção <strong>de</strong><br />

ardósia, bem como era lí<strong>de</strong>r mundial na exportação <strong>de</strong> calcários através do<br />

Crema Marfi l.<br />

As crises económicas do Sudoeste Asiático em 1998, e da América Latina em<br />

1999, infl uenciaram negativamente os resultados do sector nos primeiros meses<br />

do ano. De entre as duas, a primeira foi aquela que mais infl uenciou aqueles,<br />

<strong>de</strong>vido ao volume <strong>de</strong> negócios existente entre Espanha e os países asiáticos.<br />

Deve <strong>de</strong>stacar-se o aumento da procura em Portugal que produziu um incremento<br />

das vendas <strong>de</strong> 73% em relação ao ano <strong>de</strong> 1998.<br />

164


O crescimento do mármore como categoria, durante o ano <strong>de</strong> 1999, situava-se<br />

entre o 8,3 e os 10%, respectivamente em valor e em quantida<strong>de</strong>.<br />

Nesse ano as exportações <strong>de</strong> mármore em bruto 10 <strong>de</strong>cresceram, tanto em valor<br />

como em quantida<strong>de</strong>, enquanto no mármore elaborado 11 houve um acréscimo<br />

que se manteve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1993.<br />

O mármore em bruto obteve um crescimento acima dos 15% nas suas duas<br />

modalida<strong>de</strong>s, quantida<strong>de</strong> e valor.<br />

Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações espanholas <strong>de</strong> mármores e<br />

calcários em bruto são Hong Kong, Itália e China com uma participação no<br />

total exportado <strong>de</strong> 41,84%.<br />

Na varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mármore elaborado, <strong>de</strong>u-se um leve incremento, <strong>de</strong> aproximadamente<br />

1%, <strong>de</strong>vido não só à qualida<strong>de</strong> da pedra, como também ao tratamento<br />

que ela recebia, proporcionando valor acrescentado que lhe <strong>de</strong>u renome nos<br />

mercados internacionais.<br />

Destacavam-se os Estados Unidos, França e Itália, com um volume conjunto<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 86.000 toneladas, o que representava 39,49% do total das exportações<br />

<strong>de</strong>ste produto.<br />

Quanto às importações espanholas do sector, o crescimento foi <strong>de</strong> quase 25%<br />

em quantida<strong>de</strong> e 9,39% em valor.<br />

Em relação às importações <strong>de</strong> mármore em bruto, estas aumentaram 53,76%<br />

o que correspon<strong>de</strong>u a 251 502 toneladas e 212 milhões <strong>de</strong> pesetas em valor<br />

atingindo 5274 milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />

Quanto às importações <strong>de</strong> mármore elaborado, aumentaram 33,37%, o que<br />

correspon<strong>de</strong>u a 136 476 toneladas e 1162 milhões <strong>de</strong> pesetas em valor atingindo<br />

7402 milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />

No ano 2000, a gran<strong>de</strong> presença <strong>de</strong> Espanha nos mercados internacionais fez-<br />

-se patente, alcançando as exportações o valor <strong>de</strong> 140 290 milhões <strong>de</strong> pesetas,<br />

19,5% mais em relação ao ano anterior. Estes valores consolidavam a tendência<br />

crescente da exportação da pedra natural espanhola e colocavam este país<br />

como um dos gran<strong>de</strong>s exportadores <strong>de</strong>ste material.<br />

10 – Mármore em bloco e serrado.<br />

11 – Mármore em obra.<br />

165


O mármore e os calcários representavam, em 2000, as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra das<br />

quais mais toneladas se exportavam (702 286 toneladas) e mais valor se gerava,<br />

pois as suas exportações representavam 41,1% do total.<br />

Os resultados obtidos na exportação da pedra nesse ano romperam com a tendência<br />

dos anos prece<strong>de</strong>ntes, nos quais o granito era o tipo <strong>de</strong> pedra mais exportado.<br />

O mármore registou um crescimento das suas exportações <strong>de</strong> 16,1% e um<br />

crescimento ainda maior do valor das mesmas, 21,6% (57 7<strong>07</strong> milhões <strong>de</strong><br />

pesetas).<br />

Na varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mármore em bruto e em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stacava-se<br />

a China como principal país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações com 91 291 toneladas,<br />

estando em segundo lugar a Itália com 58 816 toneladas e os Estados Unidos<br />

em terceiro com 54 213 toneladas, seguidos <strong>de</strong> Hong Kong, Taiwan e Portugal.<br />

Em termos <strong>de</strong> valor, são os Estados Unidos que ocupavam o primeiro lugar<br />

com 7228 milhões, correspon<strong>de</strong>ndo a 23% do valor total do mármore exportado.<br />

A China e Hong Kong ocupavam, respectivamente, o segundo e terceiro<br />

lugar. O mármore em bruto teve um gran<strong>de</strong> crescimento nas exportações com<br />

respeito ao ano anterior (23,6%), tendo ainda um crescimento ainda maior em<br />

valor.<br />

As exportações <strong>de</strong> mármore, na sua forma elaborada, apresentavam um crescimento<br />

mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> 2,8%.<br />

Os Estados Unidos eram o maior comprador <strong>de</strong> mármore elaborado, importando<br />

56 552 toneladas, uma quantida<strong>de</strong> superior às 55 467 toneladas importadas<br />

pelos três países que se seguiam: França, Itália e Portugal. Destaque também<br />

para a Arábia Saudita que se situava em quinto lugar com 9714 toneladas.<br />

As suas políticas <strong>de</strong> comércio externo bem como o seu potencial económico<br />

levaram este país a tornar-se num dos maiores importadores <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong><br />

Espanha.<br />

Quanto às importações espanholas do sector, o crescimento foi <strong>de</strong> quase 9%<br />

em quantida<strong>de</strong> e 21,2% em valor.<br />

Em relação às importações <strong>de</strong> mármore em bruto, estas aumentaram 9,5%,<br />

o que correspon<strong>de</strong>u a 275 292 toneladas e 40,7% em valor, atingindo 7 420<br />

milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />

166


Quanto às importações <strong>de</strong> mármore elaborado, diminuíram 7,3%, o que correspon<strong>de</strong>u<br />

a 126 540 toneladas, aumentando 6,2% em valor atingindo 7858<br />

milhões <strong>de</strong> pesetas<br />

Em 2001, o saldo da balança comercial espanhola apresentava um “superavit”<br />

<strong>de</strong> 106 328 milhões <strong>de</strong> pesetas (147 985 milhões <strong>de</strong> pesetas em exportação e<br />

41 657 milhões em importação). Estes valores representavam um aumento em<br />

relação a 2000 <strong>de</strong> 1,8%, crescimento muito inferior aos 18,9% <strong>de</strong>sse ano.<br />

A tendência dos últimos anos do sector da pedra natural em Espanha foi crescente,<br />

tanto em facturação como em volume exportado. O ano 2001 continuou<br />

com essa tendência, embora pesassem os acontecimentos do último trimestre<br />

que tanto afectaram a economia mundial.<br />

As exportações espanholas aumentaram 7336 milhões <strong>de</strong> pesetas, 5,2% em termos<br />

percentuais. Esta melhoria em termos absolutos é inferior à dos anos anteriores.<br />

No seu conjunto, o mármore aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente as suas exportações,<br />

embora não tenha conseguido atingir as magnífi cas taxas <strong>de</strong> crescimento<br />

do ano 2000, em volume exportado <strong>de</strong> mármore passou <strong>de</strong> 703 255 toneladas<br />

no ano 2000 a 762 113 toneladas no ano 2001, crescendo a uma taxa <strong>de</strong> 8,4%.<br />

A facturação <strong>de</strong>ste sector cresceu 11,6%, até aos 64 197 milhões <strong>de</strong> pesetas,<br />

enquanto o crescimento do ano anterior foi <strong>de</strong> 21,6%.<br />

Da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mármore exportado, 54% é pedra em bruto enquanto 46%<br />

pertence à exportação <strong>de</strong> pedra elaborada, mas esta distribuição troca-se <strong>de</strong><br />

maneira substancial quando se comparam níveis <strong>de</strong> facturação, neste caso o<br />

mármore elaborado representa 67%, enquanto o mármore em bruto apenas<br />

33%, explicando-se isto pela diferença <strong>de</strong> preços.<br />

A evolução do mármore durante o ano <strong>de</strong> 2001 não foi tão positiva como durante<br />

o ano anterior, muito embora o crescimento tenha sido importante, não<br />

chegando aos valores elevados <strong>de</strong>sse ano. O mármore em bruto experimentou<br />

um crescimento <strong>de</strong> 8%, até às 512 500 toneladas, o mesmo acontecendo com a<br />

sua facturação que cresceu 9,6%, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os 31 424 milhões do ano 2000 até aos<br />

34 444 milhões do ano 2001.<br />

O principal receptor <strong>de</strong>stas exportações foram os Estados Unidos que durante<br />

o ano 2001 compraram mármore em bruto no valor <strong>de</strong> 8572 milhões <strong>de</strong> pesetas,<br />

ou seja, adquiriu 24,8% da produção espanhola <strong>de</strong>stinada a exportações.<br />

167


O segundo consumidor foi a China, que é o principal comprador <strong>de</strong>sta classe<br />

<strong>de</strong> pedra quando se refere a volume, com uma facturação <strong>de</strong> 4904 milhões <strong>de</strong><br />

pesetas, o que signifi ca um aumento <strong>de</strong> 8,2% durante o ano.<br />

O país que mais aumentou a sua procura <strong>de</strong> mármore em bruto espanhol durante<br />

esse ano foi a Coreia do Sul, em 81,5%.<br />

Os principais compradores nesse ano foram asiáticos, ocupando China, Japão,<br />

Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul posições nos sete primeiros lugares. De<br />

referir que os principais países da União Europeia, Itália e França apareceram<br />

apenas no quinto e nono lugares com 1154 e 1733 milhões <strong>de</strong> pesetas, respectivamente.<br />

Em relação à evolução do mármore elaborado, o seu comportamento foi melhor<br />

que o do mármore no seu conjunto, melhorando até os valores do ano anterior;<br />

o crescimento do mármore elaborado durante o ano <strong>de</strong> 2001 foi <strong>de</strong> 9,2% no que<br />

respeita ao total <strong>de</strong> toneladas exportadas, com um aumento em relação a 2000<br />

<strong>de</strong> 2,8%, enquanto a facturação cresceu 3697 milhões <strong>de</strong> pesetas, o que em termos<br />

percentuais signifi ca 14,1% em comparação com os 12% do ano 2000.<br />

Como principal país importador <strong>de</strong> mármore elaborado estava uma vez mais os<br />

Estados Unidos, com uma facturação <strong>de</strong> 10 698 milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />

Em segundo lugar, encontrava-se a França, com 2211 milhões <strong>de</strong> pesetas, mas<br />

o país que teve o maior incremento foi o Reino Unido, que importou 1390<br />

toneladas, correspon<strong>de</strong>ndo a um aumento <strong>de</strong> 45,7%.<br />

Em relação ao outro componente da balança comercial, as importações continuaram<br />

com elevadas taxas <strong>de</strong> crescimento durante o ano, chegando aos 5418<br />

milhões <strong>de</strong> pesetas, o que representa 15% em termos percentuais. Este importante<br />

incremento das importações po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se como um aspecto positivo,<br />

pois aumentaram as importações <strong>de</strong> pedra em bruto para po<strong>de</strong>r aumentar a<br />

produção <strong>de</strong> pedra elaborada com maior valor.<br />

Por outro lado, a <strong>de</strong>saceleração do saldo da balança comercial <strong>de</strong>u-se num ano,<br />

no qual factores <strong>de</strong> origem exógena afectaram a economia e, por conseguinte,<br />

também o sector da pedra natural. Por isso, essa <strong>de</strong>scida na taxa <strong>de</strong> crescimento<br />

não foi encarada como negativa, mas sim como uma mostra da fortaleza do<br />

sector, pois perante um período <strong>de</strong> crise internacional não <strong>de</strong>sceu em termos<br />

absolutos.<br />

168


Durante o ano <strong>de</strong> 2001, as importações <strong>de</strong> mármore em bruto aumentaram<br />

substancialmente, chegando a facturar 7965 milhões <strong>de</strong> pesetas (5,5%).<br />

O principal país <strong>de</strong> origem das importações espanholas <strong>de</strong> mármore em bruto<br />

nesse ano foi a Itália, com uma facturação <strong>de</strong> 3677 milhões, o que signifi ca um<br />

aumento <strong>de</strong> 8,9%, embora a importação tenha <strong>de</strong>crescido 4,5%, até às 78 269<br />

toneladas. Itália representava 46% da facturação <strong>de</strong>rivada da importação <strong>de</strong><br />

pedra por parte <strong>de</strong> Espanha.<br />

Em segundo lugar situava-se a Turquia com 1924 milhões <strong>de</strong> facturação. Destacando-se<br />

o Egipto como o país que maior crescimento teve nas importações<br />

<strong>de</strong> Espanha, aumentando durante o ano <strong>de</strong> 2001 a uma taxa <strong>de</strong> 285%.<br />

Itália é o país que mais mármore elaborado exporta para Espanha. A facturação<br />

italiana por estas exportações ascen<strong>de</strong> a 5994 milhões <strong>de</strong> pesetas, o que representa<br />

uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 28,2%, durante o ano 2001, embora se tenha<br />

assistido a uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> 6% do total <strong>de</strong> toneladas exportadas. Em segundo<br />

lugar encontra-se Portugal com 1221 milhões <strong>de</strong> facturação.<br />

O país que mais aumentou a sua facturação <strong>de</strong> exportação com <strong>de</strong>stino a Espanha<br />

foi a China com uma taxa <strong>de</strong> 213%.<br />

O saldo da balança comercial do ano 2002 apresentava um “superavit“ <strong>de</strong><br />

676.242 milhões <strong>de</strong> euros com um total <strong>de</strong> 906.727 milhões <strong>de</strong> euros em exportação<br />

e 230.485 milhões <strong>de</strong> euros em importação. Estes valores representavam<br />

um incremento em relação ao ano <strong>de</strong> 2001, no que diz respeito ao saldo, <strong>de</strong> 5,7%,<br />

crescimento superior ao crescimento do saldo do ano anterior que foi <strong>de</strong> 1,9%.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2002, as maiores exportações <strong>de</strong> mármore em bruto foram<br />

para os Estados Unidos com um valor <strong>de</strong> 52.21 milhões <strong>de</strong> euros seguido da<br />

China com 29.<strong>07</strong>9 milhões <strong>de</strong> euros. As subidas mais importantes, em percentagem,<br />

correspon<strong>de</strong>ram a Portugal, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos<br />

que alcançaram aumentos <strong>de</strong> 153%, 111% e 100%, respectivamente.<br />

Para os restantes países, o aumento foi marginal, ocorrendo mesmo em alguns<br />

casos uma diminuição importante (Hong Kong, Japão, Brasil, Itália e China).<br />

As exportações <strong>de</strong> mármore elaborado em relação ao ano anterior aumentaram<br />

21,7%, <strong>de</strong> 179.571 milhões <strong>de</strong> euros a 218.469 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

O <strong>de</strong>stino prioritário das exportações espanholas <strong>de</strong> mármore elaborado durante<br />

o ano <strong>de</strong> 2002 foi os Estados Unidos, principal país com 71.131 milhões <strong>de</strong><br />

169


euros seguidos <strong>de</strong> México, Portugal e França. Os Estados Unidos representavam<br />

mais <strong>de</strong> 32% do total <strong>de</strong> exportações e o conjunto <strong>de</strong> México, Portugal e<br />

França alcançavam quase 30%.<br />

De <strong>de</strong>stacar, em termos <strong>de</strong> valor, os aumentos produzidos nas exportações da<br />

Alemanha, México e Portugal que tiveram percentagens <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> 180%,<br />

140% e 122%, respectivamente. A maior <strong>de</strong>scida foi a do Japão com 31,1%.<br />

No geral, o conjunto das importações apresentava uma diminuição importante,<br />

tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor.<br />

A importação <strong>de</strong> mármore em bruto <strong>de</strong>sceu 22,3% em quantida<strong>de</strong> enquanto o<br />

seu valor aumentou 2,4%.<br />

As importações <strong>de</strong> mármore em bruto com maior signifi cado económico correspon<strong>de</strong>ram<br />

a Itália, Turquia e Portugal. Estes três países importaram 80% das<br />

importações totais.<br />

Em relação à importação <strong>de</strong> mármore elaborado, verifi cou-se uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong><br />

3,8% em quantida<strong>de</strong> e 24,7% em valor.<br />

Neste aspecto económico <strong>de</strong>stacou-se o elevado aumento das importações da<br />

China, Índia, Egipto e Alemanha que, em percentagem, foi <strong>de</strong> 115,8% para<br />

o primeiro dos países e da or<strong>de</strong>m dos 60% para cada um dos três países restantes.<br />

A importação espanhola <strong>de</strong> mármore elaborado com base na sua valorização<br />

procedia, em primeiro lugar e com uma gran<strong>de</strong> diferença dos restantes países,<br />

<strong>de</strong> Itália que representava 48% do total das importações <strong>de</strong> Espanha. Também<br />

eram fontes importantes <strong>de</strong>ste produto Portugal, Turquia, Índia e Grécia.<br />

Contudo, e em relação ao ano anterior, a valorização das importações espanholas<br />

<strong>de</strong> Itália diminuíram <strong>de</strong> forma signifi cativa passando <strong>de</strong> 36.3 milhões <strong>de</strong><br />

euros a 22.8 milhões <strong>de</strong> euros, o que supunha uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> 37%, diminuindo<br />

também as importações daquele país <strong>de</strong> Portugal, Grécia e China.<br />

Do lado do aumento <strong>de</strong> importações chamava-se a atenção para as proce<strong>de</strong>ntes<br />

do Egipto, Israel e Alemanha com percentagens <strong>de</strong> 238%, 161% e 127%,<br />

respectivamente.<br />

O saldo da balança comercial do ano 2003 para o sector apresentava um “superavit”<br />

<strong>de</strong> 634.666 milhões <strong>de</strong> euros com um total <strong>de</strong> 869.371 milhões <strong>de</strong> euros<br />

<strong>de</strong> exportações e 234.705 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> importações.<br />

170


Contudo, as variações em termos <strong>de</strong> valores em relação ao ano anterior, tanto das<br />

exportações como das importações foram negativas em termos percentuais.<br />

O volume total <strong>de</strong> exportações <strong>de</strong> produtos, expressos em toneladas, aumentou<br />

10,2% em relação ao ano anterior, mas em termos económicos diminuiu 5,7%,<br />

passando <strong>de</strong> 921 milhões <strong>de</strong> euros do ano 2002 para 869 milhões <strong>de</strong> euros em<br />

2003.<br />

Em relação ao volume total <strong>de</strong> importações <strong>de</strong> produtos, expressos em toneladas,<br />

aumentou 23,1% em relação ao ano anterior, mas em termos económicos<br />

diminuiu 1,16%, passando <strong>de</strong> 1.2 milhões <strong>de</strong> euros do ano 2002 para 1.4 milhões<br />

<strong>de</strong> euros em 2003.<br />

As exportações espanholas <strong>de</strong> mármore em bruto aumentaram 30,3% em termos<br />

<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e diminuíram 12,6% em valor.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> 2003, o maior <strong>de</strong>stino para as exportações espanholas <strong>de</strong> mármore<br />

em bruto foram os Estados Unidos com um valor <strong>de</strong> 31.7 milhões <strong>de</strong> euros<br />

seguidos da China com 31.3 milhões <strong>de</strong> euros. Estes valores <strong>de</strong>monstravam uma<br />

importante <strong>de</strong>scida do mercado com os Estados Unidos na or<strong>de</strong>m dos 39%.<br />

Juntamente com esta <strong>de</strong>scida, uma importante quebra nas vendas para a Arábia<br />

Saudita e Hong Kong atingiu valores percentuais <strong>de</strong> 25%.<br />

As subidas mais importantes em valor, em termos percentuais, são as <strong>de</strong> França,<br />

Emirados Árabes Unidos, China e Japão que alcançaram aumentos <strong>de</strong> 38%,<br />

26%, 20% e 14%, respectivamente.<br />

As exportações espanholas <strong>de</strong> mármore elaborado aumentaram 4,8% em termos<br />

<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e tal como as <strong>de</strong> mármore em bruto, embora menos, diminuíram<br />

6,2% em valor.<br />

Os Estados Unidos estavam em primeiro lugar com um volume económico <strong>de</strong><br />

86 milhões <strong>de</strong> euros seguido <strong>de</strong> França, Portugal, México e Reino Unido que<br />

constituíram os <strong>de</strong>stinos prioritários das exportações <strong>de</strong>ste produto.<br />

Os Estados Unidos representavam, por si só, 40% do total <strong>de</strong> exportações e o<br />

conjunto <strong>de</strong> México, Portugal, França e Reino Unido alcançavam quase 25%.<br />

Eram <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar, em valor, os incrementos produzidos nas exportações para a<br />

Arábia Saudita, Estados Unidos e Reino Unido, que tiveram percentagens <strong>de</strong><br />

variação <strong>de</strong> 52%, 21% e 12%, respectivamente. As maiores <strong>de</strong>scidas foram do<br />

México e <strong>de</strong> Portugal com 53% e 43%, respectivamente.<br />

171


As importações espanholas <strong>de</strong> mármore em bruto aumentaram 29,8% em termos<br />

<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e 10,3% em valor.<br />

As importações <strong>de</strong> maior signifi cado económico correspon<strong>de</strong>ram à Itália, Turquia<br />

e Portugal, estes três países importaram 78% do total.<br />

Em termos <strong>de</strong> valores é importante <strong>de</strong>stacar o elevado aumento das importações<br />

<strong>de</strong> mármore em bruto proce<strong>de</strong>ntes da China, Alemanha e Índia que, em<br />

percentagem, foram <strong>de</strong> 100% para cada um dos dois primeiros países e <strong>de</strong> 52%<br />

para o caso da Índia.<br />

As importações espanholas <strong>de</strong> mármore elaborado aumentaram 0,3% em termos<br />

<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e diminuíram 1,1% em valor.<br />

A importação espanhola <strong>de</strong> mármore elaborado, aten<strong>de</strong>ndo à sua valorização,<br />

proce<strong>de</strong>, em primeiro lugar e com uma gran<strong>de</strong> diferença em relação aos<br />

restantes países, <strong>de</strong> Itália, que representam 38% do total das importações <strong>de</strong><br />

Espanha. Seguidamente, Turquia, Portugal, Índia e Grécia apareceram como<br />

principais países.<br />

Em relação ao ano anterior, a valorização das importações <strong>de</strong> Itália diminuíram<br />

<strong>de</strong> forma importante passando <strong>de</strong> 24 milhões <strong>de</strong> euros para 19.6 milhões <strong>de</strong><br />

euros, o que supunha uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> 18% em termos percentuais.<br />

Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

386 592<br />

477 958<br />

512 500<br />

838 715<br />

1 094 606<br />

24 402<br />

31 874<br />

34 444<br />

35 677<br />

31 408<br />

Quadro 39 – Exportações <strong>de</strong> mármore em bruto (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />

(ICEX))<br />

172


Quadro 40 – Importações <strong>de</strong> mármore em bruto (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />

(ICEX))<br />

Quadro 41 – Exportações <strong>de</strong> mármore elaborado (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />

(ICEX))<br />

Quadro 42 – Importações <strong>de</strong> mármore elaborado (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />

(ICEX))<br />

173<br />

Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

251 502<br />

275 292<br />

328 053<br />

258 118<br />

341 689<br />

218 179<br />

224 328<br />

249 613<br />

268 448<br />

294 947<br />

136 476<br />

126 540<br />

130 264<br />

128 068<br />

141 159<br />

5274<br />

7420<br />

7965<br />

8257<br />

9313<br />

23 067<br />

25 833<br />

29 753<br />

36 350<br />

35 601<br />

7402<br />

7858<br />

8256<br />

7885<br />

8577


V . Propostas <strong>de</strong> política económica<br />

para o sector<br />

175


176


O sector dos mármores em geral e o triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />

em particular, assenta o seu crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento na activida<strong>de</strong> extractiva<br />

e transformadora com base no recurso geológico localizado, i.e. o mármore,<br />

recurso este que, ao longo dos anos, tem contribuído <strong>de</strong>cisivamente para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico, social e cultural do país e <strong>de</strong>sta zona em particular.<br />

Importa agora i<strong>de</strong>ntifi car quais os principais constrangimentos <strong>de</strong>ste sector e<br />

perante estes explanar e propor acções/medidas ten<strong>de</strong>ntes a uma refl exão e<br />

análise da Administração, po<strong>de</strong>r político e da tutela (evitando <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>fi nitiva<br />

que esta mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> organismo em organismo, conforme tem vindo a acontecer<br />

nos últimos anos), bem como <strong>de</strong> outros intervenientes neste sector <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>, com o objectivo <strong>de</strong> contribuir para uma implementação <strong>de</strong> políticas<br />

sustentáveis que sejam coerentes e duradouras para o sector/região por forma<br />

ao seu real <strong>de</strong>senvolvimento. As acções a <strong>de</strong>senvolver terão efectivamente os<br />

consequentes benefícios económicos e sociais advindos <strong>de</strong> políticas económicas<br />

necessárias para que, a longo prazo, este sector continue a ser um “cluster”<br />

a nível nacional, bem como um motor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local e regional.<br />

Para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentado e crescimento do sector, o actual sistema<br />

está totalmente ultrapassado e mostra-se incapaz <strong>de</strong> proporcionar condições a<br />

esse mesmo <strong>de</strong>senvolvimento. Contornar a informalida<strong>de</strong> que se reconhece no<br />

sector só po<strong>de</strong>rá ser ultrapassada tendo como base uma nova cultura, assente<br />

entre a Administração e as empresas extractivas e transformadoras. Assim, po<strong>de</strong>mos<br />

i<strong>de</strong>ntifi car como principais ameaças, constrangimentos e preocupações<br />

<strong>de</strong>ste sector, em primeiro lugar a falta <strong>de</strong> um maior reconhecimento político<br />

da importância do sector, em todas as vertentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a económica à cultural.<br />

Assim, chama-se à atenção da Administração e respectiva Tutela todo o po<strong>de</strong>r<br />

político, contrariando uma percentagem <strong>de</strong>sta classe, que não tem o mínimo <strong>de</strong><br />

sensibilida<strong>de</strong> em relação a este sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, quando todavia este tem<br />

enormes vantagens económicas e sociais, relativamente a outros sectores, nomeadamente<br />

aqueles que integram a fi leira dos materiais para construção. Com<br />

efeito, o mármore é um produto natural que constitui uma das poucas marcas<br />

que “<strong>de</strong>sign”a um produto português. Reconhecido internacionalmente, o mármore<br />

é reciclável, reutilizável, inerte e não prejudica o meio ambiente! Po<strong>de</strong>mos<br />

mesmo afi rmar que este sector é ecologicamente sustentado, o que nos leva<br />

177


ainda a referir que na produção do mármore para pavimentos e revestimentos o<br />

impacte ambiental é sobretudo visual (pedreira), enquanto na cerâmica existem<br />

variadíssimos impactes dos quais se salienta um alto consumo energético com<br />

elevadas taxas <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> dioxinas. Em segundo lugar, o or<strong>de</strong>namento do<br />

território e o ambiente. Em termos ambientais e à face da realida<strong>de</strong> do sector,<br />

o Ministério da Ambiente <strong>de</strong>ve modifi car a sua postura face a este; o enquadramento<br />

técnico e legal do sector extractivo sofreu alterações extremamente<br />

penalizadoras com a tão badalada “Lei <strong>de</strong> pedreiras 270/2001” não só pelo que<br />

está consagrado nessa mesma legislação mas também pelo facto <strong>de</strong> a mesma<br />

não ter sido elaborada e gizada sob a égi<strong>de</strong> e peso do Ministério do Ambiente<br />

sem contemplar na sua elaboração a experiência do terreno que po<strong>de</strong>ria ser dada<br />

pelo Ministério da Economia, permitindo assim diversas interpretações e posicionamentos<br />

que em nada benefi ciam a efi ciência e visibilida<strong>de</strong> do sector.<br />

A “Lei <strong>de</strong> pedreiras 270/2001” recentemente regulamentada (Fevereiro 2005),<br />

em Conselho <strong>de</strong> Ministros, foi mais uma batalha do sector da pedra natural na<br />

<strong>de</strong>fesa dos seus interesses e do próprio país, on<strong>de</strong> lamentavelmente se per<strong>de</strong>u<br />

tempo e o sector foi largamente lesado, ainda que algumas das suas preocupações<br />

tenham sido agora incorporadas nesta nova regulamentação. Deve-se,<br />

portanto, no futuro ter em atenção que, ao se criarem novas Leis e regulamentos,<br />

estes tenham aplicação prática que unicamente possam servir interesses<br />

do sector e não particulares ou <strong>de</strong> índole política. Também <strong>de</strong>verá existir uma<br />

maior divulgação, das directivas europeias sobre as áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do sector<br />

da pedra natural, no entanto, sem uma visão radical, como tem sido prática<br />

em outros países da U.E. Também a criação <strong>de</strong> novas áreas cativas <strong>de</strong>ve ser tida<br />

em linha <strong>de</strong> conta, assim como se <strong>de</strong>vem estudar e proteger novas áreas extractivas<br />

que venham a ser alternativas às existentes. Nestas novas áreas <strong>de</strong>vem ser<br />

efectuadas sondagens que, ao contrário do que até agora tem sido feito, <strong>de</strong>vem<br />

ter um cariz qualitativo, i.e., não é tão importante saber por mais quantos anos<br />

ao ritmo <strong>de</strong> exploração actual temos mármore para a nossa indústria, mas se o<br />

que existe é economicamente rentável para ser extraído a fi m <strong>de</strong> ser comercializado.<br />

Importa, portanto, referir que se <strong>de</strong>ve fazer um esforço que envolverá<br />

também uma mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> para tentar criar frentes comuns <strong>de</strong> lavra,<br />

i.e., abrir as várias pedreiras, juntá-las e criar uma única frente <strong>de</strong> lavra. Na<br />

178


activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extracção da pedra, o principal factor crítico <strong>de</strong> sucesso é haver<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso geológico, i.e., o mármore, verifi cando-se persistentemente<br />

à escala local (<strong>de</strong> exploração), uma falta <strong>de</strong> conhecimento aprofundado<br />

e científi co sobre as jazidas. Assim, é possível encontrar, lado a lado, pedreiras<br />

com boa ou razoável lavra, e outras, em que a falta <strong>de</strong> conhecimentos técnicos<br />

e geológicos são a tónica dominante. Esta situação po<strong>de</strong> comprometer toda a<br />

envolvente do negócio como até pôr em causa explorações vizinhas.<br />

Só uma gran<strong>de</strong> distorção dos factores <strong>de</strong> mercado e a total passivida<strong>de</strong> das<br />

entida<strong>de</strong>s reguladoras sustenta este abundante tipo <strong>de</strong> explorações.<br />

Há que <strong>de</strong>fi nir com urgência se os programas PROZOM e AIZM irão e/ou continuarão<br />

a ser aplicados, estarão ou não <strong>de</strong>sajustados, per<strong>de</strong>ram ou não oportunida<strong>de</strong><br />

ou se ainda existe disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verbas para novos projectos, como<br />

também uma ampla auditoria às verbas já utilizadas, a fi m <strong>de</strong> todos os intervenientes<br />

terem o conhecimento real do facto <strong>de</strong> ter havido ou não efi ciência na<br />

sua aplicação e adopção. É pertinente lembrar que com vinte anos <strong>de</strong> atraso,<br />

no ano <strong>de</strong> 1994, o então governo incumbiu a então CCR Alentejo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r<br />

à elaboração do Plano Regional <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento da Zona dos Mármores<br />

(PROZOM). Este, consi<strong>de</strong>rando a área cativa e os aspectos geológicos mais<br />

importantes, assenta em UNOR – Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento e ADC – Áreas<br />

<strong>de</strong> Deposição Comum, tendo sido <strong>de</strong>fi nidas 5 UNOR: Estremoz; Borba/Barro<br />

Branco/Ruivina e as outras três em Vila Viçosa. Até 2004, pouco ou nada <strong>de</strong>ste<br />

plano tinha sido implementado, permanecendo e agravando-se um dos problemas<br />

principais da zona que é o <strong>de</strong>pósito em aterro <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> rejeitos e <strong>de</strong>sperdícios. Com estes aterros, existe, hoje em dia, um enorme<br />

passivo ambiental que se traduz num dos principais problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento<br />

do território que temos para solucionar nesta região. Face a isto, surgiu a EDC<br />

– Empresa Gestora das Áreas <strong>de</strong> Deposição Comum dos Mármores, S.A., que<br />

foi constituída com o objectivo <strong>de</strong> gerir, valorizar, comercializar e eventualmente<br />

<strong>de</strong>positar, os resíduos gerados pela indústria extractiva e transformadora<br />

do triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. Esta é a principal contribuição<br />

para a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> optimização dos resíduos e <strong>de</strong> minimização<br />

dos efeitos directos e indirectos da acumulação <strong>de</strong>stes. Convém também<br />

referir que o sector <strong>de</strong>ve ser responsabilizado e responsabilizar-se ele próprio<br />

179


pelos seus próprios resíduos. Foram elaborados alguns planos <strong>de</strong> pormenor das<br />

UNOR’s e ADC’s e a EDC foi objecto <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> económica,<br />

sem que tenha havido até ao momento uma linha <strong>de</strong> actuação aprovada ou<br />

prevista, culpa sempre dividida entre os municípios envolvidos, a associação e<br />

os organismos intervenientes no processo.<br />

É necessário e urgente que as áreas <strong>de</strong> recursos geológicos já i<strong>de</strong>ntifi cados sejam<br />

objecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>nominação sustentada que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada em servidão<br />

administrativa sectorial em que o aproveitamento do recursos geológico (mármore)<br />

prevaleça sobre outros usos; que no seio <strong>de</strong>stas áreas os procedimentos<br />

administrativos sejam simplifi cados e céleres, sem prejuízo <strong>de</strong> a continuação<br />

da discussão do processo técnico se po<strong>de</strong>r manter para além da atribuição das<br />

licenças (esta indústria é <strong>de</strong> médio e longo prazo cuja antecipação do início dos<br />

trabalhos não põe em causa o projecto fi nal a aprovar). A aprovação da realização<br />

<strong>de</strong> projectos integrados <strong>de</strong>ve ser promovida para o interior <strong>de</strong>stas áreas que<br />

serão o documento técnico orientador vinculativo para as empresas a operar na<br />

área. Também as entida<strong>de</strong>s reguladoras da activida<strong>de</strong> na região, sobretudo nas<br />

áreas do licenciamento, fi scalização e ambiente, salientando-se esta área pelos<br />

sucessivos erros que vem cometendo, têm operado <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>fi ciente e até <strong>de</strong><br />

forma alheada da activida<strong>de</strong> que, acreditamos, ser <strong>de</strong>vido a diversos factores<br />

como mudanças <strong>de</strong> tutela, falta <strong>de</strong> conhecimentos profi ssionais, regulamentações<br />

dúbias, outras nem sequer regulamentadas ou sujeitas unicamente a critérios<br />

pessoais. Na realida<strong>de</strong>, são factores extremamente negativos no âmbito da<br />

activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora da pedra natural do Alentejo. Em terceiro<br />

lugar, a pouca importância até mesmo a reduzida força que as instituições têm<br />

neste sector, assim como será <strong>de</strong> ressaltar a diminuta activida<strong>de</strong> das associações<br />

empresariais, em especial a ASSIMAGRA que, sendo a principal associação do<br />

sector, tem tido uma activida<strong>de</strong> quase nula nos últimos anos perante os graves<br />

problemas que este atravessa, muito embora seja também <strong>de</strong> salientar a inércia,<br />

falta <strong>de</strong> interesse e comodismo <strong>de</strong>monstrado pela classe empresarial. Alguns<br />

dos problemas do sector resultam da estrutura marcadamente familiar das empresas<br />

on<strong>de</strong> o conhecimento empírico passa <strong>de</strong> pais para fi lhos sem acompanhar<br />

e antecipar as mudanças que vêm ocorrendo <strong>de</strong> forma rápida nos processos <strong>de</strong><br />

“marketing”, na globalização, na regulamentação nacional e internacional e na<br />

180


evolução dos mercados, entre outras. Em quarto lugar, a tão falada e instituída<br />

burocracia cada vez mais difícil <strong>de</strong> ser contornada. A Administração <strong>de</strong>verá<br />

estudar novos processos legislativos e regulamentadores <strong>de</strong> forma a eliminar<br />

este grave problema que ro<strong>de</strong>ia o sector da pedra natural, como outros sectores<br />

em Portugal. A título <strong>de</strong> exemplo, e como foi referido anteriormente, a própria<br />

“Lei <strong>de</strong> pedreiras 270/2001”que <strong>de</strong>veria ter tido em linha <strong>de</strong> conta não só todas<br />

as preocupações referidas anteriormente, em tempo útil, como também outras<br />

que tenham em atenção a realida<strong>de</strong> do sector em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> processos burocráticos<br />

<strong>de</strong>sajustados. Em quinto lugar, a qualifi cação dos recursos humanos<br />

que se caracteriza por uma baixa qualifi cação profi ssional associada a um baixo<br />

nível cultural dos trabalhadores que assentam a sua activida<strong>de</strong> no conhecimento<br />

acumulado pela experiência fruto dos longos anos <strong>de</strong> trabalho e não numa permanente<br />

formação contínua, com refl exos acentuados em matéria <strong>de</strong> segurança<br />

no trabalho, verifi cando-se muito frequentemente atitu<strong>de</strong>s displicentes por parte<br />

<strong>de</strong>stes no cumprimento <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> segurança que resultam em aci<strong>de</strong>ntes gravosos<br />

para a sua própria integrida<strong>de</strong> física como para as empresas.<br />

Infelizmente esta constatação não se tem alterado signifi cativamente ao longo<br />

dos últimos anos, apesar da existência <strong>de</strong> uma escola tecnológica no CE-<br />

VALOR que em matéria <strong>de</strong> formação profi ssional <strong>de</strong>verá ser reavaliada em<br />

face das mudanças e alterações que vêm ocorrendo na formação profi ssional<br />

no sector, quer a nível mundial como nacional. Nesta matéria, <strong>de</strong>vem-se criar<br />

condições para a realização <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> curta duração junto das<br />

empresas e se possível no posto <strong>de</strong> trabalho, quer para operários para que estes<br />

possam assumir um papel multifunções <strong>de</strong> forma a diminuir o risco <strong>de</strong> perda<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> por razões relacionadas com as faltas ao trabalho por parte<br />

<strong>de</strong> operários especializados (especialmente nas microempresas), uma vez que<br />

o sector se caracteriza por altas taxas <strong>de</strong> absentismo, incluindo para formandos<br />

candidatos a trabalhar. Deve-se também fomentar a criação <strong>de</strong> cursos para a<br />

classe empresarial, nas áreas <strong>de</strong> gestão e organização <strong>de</strong> empresas, assim como<br />

aproveitar programas já em curso como “Re<strong>de</strong>s” e outros e adaptá-los às especifi<br />

cida<strong>de</strong>s do sector. A falta <strong>de</strong> quadros técnicos qualifi cados com especial<br />

relevo na área comercial é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito assumida como um dos gran<strong>de</strong>s<br />

problemas do sector, característica que não é facilmente contornável, dado o<br />

181


peso das microempresas na estrutura empresarial. Esta realida<strong>de</strong> é tanto mais<br />

problemática quanto é exigente o sector em competências técnicas e científi -<br />

cas, sendo o aprofundamento do associativismo e da cooperação entre empresas<br />

uma das soluções possíveis para amenizar este problema. Deve-se ainda<br />

reformular as matérias em algumas das áreas <strong>de</strong> formação profi ssional e, em<br />

relação ao CEVALOR, <strong>de</strong>ve este centro tecnológico fomentar uma maior ligação<br />

<strong>de</strong>ste às Universida<strong>de</strong>s, principalmente ao Instituto Superior Técnico,<br />

à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, Universida<strong>de</strong> Nova, UTAD e INETI, nas áreas <strong>de</strong><br />

geologia e engenharia e também às Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Arquitectura, o que iria<br />

contribuir para um real apoio e subsequente <strong>de</strong>senvolvimento do sector. É exigível<br />

também uma melhor formação profi ssional específi ca à activida<strong>de</strong> do<br />

sector, aos técnicos dos organismos fi scalizadores e licenciadores, bem como<br />

na área do ambiente. Em sexto lugar, outra das áreas com algumas <strong>de</strong>fi ciências<br />

é a área dos transportes e logística. Em relação a esta, <strong>de</strong>ver-se-iam adoptar<br />

medidas tocantes à diminuição do transporte rodoviário da pedra para <strong>de</strong>terminados<br />

<strong>de</strong>stinos, promovendo a implementação e o incremento <strong>de</strong> transporte<br />

ferroviário e marítimo, este último muito mais utilizado no passado.<br />

Outra das medidas, nesta área, seria a criação <strong>de</strong> zonas <strong>de</strong>salfan<strong>de</strong>gadas <strong>de</strong><br />

parqueamento <strong>de</strong> pedra natural nos portos portugueses como é o caso <strong>de</strong> Sines,<br />

para o qual foi efectuado um estudo há mais <strong>de</strong> quatro anos, <strong>de</strong> modo a<br />

proporcionar menores custos na exportação e importação <strong>de</strong> mármore. Também<br />

a redução dos custos portuários nos portos portugueses, sem dúvida que<br />

iria criar uma alternativa real à exportação e importação por via marítima.<br />

A criação <strong>de</strong> plataformas logísticas junto à fronteira <strong>de</strong> modo a servirem <strong>de</strong><br />

interface nos transportes internacionais <strong>de</strong> exportação e importação seria outra<br />

das medidas a adoptar. Também <strong>de</strong>via ser tida em linha <strong>de</strong> conta a análise do<br />

pagamento do IVA na importação através dos portos portugueses que actualmente<br />

difere quando o mesmo é efectuado através dos portos espanhóis: e outros.<br />

Em sétimo lugar, os mercados interno e externo, este com falta <strong>de</strong> apoios<br />

e incentivos à exportação, que necessitam <strong>de</strong> ser criados conforme promessa<br />

do governo, para que o sector possa obter condições concorrenciais idênticas<br />

aos seus parceiros europeus. Em relação ao primeiro, <strong>de</strong>ve incrementar-se o<br />

consumo interno através <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> divulgação e promoção, principalmente<br />

182


junto das escolas <strong>de</strong> Arquitectura e Design bem como junto <strong>de</strong> prescritores e<br />

consumidores fi nais. Deve-se incorporar também nos ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> encargo das<br />

obras públicas as características físicas e químicas das pedras naturais portuguesas<br />

em especial dos mármores <strong>de</strong>sta região. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções<br />

continuadas e sustentadas junto dos prescritores – Arquitectos e gabinetes <strong>de</strong><br />

projectos é <strong>de</strong> importância extrema, assim como a edição <strong>de</strong> manuais e livros<br />

técnicos como por exemplo do tipo “faça você mesmo”.<br />

Em relação ao mercado externo, é premente a inclusão do mármore no projecto<br />

Portugal Tra<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvido pelo ICEP/IAPMEI, projecto este que aguarda<br />

novos pareceres para a sua aprovação.<br />

É urgente o estudo e implementação <strong>de</strong> uma estratégia sustentada <strong>de</strong> intervenção<br />

nos novos mercados emergentes com especial <strong>de</strong>staque na Ásia, mais propriamente<br />

na China, Países <strong>de</strong> Leste, tais como Rússia e Ucrânia e Países <strong>de</strong> Alargamento<br />

da União Europeia, principalmente Polónia, Hungria e República Checa.<br />

A criação <strong>de</strong> um novo protocolo <strong>de</strong> apoio exclusivo a este sector <strong>de</strong>vido à sua<br />

especifi cida<strong>de</strong> e actuais difi culda<strong>de</strong>s pelo ICEP/IAPMEI, não só em termos<br />

<strong>de</strong> feiras sectoriais internacionais; acções promocionais; estudos <strong>de</strong> mercado,<br />

promoção e divulgação dos nossos materiais, etc., são <strong>de</strong> extrema necessida<strong>de</strong>,<br />

assim como o fomento e apoio <strong>de</strong> uma nova imagem das nossas empresas na<br />

sua apresentação em feiras internacionais do sector. Não menos importante e<br />

urgente é a criação <strong>de</strong> uma campanha internacional que contribua para a retoma<br />

da “moda” do mármore Rosa e Creme <strong>de</strong>sta região, em que os empresários<br />

locais serão sem dúvida os principais responsáveis nessa contribuição através<br />

<strong>de</strong> um maior dinamismo e actualização nos processos <strong>de</strong> promoção e divulgação<br />

<strong>de</strong>ste nosso importante recurso natural.<br />

Existe ainda uma forte necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certifi car os materiais produzidos e a<br />

fornecer nos mercados tal como a directiva Europeia <strong>de</strong> 89 assim o <strong>de</strong>terminou,<br />

e por último a inovação, tão badalada nos nossos dias mas muitas vezes<br />

falada “da boca para fora”. Para que exista competitivida<strong>de</strong> empresarial é necessário<br />

e extremamente importante que exista uma maior interligação entre<br />

todos os operadores da fi leira das pedras naturais, nomeadamente no mármore,<br />

tais como extractores, transformadores e principalmente distribuidores e<br />

ven<strong>de</strong>dores. Nesta perspectiva, as empresas <strong>de</strong>vem controlar cada vez mais<br />

183


as activida<strong>de</strong>s a montante e a jusante, <strong>de</strong>monstrando uma tendência para o<br />

incremento do grau <strong>de</strong> integração ao longo <strong>de</strong> toda a fi leira, uma fl exibilida<strong>de</strong><br />

e um dinamismo maiores nas suas estruturas empresariais a fi m <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem<br />

garantir a satisfação <strong>de</strong> um mercado cada vez mais globalizado. Não obstante<br />

esta interligação e integração ao longo da fi leira produtiva, é extremamente<br />

importante existir adaptação ao mercado com fornecimento <strong>de</strong> produtos inovadores<br />

e incorporação <strong>de</strong> factores intangíveis ou imateriais <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

tais como o “<strong>de</strong>sign”, a notorieda<strong>de</strong> e imagem da marca “goodwill” bem como<br />

a fl exibilização dos prazos <strong>de</strong> entrega. A título <strong>de</strong> exemplo, com a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> recorrer a uma nova tecnologia que possibilita o corte <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong><br />

pedra natural muito fi nas, consegue-se explorar uma nova gama <strong>de</strong> produtos<br />

<strong>de</strong>stinada a incorporação na indústria do mobiliário e <strong>de</strong> novos produtos para<br />

a construção civil.<br />

A alteração <strong>de</strong>ste cenário terá que passar por uma alteração signifi cativa dos<br />

comportamentos e posicionamentos <strong>de</strong> todos os intervenientes, constituindose<br />

este sector como um “cluster” <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, no qual quer a Administração<br />

e os organismos públicos ou privados percebam as potencialida<strong>de</strong>s<br />

e ecoefi ciências do sector. As actuais pressões ambientais que pairam sobre<br />

o sector po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser transformadas num factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> se<br />

forem encaradas como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> introduzir melhorias na efi ciência<br />

dos processos e na diferenciação dos concorrentes. Poucas são as matériasprimas<br />

como o mármore que possam internalizar os mais mo<strong>de</strong>rnos conceitos<br />

<strong>de</strong> “eco<strong>de</strong>sign”. Nesta matéria, o sector <strong>de</strong>ve assumir uma enorme oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inovação altamente competitiva. Deve tentar-se uma intervenção mais<br />

construtiva e efi ciente, assente numa linguagem única e articulada que vai<br />

permitir dar os passos necessários ao tão <strong>de</strong>sejado <strong>de</strong>senvolvimento e crescimento<br />

sustentados, tão necessários ao sector como a esta região, tendo sempre<br />

presente que o mármore como recurso geológico é inamovível e, como tal, tem<br />

que ser explorado e trabalhado on<strong>de</strong> a natureza o criou.<br />

184


VI . Principais conclusões<br />

185


186


No triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa, o mármore <strong>de</strong>staca-se por<br />

ser um produto bastante atractivo, graças ao seu valor intrínseco, como também<br />

à distinção com que é utilizado nas mais diversas aplicações; o mármore<br />

como pedra natural goza <strong>de</strong> um alto prestígio, uma vez que é um produto<br />

natural <strong>de</strong> alto valor estético e ecológico. A somar a estes factores positivos,<br />

as suas reservas <strong>de</strong> elevado valor, diversida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong>, estão aliadas ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico das empresas, principalmente as transformadoras,<br />

que recentemente, algumas das quais, optaram e bem, na satisfação dos<br />

clientes, através da aposta na certifi cação da qualida<strong>de</strong>, processos e produtos,<br />

a um “know-how” <strong>de</strong> trabalho na pedra, on<strong>de</strong> a tradição e sabedoria está acumulada<br />

ao longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> anos. A existência <strong>de</strong> um centro tecnológico<br />

nesta zona, o CEVALOR, contribui para que este produto, o mármore, obtenha<br />

uma mais-valia consi<strong>de</strong>rável que o po<strong>de</strong> projectar <strong>de</strong> um modo mais relevante<br />

e fi rme no mercado interno, eventualmente nos mercados internacionais.<br />

Não obstante os pontos fortes aqui mencionados que recaem sobre este nobre<br />

produto, assistimos hoje em dia a uma forte concorrência enfrentada por este,<br />

on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>nominador comum são os baixos custos <strong>de</strong> produção e maior competitivida<strong>de</strong><br />

por parte <strong>de</strong> países como a China, Índia, Roménia e Turquia que<br />

vão necessariamente obrigar os produtores, tanto os nacionais como os <strong>de</strong>sta<br />

zona, a profi ssionalizarem a sua gestão (existe uma fraca sensibilida<strong>de</strong> empresarial<br />

para questões essenciais ao acréscimo <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, tais como a<br />

formação; nesta área a fraca formação dos gestores está aliada a uma gran<strong>de</strong><br />

improvisação em <strong>de</strong>trimento da estratégia e o conhecimento <strong>de</strong>sta, assim como<br />

a <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> ou escassez <strong>de</strong> recursos humanos qualifi cados e também <strong>de</strong> quadros<br />

intermédios são uma constante, normas ambientais, segurança e higiene<br />

no trabalho, qualida<strong>de</strong>, “marketing”, comunicação e publicida<strong>de</strong>. Também as<br />

estruturas fi nanceiras das empresas estão <strong>de</strong>sajustadas com capitais próprios<br />

reduzidos, capitais alheios <strong>de</strong> curto prazo e custos fi xos elevados, assim como<br />

e mais no caso das empresas extractivas, necessida<strong>de</strong>s cíclicas fi nanciadas com<br />

operações <strong>de</strong> tesouraria e ciclos <strong>de</strong> exploração longos), a aumentarem a dimensão<br />

crítica das suas explorações e a acrescentar mais e mais valor aos seus produtos,<br />

através da adopção <strong>de</strong> novas tecnologias sob pena <strong>de</strong> <strong>de</strong>fi nharem num<br />

curto espaço <strong>de</strong> tempo. Com o aparecimento <strong>de</strong> produtos originários <strong>de</strong>sses<br />

187


países, principalmente dos asiáticos, bem como <strong>de</strong> outros aqui não mencionados,<br />

a movimentação das unida<strong>de</strong>s empresariais nacionais fi cou gravemente<br />

comprometida, já que os nossos empresários estão fortemente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos<br />

intermediários internacionais, que normalmente não mantêm uma forte fi <strong>de</strong>lização<br />

aos seus fornecedores. Assim sendo, é urgente que as nossas empresas<br />

ganhem dimensão (este tecido empresarial é marcado por um número muito<br />

elevado <strong>de</strong> pequenas empresas, portanto sem dimensão), que se associem<br />

(existe um gran<strong>de</strong> défi ce <strong>de</strong> cultura associativa e cooperativa em paralelo com<br />

um excessivo individualismo que se traduz entre outros factores negativos na<br />

política <strong>de</strong> preços, o que difi culta uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento comum)<br />

e se organizem (a estrutura <strong>de</strong> base do sector está <strong>de</strong>sajustada, i.e., a maior<br />

parte das vezes o proprietário não é o explorador, logo as responsabilida<strong>de</strong>s,<br />

direitos e <strong>de</strong>veres bem como os riscos, não são assumidos), porque a competitivida<strong>de</strong><br />

e a própria inovação passa por estas medidas. O aproveitamento das<br />

potencialida<strong>de</strong>s atrás <strong>de</strong>scritas continua a necessitar <strong>de</strong> apoios institucionais e<br />

<strong>de</strong> agentes dinâmicos com visão estratégica da indústria da pedra (existe falta<br />

<strong>de</strong> acompanhamento técnico bem como <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio às<br />

empresas insufi ciente), numa perspectiva <strong>de</strong> auto-sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

Assim, po<strong>de</strong>mos concluir que existem recursos, existem equipamentos e tecnologias<br />

sufi cientemente a<strong>de</strong>quadas em número e qualida<strong>de</strong>. Sem dúvida que<br />

também existe uma tradição no sector que resulta num elevado “stock” <strong>de</strong><br />

“know-how” acumulado ao nível do saber fazer. Ao nível da empresa, o sector<br />

está infra-estruturado, não havendo escassez <strong>de</strong> meios, mas sim má gestão e<br />

<strong>de</strong>sperdícios.<br />

Pelo que anteriormente foi <strong>de</strong>scrito, o caminho passa por não investir em mais<br />

infra-estruturas, mas sim na qualifi cação da gestão e efi cácia dos sistemas,<br />

o que exige uma visão estratégica, coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> esforços e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>rança. Nesta vertente, tanto a ASSIMAGRA e outras associações do sector<br />

como também a tutela <strong>de</strong>vem assumir um papel fundamental no sentido <strong>de</strong><br />

garantir que os diferentes níveis <strong>de</strong> administração pública não continuem como<br />

até aqui, impunemente, a possibilitar a aplicação <strong>de</strong> dinheiro público em toda a<br />

espécie <strong>de</strong> projectos, planos, programas, bem como políticas que não concorram<br />

para os objectivos estruturantes da zona.<br />

188


As acções a levar por diante <strong>de</strong>vem consubstanciar-se nos seguintes aspectos:<br />

criação <strong>de</strong> uma estrutura comercial mais a<strong>de</strong>quada e mais agressiva com ênfase<br />

numa fi losofi a <strong>de</strong> “marketing”, comunicação e publicida<strong>de</strong>, valorizando a<br />

nossa matéria-prima, tornando-a a pôr na “moda”, constituindo e promovendo<br />

para isso uma marca por exemplo “Estremoz”, “Rosa Portugal”, etc., que vá<br />

possibilitar que a referida fi losofi a seja a<strong>de</strong>quada tanto para os mercados tradicionais<br />

como para os novos, que é urgente conseguir alcançar com sucesso.<br />

Esta marca atrás referida <strong>de</strong>ve assumir uma particular importância, não esquecendo<br />

toda a componente <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sign” que o sector e esta zona em particular<br />

carecem. A aplicação <strong>de</strong> conceitos associados ao “eco-<strong>de</strong>sign”, (referido no<br />

capítulo anterior), são altamente vantajosos;<br />

A melhoria <strong>de</strong> gestão das tecnologias em todas as fases do processo produtivo<br />

e aposta forte na formação contínua, <strong>de</strong> modo a garantir recursos humanos<br />

qualifi cados;<br />

Redimensionamento das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extracção com uma gestão da lavra mais<br />

racional consi<strong>de</strong>rando aspectos geológicos, ambientais, <strong>de</strong> segurança, comerciais<br />

e sendo possível criando frentes comuns <strong>de</strong> lavra, tendo em conta que a extracção<br />

do mármore não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>slocalizada, já que este é um produto natural e como<br />

tal situado num <strong>de</strong>terminado local e consi<strong>de</strong>rando também que a sua transformação<br />

tem tido a tendência <strong>de</strong> ser local <strong>de</strong>vido aos elevados custos <strong>de</strong> transporte,<br />

tendência esta que se está a alterar principalmente por causa da redução drástica<br />

dos custos <strong>de</strong> transporte da Europa para o Médio e Extremo Oriente, o que vai<br />

possibilitar que empresas <strong>de</strong> países como a China possam agora comprar blocos<br />

no nosso país bem como em outros países europeus, transportá-los para as suas<br />

fábricas e transformá-los a baixos custos <strong>de</strong> tal forma competitivos que vão possibilitar<br />

a estas empresas a venda dos respectivos produtos acabados aos países<br />

<strong>de</strong> origem do mármore utilizado. Este fenómeno <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocalização <strong>de</strong> uma indústria<br />

com poucas qualifi cações e competências (mão-<strong>de</strong>-obra pouco especializada)<br />

bem como um muito baixo valor acrescentado, com pouca facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocalização,<br />

pelo que anteriormente foi exposto, irá a breve trecho pôr em risco o sector<br />

da transformação do mármore do Alentejo em especial das empresas sediadas<br />

nesta região. As nossas empresas per<strong>de</strong>rão a vantagem da localização até agora<br />

existente, sendo que as extractivas que possuírem paralelamente à extracção in-<br />

189


dustrial produtos standardizados como os ladrilhos e afi ns irão durante um maior<br />

período <strong>de</strong> tempo aguentar a pressão concorrencial <strong>de</strong> países como a China, uma<br />

vez que po<strong>de</strong>m distribuir os danos ao longo <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor. Quanto<br />

àqueles que compram a matéria-prima localmente e a transformam em produtos<br />

fi nais, irão ter tremendas difi culda<strong>de</strong>s em sobreviver a médio prazo.<br />

É certo que nunca existirá uma só solução para a resolução <strong>de</strong> qualquer problema,<br />

embora a que me pareça com mais hipóteses <strong>de</strong> ter sucesso resi<strong>de</strong> na ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> valor, i.e., precisamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver fortes competências e qualifi cações<br />

que <strong>de</strong>vam ser utilizadas sobretudo para inovar produtos e processos, produtos<br />

esses com especifi cida<strong>de</strong>s especiais para os vários mercados em que o nosso<br />

mármore é conhecido através da sua singularida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, como é o caso<br />

dos mercados europeus, norte-americano e Médio Oriente. Resta às nossas<br />

empresas, ou inovar no “<strong>de</strong>sign” dos produtos, elevando os seus padrões <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>, dando novas funcionalida<strong>de</strong>s a estes produtos, possibilitando ainda<br />

a aplicação <strong>de</strong>stes em diferentes situações e novas condições, ou então, reinventamos<br />

por completo o produto, cortando com os actuais paradigmas como<br />

aliás o fi zeram outras indústrias, tais como a do fabrico <strong>de</strong> soalhos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

com a passagem dos tacos para os pavimentos fl utuantes. A aquisição <strong>de</strong> mais<br />

qualifi cações e competências só faz sentido se for para aumentar a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inovação, tendo como objectivo a subida na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor que só se consegue<br />

através <strong>de</strong>sta.<br />

É urgente congregar esforços entre todos os intervenientes, no sentido <strong>de</strong> mantermos<br />

e consolidarmos esta activida<strong>de</strong> e a consequente valorização do seu<br />

produto-base, o mármore, recorrendo a uma maior dimensão e capacida<strong>de</strong> fi -<br />

nanceira, po<strong>de</strong>ndo assim assumir uma posição <strong>de</strong> força nos mercados, como<br />

<strong>de</strong>fesa à entrada <strong>de</strong> novos concorrentes internamente, e maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

penetração externamente.<br />

Em conclusão, a possível solução passará pela associação <strong>de</strong> várias empresas<br />

em <strong>de</strong>terminados projectos e negócios ou até mesmo à fusão entre elas. O problema<br />

da globalização que todos enfrentamos não se coaduna com visões excessivamente<br />

individualistas <strong>de</strong> tudo isto, e não se estranhe este facto, pois não<br />

é só neste sector que isto se está a passar, o mesmo acontece noutros sectores,<br />

como o calçado, confecção <strong>de</strong> vestuário, electrodomésticos, entre outros.<br />

190


A primeira priorida<strong>de</strong> do Estado, bem como das empresas e outros intervenientes,<br />

passa por estar atento a todas as mudanças analisando todos os prós<br />

e contras, oportunida<strong>de</strong>s e ameaças para, em seguida, estudar as possíveis soluções<br />

aqui apresentadas e formular estratégias com congregação <strong>de</strong> esforços<br />

por parte <strong>de</strong> todos.


VII . Bibliografi a<br />

193


194


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196


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n.º 3, vol. 24, n.º 2, vol. 25, n.º 2, vol. 26, n.º 2, vol. 27, n.º 2, vol. 28, n.º 2,<br />

vol. 29, n.º 3, vol. 30, n.º 3, vol. 31, n.º 4, vol. 32, n.º 2, vol. 33, n.º 2, vol.<br />

34, n.º 2, vol. 35, n.º 1, vol. 36, n.º 1, vol. 37, n.º 1, vol. 38, n.º 2, vol. 39,<br />

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• www.prime-min-economia.pt<br />

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VIII . Anexos<br />

201


202


Activida<strong>de</strong>s Extracção<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Transformação<br />

203<br />

8.1 – Anexo I<br />

Serragem Bancada do Maciço<br />

Desmonte + 1.º esquadrejamento (máq. fi o<br />

diamantado)<br />

2.º esquadrejamento – serragem<br />

com monolâmina + monofi o<br />

Polimento, Biselamento, Selecção,<br />

Inspecção e Embalagem<br />

Maciço Rochoso <strong>de</strong> Mármore<br />

Blocos com forma<br />

<strong>de</strong>fi nida<br />

"Inputs": água; discos; explosivos; óleo; energia eléctrica; compressor (ar comprimido)<br />

"Outputs": água residual; resíduos; sucata diversa; pneus; óleo usado; natas; subproduto (blocos<br />

e restos <strong>de</strong> pedra).<br />

Fluxograma 8 – Activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora<br />

N.º Talhada<br />

Talhada Blocos Irregulares<br />

Comercialização<br />

Serragem<br />

Chapa importada Bloco<br />

Chapa serrada<br />

Engenhos <strong>de</strong> corte<br />

Polimento (Polidora <strong>de</strong> Chapa) Chapa polida Comercialização<br />

Corte (máquinas <strong>de</strong> corte) Tiras ou Bandas Comercialização<br />

Mosaicos Comercialização<br />

Acabamentos Obra Comercialização<br />

Comercialização


Depósito <strong>de</strong> água limpa Perfuração<br />

Furo<br />

Caleira<br />

Água com Natas<br />

Tanque<br />

Água com Natas<br />

Depurador<br />

Natas<br />

Depósito <strong>de</strong> natas<br />

Natas<br />

Prensa<br />

Natas<br />

Água Limpa<br />

Água com Natas<br />

Água Limpa<br />

Fluxograma 9 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício<br />

Serragem<br />

Desmonte<br />

Remoção<br />

Transformação Primária<br />

Escombreira<br />

Desperdício<br />

204


Furo<br />

Depurador<br />

205<br />

Depósito <strong>de</strong> Água Limpa<br />

Caleira<br />

Água com Natas<br />

Tanque<br />

Água com Natas<br />

Depurador<br />

Água com Natas<br />

Depósito <strong>de</strong> Natas<br />

Natas<br />

Filtro Prensa<br />

Natas<br />

Água Limpa<br />

Água com Natas<br />

Depurador<br />

Água Limpa<br />

Fluxograma 10 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> uma transformadora<br />

Serrragem<br />

Polimento<br />

Corte<br />

Selecção<br />

Embalagem<br />

Comercialização<br />

Escombreira<br />

Desperdício


8.2 – Anexo II<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Figura 12 – Esquema <strong>de</strong> abaixamento <strong>de</strong> piso executado por uma roçadora<br />

206


1 2<br />

3 4<br />

5 6<br />

7<br />

Figura 13 – Esquema <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> um novo canal<br />

2<strong>07</strong>


8.3 – Anexo III<br />

Escalões <strong>de</strong><br />

produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />

P < 500<br />

500 ≤ P


Quadro 45 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1982 (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

Quadro 46 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1983 (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />

209<br />

Escalões <strong>de</strong><br />

produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />

P < 500<br />

500 ≤ P


Escalões <strong>de</strong><br />

produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />

P < 500<br />

500 ≤ P


Quadro 49 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1986 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

Quadro 50 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1987 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

211<br />

Escalões <strong>de</strong><br />

produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />

P < 500<br />

500 ≤ P


Escalões <strong>de</strong><br />

produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />

P < 500<br />

500 ≤ P


213<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

N ≤ 5<br />

66<br />

68<br />

202<br />

5 < N ≤ 10<br />

22<br />

24<br />

176<br />

10 < N ≤ 20<br />

19<br />

31<br />

282<br />

20 < N ≤ 30<br />

6<br />

13<br />

145<br />

30 < N ≤ 50<br />

9<br />

23<br />

336<br />

50 < N ≤ 100<br />

3<br />

16<br />

212<br />

N > 100<br />

5<br />

38<br />

864<br />

Total<br />

130<br />

213<br />

2217<br />

Quadro 53 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1980 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

72<br />

21<br />

27<br />

8<br />

4<br />

4<br />

5<br />

141<br />

72<br />

23<br />

42<br />

19<br />

10<br />

20<br />

40<br />

226<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

219<br />

155<br />

409<br />

214<br />

151<br />

255<br />

851<br />

2254<br />

Quadro 54 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1981 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)


Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

78<br />

28<br />

21<br />

11<br />

4<br />

4<br />

5<br />

151<br />

79<br />

31<br />

30<br />

27<br />

9<br />

22<br />

41<br />

239<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

247<br />

206<br />

316<br />

282<br />

143<br />

285<br />

872<br />

2351<br />

Quadro 55 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1982 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

74<br />

27<br />

23<br />

12<br />

4<br />

4<br />

5<br />

149<br />

74<br />

32<br />

32<br />

27<br />

13<br />

22<br />

43<br />

243<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

232<br />

212<br />

319<br />

304<br />

152<br />

278<br />

874<br />

2371<br />

Quadro 56 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1983 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

214


215<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

N ≤ 5<br />

57<br />

58<br />

181<br />

5 < N ≤ 10<br />

31<br />

36<br />

243<br />

10 < N ≤ 20<br />

25<br />

40<br />

364<br />

20 < N ≤ 30<br />

9<br />

18<br />

223<br />

30 < N ≤ 50<br />

5<br />

15<br />

181<br />

50 < N ≤ 100<br />

5<br />

25<br />

353<br />

N > 100<br />

4<br />

38<br />

781<br />

Total<br />

136<br />

230<br />

2326<br />

Quadro 57 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1984 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

50<br />

25<br />

25<br />

6<br />

8<br />

4<br />

5<br />

123<br />

50<br />

29<br />

42<br />

12<br />

31<br />

20<br />

44<br />

228<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

171<br />

203<br />

386<br />

155<br />

304<br />

255<br />

879<br />

2353<br />

Quadro 58 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1985 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)


Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

51<br />

26<br />

24<br />

9<br />

4<br />

7<br />

4<br />

125<br />

51<br />

28<br />

39<br />

21<br />

11<br />

37<br />

39<br />

226<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

170<br />

2<strong>07</strong><br />

368<br />

236<br />

162<br />

478<br />

773<br />

2394<br />

Quadro 59 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1986 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

46<br />

32<br />

15<br />

10<br />

5<br />

9<br />

4<br />

121<br />

47<br />

38<br />

21<br />

24<br />

14<br />

44<br />

39<br />

227<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

152<br />

259<br />

222<br />

256<br />

186<br />

560<br />

778<br />

2413<br />

Quadro 60 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1987 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

216


Quadro 61 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1988 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

Quadro 62 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1989 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />

Minas)<br />

217<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

49<br />

32<br />

18<br />

11<br />

5<br />

9<br />

4<br />

128<br />

50<br />

35<br />

27<br />

25<br />

17<br />

46<br />

39<br />

239<br />

Escalões<br />

N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />

N ≤ 5<br />

5 < N ≤ 10<br />

10 < N ≤ 20<br />

20 < N ≤ 30<br />

30 < N ≤ 50<br />

50 < N ≤ 100<br />

N > 100<br />

Total<br />

44<br />

30<br />

24<br />

11<br />

6<br />

9<br />

4<br />

128<br />

45<br />

32<br />

36<br />

25<br />

19<br />

44<br />

40<br />

241<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

165<br />

257<br />

257<br />

286<br />

195<br />

593<br />

788<br />

2541<br />

Volume <strong>de</strong><br />

emprego<br />

156<br />

232<br />

316<br />

285<br />

219<br />

593<br />

785<br />

2586


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Quadro 63 – Produtos produzidos em 1980 (Fonte: INE)<br />

Quadro 64 – Produtos produzidos em 1981 (Fonte: INE)<br />

Produção<br />

1000 m 2 2321<br />

2321<br />

846 652<br />

1 695 110<br />

70 150<br />

40 244<br />

159 994<br />

114 668<br />

86 718<br />

3 013 536<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2511<br />

2511<br />

1 039 496<br />

2 143 231<br />

81 354<br />

32 129<br />

183 157<br />

140 053<br />

134 260<br />

3 753 680<br />

218


Quadro 65 – Produtos produzidos em 1982 (Fonte: INE)<br />

Quadro 66 – Produtos produzidos em 1983 (Fonte: INE)<br />

219<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2469<br />

2469<br />

1 056 298<br />

2 450 175<br />

85 388<br />

42 062<br />

224 117<br />

219 520<br />

187 099<br />

4 264 659<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2544<br />

2544<br />

1 1<strong>07</strong> 545<br />

2 997 977<br />

99 832<br />

31 476<br />

251 538<br />

199 187<br />

217 783<br />

4 905 338


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Quadro 67 – Produtos produzidos em 1984 (Fonte: INE)<br />

Quadro 68 – Produtos produzidos em 1985 (Fonte: INE)<br />

Produção<br />

1000 m 2 2927<br />

2927<br />

1 444 237<br />

4 054 544<br />

116 269<br />

47 372<br />

237 480<br />

233 711<br />

371 891<br />

6 505 504<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2981<br />

2981<br />

1 683 764<br />

4 334 043<br />

136 668<br />

52 797<br />

256 747<br />

385 379<br />

246 147<br />

7 095 545<br />

220


Quadro 69 – Produtos produzidos em 1986 (Fonte: INE)<br />

Quadro 70 – Produtos produzidos em 1987 (Fonte: INE)<br />

221<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2718<br />

2718<br />

1 843 715<br />

4 879 108<br />

129 068<br />

42 216<br />

270 584<br />

394 869<br />

226 243<br />

7 785 803<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2634<br />

2634<br />

2 220 123<br />

5 568 600<br />

131 509<br />

52 571<br />

326 300<br />

118 161<br />

373 121<br />

8 790 385


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Quadro 71 – Produtos produzidos em 1988 (Fonte: INE)<br />

Quadro 72 – Produtos produzidos em 1989 (Fonte: INE)<br />

Produção<br />

1000 m 2 2519<br />

2 519<br />

2 586 290<br />

7 809 199<br />

243 957<br />

71 821<br />

318 997<br />

116 391<br />

702 031<br />

11 848 686<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 2323<br />

2323<br />

3 5<strong>07</strong> 432<br />

8 <strong>07</strong>5 663<br />

231 064<br />

103 057<br />

382 262<br />

133 418<br />

1 151 745<br />

13 584 641<br />

222


Quadro 73 – Produtos produzidos em 1990 (Fonte: INE)<br />

Quadro 74 – Produtos produzidos em 1991 (Fonte: INE)<br />

223<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 3691<br />

3691<br />

7 418 574<br />

12 023 689<br />

692 332<br />

142 039<br />

465 777<br />

173 879<br />

1 804 053<br />

22 720 343<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Produção<br />

1000 m 2 3692<br />

3692<br />

7 655 339<br />

13 833 228<br />

720 436<br />

127 514<br />

625 922<br />

265 044<br />

2 283 930<br />

25 511 413


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

kg 273 277 200<br />

67 329 480<br />

3 568 504<br />

1 917 210<br />

875 533<br />

1 013 147<br />

9 143 144<br />

357 124 218<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

116 306 912<br />

66 165 341<br />

3 572 479<br />

1 885 463<br />

875 533<br />

1 008 424<br />

9 012 290<br />

198 826 442<br />

Quadro 75 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1992 (Fonte: INE)<br />

Quadro 76 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1993 (Fonte: INE)<br />

7 020 680<br />

4 910 775<br />

292 796<br />

247 999<br />

92 914<br />

143 658<br />

871 631<br />

13 580 453<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

kg 336 690 488<br />

80 955 932<br />

823 701<br />

5 349 241<br />

1 284 245<br />

2 242 5<strong>07</strong><br />

18 278 045<br />

445 624 159<br />

196 279 646<br />

77 201 408<br />

865 017<br />

5 349 241<br />

1 284 000<br />

2 239 041<br />

18 129 625<br />

301 347 978<br />

11 294 558<br />

5 576 223<br />

117 123<br />

437 893<br />

143 955<br />

225 811<br />

1 424 993<br />

19 175 556<br />

224


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

kg 324 697 682 194 621 750<br />

Cantarias<br />

70 941 764 69 475 337<br />

Tampos para mesa<br />

1 261 437 1 241 359<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

3 840 879 3 839 779<br />

Construções funerárias<br />

1 715 329 1 677 473<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

2 005 259 1 982 657<br />

Outras obras não discriminadas<br />

19 127 613 18 706 996<br />

Total<br />

423 589 963 291 545 351<br />

Quadro 77 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1994 (Fonte: INE)<br />

225<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

Quadro 78 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1995 (Fonte: INE)<br />

11 599 208<br />

5 608 454<br />

163 490<br />

334 764<br />

189 918<br />

196 775<br />

1 615 913<br />

19 708 522<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

kg 288 613 466<br />

68 174 108<br />

860 883<br />

3 203 753<br />

2 412 377<br />

2 808 978<br />

20 151 444<br />

386 225 009<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

172 619 468<br />

67 171 548<br />

857 439<br />

3 203 453<br />

2 386 158<br />

2 773 066<br />

19 864 563<br />

268 875 695<br />

10 147 870<br />

5 459 253<br />

129 594<br />

377 514<br />

268 8<strong>07</strong><br />

288 541<br />

1 654 511<br />

18 310 545


Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

kg 342 056 886 2<strong>07</strong> 381 872<br />

Cantarias<br />

72 999 679 70 355 723<br />

Tampos para mesa<br />

1 285 564 1 276 315<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

3 138 482 3 137 382<br />

Construções funerárias<br />

2 008 769 2 000 081<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

4 051 027 4 024 112<br />

Outras obras não discriminadas<br />

25 903 250 26 729 372<br />

Total<br />

451 443 657 314 904 857<br />

Quadro 79 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1996 (Fonte: INE)<br />

Quadro 80 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1997 (Fonte: INE)<br />

12 480 924<br />

5 816 741<br />

199 445<br />

360 659<br />

255 845<br />

455 596<br />

2 101 224<br />

21 670 434<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

kg 379 513 902<br />

81 204 828<br />

1 <strong>07</strong>8 636<br />

3 351 211<br />

2 236 225<br />

4 688 817<br />

27 <strong>07</strong>8 9<strong>07</strong><br />

499 152 526<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

231 601 550<br />

81 864 769<br />

1 <strong>07</strong>7 419<br />

3 335 011<br />

2 203 346<br />

4 606 611<br />

26 857 046<br />

351 545 752<br />

14 081 750<br />

6 857 402<br />

176 784<br />

365 799<br />

251 283<br />

486 379<br />

2 308 777<br />

24 528 174<br />

226


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

kg 458 639 344 288 <strong>07</strong>1 212<br />

Cantarias<br />

88 591 331 87 064 416<br />

Tampos para mesa<br />

1 359 165 1 355 777<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

2 670 238 2 669 053<br />

Construções funerárias<br />

2 080 896 2 <strong>07</strong>8 573<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

6 348 766 6 315 272<br />

Outras obras não discriminadas<br />

36 081 168 35 793 055<br />

Total<br />

595 770 908 423 347 358<br />

Quadro 81 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1998 (Fonte: INE)<br />

227<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

Quadro 82 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1999 (Fonte: INE)<br />

14 510 986<br />

7 554 942<br />

266 654<br />

306 6<strong>07</strong><br />

246 014<br />

576 187<br />

2 754 017<br />

26 215 4<strong>07</strong><br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

496 585 468<br />

97 378 565<br />

1 556 844<br />

1 423 766<br />

2 038 484<br />

7 597 869<br />

48 636 318<br />

655 217 314<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

324 950 204<br />

95 702 955<br />

1 552 811<br />

1 422 591<br />

2 196 241<br />

7 582 090<br />

46 942 169<br />

480 349 061<br />

17 088 594<br />

8 739 482<br />

232 768<br />

128 719<br />

256 605<br />

603 685<br />

4 020 200<br />

31 <strong>07</strong>0 053


Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

kg 548 106 150 356 877 374<br />

Cantarias<br />

117 020 252 111 398 511<br />

Tampos para mesa<br />

1 316 387 1 312 058<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

772 352 771 177<br />

Construções funerárias<br />

937 859 923 961<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

7 467 618 7 466 365<br />

Outras obras não discriminadas<br />

46 305 964 45 548 793<br />

Total<br />

720 610 195 524 298 239<br />

Quadro 83 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2000 (Fonte: INE)<br />

Quadro 84 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2001 (Fonte: INE)<br />

19 245 860<br />

9 628 433<br />

188 4<strong>07</strong><br />

90 268<br />

162 785<br />

689 792<br />

4 248 487<br />

34 254 032<br />

Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

458 835 136<br />

115 450 145<br />

1 837 545<br />

520 793<br />

997 113<br />

7 628 112<br />

40 609 305<br />

625 878 149<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

293 172 052<br />

114 050 761<br />

1 833 891<br />

519 618<br />

1 004 719<br />

7 583 685<br />

40 290 693<br />

458 455 419<br />

86 161 192<br />

49 209/ 311<br />

1 302 656<br />

258 028<br />

1 097 515<br />

3 571 213<br />

21 779 087<br />

163 379 002<br />

228


Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />

Chapa serrada<br />

Cantarias<br />

Tampos para mesa<br />

Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />

Construções funerárias<br />

Elementos para cozinha e sanitários<br />

Outras obras não discriminadas<br />

Total<br />

Quadro 85 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2002 (Fonte: INE)<br />

229<br />

kg 457 759 360<br />

102 202 208<br />

1 848 493<br />

144 840<br />

932 156<br />

7 041 722<br />

47 492 299<br />

617 421 <strong>07</strong>8<br />

Produção<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

297 5<strong>07</strong> 856<br />

100 834 049<br />

1 837 774<br />

143 665<br />

922 371<br />

7 030 188<br />

45 009 288<br />

453 285 875<br />

90 546 888<br />

46 915 241<br />

1 567 458<br />

144 125<br />

1 017 080<br />

3 896 275<br />

21 119 909<br />

165 206 976


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Holanda<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Formosa<br />

Malásia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Quénia<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Líbano<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

7209<br />

6967<br />

2219<br />

36 211<br />

24 471<br />

39<br />

20<br />

77 136<br />

3080<br />

19<br />

1543<br />

148<br />

4790<br />

420<br />

420<br />

62<br />

5868<br />

5930<br />

711<br />

579<br />

1290<br />

89 566<br />

53 323<br />

40 776<br />

14 871<br />

227 953<br />

128 782<br />

494<br />

163<br />

466 362<br />

21 999<br />

334<br />

10 894<br />

1030<br />

34 257<br />

2 488<br />

2 488<br />

631<br />

32 090<br />

32 721<br />

4600<br />

5<strong>07</strong>1<br />

9671<br />

545 499<br />

3993<br />

1238<br />

2876<br />

5710<br />

5636<br />

18<br />

9<br />

219<br />

21<br />

0<br />

0<br />

19 720<br />

892<br />

18<br />

94<br />

82<br />

1086<br />

306<br />

18<br />

Quadro 86 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1980 (INE)<br />

324<br />

781<br />

347<br />

1128<br />

51<br />

36<br />

87<br />

71<br />

71<br />

126<br />

126<br />

22 542<br />

40 220<br />

18 742<br />

44 959<br />

36 832<br />

60 122<br />

339<br />

218<br />

3756<br />

476<br />

1<br />

18<br />

205 683<br />

16 654<br />

447<br />

833<br />

556<br />

18 490<br />

6846<br />

815<br />

7661<br />

10 487<br />

2883<br />

13 370<br />

678<br />

895<br />

1573<br />

1631<br />

1631<br />

3040<br />

3040<br />

251 448<br />

7987<br />

1016<br />

7303<br />

2805<br />

1215<br />

441<br />

1125<br />

1190<br />

23 082<br />

581<br />

520<br />

1159<br />

2260<br />

6822<br />

6822<br />

1877<br />

1877<br />

1358<br />

35 399<br />

230<br />

215 349<br />

25 909<br />

228 674<br />

63 998<br />

35 118<br />

13 385<br />

39 533<br />

29 087<br />

651 053<br />

15 050<br />

21 580<br />

25 670<br />

62 300<br />

176 771<br />

176 771<br />

66 565<br />

66 565<br />

49 042<br />

1 005 731


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Cida<strong>de</strong> do Vaticano<br />

Ilhas Faroe<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Ceuta<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Líbano<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

América Central<br />

Guatemala<br />

Total América Central<br />

Outros países<br />

Total<br />

Quadro 87 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1981 (INE)<br />

231<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

5282<br />

50<strong>07</strong><br />

2734<br />

23 531<br />

27 775<br />

64 329<br />

1752<br />

1752<br />

3087<br />

3087<br />

1616<br />

70 784<br />

48 879<br />

35 486<br />

19 725<br />

163 712<br />

163 175<br />

430 977<br />

16 129<br />

16 129<br />

22 669<br />

22 669<br />

16 133<br />

485 908<br />

22<strong>07</strong><br />

1277<br />

2442<br />

1779<br />

4905<br />

295<br />

12 905<br />

1379<br />

91<br />

1470<br />

145<br />

145<br />

122<br />

122<br />

1734<br />

16 376<br />

39 179<br />

17 761<br />

47 227<br />

31 468<br />

65 567<br />

6285<br />

2<strong>07</strong> 487<br />

36 050<br />

3174<br />

39 224<br />

4262<br />

4262<br />

2581<br />

2581<br />

28 692<br />

282 246<br />

547<br />

5549<br />

1433<br />

1640<br />

1011<br />

372<br />

26<br />

1289<br />

11 867<br />

581<br />

1060<br />

1641<br />

143<br />

216<br />

134<br />

493<br />

10 263<br />

10 263<br />

2747<br />

2747<br />

157<br />

157<br />

300<br />

300<br />

27 468<br />

14 698<br />

164 905<br />

41 733<br />

50 270<br />

35 926<br />

11 215<br />

859<br />

56 5<strong>07</strong><br />

376 113<br />

13 236<br />

30 826<br />

44 062<br />

6382<br />

5330<br />

5965<br />

17 677<br />

301 897<br />

301 897<br />

128 239<br />

128 239<br />

8047<br />

8047<br />

13 598<br />

13 598<br />

88 9633


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Holanda<br />

Reino Unido<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Líbano<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

3665<br />

3322<br />

1758<br />

26 847<br />

27 657<br />

63 249<br />

2451<br />

17<br />

649<br />

3117<br />

345<br />

345<br />

88<br />

17<br />

1532<br />

1637<br />

189<br />

189<br />

41<br />

68 578<br />

39 945<br />

25 532<br />

13 599<br />

265 950<br />

178 449<br />

523 475<br />

27 014<br />

808<br />

8450<br />

36 272<br />

4613<br />

4613<br />

743<br />

606<br />

15 208<br />

16 557<br />

2995<br />

2995<br />

542<br />

584 454<br />

1753<br />

940<br />

1917<br />

5880<br />

3536<br />

17<br />

25<br />

304<br />

17<br />

309<br />

14 698<br />

1123<br />

12<br />

434<br />

52<br />

1621<br />

Quadro 88 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1982 (INE)<br />

153<br />

153<br />

52<br />

231<br />

283<br />

185<br />

37<br />

222<br />

105<br />

54<br />

159<br />

205<br />

205<br />

13<br />

17 354<br />

31 717<br />

18 <strong>07</strong>6<br />

43 6<strong>07</strong><br />

73 153<br />

58 457<br />

746<br />

600<br />

10 219<br />

596<br />

3342<br />

240 513<br />

33 799<br />

548<br />

20 518<br />

2129<br />

56 994<br />

6656<br />

6656<br />

1290<br />

4788<br />

6<strong>07</strong>8<br />

6117<br />

1975<br />

8092<br />

3602<br />

1424<br />

5026<br />

2964<br />

2964<br />

291<br />

326 614<br />

5216<br />

275<br />

5140<br />

456<br />

1845<br />

979<br />

1418<br />

46<br />

1462<br />

147<br />

332<br />

78<br />

17 394<br />

870<br />

268<br />

1344<br />

2482<br />

127<br />

6<br />

465<br />

598<br />

4257<br />

4257<br />

2794<br />

94<br />

2888<br />

83<br />

83<br />

27 702<br />

232<br />

199 402<br />

8617<br />

290 336<br />

13 840<br />

54 050<br />

44 740<br />

76 209<br />

2377<br />

55 620<br />

5120<br />

13 611<br />

3850<br />

767 772<br />

24 625<br />

12 523<br />

51 015<br />

88 163<br />

8739<br />

444<br />

15 204<br />

24 387<br />

317 627<br />

317 627<br />

188 828<br />

4872<br />

193 700<br />

9125<br />

9125<br />

1 400 774


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Holanda<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Marrocos<br />

Total África<br />

Médio oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Emirados Árabes Unidos<br />

Líbano<br />

Kowait<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

Outros países<br />

Total<br />

233<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

6637<br />

3731<br />

1454<br />

30 410<br />

20 580<br />

39<br />

258<br />

102<br />

215<br />

63 426<br />

3683<br />

66<br />

87<br />

464<br />

4300<br />

36<br />

36<br />

291<br />

1748<br />

2039<br />

177<br />

177<br />

70<br />

70<br />

38<br />

70 086<br />

100 675<br />

46 479<br />

16 105<br />

462 894<br />

170 612<br />

1365<br />

1344<br />

1496<br />

3132<br />

804 102<br />

74 000<br />

4062<br />

3140<br />

8351<br />

89 553<br />

2016<br />

2016<br />

6234<br />

22 128<br />

28 362<br />

5855<br />

5855<br />

1968<br />

1968<br />

650<br />

932 506<br />

827<br />

531<br />

1842<br />

945<br />

3733<br />

98<br />

179<br />

175<br />

8330<br />

965<br />

686<br />

68<br />

1719<br />

120<br />

120<br />

83<br />

331<br />

414<br />

72<br />

48<br />

120<br />

25<br />

25<br />

73<br />

10 801<br />

23 923<br />

15 821<br />

54 337<br />

34 828<br />

68 484<br />

2231<br />

8790<br />

4285<br />

212 699<br />

49 745<br />

44 804<br />

4100<br />

98 649<br />

6736<br />

6736<br />

5185<br />

7423<br />

12 608<br />

3496<br />

2177<br />

5673<br />

1615<br />

1615<br />

2495<br />

340 475<br />

Quadro 89 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1983 (INE)<br />

5038<br />

169<br />

4017<br />

258<br />

375<br />

1310<br />

1657<br />

37<br />

973<br />

92<br />

153<br />

51<br />

91<br />

14 221<br />

91<br />

1004<br />

1095<br />

50<br />

50<br />

4565<br />

119<br />

128<br />

4812<br />

3997<br />

130<br />

4127<br />

195<br />

195<br />

24 500<br />

235 555<br />

6563<br />

252 121<br />

10 640<br />

8935<br />

73 086<br />

93 670<br />

2562<br />

43 461<br />

4733<br />

8319<br />

1766<br />

6169<br />

747 580<br />

7950<br />

58 092<br />

66 042<br />

5168<br />

5168<br />

316 366<br />

5197<br />

9249<br />

330 812<br />

349 734<br />

9268<br />

359 002<br />

16 965<br />

16 965<br />

1 525 569


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Holanda<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Chipre<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Tailândia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Marrocos<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

4665<br />

4999<br />

1512<br />

31 016<br />

24 984<br />

118<br />

162<br />

384<br />

67 840<br />

29<strong>07</strong><br />

539<br />

95<br />

90<br />

3631<br />

17<br />

846<br />

863<br />

1<strong>07</strong><br />

1032<br />

1139<br />

62<br />

19<br />

81<br />

71<br />

71<br />

92 553<br />

76 348<br />

23 156<br />

540 625<br />

281 674<br />

4104<br />

3575<br />

7525<br />

1 029 560<br />

77 088<br />

9967<br />

2630<br />

1288<br />

90 973<br />

1134<br />

14 282<br />

15 416<br />

2117<br />

14 340<br />

16 457<br />

3183<br />

1234<br />

4417<br />

3674<br />

3674<br />

823<br />

726<br />

2231<br />

1823<br />

4794<br />

Quadro 90 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1984 (INE)<br />

199<br />

63<br />

201<br />

58<br />

10 918<br />

1353<br />

17<br />

391<br />

33<br />

165<br />

1959<br />

244<br />

244<br />

250<br />

250<br />

204<br />

34<br />

238<br />

109<br />

38<br />

147<br />

33 390<br />

25 538<br />

88 636<br />

75 037<br />

105 042<br />

11 015<br />

2102<br />

5546<br />

3650<br />

349 956<br />

93 502<br />

1093<br />

27 453<br />

3104<br />

5051<br />

130 203<br />

15 837<br />

15 837<br />

15 716<br />

15 716<br />

9064<br />

2015<br />

11 <strong>07</strong>9<br />

6894<br />

2120<br />

9014<br />

8462<br />

355<br />

5774<br />

613<br />

1349<br />

2364<br />

1974<br />

33<br />

1811<br />

752<br />

87<br />

1<strong>07</strong><br />

23 681<br />

353<br />

217<br />

8028<br />

117<br />

8715<br />

243<br />

36<br />

279<br />

8664<br />

237<br />

242<br />

9143<br />

6643<br />

468<br />

7111<br />

427<br />

427<br />

234<br />

432 342<br />

19 592<br />

450 868<br />

38 570<br />

51 146<br />

149 498<br />

154 890<br />

4461<br />

122 389<br />

41 058<br />

6653<br />

11 890<br />

1 483 357<br />

30 188<br />

16 191<br />

523 547<br />

12 315<br />

582 241<br />

25 872<br />

3256<br />

29 128<br />

667 324<br />

20 572<br />

15 539<br />

703 435<br />

755 385<br />

41 691<br />

797 <strong>07</strong>6<br />

44 644<br />

44 644


América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

313<br />

313<br />

9404<br />

9404<br />

Outros países<br />

29 760 58 1550<br />

Total<br />

73 967 1 170 661 13 814 533 355 49 356 3 639 881<br />

Quadro 90 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1984 (INE) (continuação)


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Chipre<br />

Gibraltar<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Tunísia<br />

Gabão<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

4053<br />

5489<br />

1253<br />

28 001<br />

24 495<br />

189<br />

63 480<br />

1406<br />

170<br />

602<br />

2178<br />

300<br />

300<br />

88<br />

88<br />

19<br />

19<br />

188<br />

188<br />

97 048<br />

88 744<br />

24 730<br />

586 189<br />

294 269<br />

3527<br />

1 094 5<strong>07</strong><br />

58 747<br />

4431<br />

15 533<br />

78 711<br />

2225<br />

2225<br />

3689<br />

3689<br />

2254<br />

2254<br />

11 131<br />

11 131<br />

851<br />

1320<br />

3069<br />

1316<br />

9748<br />

284<br />

23<br />

20<br />

234<br />

160<br />

Quadro 91 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1985 (INE)<br />

35<br />

17 060<br />

1605<br />

153<br />

104<br />

177<br />

2039<br />

272<br />

272<br />

686<br />

23<br />

12<br />

224<br />

945<br />

286<br />

61<br />

347<br />

60<br />

60<br />

43 928<br />

49 444<br />

146 425<br />

67 384<br />

231 420<br />

13 693<br />

1572<br />

1284<br />

8774<br />

5636<br />

1497<br />

571 057<br />

106 916<br />

8437<br />

7391<br />

6083<br />

128 827<br />

19 595<br />

19 595<br />

21 999<br />

1041<br />

1215<br />

7733<br />

31 988<br />

15 973<br />

4754<br />

20 727<br />

3564<br />

3564<br />

8513<br />

919<br />

7449<br />

645<br />

2415<br />

2965<br />

2810<br />

226<br />

65<br />

1909<br />

1579<br />

191<br />

289<br />

15<br />

29 990<br />

416<br />

1101<br />

4304<br />

5821<br />

142<br />

142<br />

7022<br />

262<br />

7284<br />

7759<br />

704<br />

8463<br />

441<br />

441<br />

236<br />

541 005<br />

48 303<br />

676 200<br />

41 595<br />

96 211<br />

210 347<br />

249 385<br />

16 239<br />

7095<br />

142 057<br />

98 815<br />

15 016<br />

24 780<br />

1574<br />

2 168 622<br />

35 901<br />

118 138<br />

305 914<br />

459 953<br />

16 490<br />

16 490<br />

662 847<br />

19 215<br />

682 062<br />

1 039 530<br />

81 258<br />

1 120 788<br />

61 154<br />

61 154


América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

128<br />

128<br />

5289<br />

5289<br />

Outros países<br />

25 854 58 2517<br />

Total<br />

66 406 1 198 660 20 879 781 922 52 141 4 509 069<br />

Quadro 91 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1985 (INE) (continuação)<br />

98<br />

98<br />

3647<br />

3647


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

5263<br />

6365<br />

1014<br />

31 <strong>07</strong>6<br />

26 810<br />

70 528<br />

4613<br />

4613<br />

3242<br />

78 383<br />

158 845<br />

157 226<br />

22 920<br />

863 388<br />

361 389<br />

1 563 768<br />

180 186<br />

180 186<br />

63 086<br />

1 8<strong>07</strong> 040<br />

762<br />

1570<br />

2386<br />

1957<br />

12 301<br />

Quadro 92 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1986 (INE)<br />

448<br />

19 424<br />

441<br />

231<br />

68<br />

740<br />

129<br />

129<br />

103<br />

103<br />

606<br />

167<br />

773<br />

884<br />

22 053<br />

58 183<br />

72 371<br />

130 332<br />

129 054<br />

398 424<br />

24 350<br />

812 714<br />

35 720<br />

13 042<br />

47<strong>07</strong><br />

53 469<br />

8141<br />

8141<br />

5156<br />

5156<br />

64 858<br />

15 350<br />

80 208<br />

35 619<br />

995 3<strong>07</strong><br />

7640<br />

1220<br />

7499<br />

1055<br />

7603<br />

2808<br />

38<strong>07</strong><br />

217<br />

201<br />

2797<br />

1424<br />

325<br />

428<br />

239<br />

66<br />

37 329<br />

514<br />

1175<br />

2473<br />

4162<br />

49<br />

18<br />

1308<br />

1375<br />

3373<br />

252<br />

116<br />

3741<br />

7960<br />

1019<br />

8979<br />

412<br />

412<br />

55 998<br />

238<br />

628 549<br />

88 453<br />

834 499<br />

82 368<br />

308 517<br />

228 417<br />

367 892<br />

26 081<br />

17 539<br />

226 927<br />

127 147<br />

30 804<br />

43 613<br />

25 104<br />

9002<br />

3 044 912<br />

49 104<br />

116 419<br />

179 106<br />

344 629<br />

5167<br />

1262<br />

105 024<br />

111 453<br />

353 184<br />

22 496<br />

7629<br />

383 309<br />

1 003 633<br />

121 671<br />

1 125 304<br />

48 905<br />

48 905<br />

5 058 512


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Marrocos<br />

Zaire<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Barém<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

Outros países<br />

Total<br />

Quadro 93 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1987 (INE)<br />

239<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

5033<br />

6083<br />

740<br />

23 797<br />

30 905<br />

66 558<br />

1571<br />

906<br />

2477<br />

1108<br />

70 143<br />

163 792<br />

135 762<br />

25 288<br />

750 414<br />

458 738<br />

1 533 994<br />

57 162<br />

28 092<br />

85 254<br />

36 509<br />

1 655 757<br />

983<br />

1998<br />

2389<br />

2939<br />

22 640<br />

538<br />

31 487<br />

489<br />

257<br />

171<br />

917<br />

92<br />

92<br />

62<br />

62<br />

549<br />

156<br />

705<br />

129<br />

129<br />

334<br />

33 726<br />

91 562<br />

92 096<br />

146 536<br />

204 461<br />

770 931<br />

33 095<br />

1 338 681<br />

38 664<br />

16 714<br />

14 334<br />

69 712<br />

6985<br />

6985<br />

3630<br />

3630<br />

66 571<br />

13 221<br />

79 792<br />

11 541<br />

11 541<br />

20 093<br />

1 530 434<br />

8067<br />

1534<br />

7453<br />

2053<br />

11 453<br />

2521<br />

5505<br />

300<br />

183<br />

3494<br />

395<br />

1813<br />

603<br />

423<br />

813<br />

46 610<br />

592<br />

2582<br />

2281<br />

5455<br />

145<br />

1460<br />

163<br />

1768<br />

3683<br />

454<br />

724<br />

204<br />

5065<br />

9137<br />

1249<br />

10 386<br />

495<br />

495<br />

69 779<br />

769 682<br />

103 400<br />

804 085<br />

152 591<br />

510 725<br />

241 550<br />

565 155<br />

40 516<br />

21 894<br />

312 015<br />

37 479<br />

195 029<br />

50 697<br />

46 975<br />

70 857<br />

3 922 650<br />

49 837<br />

262 368<br />

168 713<br />

480 918<br />

12 772<br />

103 620<br />

11 235<br />

127 627<br />

276 829<br />

47 975<br />

52 196<br />

23 296<br />

400 296<br />

1 203 348<br />

160 568<br />

1 363 916<br />

67 826<br />

67 826<br />

6 363 233


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Chipre<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Brunei<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Tunísia<br />

Zaire<br />

Benim<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Barém<br />

Iraque<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

2208<br />

1892<br />

515<br />

8241<br />

27 550<br />

151<br />

4<br />

323<br />

593<br />

41 477<br />

2204<br />

40<br />

1013<br />

3257<br />

83<br />

79 574<br />

42 089<br />

16 869<br />

253 340<br />

471 385<br />

2091<br />

Quadro 94 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1988 (INE)<br />

589<br />

12 545<br />

24 243<br />

902 725<br />

97 102<br />

4158<br />

43 673<br />

144 933<br />

6250<br />

3119<br />

3844<br />

2778<br />

26 005<br />

29 940<br />

134<br />

395<br />

26<br />

2<br />

17<br />

20<br />

514<br />

284<br />

38<br />

161<br />

17<br />

67 294<br />

1404<br />

251<br />

303<br />

17<br />

575<br />

20<br />

2570<br />

3<br />

128<br />

22<br />

153<br />

362<br />

40<br />

335<br />

59<br />

796<br />

167 736<br />

155 854<br />

184 381<br />

1 058 823<br />

1 041 172<br />

12 080<br />

34 <strong>07</strong>1<br />

1922<br />

74<br />

1408<br />

665<br />

31 232<br />

9915<br />

1424<br />

7340<br />

897<br />

2 708 994<br />

83 898<br />

14 441<br />

26 793<br />

1804<br />

24 996<br />

1533<br />

153 465<br />

383<br />

2619<br />

1595<br />

4597<br />

16 527<br />

4642<br />

9864<br />

2151<br />

33 184<br />

9381<br />

3626<br />

11 662<br />

1206<br />

13 331<br />

3055<br />

8005<br />

258<br />

336<br />

4343<br />

318<br />

2284<br />

956<br />

626<br />

2533<br />

19<br />

61 939<br />

1317<br />

114<br />

2080<br />

314<br />

3825<br />

213<br />

225<br />

45<br />

135<br />

618<br />

5300<br />

750<br />

289<br />

703<br />

151<br />

7193<br />

240<br />

944 215<br />

231 187<br />

1 <strong>07</strong>6 301<br />

101 538<br />

626 149<br />

309 722<br />

931 896<br />

31 203<br />

38 202<br />

388 353<br />

30 684<br />

249 527<br />

110 723<br />

74 587<br />

174 247<br />

2231<br />

5 320 765<br />

172 648<br />

13 239<br />

178 034<br />

18 237<br />

382 158<br />

21 815<br />

28 593<br />

3496<br />

8608<br />

62 512<br />

485 349<br />

71 354<br />

22 136<br />

18 101<br />

11 398<br />

608 338


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

18<br />

21<br />

39<br />

356<br />

356<br />

45 212<br />

1786<br />

1841<br />

3627<br />

18 585<br />

18 585<br />

1 <strong>07</strong>6 120<br />

385<br />

196<br />

581<br />

8358<br />

1747<br />

10 105<br />

350<br />

350<br />

84 030<br />

Quadro 94 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1988 (INE) (continuação)<br />

71<br />

71<br />

277<br />

277<br />

48<br />

71 790<br />

36 639<br />

23 614<br />

60 253<br />

6069<br />

6069<br />

8514<br />

8514<br />

2850<br />

2 977 926<br />

1 171 044<br />

236 830<br />

1 4<strong>07</strong> 874<br />

48 003<br />

48 003<br />

7 829 650


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Índia<br />

Indonésia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

São Tomé e Príncipe<br />

Angola<br />

Tunísia<br />

Zaire<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

1195<br />

1346<br />

1430<br />

9103<br />

27 096<br />

686<br />

20<br />

113<br />

41<br />

41 030<br />

3449<br />

1432<br />

4881<br />

15<br />

15<br />

33 820<br />

24 995<br />

30 883<br />

328 655<br />

504 498<br />

11 778<br />

202<br />

4113<br />

1633<br />

940 577<br />

146 718<br />

71 067<br />

217 785<br />

Quadro 95 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1989 (INE)<br />

264<br />

264<br />

3621<br />

6335<br />

2346<br />

20 020<br />

38 234<br />

13<br />

401<br />

177<br />

13<br />

101<br />

752<br />

175<br />

1794<br />

0<br />

62<br />

1<br />

74 045<br />

884<br />

264<br />

137<br />

17<br />

191<br />

1<br />

42<br />

1536<br />

40<br />

1<br />

17<br />

101<br />

159<br />

143<br />

139<br />

112<br />

394<br />

308<br />

121<br />

429<br />

245 098<br />

244 020<br />

157 080<br />

919 588<br />

1 396 768<br />

1916<br />

31 213<br />

15 808<br />

2383<br />

11 699<br />

15 657<br />

17 361<br />

68 265<br />

38<br />

3347<br />

143<br />

3 130 384<br />

33 995<br />

15 6<strong>07</strong><br />

12 <strong>07</strong>1<br />

1977<br />

10 508<br />

86<br />

1946<br />

76 190<br />

4981<br />

50<br />

1467<br />

3624<br />

10 122<br />

9619<br />

10 032<br />

2528<br />

22 179<br />

27 168<br />

9689<br />

36 857<br />

9800<br />

8640<br />

16 164<br />

1936<br />

21 753<br />

2490<br />

9 845<br />

362<br />

618<br />

5<strong>07</strong>5<br />

589<br />

2541<br />

971<br />

283<br />

836<br />

44<br />

81 947<br />

1472<br />

1552<br />

1041<br />

258<br />

181<br />

4504<br />

320<br />

22<br />

124<br />

1<br />

61<br />

64<br />

592<br />

5735<br />

580<br />

332<br />

6647<br />

9273<br />

1870<br />

11 143<br />

242<br />

1 101 417<br />

576 848<br />

1 419 655<br />

171 580<br />

1 142 008<br />

244 506<br />

1 168 349<br />

47 309<br />

85 932<br />

591 590<br />

59 571<br />

287 752<br />

120 463<br />

35 901<br />

67 667<br />

5290<br />

7 125 838<br />

157 469<br />

221 924<br />

117 468<br />

29 042<br />

16 732<br />

542 635<br />

37 191<br />

2093<br />

11 122<br />

388<br />

20 754<br />

4729<br />

76 277<br />

463 812<br />

58 066<br />

30 599<br />

552 477<br />

1 396 031<br />

296 998<br />

1 693 029


Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

132<br />

132<br />

5416<br />

5416<br />

598<br />

598<br />

94 426<br />

94 426<br />

46 058 1 164 042 76 617 3 278 703<br />

105 431 10 084 682<br />

Quadro 95 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1989 (INE) (continuação)<br />

54<br />

54<br />

2971<br />

2971


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Indonésia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Guiné<br />

Senegal<br />

Tunísia<br />

Zaire<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Iraque<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

2020<br />

972<br />

1632<br />

19 327<br />

28 184<br />

7<br />

186<br />

2<br />

463<br />

28<br />

62<br />

0<br />

52 883<br />

2393<br />

902<br />

3295<br />

2<br />

2<br />

63 532<br />

23 821<br />

29 841<br />

867 205<br />

530 354<br />

1796<br />

2040<br />

417<br />

10 551<br />

2423<br />

2389<br />

376<br />

1 534 745<br />

92 594<br />

38 265<br />

130 859<br />

Quadro 96 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1990 (INE)<br />

200<br />

200<br />

3917<br />

7646<br />

3355<br />

20 056<br />

43 418<br />

28<br />

214<br />

143<br />

4<br />

21<br />

23<br />

190<br />

1327<br />

0<br />

76<br />

24<br />

80 442<br />

1442<br />

37<br />

437<br />

42<br />

1958<br />

123<br />

2<br />

39<br />

0<br />

0<br />

109<br />

273<br />

136<br />

34<br />

138<br />

308<br />

304 425<br />

336 945<br />

187 140<br />

999 254<br />

1 653 501<br />

1959<br />

19 920<br />

16 839<br />

1038<br />

4445<br />

2728<br />

20 946<br />

63 402<br />

14<br />

4763<br />

270<br />

3 617 589<br />

53 273<br />

3655<br />

48 851<br />

1424<br />

1<strong>07</strong> 203<br />

12 327<br />

120<br />

2245<br />

150<br />

21<br />

1744<br />

16 6<strong>07</strong><br />

11 311<br />

3413<br />

4841<br />

19 565<br />

11 212<br />

13 388<br />

22 910<br />

2373<br />

32 090<br />

2068<br />

11 406<br />

350<br />

545<br />

6968<br />

1208<br />

3389<br />

866<br />

295<br />

933<br />

32<br />

110 033<br />

1438<br />

2622<br />

1318<br />

392<br />

124<br />

532<br />

6426<br />

399<br />

186<br />

1780<br />

255<br />

331<br />

32<br />

2983<br />

7577<br />

669<br />

306<br />

809<br />

517<br />

213<br />

474<br />

10 565<br />

244<br />

1 381 124<br />

919 048<br />

1 837 641<br />

199 281<br />

1 886 421<br />

233 186<br />

1 391 347<br />

44 480<br />

72 422<br />

738 697<br />

163 897<br />

373 675<br />

129 068<br />

37 231<br />

79 644<br />

5320<br />

9 492 482<br />

145 162<br />

355 178<br />

139 <strong>07</strong>4<br />

45 543<br />

7221<br />

81 135<br />

773 313<br />

41 727<br />

6366<br />

151 372<br />

47 986<br />

64 012<br />

3145<br />

314 608<br />

723 928<br />

64 101<br />

22 591<br />

23 631<br />

47 126<br />

33 131<br />

49 678<br />

964 186


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

9<br />

9<br />

56 189<br />

223<br />

223<br />

1 666 027<br />

748<br />

126<br />

874<br />

9472<br />

2552<br />

12 024<br />

358<br />

358<br />

142 389<br />

Quadro 96 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1990 (INE) (continuação)<br />

20<br />

20<br />

0<br />

83 875<br />

55 259<br />

21 573<br />

76 832<br />

1045<br />

1045<br />

145<br />

3 838 986<br />

1 404 827<br />

392 595<br />

1 797 422<br />

44 584<br />

44 584<br />

13 386 595


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Hungria<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Senegal<br />

Nigéria<br />

Moçambique<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Barém<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

1682<br />

1432<br />

1690<br />

26 837<br />

20 960<br />

341<br />

147<br />

190<br />

143<br />

23<br />

53 445<br />

1847<br />

600<br />

2447<br />

62<br />

62<br />

60<br />

60<br />

12<br />

12<br />

53 938<br />

32 535<br />

30 693<br />

1 030 885<br />

430 261<br />

7583<br />

18 452<br />

10 347<br />

4805<br />

2693<br />

1 622 192<br />

106 648<br />

32 200<br />

138 848<br />

3<strong>07</strong>8<br />

3<strong>07</strong>8<br />

2041<br />

2041<br />

Quadro 97 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1991 (INE)<br />

379<br />

379<br />

2890<br />

7021<br />

4299<br />

15 646<br />

42 141<br />

3<br />

473<br />

75<br />

1<br />

179<br />

258<br />

927<br />

62<br />

73 975<br />

949<br />

3<strong>07</strong><br />

1256<br />

59<br />

5<br />

20<br />

192<br />

3<br />

21<br />

126<br />

598<br />

1024<br />

898<br />

17<br />

4017<br />

0<br />

4932<br />

278<br />

62<br />

340<br />

247 181<br />

296 410<br />

211 856<br />

789 426<br />

1 579 136<br />

213<br />

41 068<br />

9274<br />

158<br />

21 363<br />

24 256<br />

46 950<br />

4628<br />

3 271 919<br />

43 547<br />

39 790<br />

83 337<br />

6531<br />

335<br />

1804<br />

26 674<br />

1264<br />

920<br />

14 021<br />

10 099<br />

61 648<br />

57 841<br />

2643<br />

109 530<br />

40<br />

170 054<br />

19 339<br />

12 194<br />

31 533<br />

11 987<br />

13 017<br />

27 172<br />

5221<br />

31 343<br />

1432<br />

10 112<br />

399<br />

470<br />

5256<br />

971<br />

3753<br />

1053<br />

259<br />

244<br />

112 689<br />

3099<br />

2132<br />

948<br />

669<br />

185<br />

7033<br />

378<br />

82<br />

1106<br />

67<br />

330<br />

1963<br />

11 646<br />

591<br />

773<br />

3869<br />

588<br />

17 467<br />

9033<br />

1161<br />

10 194<br />

246<br />

1 512 131<br />

992 269<br />

2 145 377<br />

423 014<br />

1 942 415<br />

140 429<br />

1 311 488<br />

65 159<br />

68 412<br />

537 870<br />

114 476<br />

438 891<br />

129 037<br />

43 7<strong>07</strong><br />

19 689<br />

9 884 364<br />

298 580<br />

313 281<br />

113 561<br />

86 805<br />

7569<br />

819 796<br />

39 008<br />

8346<br />

102 021<br />

10 868<br />

20 820<br />

181 063<br />

1 051 699<br />

62 541<br />

61 923<br />

129 865<br />

60 563<br />

1 366 591<br />

1 125 467<br />

180 004<br />

1 305 471


Oceânia<br />

Austrália<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

42<br />

42<br />

56 068<br />

1688<br />

1688<br />

1 768 226<br />

124<br />

81 651<br />

6 768<br />

3 625 259<br />

Quadro 97 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1991 (INE) (continuação)<br />

208<br />

149 554<br />

38 281<br />

13 595 566


Europa<br />

Alemanha (Rep. Fed.)<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

3220<br />

5566<br />

2097<br />

40 539<br />

18 764<br />

314<br />

24<br />

48<br />

1<strong>07</strong><br />

161<br />

109<br />

70 949<br />

1559<br />

20<br />

1454<br />

3033<br />

2027<br />

2027<br />

6<br />

1027<br />

1033<br />

14<br />

14<br />

109 532<br />

197 663<br />

81 459<br />

1 566 672<br />

362 136<br />

9745<br />

3229<br />

7279<br />

2506<br />

6961<br />

4925<br />

2 352 1<strong>07</strong><br />

78 276<br />

963<br />

77 348<br />

156 587<br />

65 609<br />

65 609<br />

Quadro 98 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1992 (INE)<br />

304<br />

22 237<br />

22 541<br />

234<br />

234<br />

2840<br />

3504<br />

3916<br />

12 431<br />

35 8<strong>07</strong><br />

553<br />

45<br />

298<br />

282<br />

59 676<br />

1143<br />

80<br />

51<br />

1274<br />

372<br />

372<br />

1375<br />

152<br />

304<br />

223<br />

2054<br />

682<br />

99<br />

781<br />

262 936<br />

196 013<br />

193 556<br />

694 527<br />

1 414 679<br />

40 112<br />

4472<br />

33 003<br />

11 961<br />

2 851 259<br />

53 580<br />

12 067<br />

7168<br />

72 815<br />

52 558<br />

52 558<br />

92 103<br />

10 343<br />

11 257<br />

16 235<br />

129 938<br />

43 061<br />

10 268<br />

53 329<br />

11 882<br />

12 936<br />

24 486<br />

2821<br />

30 859<br />

1044<br />

10 106<br />

460<br />

363<br />

4035<br />

888<br />

3130<br />

386<br />

120<br />

547<br />

5<br />

104 068<br />

1500<br />

2592<br />

2333<br />

566<br />

226<br />

7217<br />

246<br />

122<br />

1045<br />

56<br />

1469<br />

19 3<strong>07</strong><br />

784<br />

1060<br />

3<strong>07</strong>7<br />

1148<br />

546<br />

25 922<br />

8720<br />

778<br />

9498<br />

248<br />

1 597 944<br />

982 592<br />

1 859 474<br />

277 022<br />

1 771 505<br />

116 929<br />

1 306 950<br />

63 884<br />

38 460<br />

391 197<br />

108 210<br />

350 958<br />

60 344<br />

11 062<br />

48 240<br />

1092<br />

8 985 863<br />

95 031<br />

416 638<br />

286 636<br />

68 127<br />

13 450<br />

879 882<br />

31 058<br />

7828<br />

65 498<br />

10 223<br />

114 6<strong>07</strong><br />

2 001 943<br />

61 843<br />

111 974<br />

74 526<br />

110 095<br />

65 503<br />

2 425 884<br />

1 020 340<br />

111 937<br />

1 132 277


Oceânia<br />

Austrália<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

3<br />

77 059<br />

6<strong>07</strong><br />

2 597 685<br />

869<br />

65 026<br />

58 550<br />

3 218 449<br />

58<br />

142<br />

142<br />

7<br />

148 381<br />

Quadro 98 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1992 (INE) (continuação)<br />

8984<br />

12 520<br />

12 520<br />

1089<br />

13 561 106


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Eslovénia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Barém<br />

Koweit<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

5516<br />

1660<br />

503<br />

30 945<br />

8701<br />

501<br />

2<br />

57<br />

24<br />

379<br />

48 288<br />

2779<br />

36<br />

39<br />

1340<br />

4194<br />

685<br />

685<br />

8<br />

14<br />

759<br />

781<br />

163 921<br />

63 942<br />

10 938<br />

1 428 212<br />

186 430<br />

17 579<br />

Quadro 99 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1993 (INE)<br />

611<br />

812<br />

1432<br />

11 324<br />

1 885 201<br />

114 836<br />

582<br />

1063<br />

69 244<br />

185 725<br />

22 940<br />

22 940<br />

575<br />

1550<br />

12 408<br />

14 533<br />

1051<br />

2950<br />

6427<br />

6497<br />

28 197<br />

630<br />

85<br />

47<br />

4<br />

45 888<br />

160<br />

100<br />

122<br />

382<br />

7<br />

7<br />

2056<br />

454<br />

1032<br />

3542<br />

218<br />

17<br />

235<br />

109 277<br />

213 571<br />

419 528<br />

341 216<br />

1 <strong>07</strong>0 629<br />

68 055<br />

9589<br />

3329<br />

1042<br />

2 236 236<br />

7092<br />

20 653<br />

10 979<br />

38 724<br />

5091<br />

5091<br />

162 904<br />

48 967<br />

26 457<br />

238 328<br />

29 597<br />

2790<br />

32 387<br />

10 684<br />

8762<br />

18 437<br />

5689<br />

28 121<br />

657<br />

8057<br />

486<br />

415<br />

3158<br />

703<br />

2712<br />

534<br />

119<br />

217<br />

88 751<br />

6<strong>07</strong>5<br />

1648<br />

17<strong>07</strong><br />

328<br />

438<br />

10 196<br />

161<br />

290<br />

160<br />

7<br />

618<br />

27 273<br />

613<br />

1724<br />

3440<br />

697<br />

1392<br />

35 139<br />

8109<br />

729<br />

8838<br />

250<br />

1 535 089<br />

725 896<br />

1 535 580<br />

522 223<br />

1 580 129<br />

71 527<br />

1 085 485<br />

73 650<br />

31 667<br />

3<strong>07</strong> 216<br />

80 603<br />

301 187<br />

86 358<br />

13 111<br />

19 090<br />

7 968 811<br />

256 965<br />

283 218<br />

214 525<br />

50 170<br />

33 600<br />

838 478<br />

22 848<br />

28 851<br />

14 238<br />

2286<br />

68 223<br />

2 636 460<br />

57 324<br />

161 100<br />

96 733<br />

81 360<br />

172 493<br />

3 205 470<br />

1 085 425<br />

113 087<br />

1 198 512


Oceânia<br />

Austrália<br />

América do Norte<br />

Venezuela<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

74<br />

74<br />

39<br />

54 061<br />

2288<br />

2288<br />

1569<br />

2 112 256<br />

1151<br />

51 205<br />

70 373<br />

2 621 139<br />

Quadro 99 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1993 (INE) (continuação)<br />

319<br />

231<br />

231<br />

2<br />

144 094<br />

42 994<br />

28 965<br />

28 965<br />

334<br />

13 351 787


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Grécia<br />

Eslovénia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Malásia<br />

Macau<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Senegal<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Síria<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

3632<br />

2281<br />

993<br />

42 225<br />

6399<br />

1586<br />

2<br />

7<br />

17<br />

186<br />

46<br />

423<br />

57 797<br />

1042<br />

172<br />

897<br />

58<br />

2169<br />

14<br />

20<br />

0<br />

1342<br />

1376<br />

194<br />

194<br />

203 462<br />

53 568<br />

22 970<br />

1 909 269<br />

144 761<br />

93 580<br />

255<br />

1387<br />

1477<br />

5028<br />

1322<br />

9419<br />

2 446 498<br />

35 573<br />

4470<br />

44 462<br />

2010<br />

86 515<br />

270<br />

416<br />

11<br />

59 204<br />

59 901<br />

4749<br />

4749<br />

750<br />

2023<br />

6585<br />

6914<br />

27 565<br />

520<br />

25<br />

56<br />

95<br />

114<br />

68<br />

1<br />

22<br />

44 738<br />

421<br />

40<br />

95<br />

39<br />

595<br />

9<br />

29<br />

21<br />

59<br />

1712<br />

20<br />

3532<br />

1875<br />

7139<br />

89 641<br />

166 317<br />

409 282<br />

402 148<br />

1 032 020<br />

71 810<br />

704<br />

4625<br />

10 458<br />

12 971<br />

13 714<br />

158<br />

1509<br />

2 215 357<br />

18 841<br />

3965<br />

4430<br />

26<strong>07</strong><br />

29 843<br />

2634<br />

5241<br />

1603<br />

9478<br />

154 848<br />

2094<br />

78 352<br />

21 833<br />

257 127<br />

Quadro 100 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1994 (INE)<br />

12 <strong>07</strong>0<br />

8733<br />

19 549<br />

6452<br />

28 772<br />

1430<br />

8636<br />

648<br />

188<br />

1931<br />

586<br />

2700<br />

303<br />

227<br />

121<br />

5<br />

92 351<br />

5205<br />

1090<br />

2454<br />

697<br />

1398<br />

544<br />

11 388<br />

226<br />

201<br />

232<br />

93<br />

752<br />

33 170<br />

470<br />

872<br />

4015<br />

1601<br />

879<br />

41 0<strong>07</strong><br />

252<br />

1 689 055<br />

843 797<br />

1 288 761<br />

541 097<br />

1 499 016<br />

139 839<br />

1 205 665<br />

124 996<br />

20 040<br />

211 556<br />

85 326<br />

292 785<br />

54 044<br />

48 887<br />

10 471<br />

1329<br />

8 056 664<br />

225 898<br />

189 208<br />

367 950<br />

108 628<br />

103 <strong>07</strong>2<br />

125 <strong>07</strong>9<br />

1 119 835<br />

30 250<br />

18 496<br />

18 306<br />

17 574<br />

84 626<br />

3 297 640<br />

40 711<br />

105 725<br />

132 167<br />

235 184<br />

129 155<br />

3 940 582


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Brasil<br />

Chile<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Nicarágua<br />

Total América Central<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

69<br />

61 605<br />

3459<br />

2 601 122<br />

336<br />

38<br />

374<br />

9182<br />

658<br />

9840<br />

Quadro 100 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1994 (INE) (continuação<br />

41<br />

0<br />

41<br />

40<br />

40<br />

15<br />

53 001<br />

30 168<br />

3406<br />

33 574<br />

3600<br />

52<br />

3652<br />

3826<br />

3826<br />

1653<br />

2 554 510<br />

191<br />

1263<br />

196<br />

1459<br />

156 988<br />

1 204 490<br />

86 769<br />

1 291 259<br />

29 921<br />

57 145<br />

28 127<br />

85 272<br />

14 608 159


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Grécia<br />

Eslovénia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Malásia<br />

Macau<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Guiné<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Catar<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

2474<br />

1165<br />

1641<br />

32 409<br />

7999<br />

266<br />

60<br />

1<br />

318<br />

50<br />

240<br />

422<br />

47 045<br />

2626<br />

82<br />

2237<br />

255<br />

5200<br />

0<br />

1194<br />

1194<br />

61<br />

2457<br />

2518<br />

115 509<br />

33 500<br />

39 547<br />

1 471 460<br />

215 412<br />

13 402<br />

1048<br />

275<br />

5855<br />

3817<br />

8625<br />

9514<br />

1 917 964<br />

50 764<br />

1502<br />

106 433<br />

9839<br />

168 538<br />

Quadro 101 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1995 (INE)<br />

316<br />

25 911<br />

26 227<br />

6 976<br />

31 758<br />

38 734<br />

845<br />

1391<br />

6739<br />

7591<br />

23 064<br />

572<br />

1<br />

277<br />

120<br />

11<br />

24<br />

40 635<br />

360<br />

125<br />

485<br />

34<br />

24<br />

1<br />

312<br />

371<br />

139<br />

0<br />

3024<br />

3163<br />

1<strong>07</strong> 092<br />

133 212<br />

330 882<br />

420 592<br />

849 063<br />

64 390<br />

2495<br />

33 447<br />

12 727<br />

1965<br />

4004<br />

1 959 869<br />

14 083<br />

1163<br />

11 245<br />

1329<br />

25 328<br />

146<br />

2632<br />

1594<br />

2132<br />

7262<br />

13 620<br />

6475<br />

45<br />

60 492<br />

67 012<br />

8556<br />

9028<br />

16 698<br />

10 250<br />

31 457<br />

718<br />

8219<br />

477<br />

84<br />

1028<br />

732<br />

1971<br />

430<br />

105<br />

112<br />

89 865<br />

1300<br />

231 495<br />

2387<br />

18 753<br />

1109<br />

5278<br />

482<br />

13 048<br />

21 185<br />

399<br />

108<br />

102<br />

13<br />

768<br />

34 910<br />

817<br />

1281<br />

9351<br />

1730<br />

1167<br />

100<br />

49 356<br />

254<br />

1 344 050<br />

849 398<br />

1 200 892<br />

799 473<br />

1 721 797<br />

80 051<br />

1 146 006<br />

95 373<br />

26 667<br />

119 310<br />

97 718<br />

234 945<br />

80 497<br />

12 854<br />

10 085<br />

7 819 116<br />

160 526<br />

327 870<br />

82 441<br />

140 589<br />

120 759<br />

1 082 433<br />

42 535<br />

6773<br />

20 673<br />

1000<br />

92 166<br />

3 003 585<br />

58 088<br />

154 082<br />

219 724<br />

227 756<br />

120 324<br />

13 763<br />

3 797 322


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Chile<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

41<br />

41<br />

55 998<br />

480<br />

480<br />

2 151 943<br />

10 725<br />

820<br />

11 545<br />

Quadro 101 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1995 (INE) (continuação)<br />

18<br />

34<br />

52<br />

1<br />

1<br />

31<br />

44 738<br />

2286<br />

3414<br />

5700<br />

80<br />

80<br />

373<br />

2 <strong>07</strong>1 982<br />

136<br />

136<br />

488<br />

21<br />

509<br />

10<br />

165 237<br />

1 290 082<br />

94 459<br />

1 384 541<br />

22 547<br />

22 547<br />

51 308<br />

3 209<br />

54 517<br />

433<br />

14 253 <strong>07</strong>5


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Suíça<br />

Países Baixos<br />

Noruega<br />

Canárias<br />

Islândia<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

Malásia<br />

Macau<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Guiné<br />

Tunísia<br />

Egipto<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Jordânia<br />

Omã<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

2100<br />

1290<br />

1065<br />

24 749<br />

8674<br />

7<strong>07</strong><br />

230<br />

33<br />

71<br />

111<br />

19<br />

678<br />

39 727<br />

1710<br />

22<br />

2080<br />

1965<br />

19<br />

5796<br />

40<br />

229<br />

269<br />

22<br />

648<br />

108<br />

778<br />

86 202<br />

32 303<br />

20 439<br />

1 320 358<br />

222 <strong>07</strong>9<br />

40 225<br />

1986<br />

812<br />

6213<br />

7000<br />

1760<br />

24 558<br />

1 763 935<br />

37 957<br />

637<br />

101 7<strong>07</strong><br />

42 695<br />

336<br />

183 332<br />

Quadro 102 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1996 (INE)<br />

301<br />

4040<br />

4341<br />

261<br />

7485<br />

6499<br />

14 245<br />

1101<br />

1199<br />

6287<br />

6857<br />

28 383<br />

50<br />

570<br />

26<br />

23<br />

387<br />

36<br />

519<br />

19<br />

21<br />

45 478<br />

78<br />

20<br />

97<br />

195<br />

71<br />

73<br />

7<br />

511<br />

662<br />

2433<br />

3955<br />

6388<br />

145 321<br />

93 560<br />

309 358<br />

512 820<br />

898 878<br />

4618<br />

75 099<br />

5571<br />

2116<br />

41 975<br />

4891<br />

30 815<br />

2342<br />

1466<br />

2 128 830<br />

4192<br />

1804<br />

12 246<br />

18 242<br />

7852<br />

4124<br />

2621<br />

13 572<br />

28 169<br />

37 456<br />

50 565<br />

88 021<br />

7564<br />

7232<br />

12 883<br />

7731<br />

23 854<br />

766<br />

12 484<br />

323<br />

221<br />

1439<br />

826<br />

257<br />

2960<br />

172<br />

12<br />

130<br />

78 854<br />

6647<br />

1350<br />

3246<br />

1765<br />

1482<br />

14 490<br />

236 110<br />

223<br />

255<br />

23<br />

236 611<br />

41 619<br />

819<br />

2416<br />

2811<br />

1296<br />

790<br />

49 751<br />

256<br />

1 139 591<br />

640 205<br />

969 292<br />

705 164<br />

1 437 852<br />

85 216<br />

1 463 462<br />

67 481<br />

78 797<br />

176 438<br />

96 232<br />

47 782<br />

277 942<br />

14 651<br />

29<strong>07</strong><br />

5696<br />

7 208 708<br />

330 383<br />

264 290<br />

425 005<br />

238 815<br />

101 645<br />

1 360 138<br />

31 932<br />

17 788<br />

52 962<br />

2364<br />

105 046<br />

3 848 817<br />

48 377<br />

226 162<br />

73 375<br />

1783<strong>07</strong><br />

95 543<br />

4 470 581


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Nicarágua<br />

Total América Central<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

19<br />

19<br />

150<br />

150<br />

178<br />

46 917<br />

2204<br />

2204<br />

3193<br />

3193<br />

2970<br />

1 974 220<br />

14 623<br />

908<br />

15 531<br />

494<br />

494<br />

318<br />

318<br />

252<br />

396 301<br />

Quadro 102 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1996 (INE) (continuação)<br />

739<br />

739<br />

18<br />

18<br />

8<br />

8<br />

178<br />

53 666<br />

90 936<br />

90 936<br />

2116<br />

2116<br />

1052<br />

1052<br />

7687<br />

2 365 053<br />

1 788 999<br />

133 435<br />

1 922 434<br />

113 182<br />

113 182<br />

37 722<br />

37 722<br />

28 166<br />

15 245 977


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Eslovénia<br />

Rússia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Malásia<br />

Indonésia<br />

Macau<br />

Bangla<strong>de</strong>sh<br />

Filipinas<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Guiné<br />

Senegal<br />

Moçambique<br />

Egipto<br />

Total África<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

1781<br />

710<br />

534<br />

20 405<br />

7378<br />

117<br />

296<br />

454<br />

68<br />

31 743<br />

1002<br />

21<br />

1264<br />

1505<br />

88<br />

130<br />

4010<br />

19<br />

19<br />

71 510<br />

9908<br />

7869<br />

1 012 827<br />

166 165<br />

4717<br />

21 415<br />

22 827<br />

3125<br />

1 320 363<br />

33 475<br />

1639<br />

78 841<br />

45 <strong>07</strong>6<br />

1614<br />

2050<br />

162 695<br />

4762<br />

4762<br />

995<br />

1292<br />

8851<br />

3167<br />

20 732<br />

29<br />

289<br />

24<br />

97<br />

300<br />

141<br />

16<br />

50<br />

35 983<br />

87<br />

8<br />

101<br />

Quadro 103 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1997 (INE)<br />

42<br />

238<br />

60<br />

80<br />

39<br />

1322<br />

1501<br />

1<strong>07</strong> 982<br />

98 397<br />

393 090<br />

274 391<br />

793 343<br />

2975<br />

56 115<br />

1761<br />

3654<br />

32 412<br />

9297<br />

2734<br />

4556<br />

1 780 7<strong>07</strong><br />

6951<br />

385<br />

9386<br />

1781<br />

18 503<br />

3350<br />

18 762<br />

1475<br />

12 721<br />

36 308<br />

5898<br />

8187<br />

12 285<br />

7792<br />

19 291<br />

685<br />

11 771<br />

530<br />

328<br />

1099<br />

1<strong>07</strong>5<br />

1679<br />

439<br />

98<br />

199<br />

71 356<br />

7<strong>07</strong>4<br />

1900<br />

4457<br />

1<strong>07</strong>7<br />

830<br />

174<br />

42<br />

353<br />

15 9<strong>07</strong><br />

143<br />

210<br />

296<br />

578<br />

18<br />

63<br />

1308<br />

258<br />

899 421<br />

696 611<br />

963 773<br />

620 911<br />

1 <strong>07</strong>3 793<br />

79 406<br />

1 678 860<br />

122 162<br />

91 089<br />

128 537<br />

141 185<br />

225 176<br />

83 552<br />

16 784<br />

23 045<br />

6 844 305<br />

380 481<br />

334 969<br />

586 144<br />

185 740<br />

65 613<br />

11 180<br />

6983<br />

53 690<br />

1 624 800<br />

27 459<br />

21 497<br />

31 282<br />

127 103<br />

3854<br />

7566<br />

218 761


Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Catar<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Quadro 103 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1997 (INE) (continuação)<br />

259<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

482<br />

1854<br />

2336<br />

129<br />

129<br />

66<br />

43<br />

109<br />

86<br />

86<br />

38 432<br />

19 499<br />

22 211<br />

41 710<br />

21 561<br />

21 561<br />

7 731<br />

667<br />

8 398<br />

1<strong>07</strong>8<br />

1<strong>07</strong>8<br />

1 560 567<br />

531<br />

43<br />

1758<br />

2332<br />

213<br />

89<br />

302<br />

43<br />

43<br />

138<br />

40 537<br />

45 558<br />

5 744 31<br />

195<br />

82 497<br />

21 344<br />

2014<br />

23 358<br />

2676<br />

2676<br />

9388<br />

1 953 437<br />

41 <strong>07</strong>2<br />

1374<br />

2220<br />

4943<br />

1491<br />

1018<br />

408<br />

52 526<br />

13 836<br />

826<br />

14 662<br />

550<br />

174<br />

724<br />

271<br />

532<br />

803<br />

0<br />

157 286<br />

3 337 492<br />

112 364<br />

271 518 174<br />

121<br />

192 228<br />

159 920<br />

62 7<strong>07</strong><br />

4 310 350<br />

1 616 528<br />

109 340<br />

1 725 868<br />

68 697<br />

11 975<br />

80 672<br />

13 124<br />

53 932<br />

67 056<br />

170<br />

14 871 982


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Eslovénia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Malásia<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Moçambique<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Catar<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

877<br />

1063<br />

1244<br />

22 486<br />

8774<br />

166<br />

598<br />

32<br />

438<br />

23<br />

35 701<br />

3697<br />

40<br />

270<br />

1692<br />

338<br />

43<br />

6080<br />

8<br />

309<br />

1<br />

318<br />

237<br />

5020<br />

339<br />

5596<br />

60 308<br />

19 588<br />

27 446<br />

1 139 152<br />

234 636<br />

12 188<br />

41 487<br />

1957<br />

23 215<br />

931<br />

1 560 908<br />

86 210<br />

1109<br />

7066<br />

91 278<br />

9263<br />

1329<br />

196 255<br />

694<br />

6020<br />

121<br />

6835<br />

6457<br />

92 706<br />

5098<br />

104 261<br />

813<br />

5342<br />

6246<br />

3219<br />

24 158<br />

1109<br />

34<br />

336<br />

130<br />

16<br />

28<br />

71<br />

41 502<br />

104<br />

63<br />

Quadro 104 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1998 (INE)<br />

167<br />

57<br />

350<br />

2654<br />

3061<br />

617<br />

226<br />

4752<br />

46<br />

5641<br />

101 638<br />

4<strong>07</strong> 187<br />

243 600<br />

240 447<br />

881 556<br />

64 220<br />

4949<br />

23 109<br />

13 742<br />

175<br />

2456<br />

1745<br />

1 984 824<br />

6121<br />

1249<br />

7370<br />

3063<br />

4981<br />

83 272<br />

91 316<br />

55 388<br />

26 521<br />

82 517<br />

9995<br />

174 421<br />

5635<br />

9492<br />

9686<br />

6889<br />

19 415<br />

383<br />

13 601<br />

430<br />

142<br />

1651<br />

1452<br />

1797<br />

683<br />

1037<br />

72 293<br />

3465<br />

924<br />

1603<br />

721<br />

723<br />

266<br />

7702<br />

420<br />

286<br />

157<br />

744<br />

165<br />

1772<br />

45 002<br />

742<br />

1702<br />

4569<br />

1316<br />

383<br />

53 714<br />

260<br />

836 445<br />

757 069<br />

899 922<br />

586 488<br />

1 115 066<br />

47 877<br />

1 905 560<br />

109 204<br />

42 896<br />

275 375<br />

181 866<br />

2<strong>07</strong> 283<br />

116 493<br />

263 515<br />

7 345 059<br />

233 160<br />

170 738<br />

204 240<br />

114 503<br />

63 241<br />

21 419<br />

8<strong>07</strong> 301<br />

32 340<br />

27 003<br />

5623<br />

115 188<br />

19 125<br />

199 279<br />

4 035 704<br />

61 564<br />

242 336<br />

159 068<br />

153 565<br />

47 691<br />

4 699 928


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Venezuela<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

106<br />

106<br />

16<br />

16<br />

47 817<br />

10 473<br />

10 473<br />

247<br />

247<br />

1 878 979<br />

644<br />

43<br />

687<br />

15 538<br />

1648<br />

17 186<br />

3<strong>07</strong><br />

108<br />

415<br />

165<br />

228<br />

630<br />

1023<br />

10<br />

154 115<br />

Quadro 104 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1998 (INE) (continuação)<br />

20<br />

17<br />

37<br />

20<br />

20<br />

653<br />

51 768<br />

86 712<br />

5414<br />

92 126<br />

12<strong>07</strong><br />

2399<br />

3606<br />

741<br />

741<br />

11 500<br />

2 365 904<br />

2 159 621<br />

230 317<br />

2 389 938<br />

44 717<br />

15 531<br />

60 248<br />

14 353<br />

16 459<br />

59 938<br />

90 750<br />

2656<br />

15 595 159


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Moçambique<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

3<strong>07</strong><br />

368<br />

931<br />

20 031<br />

7617<br />

425<br />

69<br />

98<br />

83<br />

24<br />

613<br />

30 566<br />

2462<br />

121<br />

120<br />

1614<br />

215<br />

4532<br />

85<br />

41<br />

650<br />

776<br />

51<br />

286<br />

337<br />

22 108<br />

8027<br />

26 655<br />

935 216<br />

237 <strong>07</strong>1<br />

10 360<br />

4402<br />

2205<br />

1919<br />

1046<br />

35 878<br />

1 284 887<br />

63 534<br />

3098<br />

3485<br />

63 588<br />

3806<br />

137 511<br />

8436<br />

778<br />

10 592<br />

19 806<br />

1177<br />

4387<br />

5564<br />

516<br />

18<strong>07</strong><br />

317<br />

6476<br />

3305<br />

22 380<br />

222<br />

9<br />

22<br />

133<br />

36<br />

15<br />

44<br />

35 282<br />

127<br />

129<br />

21<br />

62<br />

264<br />

163<br />

42<br />

808<br />

94<br />

243<br />

531<br />

868<br />

Quadro 105 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1999 (INE)<br />

698<br />

1944<br />

2642<br />

73 067<br />

143 616<br />

24 <strong>07</strong>1<br />

272 931<br />

314 875<br />

819 391<br />

40 391<br />

1561<br />

1045<br />

8990<br />

2921<br />

939<br />

7094<br />

1 710 892<br />

7974<br />

2912<br />

3032<br />

3705<br />

10 236<br />

11 874<br />

3302<br />

43 035<br />

15 109<br />

13 838<br />

8789<br />

37 736<br />

106 202<br />

27 264<br />

133 466<br />

3923<br />

9590<br />

685<br />

11 456<br />

56<strong>07</strong><br />

22 820<br />

456<br />

12 972<br />

345<br />

296<br />

2723<br />

1355<br />

1676<br />

486<br />

1578<br />

75 968<br />

2859<br />

664<br />

784<br />

554<br />

1303<br />

452<br />

6616<br />

947<br />

375<br />

78<br />

447<br />

45<br />

1892<br />

59 460<br />

619<br />

1660<br />

5880<br />

577<br />

954<br />

69 150<br />

262<br />

580 439<br />

743 259<br />

45 064<br />

991 271<br />

529 612<br />

1 372 177<br />

53 088<br />

1 802 280<br />

78 653<br />

66 680<br />

350 981<br />

167 761<br />

179 683<br />

90 094<br />

386 854<br />

7 437 896<br />

279 150<br />

120 966<br />

118 724<br />

70 738<br />

114 792<br />

24 038<br />

728 408<br />

88 886<br />

43 706<br />

13 849<br />

82 863<br />

4745<br />

234 049<br />

5 101 296<br />

45 138<br />

203 098<br />

161 159<br />

101 251<br />

117 850<br />

5 729 792


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Venezuela<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Cuba<br />

Total América Central<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

63<br />

63<br />

603<br />

36 877<br />

1953<br />

1953<br />

9524<br />

1 459 245<br />

527<br />

164<br />

691<br />

16 193<br />

1481<br />

17 674<br />

Quadro 105 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1999 (INE) (continuação)<br />

20<br />

20<br />

44<br />

44<br />

467<br />

40 822<br />

64 370<br />

18 468<br />

82 838<br />

1474<br />

1474<br />

11 850<br />

11 850<br />

14 632<br />

2 035 923<br />

635<br />

635<br />

231<br />

105<br />

404<br />

740<br />

320<br />

172 995<br />

2 194 535<br />

208 247<br />

2 402 782<br />

69 509<br />

69 509<br />

15 332<br />

14 166<br />

65 477<br />

94 975<br />

44 347<br />

16 741 758


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Rússia<br />

Bulgária<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Macau<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Síria<br />

Catar<br />

Jordânia<br />

Total Médio Oriente<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

375<br />

289<br />

72<br />

15 160<br />

8601<br />

189<br />

54<br />

636<br />

25 376<br />

3022<br />

397<br />

299<br />

2923<br />

200<br />

6841<br />

30<br />

0<br />

30<br />

343<br />

96<br />

439<br />

19 177<br />

5565<br />

2318<br />

899 202<br />

219 396<br />

8123<br />

1574<br />

32 236<br />

1 187 591<br />

95 286<br />

12 971<br />

7676<br />

155 424<br />

9038<br />

280 395<br />

2429<br />

65<br />

2494<br />

26 500<br />

1300<br />

27 800<br />

578<br />

1990<br />

247<br />

4013<br />

2572<br />

21 885<br />

71<br />

185<br />

13<br />

Quadro 106 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2000 (INE)<br />

64<br />

80<br />

21<br />

23<br />

31 742<br />

1855<br />

21<br />

0<br />

248<br />

3004<br />

5128<br />

22<br />

93<br />

115<br />

675<br />

3763<br />

2677<br />

2471<br />

9586<br />

86 3<strong>07</strong><br />

141 621<br />

24 199<br />

208 564<br />

219 888<br />

858 145<br />

8609<br />

16 715<br />

1853<br />

6262<br />

13 703<br />

2001<br />

3425<br />

1 591 292<br />

73 369<br />

1112<br />

556<br />

19 366<br />

79 324<br />

173 727<br />

3532<br />

21 081<br />

24 613<br />

21 991<br />

50 147<br />

16 566<br />

32 922<br />

121 626<br />

4100<br />

9122<br />

483<br />

13 262<br />

7991<br />

30 005<br />

479<br />

11 989<br />

224<br />

625<br />

2773<br />

1299<br />

1832<br />

620<br />

1236<br />

101<br />

200<br />

283 828<br />

7001<br />

435<br />

1622<br />

871<br />

2947<br />

1934<br />

34<br />

14 844<br />

1004<br />

279<br />

64<br />

481<br />

1828<br />

71 581<br />

959<br />

1832<br />

4821<br />

621<br />

212<br />

190<br />

80 216<br />

264<br />

621 483<br />

685 200<br />

48 173<br />

1 132 3<strong>07</strong><br />

604 060<br />

2 215 945<br />

59 152<br />

1 869 330<br />

46 674<br />

110 398<br />

464 502<br />

181 596<br />

187 843<br />

132 010<br />

300 653<br />

13 979<br />

60 463<br />

8 733 768<br />

630 765<br />

77 175<br />

185 319<br />

109 188<br />

357 675<br />

51 650<br />

7487<br />

1 419 259<br />

97 180<br />

27 508<br />

6605<br />

75 336<br />

206 629<br />

5 866 651<br />

72 020<br />

271 013<br />

170 398<br />

112 032<br />

22361<br />

25 115<br />

6 539 590


América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

19<br />

19<br />

380<br />

33 085<br />

2044<br />

2044<br />

11 584<br />

1 511 908<br />

793<br />

61<br />

854<br />

1249<br />

48 674<br />

93 154<br />

3210<br />

9 6364<br />

43 874<br />

2 051 496<br />

18 430<br />

1322<br />

19 752<br />

374<br />

190<br />

564<br />

87<br />

231<br />

318<br />

522<br />

401 872<br />

Quadro 106 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2000 (INE) (Continuação)<br />

2 848 331<br />

192 111<br />

3 040 442<br />

45 415<br />

25 715<br />

71 130<br />

7772<br />

41 462<br />

49 234<br />

62 576<br />

20 122 628


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Polónia<br />

Bulgária<br />

Malta<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Malásia<br />

Indonésia<br />

Paquistão<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

São Tomé e Príncipe<br />

Angola<br />

Guiné<br />

Senegal<br />

Moçambique<br />

Tunísia<br />

Egipto<br />

Argélia<br />

Total África<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

2341<br />

274<br />

48<br />

1295<br />

15 656<br />

7545<br />

127<br />

20<br />

29<br />

24<br />

1295<br />

46<br />

28 700<br />

1952<br />

948<br />

1535<br />

2995<br />

510<br />

275<br />

8215<br />

5<br />

240<br />

5<br />

250<br />

332 470<br />

29 148<br />

23 840<br />

98 442<br />

4 915 381<br />

689 262<br />

80 439<br />

3777<br />

3734<br />

1339<br />

239 256<br />

27 408<br />

6 444 496<br />

265 189<br />

155 194<br />

237 706<br />

617 191<br />

68 225<br />

42 871<br />

1 386 376<br />

3174<br />

30 919<br />

12 438<br />

46 531<br />

293<br />

1948<br />

20<br />

3783<br />

1894<br />

17 528<br />

Quadro 1<strong>07</strong> – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2001 (INE)<br />

61<br />

65<br />

118<br />

52<br />

18<br />

7<br />

5<br />

25<br />

21<br />

19<br />

25 857<br />

1439<br />

1970<br />

19<br />

3428<br />

51<br />

21<br />

2<br />

171<br />

0<br />

246<br />

591<br />

1342<br />

2424<br />

123 109<br />

667 986<br />

9282<br />

1 033 708<br />

853 137<br />

3 4<strong>07</strong> 626<br />

31 976<br />

15 054<br />

44 119<br />

34 412<br />

23 221<br />

4943<br />

1558<br />

2181<br />

6286<br />

8932<br />

6 267 530<br />

609 787<br />

303 806<br />

2383<br />

915 976<br />

16 503<br />

9482<br />

2022<br />

290 601<br />

47<br />

71 400<br />

38 396<br />

133 706<br />

562 157<br />

4236<br />

9753<br />

305<br />

16 794<br />

8133<br />

31 340<br />

879<br />

11 665<br />

203<br />

428<br />

3087<br />

1220<br />

1026<br />

1085<br />

953<br />

733<br />

91 840<br />

5252<br />

1545<br />

656<br />

768<br />

686<br />

8733<br />

17 640<br />

462<br />

51<br />

3<br />

680<br />

29<br />

96<br />

264<br />

548<br />

2133<br />

266<br />

681 633<br />

776 780<br />

20 424<br />

1 580 666<br />

635 934<br />

2 456 389<br />

90 564<br />

1 775 158<br />

36 335<br />

88 853<br />

494 030<br />

221 516<br />

117 181<br />

106 461<br />

227 588<br />

92 6<strong>07</strong><br />

9 402 119<br />

469 815<br />

78 369<br />

67 588<br />

103 721<br />

97 618<br />

256 408<br />

1 <strong>07</strong>3 519<br />

48 560<br />

2774<br />

377<br />

158 667<br />

3677<br />

2448<br />

22 483<br />

29 000<br />

267 986


Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Árabes Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Catar<br />

Jordânia<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelandia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Panamá<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Quadro 1<strong>07</strong> – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2001 (INE) (Continuação)<br />

267<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

433<br />

1341<br />

6<br />

8<br />

1788<br />

21<br />

21<br />

47<br />

47<br />

22<br />

22<br />

39 043<br />

157 669<br />

123 271<br />

2964<br />

4626<br />

288 530<br />

12 247<br />

12 247<br />

5772<br />

5772<br />

14 099<br />

14 099<br />

8 198 051<br />

486<br />

0<br />

3833<br />

1<br />

18<strong>07</strong><br />

6127<br />

775<br />

74<br />

849<br />

0<br />

0<br />

9<br />

24<br />

33<br />

38 718<br />

149 148 1<br />

0<br />

279 739<br />

581<br />

166 609<br />

596 087<br />

673 323<br />

36 360<br />

709 683<br />

158<br />

158<br />

5656<br />

15 572<br />

21 228<br />

9 <strong>07</strong>2 819<br />

67 764<br />

642<br />

1350<br />

5574<br />

1198<br />

658<br />

102<br />

77 288<br />

17 539<br />

1744<br />

19 283<br />

318<br />

147<br />

465<br />

181<br />

100<br />

281<br />

208 930<br />

6 380 521<br />

56 575<br />

139 147<br />

205 081<br />

135 395<br />

103 581<br />

15 618<br />

7 035 918<br />

2 693 796<br />

244 158<br />

2 937 954<br />

41 702<br />

20 406<br />

62 108<br />

17 970<br />

8160<br />

26 130<br />

20 805 734


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Islândia<br />

Grécia<br />

Polónia<br />

Rússia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Malásia<br />

Índia<br />

Indonésia<br />

Macau<br />

Bangla<strong>de</strong>sh<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

São Tomé e Príncipe<br />

Angola<br />

Senegal<br />

Moçambique<br />

Tunísia<br />

Egipto<br />

Argélia<br />

Libéria<br />

Total África<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

1234<br />

236<br />

1<br />

1128<br />

17 273<br />

6429<br />

2274<br />

39<br />

6<br />

337<br />

0<br />

487<br />

48<br />

29 492<br />

2569<br />

361<br />

157<br />

1498<br />

6809<br />

21<br />

302<br />

230<br />

11 947<br />

2<br />

0<br />

120<br />

130<br />

252<br />

185 444<br />

30 457<br />

333<br />

114 284<br />

5 102 657<br />

1 089 710<br />

1 353 861<br />

9787<br />

4491<br />

38 627<br />

175<br />

159 866<br />

5510<br />

8 095 202<br />

348 131<br />

93 486<br />

165 529<br />

2<br />

225 237<br />

908 492<br />

17 100<br />

89 721<br />

31 898<br />

1 879 594<br />

510<br />

2069<br />

26 579<br />

21 761<br />

50 919<br />

526<br />

1297<br />

59<br />

4382<br />

1764<br />

18 368<br />

Quadro 108 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2002 (INE)<br />

250<br />

56<br />

126<br />

68<br />

1<strong>07</strong>1<br />

5<br />

16<br />

27 988<br />

2374<br />

556<br />

1673<br />

1398<br />

3274<br />

42<br />

0<br />

7646<br />

40<br />

19<br />

0<br />

121<br />

227<br />

1100<br />

24<br />

181<br />

1712<br />

244 057<br />

496 579<br />

28 911<br />

1 208 340<br />

705 908<br />

4 906 642<br />

209 405<br />

25 709<br />

56 398<br />

23 440<br />

119 413<br />

5354<br />

8917<br />

8 039 <strong>07</strong>3<br />

576 628<br />

64 925<br />

889<br />

233 674<br />

455 521<br />

13 202<br />

200<br />

1 345 823<br />

16 361<br />

3135<br />

1090<br />

127 485<br />

67 117<br />

109 632<br />

5344<br />

14 836<br />

345 000<br />

3806<br />

8490<br />

123<br />

13 961<br />

6983<br />

30 521<br />

690<br />

10 832<br />

310<br />

259<br />

3239<br />

577<br />

537<br />

962<br />

877<br />

172<br />

634<br />

1046<br />

257<br />

84 276<br />

4793<br />

1062<br />

338<br />

648<br />

409<br />

3874<br />

123<br />

11 488<br />

61<br />

833<br />

1263<br />

14<br />

931<br />

106<br />

140<br />

3348<br />

268<br />

2948<br />

3498<br />

48<br />

5146<br />

3273<br />

10 592<br />

479<br />

7881<br />

179<br />

327<br />

2612<br />

645<br />

303<br />

331<br />

1021<br />

106<br />

388<br />

569<br />

164<br />

40 510<br />

2480<br />

394<br />

193<br />

249<br />

664<br />

52<br />

4680<br />

27<br />

348<br />

169<br />

12<br />

863<br />

46<br />

80<br />

1545


Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Á. Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Síria<br />

Catar<br />

Jordânia<br />

Turquia<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

México<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Venezuela<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Outros países<br />

Total<br />

Quadro 108 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2002 (INE) (continuação)<br />

269<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

723<br />

6<br />

24<br />

753<br />

20<br />

42 444<br />

254 603<br />

8<strong>07</strong><br />

3925<br />

259 335<br />

11 045<br />

10 285 050<br />

718<br />

0<br />

3431<br />

1<strong>07</strong><br />

74<br />

4294<br />

8624<br />

397<br />

43<br />

42<br />

482<br />

3<br />

17<br />

20<br />

181<br />

46 472<br />

373 861<br />

64<br />

456 992<br />

29 484<br />

9309<br />

247 460<br />

1 117 170<br />

231 081<br />

25 304<br />

19 086<br />

275 471<br />

3932<br />

7113<br />

11 045<br />

124<br />

11 133 582<br />

70 115<br />

1085<br />

1527<br />

6306<br />

1716<br />

232<br />

108<br />

222<br />

81 311<br />

15 514<br />

2027<br />

17 541<br />

617<br />

254<br />

871<br />

181<br />

181<br />

199 242<br />

26 933<br />

644<br />

854<br />

967<br />

811<br />

159<br />

88<br />

70<br />

30 526<br />

9833<br />

1458<br />

11 291<br />

450<br />

200<br />

650<br />

124<br />

124<br />

89 395


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Dinamarca<br />

Reino Unido<br />

Áustria<br />

Finlândia<br />

Suécia<br />

Irlanda<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Polónia<br />

Rússia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Japão<br />

Hong Kong<br />

Singapura<br />

Coreia do Sul<br />

Taiwan<br />

China<br />

Malásia<br />

Tailândia<br />

Índia<br />

Indonésia<br />

Bangla<strong>de</strong>sh<br />

Vietname<br />

Sri Lank<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Cabo Ver<strong>de</strong><br />

Marrocos<br />

São Tomé e Príncipe<br />

Angola<br />

Guiné<br />

Senegal<br />

Moçambique<br />

Tunísia<br />

Egipto<br />

Argélia<br />

Libéria<br />

Líbia<br />

Total África<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

787<br />

198<br />

1114<br />

19 561<br />

5876<br />

5837<br />

1<br />

528<br />

22<br />

43<br />

700<br />

37<br />

34 704<br />

1437<br />

2242<br />

143<br />

886<br />

17 195<br />

182<br />

66<br />

714<br />

419<br />

277<br />

302<br />

23 863<br />

202<br />

20<br />

222<br />

97 938<br />

27 176<br />

123 493<br />

5 467 469<br />

643 580<br />

208 505<br />

231<br />

1<strong>07</strong> 333<br />

6718<br />

16 567<br />

187 565<br />

15 110<br />

6 901 685<br />

212 472<br />

238 638<br />

143 471<br />

106 721<br />

1 969 715<br />

31 335<br />

5082<br />

214 064<br />

36 553<br />

25 583<br />

52 944<br />

3 036 578<br />

12 066<br />

1133<br />

13 199<br />

413<br />

919<br />

168<br />

3722<br />

1662<br />

18 028<br />

639<br />

2<br />

425<br />

1<br />

172<br />

9<br />

152<br />

25<br />

2<br />

26 339<br />

2056<br />

302<br />

1686<br />

15 150<br />

155<br />

57<br />

23<br />

415<br />

19 844<br />

124<br />

20<br />

7<br />

95<br />

20<br />

148<br />

596<br />

161<br />

103<br />

66<br />

1340<br />

203 389<br />

339 150<br />

86 137<br />

863 529<br />

661 239<br />

4 010 320<br />

394 648<br />

660<br />

149 642<br />

382<br />

18 952<br />

9320<br />

58 784<br />

10 647<br />

2192<br />

6 808 991<br />

262 687<br />

37 017<br />

192 405<br />

1 614 234<br />

17 051<br />

6958<br />

6065<br />

81 045<br />

134 662<br />

2 352 124<br />

9738<br />

2447<br />

2685<br />

2370<br />

39 422<br />

32 789<br />

34 066<br />

12 486<br />

4868<br />

140 871<br />

Quadro 109 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2003 (INE)<br />

4577<br />

6204<br />

63<br />

11 358<br />

6535<br />

28 335<br />

589<br />

12 901<br />

137<br />

92<br />

2624<br />

580<br />

574<br />

613<br />

516<br />

712<br />

1080<br />

231<br />

77 721<br />

5129<br />

563<br />

747<br />

1121<br />

530<br />

4880<br />

253<br />

194<br />

13 417<br />

964<br />

1001<br />

25<br />

987<br />

10<br />

394<br />

194<br />

247<br />

970<br />

1245<br />

6037<br />

270<br />

3403<br />

2452<br />

23<br />

4062<br />

2562<br />

9303<br />

321<br />

9127<br />

76<br />

172<br />

2315<br />

630<br />

301<br />

354<br />

724<br />

449<br />

558<br />

168<br />

37 000<br />

2581<br />

306<br />

339<br />

761<br />

186<br />

603<br />

57<br />

46<br />

4879<br />

547<br />

120<br />

9<br />

700<br />

9<br />

137<br />

153<br />

127<br />

176<br />

170<br />

2148


Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Israel<br />

Emirados Árabes Unidos<br />

Líbano<br />

Koweit<br />

Barém<br />

Síria<br />

Catar<br />

Jordânia<br />

Turquia<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E.U. da América<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

Oceânia<br />

Austrália<br />

Nova Zelândia<br />

Total Oceânia<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

A. Holan<strong>de</strong>sas<br />

Total América Central<br />

Total<br />

África<br />

Ceuta<br />

Total África<br />

Total<br />

Quadro 109 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2003 (INE) (continuação)<br />

Quadro 110 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1981 (INE)<br />

271<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

1717<br />

484<br />

2201<br />

3<br />

3<br />

60 993<br />

622 532<br />

57 093<br />

679 625<br />

674<br />

674<br />

10 631 761<br />

132<br />

13<br />

713<br />

1147<br />

0<br />

3733<br />

5738<br />

227<br />

148<br />

375<br />

5<br />

0<br />

5<br />

39<br />

39<br />

53 680<br />

430 774<br />

5846<br />

106 509<br />

129 146<br />

30<br />

152 678<br />

824 983<br />

168 456<br />

40 774<br />

209 230<br />

67 572<br />

395<br />

67 967<br />

15 348<br />

15 348<br />

10 419 514<br />

72 163<br />

458<br />

1485<br />

3715<br />

303<br />

276<br />

139<br />

188<br />

78 727<br />

6810<br />

1486<br />

8296<br />

917<br />

173<br />

1090<br />

185 288<br />

26 467<br />

201<br />

783<br />

458<br />

141<br />

156<br />

39<br />

65<br />

28 310<br />

5082<br />

932<br />

6014<br />

671<br />

117<br />

788<br />

79 139<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

11 192<br />

11 192<br />

11 192<br />

4 594 000<br />

4 594 000<br />

4 594 000


Europa<br />

Rep. Fed. Alemã<br />

Total Europa<br />

Total<br />

Europa<br />

Alemanha<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Quadro 111 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1982 (INE)<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Quadro 112 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1983 (INE)<br />

1<br />

1<br />

1<br />

272<br />

640<br />

640<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

27<br />

31<br />

28<br />

86<br />

28<br />

28<br />

114<br />

210<br />

671<br />

1567<br />

2448<br />

1218<br />

1218<br />

3666<br />

0<br />

1<br />

0<br />

1<br />

2<br />

1<br />

21<br />

1<br />

23<br />

22<br />

47<br />

47<br />

47<br />

640<br />

20 547<br />

20 547<br />

20 547


Europa<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Total<br />

Europa<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Total Europa<br />

Quadro 113 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1984 (INE)<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Outros Países<br />

Total<br />

Quadro 114 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1985 (INE)<br />

273<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

46<br />

46<br />

46<br />

2460<br />

2460<br />

2460<br />

24<br />

98<br />

122<br />

122<br />

16 747<br />

15 651<br />

32 398<br />

32 398<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

13<br />

20<br />

33<br />

227<br />

227<br />

10<br />

270<br />

567<br />

649<br />

1216<br />

7994<br />

7994<br />

513<br />

9723<br />

24<br />

24<br />

24<br />

1827<br />

1827<br />

1827<br />

29<br />

33<br />

62<br />

62<br />

16 343<br />

8761<br />

25 104<br />

25 104


Europa<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Total Europa<br />

Total<br />

Europa<br />

Rep. Fed. Alemã<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Total Europa<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Quadro 115 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1986 (INE)<br />

Quadro 116 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1987 (INE)<br />

20<br />

20<br />

113<br />

153<br />

153<br />

274<br />

2135<br />

21 790<br />

37 945<br />

61 870<br />

61 870<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

23<br />

11<br />

32<br />

122<br />

188<br />

188<br />

3249<br />

2631<br />

38 660<br />

49 725<br />

94 265<br />

94 265


Europa<br />

Rep. Fed. Alemã<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

China<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Total África<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Quadro 117 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1988 (INE)<br />

275<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

71<br />

25<br />

875<br />

18<br />

989<br />

335<br />

335<br />

251<br />

251<br />

22<br />

22<br />

1597<br />

4098<br />

532<br />

12 240<br />

997<br />

17 867<br />

10 660<br />

10 660<br />

6657<br />

6657<br />

2217<br />

2217<br />

37 401<br />

27<br />

5<br />

7<br />

20<br />

59<br />

74<br />

74<br />

667<br />

667<br />

800<br />

4355<br />

1578<br />

714<br />

2157<br />

8804<br />

3302<br />

3302<br />

19 523<br />

19 523<br />

31 629<br />

27<br />

23<br />

44<br />

118<br />

28<br />

240<br />

240<br />

3980<br />

5178<br />

46 345<br />

35 475<br />

3272<br />

94 250<br />

94 250


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Suécia<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Total África<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

9<br />

11<br />

941<br />

1194<br />

39<br />

2194<br />

77<br />

77<br />

304<br />

304<br />

2575<br />

669<br />

466<br />

14 049<br />

20 856<br />

Quadro 118 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1989 (INE)<br />

690<br />

36 730<br />

2470<br />

2470<br />

9<strong>07</strong>7<br />

9<strong>07</strong>7<br />

48 277<br />

2<br />

1<br />

8<br />

27<br />

61<br />

1<br />

3<br />

103<br />

1404<br />

1404<br />

27<br />

27<br />

1534<br />

288<br />

631<br />

1868<br />

880<br />

2256<br />

369<br />

622<br />

6914<br />

36 184<br />

36 184<br />

1682<br />

1682<br />

44 780<br />

26<br />

1<br />

38<br />

133<br />

123<br />

3<br />

1<br />

2<br />

327<br />

0<br />

0<br />

327<br />

276<br />

3642<br />

564<br />

10 502<br />

70 818<br />

56 463<br />

657<br />

639<br />

373<br />

143 658<br />

957<br />

957<br />

144 615


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Suécia<br />

Países Baixos<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Índia<br />

Filipinas<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Total África<br />

América do Norte<br />

E. U. América<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Quadro 119 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1990 (INE)<br />

277<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

12<br />

18<br />

1325<br />

1223<br />

2578<br />

180<br />

180<br />

175<br />

175<br />

168<br />

168<br />

3101<br />

693<br />

1359<br />

20 512<br />

21 285<br />

43 849<br />

6867<br />

6867<br />

4987<br />

4987<br />

6004<br />

6004<br />

61 7<strong>07</strong><br />

0<br />

2<br />

71<br />

179<br />

252<br />

812<br />

812<br />

41<br />

41<br />

280<br />

280<br />

1385<br />

20<br />

287<br />

8016<br />

8759<br />

17 082<br />

31 372<br />

31 372<br />

1989<br />

1989<br />

17 389<br />

17 389<br />

67 832<br />

18<br />

16<br />

95<br />

338<br />

261<br />

7<br />

11<br />

746<br />

2<br />

2<br />

748<br />

2726<br />

944<br />

22 913<br />

1<strong>07</strong> 320<br />

75 951<br />

1762<br />

6924<br />

218 540<br />

1633<br />

1633<br />

220 173


Europa<br />

Rep. Fed. Alemã<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Suécia<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

África do Sul<br />

Total África<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

65<br />

1102<br />

147<br />

20<br />

1334<br />

19<br />

19<br />

61<br />

61<br />

1414<br />

6635<br />

11 373<br />

2959<br />

1202<br />

22 169<br />

694<br />

694<br />

3341<br />

3341<br />

26 204<br />

11<br />

123<br />

168<br />

109<br />

24<br />

4<br />

439<br />

Quadro 120 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1991 (INE)<br />

0<br />

0<br />

439<br />

2131<br />

28 832<br />

14 200<br />

3925<br />

1798<br />

1780<br />

52 666<br />

13<br />

13<br />

52 679<br />

42<br />

58<br />

103<br />

161<br />

402<br />

2<br />

52<br />

820<br />

820<br />

278<br />

2264<br />

10 017<br />

13 995<br />

67 958<br />

117 086<br />

1627<br />

27 137<br />

240 084<br />

240 084


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

Índia<br />

Filipinas<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Total África<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Quadro 121 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1992 (INE)<br />

279<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

42<br />

9<br />

12<br />

166<br />

229<br />

179<br />

179<br />

629<br />

629<br />

1037<br />

1401<br />

1055<br />

0<br />

9338<br />

11 794<br />

7973<br />

7973<br />

23 015<br />

23 015<br />

42 782<br />

0<br />

45<br />

71<br />

69<br />

112<br />

10<br />

3<strong>07</strong><br />

36<br />

36<br />

343<br />

173<br />

2326<br />

4471<br />

4525<br />

11 788<br />

1035<br />

24 318<br />

1906<br />

1906<br />

26 224<br />

76<br />

131<br />

22<br />

324<br />

591<br />

41<br />

32<br />

1217<br />

8<br />

0<br />

8<br />

1225<br />

11 440<br />

13 618<br />

9985<br />

103 524<br />

127 347<br />

4394<br />

19 003<br />

289 311<br />

4508<br />

459<br />

4967<br />

294 278


Europa<br />

Rep. Fed. Alemã<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Total África<br />

América do Norte<br />

E. U. América<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Cuba<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

10<br />

476<br />

1615<br />

2101<br />

38<br />

578<br />

616<br />

21<br />

21<br />

2738<br />

1013<br />

19 656<br />

13 769<br />

34 438<br />

1439<br />

18 125<br />

19 564<br />

1111<br />

1111<br />

55 113<br />

111<br />

1<br />

Quadro 122 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1993 (INE)<br />

112<br />

112<br />

11 425<br />

256<br />

11 681<br />

11 681<br />

22<br />

41<br />

66<br />

294<br />

461<br />

18<br />

62<br />

964<br />

21<br />

21<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

987<br />

280<br />

14 698<br />

24 958<br />

15 960<br />

76 296<br />

115 133<br />

12 158<br />

15 775<br />

274 978<br />

14 749<br />

14 749<br />

530<br />

530<br />

579<br />

579<br />

290 836


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Total África<br />

América do Norte<br />

México<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Cuba<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Quadro 123 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1994 (INE)<br />

281<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

14<br />

115<br />

77<br />

1558<br />

1764<br />

303<br />

303<br />

18<br />

18<br />

49<br />

49<br />

14<br />

201<br />

215<br />

35<br />

35<br />

2384<br />

848<br />

5645<br />

8548<br />

12 503<br />

27 544<br />

9295<br />

9295<br />

389<br />

389<br />

2271<br />

2271<br />

4594<br />

7030<br />

11 624<br />

2160<br />

2160<br />

53 283<br />

4<br />

8<br />

65<br />

352<br />

45<br />

31<br />

505<br />

26<br />

26<br />

531<br />

628<br />

2331<br />

10 644<br />

18 820<br />

6401<br />

7449<br />

46 273<br />

2022<br />

2022<br />

48 295<br />

114<br />

31<br />

16<br />

236<br />

632<br />

27<br />

2<br />

31<br />

1089<br />

37<br />

14<br />

51<br />

1140<br />

25 551<br />

16 541<br />

4148<br />

56 302<br />

118 828<br />

9437<br />

1631<br />

8098<br />

240 536<br />

16 550<br />

1531<br />

18 081<br />

258 617


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Países Baixos<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

China<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Moçambique<br />

Total África<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Cuba<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

55<br />

11<br />

1582<br />

1648<br />

96<br />

96<br />

42<br />

42<br />

201<br />

201<br />

1987<br />

2229<br />

475<br />

27 917<br />

30 621<br />

2877<br />

2877<br />

1330<br />

1330<br />

7428<br />

7428<br />

42 256<br />

46<br />

277<br />

276<br />

25<br />

624<br />

Quadro 124 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1995 (INE)<br />

1<br />

1<br />

625<br />

3592<br />

22 753<br />

25 565<br />

4522<br />

56 432<br />

85<br />

85<br />

56 517<br />

19<br />

757<br />

1217<br />

7<br />

2000<br />

4<br />

1<br />

5<br />

272<br />

272<br />

2277<br />

282<br />

14 230<br />

127 579<br />

245 966<br />

2714<br />

390 489<br />

2046<br />

965<br />

3011<br />

22 249<br />

22 249<br />

415 749


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Países Baixos<br />

Suíça<br />

Noruega<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

China<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Moçambique<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Arábia Saudita<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Cuba<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Quadro 125 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1996 (INE)<br />

283<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

77<br />

582<br />

149<br />

23<br />

12<br />

843<br />

19<br />

315<br />

25<br />

359<br />

133<br />

133<br />

47<br />

47<br />

132<br />

132<br />

1514<br />

4797<br />

13 293<br />

13 843<br />

1532<br />

177<br />

33 642<br />

1280<br />

5978<br />

4202<br />

11 460<br />

2841<br />

2841<br />

945<br />

945<br />

52<strong>07</strong><br />

52<strong>07</strong><br />

54 095<br />

30<br />

93<br />

542<br />

331<br />

996<br />

88<br />

88<br />

24<br />

24<br />

1108<br />

1923<br />

1570<br />

31 525<br />

25 976<br />

60 994<br />

5665<br />

5665<br />

1677<br />

1677<br />

68 336<br />

33<br />

20<br />

20<br />

760<br />

1498<br />

13<br />

2344<br />

21<br />

28<br />

49<br />

2393<br />

12 363<br />

15 612<br />

3213<br />

123 570<br />

228 059<br />

8269<br />

391 086<br />

6150<br />

6110<br />

12 260<br />

403 346


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Turquia<br />

Total Médio Oriente<br />

América Central<br />

Cuba<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

0<br />

55<br />

49<br />

128<br />

2652<br />

2884<br />

87<br />

87<br />

179<br />

179<br />

3150<br />

84<br />

2215<br />

5263<br />

16 020<br />

26 110<br />

49 692<br />

81<strong>07</strong><br />

81<strong>07</strong><br />

6045<br />

6045<br />

63 844<br />

Quadro 126 - Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1997 (INE)<br />

4<br />

0<br />

902<br />

466<br />

21<br />

1393<br />

20<br />

20<br />

20<br />

20<br />

56<br />

56<br />

1489<br />

4120<br />

178<br />

50 948<br />

30 534<br />

4109<br />

89 889<br />

247<br />

247<br />

1684<br />

1684<br />

1799<br />

1799<br />

93 619<br />

40<br />

9<br />

1229<br />

3860<br />

14<br />

5152<br />

29<br />

217<br />

246<br />

5398<br />

284<br />

15 257<br />

6 203<br />

202 284<br />

538 404<br />

3375<br />

765 523<br />

14 581<br />

30 230<br />

44 811<br />

810 334


Europa<br />

Bélgica - Luxemburgo<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

China<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Tunísia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Israel<br />

Turquia<br />

Total Oriente<br />

América do Norte<br />

Canadá<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Quadro 127 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1998 (INE)<br />

285<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

68<br />

132<br />

159<br />

20<br />

379<br />

213<br />

103<br />

316<br />

96<br />

96<br />

42<br />

42<br />

39<br />

39<br />

872<br />

2322<br />

16 723<br />

5727<br />

1063<br />

25 835<br />

6758<br />

7198<br />

13 956<br />

2180<br />

2180<br />

1965<br />

1965<br />

10 296<br />

10 296<br />

54 232<br />

959<br />

477<br />

18<br />

1454<br />

81<br />

81<br />

0<br />

0<br />

344<br />

344<br />

0<br />

0<br />

47<br />

47<br />

1926<br />

57 182<br />

38 536<br />

3871<br />

99 589<br />

9491<br />

9491<br />

325<br />

325<br />

10 495<br />

10 495<br />

12<br />

12<br />

1746<br />

1746<br />

121 658<br />

33<br />

16<br />

1396<br />

3668<br />

5<br />

4<br />

119<br />

5241<br />

28<br />

40<br />

285<br />

353<br />

5594<br />

11 738<br />

11 259<br />

173 888<br />

533 965<br />

2910<br />

1838<br />

21 771<br />

757 369<br />

10 213<br />

10 749<br />

50 044<br />

71 006<br />

828 375


Europa<br />

Bélgica<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Suíça<br />

Grécia<br />

Roménia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

China<br />

Índia<br />

Paquistão<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Argélia<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Israel<br />

Turquia<br />

Irão<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E. U. América<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Guatemala<br />

Cuba<br />

Panamá<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

281<br />

1154<br />

27<br />

1462<br />

132<br />

132<br />

306<br />

306<br />

29<br />

29<br />

18<br />

166<br />

184<br />

25<br />

89<br />

14<br />

128<br />

2241<br />

23 761<br />

10 040<br />

2200<br />

36 001<br />

11 393<br />

11 393<br />

5834<br />

5834<br />

1130<br />

1130<br />

4524<br />

8553<br />

13 <strong>07</strong>7<br />

2290<br />

3687<br />

1664<br />

7641<br />

75 <strong>07</strong>6<br />

230<br />

1515<br />

429<br />

11<br />

2185<br />

Quadro 128 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1999 (INE)<br />

0<br />

34<br />

34<br />

22<br />

58<br />

57<br />

137<br />

1318<br />

60<br />

1378<br />

9<br />

130<br />

139<br />

3873<br />

2609<br />

65 391<br />

27 504<br />

1702<br />

97 206<br />

159<br />

2455<br />

2614<br />

1936<br />

4260<br />

1855<br />

8051<br />

27 668<br />

4180<br />

31 848<br />

455<br />

6451<br />

6906<br />

146 625<br />

11<br />

15<br />

1617<br />

5691<br />

124<br />

7458<br />

8<br />

124<br />

869<br />

6<br />

10<strong>07</strong><br />

34<br />

34<br />

21<br />

21<br />

8520<br />

286<br />

8029<br />

5572<br />

206 901<br />

800 419<br />

29 454<br />

1 050 375<br />

42<strong>07</strong><br />

23 530<br />

90 708<br />

3501<br />

121 946<br />

5200<br />

5200<br />

2120<br />

2120<br />

1 179 641


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

China<br />

Índia<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Angola<br />

Moçambique<br />

Egipto<br />

Jibuti<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Israel<br />

Turquia<br />

Irão<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E. U. América<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

América Central<br />

Panamá<br />

Total América Central<br />

Total<br />

Quadro 129 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2000 (INE)<br />

287<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

740<br />

593<br />

1333<br />

172<br />

172<br />

292<br />

71<br />

97<br />

460<br />

56<br />

109<br />

165<br />

25<br />

577<br />

602<br />

22<br />

22<br />

2754<br />

40 763<br />

7637<br />

48 400<br />

15 014<br />

15 014<br />

8254<br />

1338<br />

9833<br />

19 425<br />

2357<br />

7273<br />

9630<br />

7821<br />

27 973<br />

35 794<br />

815<br />

815<br />

129 <strong>07</strong>8<br />

3<br />

370<br />

1453<br />

786<br />

2612<br />

19<br />

25<br />

44<br />

91<br />

431<br />

303<br />

34<br />

859<br />

269<br />

74<br />

54<br />

397<br />

1<br />

1<br />

740<br />

740<br />

4653<br />

1131<br />

9531<br />

80 829<br />

61 704<br />

153 195<br />

2771<br />

2360<br />

5131<br />

6069<br />

25 397<br />

13 005<br />

6103<br />

50 574<br />

11 335<br />

5467<br />

2255<br />

19 057<br />

495<br />

495<br />

23 532<br />

23 532<br />

251 984<br />

48<br />

7<br />

13<br />

2135<br />

7774<br />

197<br />

10 174<br />

5<br />

144<br />

680<br />

829<br />

85<br />

85<br />

11 088<br />

13 578<br />

4989<br />

6657<br />

209 345<br />

1 141 591<br />

41 898<br />

1 418 058<br />

5065<br />

23 309<br />

69 388<br />

97 762<br />

6142<br />

6142<br />

1 521 962


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

Taiwan<br />

China<br />

Tailândia<br />

Índia<br />

Paquistão<br />

Butão<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Egipto<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Israel<br />

Líbano<br />

Síria<br />

Jordânia<br />

Turquia<br />

Irão<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

1494<br />

1468<br />

2962<br />

25<br />

18<br />

43<br />

48<br />

897<br />

945<br />

89<br />

23<br />

380<br />

537<br />

1029<br />

1794<br />

1794<br />

6773<br />

440 065<br />

92 826<br />

532 891<br />

13 303<br />

1843<br />

15 146<br />

4710<br />

146 182<br />

150 892<br />

10 144<br />

2761<br />

60 969<br />

113 723<br />

187 597<br />

311 416<br />

311 416<br />

1 197 942<br />

258<br />

1001<br />

11 131<br />

0<br />

12 390<br />

Quadro 130 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2001 (INE)<br />

23<br />

23<br />

29<br />

331<br />

280<br />

640<br />

17<br />

7<br />

24<br />

0<br />

0<br />

13 <strong>07</strong>7<br />

18 808<br />

302 721<br />

2 087 295<br />

4309<br />

2 413 133<br />

12 464<br />

12 464<br />

2133<br />

105 401<br />

60 872<br />

168 406<br />

5237<br />

3162<br />

8399<br />

895<br />

895<br />

2 603 297<br />

45<br />

5<br />

2<br />

1287<br />

12 537<br />

7<br />

421<br />

14 304<br />

5<br />

113<br />

21<br />

732<br />

3<br />

874<br />

290<br />

290<br />

135<br />

135<br />

15 603<br />

288<br />

20 885<br />

3506<br />

2579<br />

187 659<br />

1 887 273<br />

2736<br />

58 859<br />

2 163 497<br />

4420<br />

29 727<br />

2328<br />

69 847<br />

2251<br />

108 573<br />

30 763<br />

30 763<br />

21 011<br />

21 011<br />

2 323 844


Europa<br />

Alemanha<br />

Bélgica<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

China<br />

Tailândia<br />

Índia<br />

Vietname<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Marrocos<br />

Moçambique<br />

Egipto<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Líbano<br />

Turquia<br />

Irão<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Norte<br />

E. U. América<br />

México<br />

Total América do Norte<br />

América do Sul<br />

Argentina<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Quadro 131 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2002 (INE)<br />

289<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

1139<br />

1181<br />

2320<br />

23<br />

27<br />

50<br />

20<br />

16<br />

2636<br />

2672<br />

301<br />

260<br />

820<br />

1381<br />

28<br />

28<br />

12<br />

292<br />

304<br />

6755<br />

333 582<br />

68 322<br />

401 904<br />

5370<br />

9273<br />

14 643<br />

2848<br />

5789<br />

4<strong>07</strong> 398<br />

416 035<br />

39 700<br />

56 973<br />

132 973<br />

229 646<br />

6240<br />

6240<br />

13 096<br />

49 282<br />

62 378<br />

1 130 846<br />

324<br />

168<br />

6933<br />

72<br />

7497<br />

27<br />

27<br />

436<br />

436<br />

241<br />

241<br />

8201<br />

27 582<br />

65 919<br />

1 532 491<br />

22 465<br />

1 648 457<br />

4624<br />

4624<br />

75 880<br />

75 880<br />

79 658<br />

79 658<br />

1 808 619<br />

83<br />

15<br />

1090<br />

13 756<br />

124<br />

15 068<br />

4<br />

905<br />

260<br />

1169<br />

461<br />

461<br />

783<br />

783<br />

29<br />

29<br />

25<br />

25<br />

17 535<br />

117<br />

22<br />

732<br />

9793<br />

110<br />

10 774<br />

4<br />

2<br />

178<br />

184<br />

129<br />

129<br />

363<br />

363<br />

31<br />

31<br />

16<br />

16<br />

11 497


Europa<br />

Bélgica<br />

França<br />

Itália<br />

Espanha<br />

Finlândia<br />

Países Baixos<br />

Grécia<br />

Total Europa<br />

Ásia<br />

China<br />

Índia<br />

Vietname<br />

Total Ásia<br />

África<br />

Egipto<br />

Zimbabwe<br />

Total África<br />

Médio Oriente<br />

Turquia<br />

Irão<br />

Total Médio Oriente<br />

América do Sul<br />

Brasil<br />

Total América do Sul<br />

Total<br />

Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />

Toneladas Contos Toneladas Contos<br />

Toneladas Contos<br />

1014<br />

991<br />

18<br />

219<br />

2242<br />

47<br />

108<br />

155<br />

5710<br />

24<br />

5734<br />

1156<br />

559<br />

1715<br />

523<br />

523<br />

10 369<br />

312 788<br />

76 271<br />

1963<br />

75 023<br />

466 045<br />

10 131<br />

41 284<br />

51 415<br />

610 620<br />

5612<br />

616 232<br />

219 396<br />

102 269<br />

321 665<br />

72 020<br />

72 020<br />

1 527 377<br />

637<br />

562<br />

6387<br />

99<br />

21<br />

7706<br />

97<br />

175<br />

272<br />

Quadro 132 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2003 (INE)<br />

896<br />

896<br />

244<br />

18<br />

262<br />

9136<br />

32 344<br />

279 300<br />

1 526 948<br />

11 389<br />

20 869<br />

1 870 850<br />

39 608<br />

65 042<br />

104 650<br />

92 020<br />

92 020<br />

68 049<br />

3022<br />

71 <strong>07</strong>1<br />

2 138 591<br />

4<br />

1457<br />

17 486<br />

235<br />

19 182<br />

28<br />

332<br />

52<br />

412<br />

683<br />

683<br />

2121<br />

2121<br />

99<br />

99<br />

22 497<br />

290<br />

14<br />

922<br />

10 859<br />

153<br />

11 948<br />

64<br />

165<br />

34<br />

263<br />

191<br />

191<br />

753<br />

753<br />

73<br />

73<br />

13 228


AGRADECIMENTOS<br />

O trabalho por mim realizado e <strong>de</strong>fendido nunca po<strong>de</strong>ria ter chegado a bom porto<br />

se não tivesse a ajuda <strong>de</strong> várias pessoas e entida<strong>de</strong>s que permitiram, a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> finalizar a tese, discuti-la e consequentemente tornar-me mestre. A todas elas,<br />

sem excepção, o meu profundo agra<strong>de</strong>cimento.<br />

No entanto, não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> mencionar algumas <strong>de</strong>las:<br />

Ao grupo <strong>de</strong> empresas Marmoz/Marbrito, do qual também faço parte, nas pessoas<br />

dos seus sócios gerentes, José Manuel e João Miguel Brito da Luz, meu pai e tio<br />

respectivamente, agra<strong>de</strong>ço toda a ajuda prestada bem como toda a disponibilida<strong>de</strong><br />

colocada à minha disposição.<br />

À Margarida Pomba, o meu sincero reconhecimento por toda a ajuda prestada.<br />

Agra<strong>de</strong>ço-lhe a amiza<strong>de</strong>, o empenho, as horas perdidas <strong>de</strong> sono e a sua <strong>de</strong>dicação<br />

com que tomou a tarefa <strong>de</strong> ser o meu braço direito. Sem ela, não teria sido possível<br />

terminar esta difícil tarefa.<br />

Ao Dr.º Rui Rodrigues, assessor do Secretário <strong>de</strong> Estado Adjunto da Indústria e<br />

Inovação, a minha profunda gratidão e amiza<strong>de</strong> pelo seu empenho e <strong>de</strong>dicação em<br />

tornar este fardo menos pesado.<br />

Ao Sr. António Esteves Henriques, director da revista Rochas e Equipamentos,<br />

e meu amigo pessoal, o meu muito obrigado por toda a colaboração prestada nas<br />

variadas reuniões efectuadas no seu escritório e na empresa, bem como pelos Boletins<br />

<strong>de</strong> Minas oferecidos e que completaram a minha colecção.<br />

Ao Dr.º Jorge Abegão, chefe <strong>de</strong> projecto, coor<strong>de</strong>nação, planeamento e avaliação do<br />

PRIME – Programa <strong>de</strong> Incentivo à Mo<strong>de</strong>rnização da Economia, pela disponibilização<br />

<strong>de</strong> toda a documentação relativa aos vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio;<br />

Ao Engº Jorge <strong>de</strong> Carvalho do INETI – Instituto Nacional <strong>de</strong> Engenharia, Tecnologia<br />

e Inovação, o meu obrigado pela possibilida<strong>de</strong> que me <strong>de</strong>u em adquirir alguns<br />

dos Boletins <strong>de</strong> Minas que me faltavam na colecção.<br />

Ao Eng. António Crespo, pelo empenho, <strong>de</strong>slocações e horas perdidas comigo,<br />

agra<strong>de</strong>ço a sua amiza<strong>de</strong> e apoio incondicional prestado.<br />

Ao Engº Manuel Camarinhas, e a titulo póstumo, o meu profundo reconhecimento<br />

e amiza<strong>de</strong> pelo que me transmitiu através do seu saber e experiência, bem como<br />

por todos os dados que me facultou.<br />

Ao Dr. Luís Sottomayor, pela sua disponibilida<strong>de</strong> na transmissão dos seus conhecimentos.<br />

Ao Dr.º Victor Lambert pelo apoio solicitado e pela sua paixão pela região em geral<br />

e pela pedra em particular.<br />

Ao Joaquim Brito, pela amiza<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ração e disponibilida<strong>de</strong> que teve em per<strong>de</strong>r<br />

algumas horas comigo.


Ao professor Mateus, meu amigo e explicador <strong>de</strong> Inglês durante o secundário, o<br />

meu obrigado pela ajuda prestada na correcção do resumo em Inglês.<br />

Ao Teodósio Caeiro pela ajuda prestada e horas perdidas na correcção do trabalho.<br />

À Assimagra, na pessoa da Dr.ª Carla Gomes, técnica daquela associação o meu<br />

agra<strong>de</strong>cimento pela maneira como tratou dos meus pedidos.<br />

Ao Cevalor – Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas<br />

Ornamentais e Industriais, nas pessoas do director geral, Dr.º António Dieb, responsável<br />

pela área <strong>de</strong> promoção e marketing, Dr.ª Marta Peres, e, .... Filomena Mame<strong>de</strong>.<br />

À Câmara <strong>de</strong> Comércio Italiana, na pessoa do Sr. Ricardo Marchi e à Câmara <strong>de</strong><br />

Comércio e Indústria Luso Espanhola na pessoa Sr.ª Eva Massana, o envio dos<br />

relatórios solicitados daqueles dois países.<br />

À Direcção Geral <strong>de</strong> Geologia e Energia – Divisão <strong>de</strong> Estatística, nomeadamente à<br />

Engº Maria José Sobreiro e ao Engº Victor Duque pelo envio <strong>de</strong> todos os dados pedidos.<br />

À Direcção Geral <strong>de</strong> Energia – Indústria, na pessoa do Sr. Engº Piteira.<br />

Ao Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, em Lisboa, às Ex.as. Srªs Catarina Cunha,<br />

Lur<strong>de</strong>s Gouveia e Ema Fernan<strong>de</strong>s e em Évora ao Sr. Gilberto Cavaco, chefe <strong>de</strong><br />

serviço adjunto, o meu reconhecimento pela simpatia e celerida<strong>de</strong> no envio <strong>de</strong><br />

todos os dados pedidos.<br />

À DGEEP, Direcção Geral <strong>de</strong> Estudos, Estatística e Planeamento na pessoa do Sr.<br />

José Malveiro agra<strong>de</strong>ço o envio dos dados referentes às qualificações e habilitações<br />

literárias em ambas as indústrias.<br />

Ao Prof. Armando Alves, pela profunda amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong>dicação especial e forte cunho<br />

pessoal, com que sempre abraçou tudo quanto lhe pedi <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mais ínfimo pormenor<br />

até à mais complexa tarefa. A impressão da tese só foi possível graças ao<br />

seu excelente trabalho.<br />

Por fim uma palavra muito especial <strong>de</strong> reconhecimento, consi<strong>de</strong>ração e respeito profundos<br />

para o júri <strong>de</strong> minha tese. Ao presi<strong>de</strong>nte, Prof. Dr.º Joaquim dos Ramos Silva,<br />

meu professor na Pós Graduação em Estudos Europeus, pela magnífica interpelação<br />

que fez, tornando a <strong>de</strong>fesa do trabalho muito especial. Ao Prof. Dr.º Luís Lopes,<br />

por mim convidado por integrar este júri, o meu obrigado pela sua disponibilida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>dicação a este trabalho, tanto no <strong>de</strong>correr da <strong>de</strong>fesa daquele como pelas achegas<br />

que me <strong>de</strong>u, sempre importantes e úteis, as quais melhoraram consi<strong>de</strong>ravelmente a<br />

tese. Ao meu orientador e último membro do júri, Prof. Dr.º Horácio Faustino pela<br />

honra que me <strong>de</strong>u na orientação do trabalho. Em nenhum momento teve dúvidas<br />

sobre a premência, importância e actualida<strong>de</strong> do tema, na confiança <strong>de</strong>positada em<br />

mim e na obra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo até aos retoques finais. A sua orientação em geral,<br />

as suas indicações em particular, foram essenciais para a dignificação da minha tese.<br />

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ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE DESENVOLVIMENTO<br />

DO SECTOR DAS PEDRAS NATURAIS:<br />

O CASO DOS MÁRMORES NO TRIÂNGULO DE<br />

ESTREMOZ - BORBA - VILA VIÇOSA 1980-2003<br />

<strong>Tese</strong> <strong>de</strong> <strong>Mestrado</strong> <strong>de</strong> Luís Miguel Nunes Barata <strong>de</strong> Brito da Luz,<br />

<strong>de</strong>fendida em Setembro <strong>de</strong> 2005.<br />

Direcção gráfi ca <strong>de</strong> Armando Alves<br />

Tratamento <strong>de</strong> imagem e Pré-impressão<br />

A. Alves – Arte e Edições, Lda.<br />

Impressão e Acabamento<br />

Greca – Artes-gráfi cas<br />

Depósito legal<br />

00000000000000<br />

Março <strong>de</strong> 2008<br />

CEVALOR<br />

MUNICÍPIO DE BORBA<br />

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