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Luís Miguel Nunes Barata <strong>de</strong> Brito da Luz<br />
ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE DESENVOLVIMENTO<br />
DO SECTOR DAS PEDRAS NATURAIS:<br />
O CASO DOS MÁRMORES NO TRIÂNGULO DE<br />
ESTREMOZ - BORBA - VILA VIÇOSA 1980-2003<br />
<strong>Mestrado</strong> em Economia e Estudos Europeus<br />
Orientado por Prof. Doutor Horácio Crespo Pedrosa Faustino<br />
Constituição do Júri<br />
Presi<strong>de</strong>nte: Doutor Joaquim Alexandre dos Ramos Silva<br />
Vogal: Doutor Joaquim Luis Galego Lopes<br />
Vogal: Doutor Horácio Crespo Pedrosa Faustino<br />
Junho <strong>de</strong> 2005<br />
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA<br />
INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO<br />
3
Ao meu Avô José Brito da Luz<br />
4
RESUMO<br />
O sector das pedras naturais, em particular os mármores, objecto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>ste<br />
trabalho, tem sido <strong>de</strong> há décadas a esta parte com a extracção e a partir do início<br />
da década <strong>de</strong> 80 com a transformação um “cluster” a nível nacional, motor do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento regional <strong>de</strong> algumas zonas do país tais como o Alentejo, mais<br />
precisamente o triângulo marmorífero <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa.<br />
Com efeito, esta zona é a principal área extractiva <strong>de</strong> mármores em Portugal,<br />
facto esse que permitiu a implementação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 das principais indústrias<br />
transformadoras em termos <strong>de</strong> dimensão e inovação tecnológica, factores que<br />
contribuíram para o acréscimo da produtivida<strong>de</strong> e das exportações.<br />
Com a entrada <strong>de</strong> Portugal, em 1986, na então C.E.E., afl uíram ao nosso país<br />
e particularmente ao sector os tão importantes e esperados fundos estruturais<br />
que em muito vieram contribuir para a sua afi rmação, nos contextos nacional e<br />
internacional; este último pela via das exportações.<br />
Hoje em dia, porém, vivemos <strong>de</strong> um modo geral e também no sector, tempos<br />
difíceis, e não po<strong>de</strong>mos fi car indiferentes. O <strong>de</strong>créscimo das nossas exportações<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000 tem sido constante, com consequente perca <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>,<br />
a par <strong>de</strong> outros factores negativos internos, salienta-se a falta <strong>de</strong> uma<br />
estratégia política nacional para o sector, inexistência <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong><br />
criação <strong>de</strong> servidões administrativas e na vertente externa <strong>de</strong>staca-se a oferta<br />
<strong>de</strong> materiais similares a preços reduzidos.<br />
O presente trabalho preten<strong>de</strong> analisar no triângulo supracitado, o sector dos<br />
mármores, seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e contributo para a economia local<br />
e regional, propondo uma análise crítica ao <strong>de</strong>senvolvimento histórico não só<br />
na perspectiva da sua sustentabilida<strong>de</strong> económica e social, mas também na<br />
internacionalização do sector. 1<br />
Palavras-chave: mármore, bloco, chapa serrada ou polida, ladrilhos, material em obra.
ÍNDICE<br />
I . Introdução 13<br />
II . Análise do sector das pedras naturais: 1980 - 2003 19<br />
2.1 Perspectiva histórica 21<br />
2.2 Personalida<strong>de</strong>s, empresas, eventos e publicações <strong>de</strong> referência no sector 30<br />
2.3 O conceito do mármore 32<br />
2.3.1 O valor da matéria-prima 33<br />
2.4 Características dos mármores portugueses 36<br />
2.4.1 Características macroscópicas 36<br />
2.4.2 Características físico-mecânicas 36<br />
2.4.3 Condicionamentos ao aproveitamento do mármore 38<br />
2.5 Caracterização do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 39<br />
2.5.1 Localização 39<br />
2.5.2 Geologia 41<br />
2.5.2.1 Estratigrafi a 41<br />
2.5.2.2 Tectónica 43<br />
2.5.3 Principais núcleos <strong>de</strong> exploração 46<br />
2.5.4 Características do anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa 47<br />
2.6 Tipo <strong>de</strong> exploração 49<br />
2.6.1 Método <strong>de</strong> extracção 49<br />
2.6.1.1 Sequência das fases <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> uma pedreira 52<br />
2.6.1.2 Sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros 54<br />
2.6.2 Método <strong>de</strong> transformação 59<br />
2.6.2.1 Serragem 60<br />
2.6.2.2 Polimento 61<br />
2.7 Indicadores 65<br />
2.7.1 Ao nível da produção 65<br />
2.7.1.1 Extracção 65<br />
2.7.1.2 Transformação 71<br />
2.7.2 Ao nível do investimento 74<br />
2.7.2.1 Extracção 74<br />
2.7.2.2 Transformação 79<br />
2.7.3 Ao nível do emprego 81<br />
2.7.3.1 Extracção 81<br />
2.7.3.2 Transformação 84<br />
2.7.4 Ao nível da qualifi cação 86<br />
2.7.4.1 Extracção 86<br />
2.7.4.2 Transformação 91<br />
2.7.5 Habilitações 91<br />
2.7.5.1 Extracção 91<br />
2.7.5.2 Transformação 96<br />
2.7.6 Análise da estrutura <strong>de</strong> mercado 97<br />
2.7.6.1 Valor da produção e número <strong>de</strong> pessoas ao serviço nas 5 maiores empresas 97<br />
2.8 Índices do comércio intra-sectorial 99<br />
2.8.1 Mármore em bloco 100<br />
2.8.2 Mármore serrado 104<br />
2.8.3 Mármore em obra 108<br />
III . O Papel dos Fundos Estruturais 115<br />
3.1 Os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio e o investimento 117<br />
3.1.1 Pedip I 118<br />
3.1.1.1 As empresas 118<br />
3.1.1.2 As instituições 119<br />
3.1.2 Pedip II 120<br />
3.1.2.1 As empresas 120
3.1.2.2 As instituições 124<br />
3.1.3 Prime 128<br />
3.1.3.1 As empresas 128<br />
3.1.3.2 As instituições 132<br />
IV . A internacionalização pelo comércio: conjunto das estratégias <strong>de</strong> Portugal, Espanha e Itália 139<br />
4.1 Portugal 150<br />
4.2 Itália 154<br />
4.3 Espanha 164<br />
V . Propostas <strong>de</strong> política económica para o sector 175<br />
VI . Principais conclusões 185<br />
VII . Bibliografi a 193<br />
VIII . Anexos 201<br />
8.1 Anexo I 203<br />
8.2 Anexo II 206<br />
8.3 Anexo III 208
Lista <strong>de</strong> fi guras<br />
Figura 1 – Dólmen 25<br />
Figura 2 – Mapa geral da localização <strong>de</strong> rochas ornamentais portuguesas 26<br />
Figura 3 – Teatro em Mérida 28<br />
Figura 4 – Localização geográfi ca do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 39<br />
Figura 5 – Anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa 40<br />
Figura 6 – Sectores tectono–estratigráfi cos da zona Ossa - Morena em Portugal 41<br />
Figura 7 – Unida<strong>de</strong>s estratigráfi cas do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 43<br />
Figura 8 – Distribuição da fracturação em várias zonas do Anticlinal 45<br />
Figura 9 – Mapa geológico do anticlinal com a localização dos principais núcleos <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> mármores. 47<br />
Figura 10 – Esquema da carta geológica do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 48<br />
Figura 11 – Exploração <strong>de</strong> mármore na zona da Lagoa 52<br />
Figura 12 – Esquema <strong>de</strong> abaixamento <strong>de</strong> piso executado por uma roçadora 206<br />
Figura 13 – Esquema <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> um novo canal 2<strong>07</strong><br />
Lista <strong>de</strong> gráfi cos<br />
Gráfi co 1 – Produção das pedreiras <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 68<br />
Gráfi co 2 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 70<br />
Lista <strong>de</strong> fl uxogramas<br />
Fluxograma 1 – Sequência <strong>de</strong> exploração e sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros. 51<br />
Fluxograma 2 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma transformadora 59<br />
Fluxograma 3 – Ciclo do esquadrejamento dos blocos 60<br />
Fluxograma 4 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> chapa serrada em engenho <strong>de</strong> corte 61<br />
Fluxograma 5 – Principais núcleos mundiais <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> mármore 144<br />
Fluxograma 6 – Núcleos com alguma expressão na exploração <strong>de</strong> mármore 144<br />
Fluxograma 7 – Núcleos sem expressão na exploração <strong>de</strong> mármore 145<br />
Fluxograma 8 – Activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora 203<br />
Fluxograma 9 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício 204<br />
Fluxograma 10 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> uma transformadora 205<br />
Lista <strong>de</strong> quadros<br />
Quadro 1 – Características físico-mecânicas do anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa 37<br />
Quadro 2 – Formações geológicas presentes no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 42<br />
Quadro 3 – Produção <strong>de</strong> mármore do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa 67<br />
Quadro 4 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas <strong>de</strong> 1980 a 1996 70<br />
Quadro 5 – Valor bruto da produção no distrito <strong>de</strong> Évora 72<br />
Quadro 6 – Valor dos produtos produzidos no distrito <strong>de</strong> Évora 73<br />
Quadro 7 – N.º <strong>de</strong> estabelecimentos activos 74<br />
Quadro 8 – Equipamento 76<br />
Quadro 9 – Síntese dos equipamentos 77<br />
Quadro 10 – Combustíveis 78<br />
Quadro 11 – Energia eléctrica 79<br />
Quadro 12 – Materiais e energia consumidos e serviços comprados 80<br />
Quadro 13 – Formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo 81<br />
Quadro 14 – Mão-<strong>de</strong>-obra 83<br />
Quadro 15 – Salários dos operários e dos encarregados 84<br />
Quadro 16 – Pessoal ao serviço na indústria transformadora 85<br />
Quadro 17 – Remunerações pagas na indústria transformadora 86<br />
Quadro 18 – Grupos etários na indústria extractiva 88<br />
Quadro 19 – Grupos etários na indústria transformadora 90<br />
Quadro 20 – Habilitações na indústria extractiva 92<br />
Quadro 21 – Habilitações na indústria transformadora 94<br />
Quadro 22 – 5 maiores empresas extractivas do distrito <strong>de</strong> Évora 97<br />
Quadro 23 – 5 maiores empresas transformadoras do distrito <strong>de</strong> Évora 98
Quadro 24 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em bloco 102<br />
Quadro 25 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore serrado 105<br />
Quadro 26 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em obra 110<br />
Quadro 27 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Empresas 118<br />
Quadro 28 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Instituições 120<br />
Quadro 29 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas 122<br />
Quadro 30 – Síntese por concelhos dos projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas 124<br />
Quadro 31 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Instituições 128<br />
Quadro 32 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Empresas 130<br />
Quadro 33 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Instituições 136<br />
Quadro 34 – Produção mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais por zonas económicas 142<br />
Quadro 35 – Principais varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármore do mundo 146<br />
Quadro 36 – Principais países produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais entre 1999 e 2003 148<br />
Quadro 37 – Importações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra 163<br />
Quadro 38 – Exportações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra 164<br />
Quadro 39 – Exportações <strong>de</strong> mármore em bruto 172<br />
Quadro 40 – Importações <strong>de</strong> mármore em bruto 173<br />
Quadro 41 – Exportações <strong>de</strong> mármore elaborado 173<br />
Quadro 42 – Importações <strong>de</strong> mármore elaborado 173<br />
Quadro 43 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1980 208<br />
Quadro 44 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1981 208<br />
Quadro 45 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1982 209<br />
Quadro 46 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1983 209<br />
Quadro 47 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1984 210<br />
Quadro 48 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1985 210<br />
Quadro 49 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1986 211<br />
Quadro 50 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1987 211<br />
Quadro 51 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1988 212<br />
Quadro 52 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1989 212<br />
Quadro 53 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1980 213<br />
Quadro 54 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1981 213<br />
Quadro 55 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1982 214<br />
Quadro 56 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1983 214<br />
Quadro 57 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1984 215<br />
Quadro 58 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1985 215<br />
Quadro 59 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1986 216<br />
Quadro 60 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1987 216<br />
Quadro 61 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1988 217<br />
Quadro 62 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1989 217<br />
Quadro 63 – Produtos produzidos em 1980 218<br />
Quadro 64 – Produtos produzidos em 1981 218<br />
Quadro 65 – Produtos produzidos em 1982 219<br />
Quadro 66 – Produtos produzidos em 1983 219<br />
Quadro 67 – Produtos produzidos em 1984 220<br />
Quadro 68 – Produtos produzidos em 1985 220<br />
Quadro 69 – Produtos produzidos em 1986 221<br />
Quadro 70 – Produtos produzidos em 1987 221<br />
Quadro 71 – Produtos produzidos em 1988 222<br />
Quadro 72 – Produtos produzidos em 1989 222<br />
Quadro 73 – Produtos produzidos em 1990 223<br />
Quadro 74 – Produtos produzidos em 1991 223<br />
Quadro 75 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1992 224<br />
Quadro 76 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1993 224<br />
Quadro 77 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1994 225<br />
Quadro 78 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1995 225
Quadro 79 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1996 226<br />
Quadro 80 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1997 226<br />
Quadro 81 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1998 227<br />
Quadro 82 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1999 227<br />
Quadro 83 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2000 228<br />
Quadro 84 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2001 228<br />
Quadro 85 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2002 229<br />
Quadro 86 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1980 230<br />
Quadro 87 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1981 231<br />
Quadro 88 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1982 232<br />
Quadro 89 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1983 233<br />
Quadro 90 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1984 234<br />
Quadro 91 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1985 236<br />
Quadro 92 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1986 238<br />
Quadro 93 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1987 239<br />
Quadro 94 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1988 240<br />
Quadro 95 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1989 242<br />
Quadro 96 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1990 244<br />
Quadro 97 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1991 246<br />
Quadro 98 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1992 248<br />
Quadro 99 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1993 250<br />
Quadro 100 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1994 252<br />
Quadro 101 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1995 254<br />
Quadro 102 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1996 256<br />
Quadro 103 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1997 258<br />
Quadro 104 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1998 260<br />
Quadro 105 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1999 262<br />
Quadro 106 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2000 264<br />
Quadro 1<strong>07</strong> – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2001 266<br />
Quadro 108 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2002 268<br />
Quadro 109 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2003 270<br />
Quadro 110 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1981 271<br />
Quadro 111 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1982 272<br />
Quadro 112 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1983 272<br />
Quadro 113 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1984 273<br />
Quadro 114 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1985 273<br />
Quadro 115 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1986 274<br />
Quadro 116 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1987 274<br />
Quadro 117 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1988 275<br />
Quadro 118 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1989 276<br />
Quadro 119 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1990 277<br />
Quadro 120 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1991 278<br />
Quadro 121 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1992 279<br />
Quadro 122 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1993 280<br />
Quadro 123 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1994 281<br />
Quadro 124 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1995 282<br />
Quadro 125 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1996 283<br />
Quadro 126 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1997 284<br />
Quadro 127 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1998 285<br />
Quadro 128 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1999 286<br />
Quadro 129 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2000 287<br />
Quadro 130 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2001 288<br />
Quadro 131 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2002 289<br />
Quadro 132 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2003 290
I . Introdução<br />
13
As pedras naturais constituem do ponto <strong>de</strong> vista económico, um dos mais signifi<br />
cativos sectores exportadores do nosso País, facto que mereceu ser referenciado<br />
no <strong>de</strong>signado Relatório Porter, como um “cluster”.<br />
No grupo <strong>de</strong> pedras naturais extraídas em Portugal, as rochas carbonatadas<br />
(calcários cristalinos, microcristalinos e sedimentares) ocupam o primeiro lugar<br />
<strong>de</strong> forma clara nas exportações portuguesas, o que permitiu, em passado<br />
recente, colocar Portugal (anos 70/80) em segundo lugar, no contexto mundial<br />
dos países produtores <strong>de</strong> mármore (A.E.H. – Rochas e Equipamentos, 2003).<br />
Actualmente, Portugal ocupa a nível mundial o oitavo lugar, com 2 837 000<br />
toneladas, atrás da China, este o principal produtor com 20 500 000 toneladas,<br />
Índia, Itália, Irão, Turquia, Espanha e Brasil na vertente da produção mundial<br />
<strong>de</strong> blocos, à frente <strong>de</strong> países como o Egipto e a Grécia. Na exportação <strong>de</strong><br />
mármores, ocupamos também o oitavo posto com 333 120 toneladas atrás da<br />
Turquia, <strong>de</strong>tentora da primeira posição, Itália, Espanha, Egipto, Irão, China e<br />
Grécia. A Turquia em 2004, pela primeira vez, passou a ser o principal fornecedor<br />
<strong>de</strong> mármores aos EUA, principal país consumidor, em <strong>de</strong>trimento da Itália<br />
(Stone Sector – Silvana Napoli 2004).<br />
O triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa constitui o principal pólo nacional<br />
da activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora <strong>de</strong>ste sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />
concentrando mais <strong>de</strong> 99% do total <strong>de</strong> pedreiras <strong>de</strong> mármore activas no país,<br />
com forte incidência no concelho <strong>de</strong> Vila Viçosa (A.E.H. – Rochas e Equipamentos,<br />
2003).<br />
Neste contexto, o presente trabalho tem por objectivo efectuar um estudo sobre<br />
o mármore, para o período 1980-2003, principal pedra natural do universo<br />
dos recursos geológicos portugueses, assim como o seu contributo na criação<br />
<strong>de</strong> riqueza, sustentação social e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta região alentejana em<br />
particular e do país em geral.<br />
Efectivamente, a extracção <strong>de</strong> mármore no triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila<br />
Viçosa percorreu diferentes períodos históricos, contribuindo <strong>de</strong> forma diversa<br />
para que esta rocha portuguesa estivesse aplicada em gran<strong>de</strong>s obras <strong>de</strong> edifi cação<br />
monumental, resi<strong>de</strong>ncial e comercial por todo o mundo, mas foi sem dúvida<br />
durante os primeiros trinta anos do século XX que o mármore do Alentejo<br />
iníciou o seu percurso industrial, numa primeira fase através da exportação em<br />
15
locos durante o chamado período belga e posteriormente durante o <strong>de</strong>signado<br />
período italiano, em que a comercialização externa dos nossos mármores<br />
esteve entregue a empresários <strong>de</strong>stes dois países, para a partir dos meados dos<br />
anos setenta ser consi<strong>de</strong>rado em todo o mundo um dos mais reconhecidos e<br />
aplicados nos seus diferentes tipos <strong>de</strong> coloração, que vão dos rosas e cremes<br />
aos brancos.<br />
Com efeito, se Pêro Pinheiro era até então o principal pólo <strong>de</strong> transformação<br />
<strong>de</strong> pedra natural, foi a partir da década <strong>de</strong> 80 que as principais empresas extractivas<br />
sediadas na região alentejana instalaram novas unida<strong>de</strong>s industriais<br />
<strong>de</strong> transformação, numa perspectiva <strong>de</strong> verticalização, <strong>de</strong> economias <strong>de</strong> escala<br />
e <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> mais-valias, através da manufacturação dos blocos <strong>de</strong> mármores<br />
extraídos na região.<br />
Assim, ao serrarem os blocos, passaram inicialmente a obter chapas e posteriormente,<br />
<strong>de</strong>stas, ladrilhos, pavimentos e revestimentos, bem como outros<br />
tipos <strong>de</strong> aplicação para edifi cação e também os lambrins, <strong>de</strong>graus, corrimões,<br />
balaústres, ladrilhos padronizados, tampos <strong>de</strong> cozinha e casa <strong>de</strong> banho, etc.,<br />
o que contribuiu <strong>de</strong>cisivamente para o forte <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong><br />
na região, constituindo um “boom” industrial económico que <strong>de</strong>u origem<br />
a empresas tecnologicamente bem equipadas. Paralelamente, toda esta nova<br />
área <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> obrigou a área extractiva a intensifi car a sua produção em<br />
gran<strong>de</strong> escala.<br />
Este aumento global da indústria da pedra natural gerou não só um forte incremento<br />
<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, facto esse, que, por si só, já é importante, uma<br />
vez que estamos a falar <strong>de</strong> uma região <strong>de</strong>sfavorecida e bastante afectada pelo<br />
fenómeno do <strong>de</strong>semprego, como possibilitou criar uma mão-<strong>de</strong>-obra qualifi cada,<br />
em termos <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>.<br />
Aliado a todos estes factores, viveram-se tempos <strong>de</strong> expansão mundial a nível<br />
das economias mais <strong>de</strong>senvolvidas, o que contribuiu para um aumento constante<br />
na utilização da pedra natural em todas as suas vertentes, sendo ainda <strong>de</strong><br />
referenciar o forte contributo dos fundos comunitários através dos vários quadros<br />
<strong>de</strong> apoio que vieram criar um clima propício para que o sector português<br />
da pedra natural se mo<strong>de</strong>rnizasse em todas as suas vertentes. Em termos <strong>de</strong><br />
factores negativos, salientam-se as recessões económicas mundiais do início<br />
16
da década dos anos noventa e mais recentemente da última, da qual estamos<br />
agora a sair, as guerras no Médio Oriente e o aparecimento <strong>de</strong> novos países<br />
produtores com pedras alternativas ou similares, a preços mais competitivos,<br />
sobretudo os asiáticos.<br />
Na realida<strong>de</strong>, o consumo <strong>de</strong> pedra natural <strong>de</strong>ntro da fi leira dos materiais naturais<br />
<strong>de</strong> construção apresenta a nível mundial um crescimento na or<strong>de</strong>m dos<br />
7,3% em 2003, com uma taxa média <strong>de</strong> 8% nos últimos anos, embora estes<br />
valores estejam signifi cativamente bem longe do actual lí<strong>de</strong>r mundial, a República<br />
Popular da China, que apresenta uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 310% nos<br />
últimos <strong>de</strong>z anos (Stone Sector – Silvana Napoli 2003).<br />
Em 2003, a China extraiu 18 600 000 toneladas <strong>de</strong> pedras naturais ou seja 12,4%<br />
da produção mundial, que no último ano atingiu o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> 150 000 000 toneladas,<br />
o que correspon<strong>de</strong> a um consumo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 800 milhões <strong>de</strong> metros quadrados<br />
<strong>de</strong> chapas, à espessura convencionada <strong>de</strong> 2 cm (Stone Sector – Silvana<br />
Napoli 2003).<br />
As mudanças que vêm ocorrendo, em que é nítido o <strong>de</strong>slizar das li<strong>de</strong>ranças<br />
europeias para os países asiáticos na produção, transformação e comércio <strong>de</strong><br />
pedras naturais, têm vindo a verifi car-se num curto espaço <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong> forma<br />
abrupta, com alguns países como Itália, Portugal e Espanha a apresentarem sérias<br />
difi culda<strong>de</strong>s, face à maior competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> países como a China, Índia e<br />
Irão, mas também <strong>de</strong> países como o Brasil e Turquia cuja varieda<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong><br />
e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> recursos geológicos é manifestamente muito superior<br />
aos países tradicionais europeus.<br />
No caso específi co português, muitos dos seus calcários cristalinos, microcristalinos<br />
e sedimentares têm hoje similares em países como a China, Índia,<br />
Roménia, Turquia, Brasil e até a Itália, o que certamente irá obrigar a indústria<br />
portuguesa a alterar comportamentos, ganhar maior competitivida<strong>de</strong>, mas também<br />
a encarar a inovação e o “marketing” como factores <strong>de</strong>cisivos para o seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentado, quer a nível económico, como social, num período<br />
em que o mármore do Alentejo tem vindo a per<strong>de</strong>r competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido<br />
a factores, como moda, preço e sobretudo <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
coloração, o que limita a sua aplicação em gran<strong>de</strong>s espaços.<br />
O presente trabalho encontra-se dividido e organizado em seis capítulos: o<br />
17
primeiro faz a introdução do trabalho on<strong>de</strong> traça e explica o objecto da tese,<br />
informa o que se <strong>de</strong>senvolve em cada capítulo e apresenta algumas i<strong>de</strong>ias-base<br />
do estudo. O segundo proce<strong>de</strong> a uma <strong>de</strong>scrição histórica da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
tempos mais recuados até aos nossos dias, on<strong>de</strong> se faz uma breve <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong><br />
algumas das personalida<strong>de</strong>s, empresas, eventos e publicações <strong>de</strong> referência no<br />
sector, que <strong>de</strong> forma diversa contribuíram para a sua evolução, dá uma explicação<br />
quanto ao conceito do mármore e suas principais características, apresenta<br />
uma breve caracterização do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
(localização, geologia, principais núcleos <strong>de</strong> exploração e características), sua<br />
exploração, que envolve as vertentes da extracção, transformação e comercialização,<br />
analisa com base em indicadores tais como a produção, investimento,<br />
emprego, qualifi cação, habilitações, análise da estrutura <strong>de</strong> mercado e índices<br />
<strong>de</strong> comércio intra-sectorial as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extracção (CAE 14111) e transformação<br />
(CAE 26701), para o período 1980-2003.<br />
O terceiro apresenta e analisa os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio e qual o<br />
seu contributo para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentado das empresas bem como das<br />
instituições operantes no triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. O quarto<br />
capítulo analisa o conjunto das estratégias <strong>de</strong> internacionalização seguidas<br />
por Portugal, Espanha e Itália. No quinto capítulo tecem-se algumas consi<strong>de</strong>rações<br />
e apresentam-se várias propostas <strong>de</strong> política económica. Finalmente, no<br />
sexto e último capítulo são extraídas as conclusões globais do estudo efectuado<br />
e indicam-se algumas linhas para orientação futura.<br />
18
II . Análise do sector das pedras naturais:<br />
1980 - 2003<br />
19
2.1 – Perspectiva histórica<br />
O homem fez uma experiência muito precoce na utilização das pedras naturais.<br />
As provas <strong>de</strong>sta sua capacida<strong>de</strong> são diversas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a utilização da pedra em<br />
instrumentos <strong>de</strong> corte numa primeira fase com materiais menos duros, mais<br />
tar<strong>de</strong> em materiais mais duros como o basalto, empregues, no abatimento <strong>de</strong><br />
árvores durante a revolução agrícola do período Neolítico.<br />
No fi nal do período Paleolítico, os instrumentos para corte e para outros usos,<br />
como a caça ou para elaboração <strong>de</strong> utensílios domésticos, como vasos, símbolos<br />
ou pequenas estatuetas, são elementos <strong>de</strong>monstrativos que o homem pré-<br />
-histórico já conhecia, embora <strong>de</strong> forma empírica, algumas das proprieda<strong>de</strong>s<br />
dos materiais da crosta terrestre.<br />
Po<strong>de</strong>-se afi rmar que os avanços na utilização da pedra são acompanhados, em<br />
paralelo, com a metalurgia, on<strong>de</strong> o sucessivo conhecimento das ligas dos metais<br />
permitiu uma maior capacida<strong>de</strong> da sua transformação.<br />
Por volta <strong>de</strong> 8 000 a.C., o uso da pedra regista-se como elemento básico nas<br />
edifi cações <strong>de</strong> habitação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos aglomerados habitacionais, que surgiram<br />
então como unida<strong>de</strong> política e social na história da humanida<strong>de</strong>.<br />
No entanto, os primeiros registos da utilização da pedra como elemento estético<br />
e ornamental datam <strong>de</strong> 3 000 a.C., na região da Mesopotâmia e no Egipto,<br />
on<strong>de</strong> rochas calcárias <strong>de</strong> grão fi no e granito vermelho, assim como quartetos<br />
pretos ou rosa, esculpidos e polidos, perpetuaram até aos nossos dias fi guras<br />
escultóricas dos faraós, <strong>de</strong>uses e outras personalida<strong>de</strong>s.<br />
É durante a predominância da cultura naturalista na Grécia Antiga que a percepção<br />
das proprieda<strong>de</strong>s da cor e textura do mármore são <strong>de</strong>senvolvidas, surgindo<br />
as gran<strong>de</strong>s produções artísticas e arquitectónicas.<br />
Aos gregos <strong>de</strong>ve-se o uso do mármore no domínio público, seja na arquitectura<br />
ou na escultura, aos romanos a sua aplicação em construções privadas, como<br />
símbolos <strong>de</strong> riqueza dos seus proprietários.<br />
A obra vitruviana, De Architectura, consi<strong>de</strong>rada como o primeiro tratado <strong>de</strong><br />
arquitectura, é no conceito actual mais um enunciado <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> disciplinas,<br />
processos e regras que <strong>de</strong>vem ser seguidos pelo arquitecto, ou a que <strong>de</strong>ve<br />
obe<strong>de</strong>cer a construção arquitectónica, no contexto da época.<br />
A importância do trabalho vitruviano, disperso por <strong>de</strong>z livros e recentemente<br />
traduzido em português pela Arq.ª Helena Rua, com a colaboração <strong>de</strong> A. Es-<br />
21
teves Henriques, merece especial <strong>de</strong>staque o segundo livro, on<strong>de</strong> são referidos<br />
os materiais mais utilizados, dos quais têm especial relevância as pedras<br />
naturais.<br />
Repare-se com atenção em algumas das recomendações e ensinamentos <strong>de</strong>ste<br />
arquitecto que viveu no tempo <strong>de</strong> Júlio César (101 - 44 a.C.): “<strong>de</strong>vem estudarse<br />
as Pedreiras don<strong>de</strong> se retiram os gran<strong>de</strong>s quartos e as moles para a construção.<br />
Nem todas as pedras são da mesma espécie pois existem as brandas e outras<br />
que se chamam Polienses e Fidonates; outras medianamente duras, outras<br />
ainda são duras como calhaus. Outras ainda que po<strong>de</strong>m ser cortadas com uma<br />
serra como a ma<strong>de</strong>ira.<br />
As pedras que não são duras têm como vantagem trabalharem-se facilmente<br />
e têm bastante utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam utilizadas em locais cobertos, e se<br />
forem aplicadas no exterior, o gelo e as chuvas transformam-nas em poeira e<br />
se aplicadas em edifícios próximos do mar, a salinida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sgasta-as e o calor<br />
excessivo chega mesmo a <strong>de</strong>teriorá-las.<br />
Em termos <strong>de</strong> precaução com algumas pedras será aconselhável, a fi m <strong>de</strong> que<br />
elas estejam menos sujeitas a <strong>de</strong>teriorar-se, que sejam tiradas das pedreiras<br />
no Verão e não no Inverno, e das expor ao ar num local <strong>de</strong>scoberto dois anos<br />
antes <strong>de</strong> as colocar na obra <strong>de</strong> forma que aquelas que o mau tempo tenha<br />
danifi cado sejam colocadas nos fundamentos e que as outras que após terem<br />
sido tratadas pela própria natureza, se forem boas, então serão utilizadas na<br />
Alvenaria”.<br />
Ainda no segundo livro, no capítulo VIII, Vitrúvio é explícito sobre as espécies<br />
<strong>de</strong> Alvenaria, as suas proprieda<strong>de</strong>s, e a diferente maneira que elas <strong>de</strong>vem ser<br />
feitas segundo os locais, como ainda ao longo <strong>de</strong> toda a sua obra, a pedra é sem<br />
dúvida o material <strong>de</strong> construção por excelência.<br />
Muitos <strong>de</strong>stes ensinamentos têm ainda hoje plena aplicação, após milénios, se<br />
quisermos ainda recuar à Grécia arcaica ou visitarmos a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Éfeso na<br />
Turquia, que se mantém viva após várias civilizações, graças aos edifícios e<br />
monumentos em pedra natural.<br />
Embora, na Antiguida<strong>de</strong>, a utilização das pedras naturais tivesse sido restrita,<br />
o uso da pedra apenas tinha lugar, na sua maior parte, nas proximida<strong>de</strong>s dos<br />
locais on<strong>de</strong> era extraída, dadas as difi culda<strong>de</strong>s inerentes ao seu transporte, em<br />
22
termos <strong>de</strong> peso e custo, que condicionavam a formação <strong>de</strong> um mercado <strong>de</strong> rochas<br />
ornamentais e, consequentemente, a sua utilização planetária. Excepção<br />
feita à vigência do Império Romano – durante a qual a exploração <strong>de</strong> pedreiras<br />
tinha lugar em quase todos os territórios conquistados –, o comércio da pedra,<br />
praticamente, não existia, <strong>de</strong>veu-se principalmente ao sistema <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> minas e pedreiras e em parte às técnicas nessa altura disponíveis.<br />
No antigo Egipto, as minas e pedreiras eram proprieda<strong>de</strong>s dos faraós, na Grécia<br />
clássica, pertenciam às cida<strong>de</strong>s-Estados e nas leis do Império Bizantino<br />
eram proprieda<strong>de</strong>s do tesouro do imperador.<br />
Em cada uma <strong>de</strong>stas civilizações, os proprietários possuíam os seus próprios<br />
técnicos especializados, sendo gran<strong>de</strong> parte dos trabalhos relativos à extracção,<br />
transporte e benefi ciamento das pedras realizados por numerosos grupos <strong>de</strong><br />
escravos.<br />
A regulamentação do uso do subsolo, como proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> interesse público,<br />
aparece durante a época medieval, mas foi realmente na Ida<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rna que<br />
foi mais difundida. O sistema <strong>de</strong> concessão do direito <strong>de</strong> lavra para iniciativa<br />
privada aparece bem mais <strong>de</strong>fi nido no último século da Ida<strong>de</strong> Média, on<strong>de</strong><br />
é criada uma tradição técnico-profi ssional na extracção e transformação <strong>de</strong><br />
pedras naturais, que, duma forma ou <strong>de</strong> outra, tem sobrevivido até aos dias<br />
<strong>de</strong> hoje.<br />
Na realida<strong>de</strong>, é no período Renascentista que aparece a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Arquitecto,<br />
termo <strong>de</strong> origem grega – “arkhitekton” – que signifi ca “acima <strong>de</strong> pedreiro”<br />
ou “primeiro construtor” que dá origem ao arquitecto “especulativo” que<br />
ainda hoje o caracteriza, substituindo o arquitecto <strong>de</strong>signado por construtor ou<br />
operativo, como eram consi<strong>de</strong>rados até esta altura.<br />
É no auge do período do Renascimento que novas e diferentes rochas proporcionaram<br />
um rompimento entre o mundo antigo e o novo, no que diz respeito<br />
às pedras naturais. Entre os séculos XVI e XVII existiu uma euforia <strong>de</strong> requerimentos<br />
<strong>de</strong> concessões para exploração <strong>de</strong> novos mármores, que aparecem<br />
em policromias, e embutidos na arquitectura da época, sobretudo na arquitectura<br />
barroca. A partir do século XVIII, com o estilo neoclássico re<strong>de</strong>scobre-se<br />
o uso do mármore branco que volta a difundir-se na região mediterrânea e na<br />
23
América do Norte, durante a fase da arquitectura colonial, um ramo do estilo<br />
neoclássico, o mármore branco tem uma maior expressão.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento da indústria pétrea ornamental a nível mundial só se tornou<br />
possível, fi nalmente, com o evento da Revolução Industrial do século XIX.<br />
As <strong>de</strong>scobertas científi cas e o progresso tecnológico alcançado, a par da súbita<br />
melhoria do sistema <strong>de</strong> transportes e comunicações, para além do crescimento<br />
natural da procura, acabaram por potenciar um maior volume <strong>de</strong> produção,<br />
quer através da entrada em funcionamento <strong>de</strong> novas pedreiras, quer por via do<br />
aumento <strong>de</strong> produção em muitas outras.<br />
No início do século XX é introduzida a mecanização na extracção e na transformação<br />
do mármore, através do uso do fi o helicoidal na extracção e, em<br />
seguida, do engenho no corte do bloco em chapa.<br />
É neste período que o uso do mármore na arquitectura começa a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser<br />
um elemento <strong>de</strong> base estrutural avançando <strong>de</strong>cisivamente para o ornamental.<br />
Também na transformação dos granitos são dados passos importantes, sendo o<br />
mais signifi cativo o polimento.<br />
Em Portugal, são signifi cativas as referências da utilização da pedra natural<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Antiguida<strong>de</strong> aos dias <strong>de</strong> hoje.<br />
Defi nidos por períodos históricos, por todo o território português têm sido<br />
encontrados vestígios das mais diversas utilizações da pedra natural que vão<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> utensílios domésticos a armas <strong>de</strong> guerra e caça, como ainda em objectos<br />
sacros ou funerários.<br />
As referências sobre a sua aplicação quer em monumentos históricos e construção<br />
percorrem diversas épocas e estilos arquitectónicos. Tal como em Itália<br />
e em outros países consi<strong>de</strong>rados “tradicionais” no seu uso, Portugal possui<br />
um vasto espólio sobre utilização da pedra natural <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Pré-História como<br />
por exemplo o Dólmen (Figura 1) ao período Romano, passando pelos estilos<br />
Gótico, Renascentista, Barroco sem esquecer o Manuelino.<br />
As rochas ornamentais naturais susceptíveis <strong>de</strong> aproveitamento e valorização<br />
encontram-se repartidas, em Portugal, um pouco por todo o território e será<br />
justo <strong>de</strong>stacar o seu contributo para a criação <strong>de</strong> riqueza e para o <strong>de</strong>senvolvi-<br />
24
Figura 1 – Dólmen
Figura 2 – Mapa geral da localização <strong>de</strong> rochas ornamentais portuguesas (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas,<br />
vol. 38, n.º 3)
mento do País, tanto mais que a realida<strong>de</strong> geológica compreen<strong>de</strong> uma larga<br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pedras naturais que proporciona ao sector a necessária sustentabilida<strong>de</strong><br />
(Figura 2 – Boletim <strong>de</strong> Minas, vol. 38, n.º 3).<br />
Nessas circunstâncias, a indústria das rochas ornamentais constitui, em Portugal,<br />
um dos sectores mais importantes <strong>de</strong> entre os que têm por base activida<strong>de</strong>s<br />
extractivas, tanto mais que se tem assistido a um forte incremento da produção<br />
concomitante com a mo<strong>de</strong>rnização do sector, o qual constitui mesmo um importante<br />
ramo exportador no seio da indústria extractiva.<br />
A produção portuguesa assenta basicamente em granitos, mármores e calcários<br />
(a produção <strong>de</strong> ardósias, embora interessante, assume valores menos expressivos)<br />
<strong>de</strong> que se faz larga exportação em bruto e, sobretudo, após transformação,<br />
existindo em todo o mundo inúmeros exemplos emblemáticos da sua utilização<br />
em obra.<br />
As rochas ornamentais actualmente exploradas no País são as <strong>de</strong> natureza<br />
calcária comercialmente <strong>de</strong>signadas por “mármores” (calcário cristalino, microcristalino,<br />
sedimentar e brecha calcária) e as predominantemente siliciosas<br />
comercialmente <strong>de</strong>nominadas “granitos e rochas similares” (granito, pórfi ro<br />
ácido, gabro, sienito nefelínico e serpentinito).<br />
Uma sucinta história das utilizações das pedras naturais portuguesas passa obrigatoriamente<br />
pela rica jazida <strong>de</strong> calcários cristalinos <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila<br />
Viçosa, talvez uma das mais reconhecidas e estudadas a nível mundial, sem<br />
todavia excluir a importância signifi cativa dos calcários e outras rochas sedimentares,<br />
bem como as rochas siliciosas.<br />
A prova mais antiga do reconhecimento da utilização microcristalina dos mármores<br />
na região alentejana data do ano 370 a.C. Este importante achado arqueológico<br />
está representado por uma lápi<strong>de</strong> mandada executar pelo capitão<br />
cartaginês Maarbal na sua viagem <strong>de</strong> Faro para Elvas e foi <strong>de</strong>scoberta pelo investigador<br />
Padre Espanca (tio da poetisa Florbela Espanca) em Terena (Alandroal).<br />
Posteriormente, os Romanos utilizaram o mármore <strong>de</strong> Vigária (Vila Viçosa)<br />
nas colunas e outros elementos <strong>de</strong>corativos do Teatro <strong>de</strong> Mérida (Figura 3)<br />
inaugurado no ano 16 a.C. quando Octaviano César Augusto era imperador,<br />
27
Figura 3 – Teatro em Mérida<br />
no tempo em que Mérida era a capital da Lusitânia e também nas bases das<br />
colunas e dos capitéis do Templo Romano, em Évora, no século II.<br />
Na estrada que ligava Évora a Mérida, a actual povoação <strong>de</strong> Bencatel era um<br />
posto <strong>de</strong> elevada importância, on<strong>de</strong>, nas proximida<strong>de</strong>s, ainda há poucos anos<br />
foram encontrados vestígios da activida<strong>de</strong> extractiva durante o período romano<br />
e ainda po<strong>de</strong>m ser observados “in situ”, em pedreira abandonada, cerca <strong>de</strong> 50<br />
m a NW da pedreira da empresa A. Mocho - Lagoa.<br />
A mo<strong>de</strong>rna indústria extractiva <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
arrancou por volta <strong>de</strong> 1930. A evolução produtiva da zona, nas últimas décadas,<br />
<strong>de</strong>ve-se sobretudo às exportações <strong>de</strong> mármore. Do ponto <strong>de</strong> vista quantitativo,<br />
estas manifestaram notável <strong>de</strong>senvolvimento em 1965-66. Conheceram<br />
28
altos e baixos até 1972, e em 1973-74 voltaram a atingir um bom nível, para<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>clinarem. Apresentaram a reactivação <strong>de</strong> 1980, seguida pelo retrocesso<br />
<strong>de</strong> 1981-82. A partir <strong>de</strong> 1982 cresceram sem cessar, à excepção do ano<br />
1993, estando <strong>de</strong> há uns anos para cá (a partir <strong>de</strong> 1999) a atravessar algumas<br />
difi culda<strong>de</strong>s.<br />
A exploração da jazida <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong>sta região sofreu signifi cativas mudanças<br />
ao longo <strong>de</strong>stes anos, em primeiro lugar, porque os objectivos da produção<br />
se passaram a pautar mais pela obtenção <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e menos<br />
pela quantida<strong>de</strong>. Longe <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma opção conscientemente assumida,<br />
ela resultou, no essencial, <strong>de</strong> razões impostas pelo comportamento do mercado,<br />
com refl exos na quebra das exportações, que ditou o ponto <strong>de</strong> infl exão<br />
da curva do volume <strong>de</strong> produção à boca da pedreira, ao fi m <strong>de</strong> 16 anos <strong>de</strong><br />
crescimento ininterrupto. Em segundo lugar, porque os constrangimentos <strong>de</strong><br />
natureza ambiental, que foram mantidos durante anos em segundo plano, na<br />
indústria dos mármores, saltaram subitamente à vista quando passaram, eles<br />
próprios, a ameaçar o <strong>de</strong>senvolvimento da exploração.<br />
29
2.2 – Personalida<strong>de</strong>s, empresas, eventos e publicações <strong>de</strong> referência no sector<br />
Ao longo da evolução <strong>de</strong>ste sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, várias foram as personalida<strong>de</strong>s<br />
que contribuíram <strong>de</strong>cisivamente para o seu <strong>de</strong>senvolvimento a nível industrial<br />
e não só, homens que nos diversos períodos marcaram o sector português<br />
da pedra natural, em geral e da região do Alentejo em particular.<br />
Entre outros, <strong>de</strong>stacaremos o arquitecto Pardal Monteiro e sua família que<br />
constituíram a empresa Pardal Monteiro, com se<strong>de</strong> e fábrica em Pêro Pinheiro<br />
e com pedreiras no anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa, o Eng. Leopoldo<br />
Portas da empresa Solubema, José Brito da Luz da Marmoz, Rui Caeiro da Calemar,<br />
os irmãos Francisco e Eduardo Galrão da Figaljor e Mármores Galrão e<br />
mais recentemente Plácido José Simões da Plácido José Simões L. da , constituíram<br />
um grupo <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong>s cujas capacida<strong>de</strong>s profi ssionais, carácter e<br />
<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança infl uenciaram por várias décadas o percurso da indústria da pedra<br />
natural nesta região.<br />
Po<strong>de</strong>r-se-á afi rmar que, a par <strong>de</strong>stes empresários, também outras personalida<strong>de</strong>s<br />
como Francisco Ramos da empresa Granitos da Maceira, Comendador<br />
Joaquim <strong>de</strong> Oliveira Gue<strong>de</strong>s da Cooperativa dos Pedreiros do Porto, assim<br />
como empresas <strong>de</strong> referência que também contribuíram no tempo, para uma<br />
maior internacionalização das nossas pedras naturais das quais salientamos<br />
Solubema/Etma, Marmoz/Marbrito, Mármores Galrão, Magratex, C. M. Mata<br />
Export, Joaquim Duarte Urmal, Mármores Batanete, Dimpomar, Marmetal,<br />
Plácido José Simões, Serrações Viana e A. Bento Vermelho e outras que, após<br />
um período <strong>de</strong> apogeu, entraram em <strong>de</strong>clínio e fecharam, tais como Mármores<br />
do Condado posteriormente adquirida pela Macepor, Silvério Possante <strong>de</strong> Almeida,<br />
Armando Duarte, Manoel Esteves Victor e Pardal Monteiro.<br />
No que se refere à produção <strong>de</strong> rochas siliciosas nesta região há ainda a <strong>de</strong>stacar<br />
as empresas Singranova, Granitos <strong>de</strong> Maceira, Granital, Graper, Granisul,<br />
Granisintra, Graniplac <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova, Granitrans <strong>de</strong> Pêro Pinheiro com<br />
pedreiras no distrito <strong>de</strong> Évora e a GMC com pedreira no distrito <strong>de</strong> Portalegre<br />
(Alpalhão).<br />
Também no campo tecnológico, Portugal contribuiu para o avanço nos equipamentos<br />
utilizados na extracção e transformação através da empresa DMC e<br />
posteriormente pela Mapor Portuguesa no fabrico <strong>de</strong> engenhos diamantados<br />
para mármore, pórticos e pontes rolantes, empresa esta conduzida por A. Costa,<br />
30
que fechou as suas portas em 1998, a empresa Fabrimar, fabricante <strong>de</strong> ferramentas<br />
diamantadas cujo arranque e implantação no mercado nacional e mundial<br />
se <strong>de</strong>ve a Hermano Santos, a Tuch Portuguesa <strong>de</strong> Armando Luís, fabricante<br />
<strong>de</strong> discos e lâminas diamantadas para mármore, a Metalúrgica A. Barradas,<br />
Pirra, e Gancho em Estremoz, que fechou recentemente, e ainda as empresas<br />
construtoras <strong>de</strong> máquinas e equipamentos como a Construal, António Jacinto<br />
Figueiredo e Minorça no pólo <strong>de</strong> Pêro Pinheiro e Poeiras em Vila Viçosa.<br />
Em termos <strong>de</strong> exposições comerciais e outras manifestações profi ssionais e<br />
culturais, este sector conta actualmente com quatro certames, Siror, realizada<br />
pela AIP/FIL, em Lisboa; A Pedra realizada pela EXPOSALÃO, na Batalha;<br />
a Fimal, organizada pela Câmara Municipal em Vila Viçosa, e o salão “A Pedra”<br />
realizado em paralelo à Concreta organizado pela EXPONOR. Os três<br />
primeiros eventos têm uma periodicida<strong>de</strong> bienal e o último anual. Também<br />
com periodicida<strong>de</strong> anual tem vindo a ser realizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 no cineteatro<br />
Florbela Espanca, o Congresso Internacional da Pedra Natural do Alentejo e<br />
com periodicida<strong>de</strong> bienal a Mostra <strong>de</strong> Escultura, ambas em Vila Viçosa.<br />
A nível internacional, a presença portuguesa data do início dos anos 60 na Feira<br />
<strong>de</strong> Santo Ambrósio, ValPolicella em Itália, no único certame então realizado.<br />
Actualmente a presença das empresas portuguesas, embora em número reduzido,<br />
distribuem-se em certames como Marmomacc, em Verona (Itália); Stonetech,<br />
em Nuremberga (Alemanha); Marmotech, em Carrara (Itália); Piedra, em<br />
Madrid (Espanha); Victoria Stone Fair, em Espírito Santo (Brasil); Stonetech,<br />
em Pequim (China) e Coverings, em Orlando (USA), entre outras.<br />
Convém salientar, em termos <strong>de</strong> informação especializada, que o sector conta<br />
com duas publicações periódicas: a revista “A Pedra”, editada pela Assimagra<br />
e a revista “Rochas e Equipamentos” editada pela Comedil, L. da <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985, e<br />
consi<strong>de</strong>rada a revista <strong>de</strong> maior difusão no mercado interno e externo.<br />
31
2.3 – O conceito do mármore<br />
Sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> mármore referem-se, muitas vezes, tipos <strong>de</strong> rochas que<br />
petrográfi ca e geneticamente não correspon<strong>de</strong>m a verda<strong>de</strong>iros mármores nem<br />
mesmo, frequentemente, a formações metamórfi cas. Este facto traduz que, na<br />
terminologia vulgar, face a difi culda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifi cação petrográfi ca, se empregue<br />
o vocábulo “mármore” como termo genérico para <strong>de</strong>signar toda a rocha<br />
carbonatada ou não, que po<strong>de</strong> ser aplicada com fi ns ornamentais e que, em<br />
particular, é susceptível <strong>de</strong> receber polimento.<br />
Os mármores <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> rochas carbonatadas diversas que, sob a infl uência<br />
do metamorfi smo, per<strong>de</strong>ram as suas características originais e recristalizaram<br />
completamente.<br />
O termo mármore implica, pois, completa recristalização dos carbonatos (com<br />
neoformação <strong>de</strong> calcite e, eventualmente, <strong>de</strong> outros minerais) por intermédio<br />
<strong>de</strong> um processo metamórfi co, pelo que <strong>de</strong>verá ser reservado para <strong>de</strong>signar apenas<br />
as rochas metamórfi cas essencialmente constituídas por calcite e/ou dolomite<br />
com textura granoblástica.<br />
Assim, fi cam fora <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>signação todos os calcários que, embora com a mesma<br />
composição química e mineralógica dos mármores, se apresentam constituídos,<br />
total ou parcialmente, por grãos <strong>de</strong> calcite ou dolomite sob a forma<br />
micro ou criptocristalina, cuja génese e diagénese tiveram lugar a temperatura<br />
e pressões muito mo<strong>de</strong>radas.<br />
Torna-se evi<strong>de</strong>nte que os mármores, como todas as substâncias naturais, raramente<br />
são materiais <strong>de</strong> características homogéneas ao longo <strong>de</strong> todo um maciço<br />
ou, até, apenas ao nível local.<br />
Frequentemente, numa mesma pedreira <strong>de</strong> mármore evi<strong>de</strong>nciam-se zonas <strong>de</strong><br />
coloração, textura e motivo ornamental diversos, mostrando, por vezes, disposição<br />
em faixas ou passagens graduais <strong>de</strong> um dado tipo aos que lhe são<br />
contíguos. A tendência da indústria extractiva vai no sentido da produção <strong>de</strong><br />
blocos correspon<strong>de</strong>ntes a uma ou mais varieda<strong>de</strong>s com aspecto e qualida<strong>de</strong> o<br />
mais homogéneo possível.<br />
As diferentes tonalida<strong>de</strong>s dos mármores são atribuídas a impregnações da<br />
massa carbonatada por óxidos e hidróxidos <strong>de</strong> ferro e <strong>de</strong> manganés, silicatos<br />
diversos, em alguns casos originados por metassomatose, e matéria carbonosa.<br />
Os pigmentos carbonosos ocasionam mármores cinzentos e anegrados e, em<br />
32
função da predominância e proporções das restantes “impurezas”, resultam<br />
mármores rosados, cremes, esver<strong>de</strong>ados, etc. A pigmentação é reduzida ou<br />
nula nos mármores esbranquiçados.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista petrográfi co, todos os mármores portugueses são constituídos<br />
por uma elevada percentagem <strong>de</strong> calcite (a dolomite é subordinada ou está<br />
ausente) e apresentam, no geral, textura granoblástica, por vezes sacarói<strong>de</strong>, e<br />
grão fi no ou médio, muito mais raramente grosseiro.<br />
Em suma,<br />
a noção <strong>de</strong> mármore, com origem etimológica no vocábulo latino “marmor”<br />
e do grego “marmairein”, que signifi ca “rocha <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>” in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />
seu tipo ou “pedra branca” <strong>de</strong>notando claramente a sua importância, apresentase<br />
ligado a duas acepções:<br />
Conceito geológico: calcário metamórfi co, isto é, rocha cristalina composta<br />
por cristais <strong>de</strong> calcite (mármore calcítico) ou dolomite (mármore dolomítico),<br />
resultante da recristalização <strong>de</strong> rochas calcárias ou dolomíticas previamente<br />
existentes;<br />
Conceito comercial: <strong>de</strong>signa toda a rocha cristalina sedimentar ou metamórfi<br />
ca, carbonatada ou não, que apresentando um aspecto semelhante ao<br />
do mármore “stricto sensu”, possa ser extraída em blocos, evi<strong>de</strong>ncie boas<br />
características para o corte e seja susceptível <strong>de</strong> adquirir bom polimento (trabalhabilida<strong>de</strong>).<br />
33<br />
2.3.1 – O valor da matéria-prima<br />
Um factor fundamental na indústria das rochas ornamentais é o valor comercial<br />
do material rochoso afl orante, função <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> parâmetros, intrínsecos<br />
e extrínsecos à matéria-prima, <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação complexa, e relacionados<br />
com as suas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extracção, transformação, utilização e<br />
comercialização.<br />
No que diz respeito ao mármore, a sua <strong>de</strong>terminação é condicionada essencialmente<br />
pelos seguintes aspectos:
Qualida<strong>de</strong> estética: cor, textura, padrão ornamental e presença <strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong>s<br />
(venagem, manchas, geo<strong>de</strong>s, cavida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dissolução, “linhas”, etc.),<br />
<strong>de</strong>signadamente no plano <strong>de</strong> serragem do material, po<strong>de</strong>ndo a cor do fundo,<br />
a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e a sinuosida<strong>de</strong> dos veios serem consi<strong>de</strong>radas como as principais<br />
características diferenciadoras do material:<br />
• cor do fundo – atributo <strong>de</strong> enorme importância do ponto <strong>de</strong> vista comercial,<br />
por infl uência do mercado, e <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong>fi nição <strong>de</strong>vido ao seu carácter<br />
subjectivo e à terminologia localmente utilizada; regionalmente dominam<br />
os mármores <strong>de</strong> cores claras (branco e creme), rosados (rosa, rosa aurora e<br />
rosa salmão) e azul cinzentos (ruivina, azul e marinel); surgem igualmente<br />
varieda<strong>de</strong>s mais ou menos aniladas (e.g. pele <strong>de</strong> tigre);<br />
• venagem (ou “vergada”) – atributo relativo à presença (e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>) <strong>de</strong><br />
veios, os quais po<strong>de</strong>m apresentar colorações e comportamentos geométricos<br />
diversos; é indicador da maior ou menor heterogeneida<strong>de</strong> do material,<br />
com gran<strong>de</strong> infl uência no seu aspecto estético global e comportamento mecânico,<br />
dado os veios constituírem frequentemente planos <strong>de</strong> fraqueza do<br />
material, quando contínuos, planares e espessos;<br />
• sanida<strong>de</strong> – atributo relacionado com a maior ou menor presença <strong>de</strong> “fi os”<br />
(ou seja, planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>), que po<strong>de</strong>rão implicar uma redução nas<br />
dimensões e rendimento dos blocos extraídos e inviabilizar a produção.<br />
Qualida<strong>de</strong> físico-mecânica (trabalhabilida<strong>de</strong> e aptidão): comportamento da<br />
matéria-prima, função das proprieda<strong>de</strong>s mais importantes do ponto <strong>de</strong> vista da<br />
sua transformação e utilização, sobretudo as relativas à exposição a condições<br />
atmosféricas e climatéricas adversas e manutenção das características ao longo<br />
do tempo (resistências à compressão, à fl exão, ao choque e ao <strong>de</strong>sgaste, porosida<strong>de</strong><br />
e absorção, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, dilatação térmica, alterabilida<strong>de</strong>, etc.); <strong>de</strong>terminação<br />
por resposta do material a ensaios físicos, mecânicos e <strong>de</strong> permanência<br />
<strong>de</strong> cores e tonalida<strong>de</strong>s;<br />
Dimensões do material extraído (volumetria e blocometria): função <strong>de</strong> diversos<br />
factores, tais como a compartimentação do maciço (famílias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s,<br />
espaçamento e relações geométricas entre elas, etc.), fractura-<br />
34
ilida<strong>de</strong> do material, métodos <strong>de</strong> extracção e maquinaria utilizada e aspectos<br />
comerciais (a<strong>de</strong>quação à transformação industrial, tipo <strong>de</strong> produto comercial,<br />
etc.); conceito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na indústria das rochas ornamentais,<br />
on<strong>de</strong> o valor do bloco comercial 1 <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não apenas da qualida<strong>de</strong> intrínseca<br />
do material, mas também do seu volume, <strong>de</strong>signadamente das dimensões lineares,<br />
comprimento, largura e altura comerciais;<br />
Disponibilida<strong>de</strong>: função do conhecimento das reservas com interesse económico<br />
(cor, textura, padrão e blocometria) e dos condicionalismos tecnológicos<br />
<strong>de</strong> exploração;<br />
Divulgação/procura: função da dinâmica <strong>de</strong> promoção, da pressão <strong>de</strong> procura<br />
(moda comercial), valor <strong>de</strong>corativo (aspecto cromático, padrão ornamental,<br />
etc.), aptidão para <strong>de</strong>terminadas aplicações, etc.<br />
Deste modo, po<strong>de</strong>rá afi rmar-se que o valor da matéria-prima <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá essencialmente<br />
da qualida<strong>de</strong> do material, da compartimentação do maciço e do<br />
comportamento do mercado.<br />
1 – Bloco extraído ao qual se <strong>de</strong>scontam os <strong>de</strong>feitos, irregularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma, etc., e cuja transformação<br />
é rendível.<br />
35
2.4 – Características dos mármores portugueses<br />
Os diferentes domínios em que os mármores são susceptíveis <strong>de</strong> ser utilizados<br />
e, em particular, o da construção civil, levantam, logo à partida, a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> se conhecerem as características <strong>de</strong> cada “pedra” como critério <strong>de</strong> selecção<br />
das diferentes qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rocha e <strong>de</strong> escolha da rocha mais conveniente para<br />
<strong>de</strong>terminada aplicação.<br />
Torna-se evi<strong>de</strong>nte que os mármores, como todas as substâncias naturais, raramente<br />
são materiais <strong>de</strong> características homogéneas ao longo <strong>de</strong> todo um maciço<br />
ou, até, apenas ao nível <strong>de</strong> uma pedreira, e, por tal motivo, as quantifi cações<br />
obtidas para cada proprieda<strong>de</strong> estudada terão <strong>de</strong> ser tomadas como valores médios<br />
característicos – o que em nada os torna menos úteis para uma avaliação<br />
preliminar da sua qualida<strong>de</strong>.<br />
2.4.1 – Características macroscópicas<br />
Não restam dúvidas <strong>de</strong> que o aspecto estético <strong>de</strong> uma rocha ou, pelo menos, o<br />
facto <strong>de</strong> o seu aspecto correspon<strong>de</strong>r às exigências <strong>de</strong> cada época ou momento,<br />
é um factor <strong>de</strong>terminante da importância do seu valor comercial.<br />
Algumas características das rochas, tão peculiares e fundamentais, como a cor,<br />
forma e tamanho dos cristais, aspecto geral da estrutura e do padrão ornamental,<br />
presença <strong>de</strong> manchas e venados, <strong>de</strong> geói<strong>de</strong>s calcíticos ou <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
dissolução, etc., são avaliáveis à simples vista <strong>de</strong>sarmada fornecendo, indubitavelmente,<br />
indicações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> signifi cado prático.<br />
Cabe, evi<strong>de</strong>ntemente, ao Laboratório, o seu estudo e <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe a<br />
nível da composição mineralógica e da textura (ou seja, a forma, dimensões<br />
e arranjos).<br />
2.4.2 – Características físico-mecânicas<br />
O valor das rochas ornamentais passa pela homogeneida<strong>de</strong> da sua tonalida<strong>de</strong><br />
e da sua textura, características <strong>de</strong>fi nidoras do respectivo padrão ornamental,<br />
não restando dúvida <strong>de</strong> que o aspecto visual <strong>de</strong> uma rocha ou, pelo menos, o<br />
36
x<br />
M<br />
m<br />
facto <strong>de</strong> o seu aspecto correspon<strong>de</strong>r às exigências estéticas <strong>de</strong> cada época ou<br />
momento é um factor <strong>de</strong>terminante da importância do seu valor comercial.<br />
Todavia, torna-se fundamental a <strong>de</strong>terminação das características mais importantes<br />
das rochas ornamentais através da execução <strong>de</strong> estudos e ensaios a<strong>de</strong>quados,<br />
alguns <strong>de</strong> cariz tecnológico, que permitem <strong>de</strong>fi nir as rochas do ponto<br />
<strong>de</strong> vista da qualida<strong>de</strong>. Só <strong>de</strong>sse modo se torna possível aconselhar, para uma<br />
dada rocha, a utilização mais a<strong>de</strong>quada, que <strong>de</strong>verá ser aquela em que ela encontre<br />
o seu valor técnico, estético e comercial mais elevado.<br />
Com base em amostras colhidas para serem submetidas a ensaios <strong>de</strong> índole<br />
físico-mecânica, na sua maioria realizados, ainda, <strong>de</strong> acordo com procedimentos<br />
prescritos pelas Normas DIN, já que as Normas CEN são <strong>de</strong> elaboração<br />
recente. A orientação do corte dos provetes utilizados refere-se sempre ao plano<br />
cujo aspecto ou padrão ornamental é o <strong>de</strong> utilização mais vulgarizada para<br />
cada tipo <strong>de</strong> rocha em apreço.<br />
Os resultados obtidos encontram-se referidos no quadro seguinte (Quadro 1 –<br />
Boletim <strong>de</strong> Minas, vol. 38, n.º 3), dando-se indicação, em muitos dos casos, dos<br />
valores médios (x), máximos (M) e mínimos (m).<br />
Resist.<br />
mec. à<br />
compressão<br />
(kg/cm2 I<strong>de</strong>m, após<br />
teste <strong>de</strong><br />
gelivida<strong>de</strong><br />
) (kg/cm2 Resist. mec.<br />
à fl exão<br />
) (kg/cm2 )<br />
858<br />
1.1<strong>07</strong><br />
602<br />
Quadro 1 – Características físico-mecânicas do anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa (segundo<br />
Dr. A. Casal Moura)<br />
37<br />
880<br />
1.057<br />
685<br />
Densida<strong>de</strong><br />
aparente<br />
(kg/m2 )<br />
Absor.<br />
<strong>de</strong> água<br />
à pressão<br />
atmosf.<br />
normal<br />
(% peso)<br />
Porosid.<br />
aberta<br />
(% vol.)<br />
Estremoz - Borba - Vila Viçosa (N=36 amostras)<br />
225<br />
301<br />
148<br />
2.713<br />
2.726<br />
2.703<br />
0,<strong>07</strong><br />
0,11<br />
0,03<br />
0,20<br />
0,32<br />
0,05<br />
Coef.<br />
<strong>de</strong> dilat.<br />
linear<br />
térmica<br />
(x10 –6 /ºC)<br />
11,2<br />
16,3<br />
5,4<br />
Resist. ao<br />
<strong>de</strong>sgaste<br />
Amsler<br />
(mm)<br />
2,6<br />
3,8<br />
1,4<br />
Resist. ao<br />
choque<br />
(cm)<br />
55<br />
75<br />
45
2.4.3 – Condicionamentos ao aproveitamento do mármore<br />
Para além do volume <strong>de</strong> mármore existente, a prospecção tem-se preocupado<br />
com os condicionamentos ao seu aproveitamento e particularmente no que diz<br />
respeito a:<br />
a) Compartimentação do maciço por falhas;<br />
b) Dolomitização secundária dos mármores;<br />
c) Fracturação (diaclasamento);<br />
d) Carsifi cação.<br />
a) A compartimentação do maciço é feita por numerosas falhas transversais à<br />
estrutura geral, e preenchidas por fi lões doleríticos. Estes fi lões têm condicionado,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, as explorações <strong>de</strong> mármore ao limitarem as pedreiras.<br />
Segundo Vintém (1998), é observável uma diminuição da fracturação em profundida<strong>de</strong>,<br />
embora esta não se possa consi<strong>de</strong>rar geral para todo o maciço, pois<br />
varia <strong>de</strong> local para local.<br />
b) A dolomitização secundária do mármore é responsável pela transformação<br />
<strong>de</strong> mármore num dolomito cavernoso secundário sem aptidão ornamental (vulgo<br />
“olho <strong>de</strong> mocho”).<br />
c) A atitu<strong>de</strong> e frequência das diaclases são uma forte condicionante do aproveitamento<br />
dos mármores. Uma observação cuidada da fracturação em cada<br />
local <strong>de</strong> exploração é sempre necessária para uma previsão da blocometria e<br />
do rendimento da exploração.<br />
d) O aparecimento <strong>de</strong> carso nas explorações é relativamente frequente, sobretudo<br />
em Borba e em algumas zonas <strong>de</strong> Lagoa. Estes fenómenos, <strong>de</strong> acordo<br />
com as sondagens realizadas pelo Instituto Geológico e Mineiro (IGM) po<strong>de</strong>m<br />
aparecer até profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 150 m (Vintém, 1998).<br />
38
2.5 – Caracterização do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
39<br />
2.5.1 – Localização<br />
O Anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa situa-se no Alentejo, mais propriamente<br />
no distrito <strong>de</strong> Évora. Possui forma elíptica com cerca <strong>de</strong> 40 km no<br />
eixo maior e 7 km no eixo menor, e está orientado segundo NW-SE, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
Sousel até às imediações <strong>de</strong> Alandroal, tal como se po<strong>de</strong> observar nas fi guras<br />
seguintes (Figura 4 e 5 - IGM).<br />
• Lisboa<br />
• Leiria<br />
• Setúbal<br />
• Viana do Castelo<br />
• Aveiro<br />
• Braga<br />
• Porto<br />
• Coimbra<br />
Bragança •<br />
• Viseu<br />
Guarda •<br />
Castelo Branco •<br />
• Santarém<br />
Beja •<br />
• Faro<br />
• Évora<br />
Vimieiro<br />
10 km<br />
Ameixial<br />
ESTREMOZ<br />
Anticlinal <strong>de</strong> Estremoz<br />
SOUSEL Veiros<br />
Borba<br />
Terrugem<br />
Vila Viçosa<br />
ALANDROAL<br />
Figura 4 – Localização geográfi ca do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa (Fonte: IGM)<br />
N
Estremoz<br />
Lagoa<br />
Mouro<br />
Figura 5 – Anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa (Fonte: IGM)<br />
Borba<br />
Cabanas<br />
Pardais<br />
Em termos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas geográfi cas, esta estrutura está localizada a uma<br />
latitu<strong>de</strong> entre 38°44´N e 38°51´N e uma longitu<strong>de</strong> variando entre 7°23´W e<br />
7°36´W. As povoações mais importantes <strong>de</strong>sta faixa marmórea são Estremoz,<br />
Vila Viçosa, Borba, Rio <strong>de</strong> Moinhos e Bencatel. O anticlinal apresenta cotas<br />
que variam entre 300 m, nas zonas mais baixas, e 500 m nos locais mais altos,<br />
sendo frequentes cotas em torno dos 400 m.<br />
No que respeita às vias <strong>de</strong> comunicação, esta zona é atravessada por várias estradas<br />
e caminhos que ligam as povoações existentes. Como principais vias <strong>de</strong><br />
comunicação para o exterior <strong>de</strong>stacam-se a auto-estrada A6 (Lisboa - Elvas), a<br />
Estrada Nacional n.º 4 e a nova variante A 255, bem como uma linha <strong>de</strong> caminho-<br />
-<strong>de</strong>-ferro que se encontra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há algum tempo inactiva.<br />
Em termos geográfi cos, as cartas que apresentam a zona do anticlinal são as<br />
folhas n. os 426, 440 e 441 da Carta Militar, à escala 1:25.000, dos Serviços<br />
Cartográfi cos do Exército.<br />
O anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa encontra-se cartografado nas<br />
cartas geológicas 36D-Redondo e 36B-Estremoz, dos serviços Geológicos <strong>de</strong><br />
Portugal, à escala 1:50.000. Recentemente foram publicadas cartas geológicas<br />
40
temáticas do anticlinal à escala 1:10.000 e 1:25.000, por parte do Instituto<br />
Geológico e Mineiro (actualmente I.N.E.T.I.), o que constitui um avanço importante<br />
no conhecimento geológico e na cartografi a do anticlinal.<br />
41<br />
2.5.2 – Geologia<br />
2.5.2.1 – Estratigrafi a<br />
O anticlinal integra-se no Maciço Hispérico mais propriamente na zona <strong>de</strong><br />
Ossa-Morena, no sector tectono-estratigráfi co <strong>de</strong> Estremoz - Barrancos, tal<br />
como se mostra na Figura 6 (Oliveira et al. (1991)).<br />
As formações que integram a zona em estudo, ou seja, o anticlinal <strong>de</strong> Estremoz<br />
- Borba - Vila Viçosa, segundo Gonçalves (1974) e <strong>de</strong>pois reconsi<strong>de</strong>radas<br />
por Carvalhosa et al. (1987), são as que se apresentam no Quadro 2.<br />
A ida<strong>de</strong> da formação dos mármores (calcários cristalinos metamorfi zados) ainda<br />
motiva divergências entre os vários autores que têm vindo a estudar esta<br />
zona, dada a ausência <strong>de</strong> fósseis.<br />
Figura 6 – Sectores tectono-estratigráfi cos da zona Ossa - Morena em Portugal. (Oliveira et al.<br />
(1991), in Reynaud e Vintém, 1994)
Ordovícico provável (O)<br />
(Complexo Vulcanosedimentar-carbonato<br />
<strong>de</strong> Estremoz – CVSCE)<br />
Silúrico (S)<br />
Formação dos Xistos com Nódulos<br />
e Xistos com Liditos<br />
Devónico (D)<br />
(médio ou superior)<br />
Plistocénico<br />
Rochas fi lonianas<br />
Da base para o topo<br />
Xistos negros e xisto arenito - grauvacói<strong>de</strong>s. Com inter-<br />
Pré-câmbrico (PE) superior<br />
calações, por vezes, <strong>de</strong> quartzitos negros e liditos. Este<br />
(Formação <strong>de</strong> Mares)<br />
conjunto encontra-se fortemente dobrado e afl ora na parte<br />
axial do Anticlinal. Designam-se por “xistos dos mares”.<br />
Conglomerado <strong>de</strong> base, silifi cado em elementos que po<strong>de</strong>m<br />
atingir os 40 cm <strong>de</strong> diâmetro. Assentam em discordância<br />
com os “xistos dos mares”. <strong>Af</strong>l oram nos fl ancos<br />
Câmbrico inferior (Cb1)<br />
do Anticlinal.<br />
(Formação Dolomítica) Calcários cristalinos <strong>de</strong> grão fi no e muito xistifi cados na<br />
parte inferior, alternando ou passando lateralmente a dolomitos<br />
primários. Dolomitos e calcários dolomitizados<br />
<strong>de</strong>nominados na região <strong>de</strong> “pedra cascalva”.<br />
Mármores calcíticos <strong>de</strong> grão médio a fi no, cor clara variando<br />
entre o branco, creme, rosa, cinzento. Estes mármores<br />
apresentam-se geralmente pouco xistifi cados. Em<br />
algumas zonas estes mármores encontram-se dolomitizados<br />
à superfície, através <strong>de</strong> dolomitização recente e<br />
secundário, que foi condicionado pela xistosida<strong>de</strong> e pela<br />
fracturação. A estas zonas <strong>de</strong> dolomitos secundários dá-<br />
-se o nome <strong>de</strong> “Olho <strong>de</strong> mocho”.<br />
Xistos com intercalações <strong>de</strong> liditos e xistos grafi tosos.<br />
Tratam-se <strong>de</strong> xistos luzentes, cinzentos esver<strong>de</strong>ados ou<br />
cor <strong>de</strong> borra <strong>de</strong> vinho, com quartzo alterado com grauvaques.<br />
Assenta directamente sobre a série carbonatada<br />
câmbrica. Na base <strong>de</strong>sta série existem metavulcanitos<br />
que se apresentam a la<strong>de</strong>ar o maciço calcário ou associados<br />
a estes nas zonas <strong>de</strong> sinclinal.<br />
Conglomerados sobrepostos por xistos, alternando estes<br />
com grauvaques.<br />
Plioplistocénico (PQ) Areias e cascalheiras <strong>de</strong> matriz avermelhada.<br />
Calcário lacustre, por vezes brechói<strong>de</strong>s, que assentam em<br />
discordância sobre os terrenos antigos. Estes afl oramentos<br />
situam-se na periferia do maciço calcário.<br />
Filões <strong>de</strong> várias naturezas (doleríticos, etc.) e com diversos<br />
estados <strong>de</strong> alterações. Apresentam em geral orientações<br />
NE-SW e ENE-WSW.<br />
Quadro 2 - Formações geológicas presentes no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. (Gonçalves,<br />
1974; Carvalhosa et al., 1987; Oliveira et al., 1991; Lopes, 1995; Lopes, 2003)<br />
42
Na Figura 7 apresenta-se a correlação entre estas unida<strong>de</strong>s e as <strong>de</strong>scritas por<br />
Gonçalves (1974) e que foram apresentadas no quadro anterior, verifi cando-se<br />
que existe uma dúvida sobre a ida<strong>de</strong> do CVSCE (Câmbrico ou Ordovícico).<br />
Figura 7 – Unida<strong>de</strong>s estratigráfi cas do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. (Fonte: Oliveira<br />
et al. 1991)<br />
43<br />
2.5.2.2 – Tectónica<br />
O anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa, e <strong>de</strong> acordo com Carvalhosa et al.<br />
(1987) foi afectado por duas fases <strong>de</strong> dobramentos seguidas <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> cisalhamento,<br />
<strong>de</strong>vido à Orogenia Hercínica. A primeira fase <strong>de</strong> dobramentos (F1) conduziu<br />
a dobras isoclinais apertadas, <strong>de</strong> plano axial N-S e NNW-SSE, inclinando<br />
cerca <strong>de</strong> 20º para ENE com eixo sub-horizontal. Nesta fase o transporte <strong>de</strong> massa
é maioritariamente paralelo ao orógeno, como o <strong>de</strong>nuncia o estiramento mineral<br />
subparalelo às dobras <strong>de</strong> primeira fase observáveis a várias escalas um pouco por<br />
todo o anticlinal e corroborado por critérios microestruturais (Lopes, 2003). Na segunda<br />
fase (F2) as dobras resultantes apresentam orientação NW-SE, com inclinação<br />
dos planos axiais que po<strong>de</strong>m atingir 70º a 80º para SW (com a atitu<strong>de</strong> média <strong>de</strong><br />
N30W, 65º SW) e com eixos mergulhantes entre 20º e 40º para SE e NW. Esta fase<br />
é a responsável pelo aspecto macroscópico apresentado pelo anticlinal. Critérios<br />
estruturais apontam para uma sucessão diacrónica entre estas duas fases dúcteis,<br />
por exemplo, mantém-se o sentido <strong>de</strong> transporte para o quadrante N a NW.<br />
De acordo com La<strong>de</strong>ira (1981) e com Reynaud e Vintém (1992), todo o maciço<br />
sofreu importantes esforços tectónicos que lhe provocaram, além dos dobramentos<br />
e numa terceira fase, intensa compartimentação. Essa compartimentação<br />
apresenta como direcções mais importantes as seguintes:<br />
1) NNE-SSW – as fracturas NNE-SSW apresentam inclinações dominantemente<br />
verticais, estando associadas, em alguns casos, a dolomitização secundária<br />
(“olho <strong>de</strong> mocho”). Para Lopes (2003), estes aci<strong>de</strong>ntes correspon<strong>de</strong>m a<br />
zonas <strong>de</strong> cisalhamento preferencialmente <strong>de</strong>senvolvidas diacronicamente nos<br />
fl ancos <strong>de</strong> dobras <strong>de</strong> segunda fase revelando uma variação do andar estrutural<br />
a que ocorreu a <strong>de</strong>formação, agora e condições dúctil-frágil, ainda assim congruentes<br />
com as direcções <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação herdadas. No enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ste autor,<br />
estas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sempenham um papel maior na segmentação da estrutura<br />
anticlinal e têm sido sistematicamente ignoradas nos planos <strong>de</strong> trabalho<br />
à escala da pedreira. A rejeição vertical e horizontal ao longo <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s<br />
é na maior parte dos casos muito superior à dimensão das próprias<br />
unida<strong>de</strong>s extractivas o que facilmente explica o <strong>de</strong>senvolvimento extractivo e<br />
económico tão <strong>de</strong>sigual entre pedreiras contíguas. O sucesso <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong><br />
extractiva <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da localização <strong>de</strong>stas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, no terreno, o que<br />
nem sempre é fácil, nomeadamente quando ocorrem em mármores homógenos,<br />
requerendo aí a atenção especializada do geólogo estrutural (Lopes, 2003).<br />
2) ENE-WSE – estas fracturas também subverticais apresentam-se preenchidas,<br />
geralmente, por fi lões doleríticos (conhecidos na região por “cabos reais”).<br />
Também segundo Lopes (2003), gran<strong>de</strong> parte do texto da alínea anterior,<br />
po<strong>de</strong> aqui ser aplicado, no entanto dada a natureza litológica tão distinta dos<br />
44
materiais que <strong>de</strong>nunciam estas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, no terreno, são mais facilmente<br />
i<strong>de</strong>ntifi cáveis. A atenção do especialista não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser requerida para<br />
i<strong>de</strong>ntifi car a natureza dos movimentos verticais que ocorreram ao longo <strong>de</strong>stas<br />
<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s (Lopes, 2003).<br />
3) Sub-horizontal (inclinação máxima <strong>de</strong> 30º) – fracturas sub-horizontais que po<strong>de</strong>m<br />
apresentar inclinações máximas da or<strong>de</strong>m dos 30º e direcções ENE-WSE ou<br />
NNE-SSW. Esta segmentação correspon<strong>de</strong> a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s relacionadas com o<br />
processo <strong>de</strong> sedimentação ainda anteriores ao metamorfi smo que originou os próprios<br />
mármores e/ou a fracturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompressão originadas pela subida epirogénica<br />
do Maciço <strong>de</strong>vido à erosão que sobre ele actuou (Lopes, comunicação oral).<br />
A fracturação presente em diversas zonas do anticlinal varia bastante, tal como se<br />
po<strong>de</strong> observar na Figura 8 referente ao estudo levado a cabo por La<strong>de</strong>ira (1981),<br />
embora se note uma certa constância nas famílias <strong>de</strong> fracturas associadas à estratifi<br />
cação (NW-SE) e à direcção preferencial <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> fi lões (ENE-WSW).<br />
Figura 8 – Distribuição da fracturação em várias zonas do anticlinal. (Fonte: La<strong>de</strong>ira, 1981)<br />
45
No mármore, entre outros factores, a fracturação é infl uenciada pela homogeneida<strong>de</strong>.<br />
Assim, quanto mais homogéneo e fi no for o mármore maiores são as probabilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> o encontrar mais fracturado. Caso este apresente intercalações <strong>de</strong><br />
rocha pelítica (intercalações <strong>de</strong> xisto) e/ou grão médio, menor será a fracturação<br />
presente, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estas características lhe permitirem uma maior <strong>de</strong>formação<br />
quando da instalação <strong>de</strong> tensões, evitando a sua ruptura (Lopes, 1995).<br />
No entanto, outros factores como a espessura das diferentes camadas, proximida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> rochas fi lonianas, posição relativa em relação às dobras <strong>de</strong> segunda<br />
fase, a referida intercalação <strong>de</strong> materiais pelíticos (<strong>de</strong> diferentes naturezas:<br />
vulcânica e sedimentar) com maior ou menor presença <strong>de</strong> fi lossilicatos, etc.<br />
infl uencia drasticamente o comportamento dos mármores do CVSCE no que<br />
concerne à <strong>de</strong>formação em regime frágil, pelo que, estudos regionais não têm<br />
qualquer signifi cado na óptica do industrial que explora <strong>de</strong>terminada pedreira<br />
(Lopes, 2003).<br />
2.5.3 – Principais núcleos <strong>de</strong> exploração<br />
No anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa, o mármore existente apresenta-se<br />
intercalado entre os metadolomitos, na base (metadolomias), e os metavulcanitos<br />
e xistos negros, no topo, tal como já foi referido. No fl anco NE do<br />
Anticlinal os mármores apresentam-se pouco dobrados com orientação NW-<br />
SE, inclinando 70º a 80º para NE, possuindo uma espessura <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150<br />
m (Silva, 1989). No fl anco SW, as camadas apresentam-se com orientações e<br />
inclinações bastante variáveis, predominando, no entanto, as orientações NW-<br />
SE e as inclinações <strong>de</strong> 35 a 50º para SW. Neste fl anco a espessura máxima da<br />
camada <strong>de</strong> mármores apresenta-se bastante variável. Segundo Carvalhosa et<br />
al. (1987), a sequência estratigráfi ca da camada <strong>de</strong> mármores po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fi nida,<br />
<strong>de</strong> acordo com a sua cor e, do topo para a base, do seguinte modo:<br />
1. Mármores cinzentos, por vezes escuros (mármore azul e ruivina);<br />
2. Mármores claros, cremes e róseos limpos, ou <strong>de</strong> vergada fi na castanha e<br />
acinzentada;<br />
3. Mármores claros com vergada, róseos e creme com vergada xistenta espessa.<br />
46
Na Figura 9 (IGM) apresenta-se uma planta do anticlinal com as zonas on<strong>de</strong><br />
ocorrem mármores e on<strong>de</strong> são apresentados os principais núcleos <strong>de</strong> exploração<br />
existentes na região com uma breve síntese <strong>de</strong> algumas das suas características.<br />
Figura 9 – Mapa geológico do anticlinal com a localização dos principais núcleos <strong>de</strong> exploração<br />
<strong>de</strong> mármores. (Fonte: Carta Geológica do anticlinal à escala 1:25.000 do Instituto Geológico e<br />
Mineiro - IGM)<br />
47<br />
2.5.4 – Características do Anticlinal Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
A jazida <strong>de</strong> calcários cristalinos Paleozóicos do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila<br />
Viçosa (Alto Alentejo) e, em particular, nos seus fl ancos NE (Zona <strong>de</strong> Borba - Vila<br />
Viçosa) e SW (zona <strong>de</strong> Estremoz-Borba) e no núcleo <strong>de</strong> um sinclinal <strong>de</strong> 2.ª or<strong>de</strong>m<br />
existente no fl anco sudoeste da dobra e que se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Barro Branco (Borba)<br />
até S. Marcos (Vila Viçosa), localida<strong>de</strong> situada já na extremida<strong>de</strong> periclinal virada a<br />
su<strong>de</strong>ste, apresentam relevante interesse do ponto <strong>de</strong> vista geológico e económico.
Esta estrutura (Figura 10), como já foi dito, tem cerca <strong>de</strong> 40 km <strong>de</strong> comprimento,<br />
esten<strong>de</strong>ndo-se na direcção NW-SE, e chega a apresentar 7 km <strong>de</strong> largura.<br />
Além <strong>de</strong> três faixas <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong> cores variadas (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o branco ao creme,<br />
ao rosa e ao cinzento-escuro, por vezes com venados <strong>de</strong> diversas tonalida<strong>de</strong>s,<br />
todos eles com gran<strong>de</strong> reputação nacional e internacional), em geral associadas<br />
a calcoxistos, aí afl oram mármores dolomíticos e rochas xistentas alternando<br />
com grauvaques e alguns tipos <strong>de</strong> rochas eruptivas, em massas ou fi lões (Gonçalves,<br />
1970 e 1972 e Vintém et al., 1997). Mais raramente, ocorrem nódulos<br />
siliciosos no seio dos mármores.<br />
Figura 10 – Esquema da carta geológica do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa segundo<br />
VINTÉM et al. (1997), reduzida para a escala aproximada <strong>de</strong> 1:200.000<br />
48
2.6 – Tipo <strong>de</strong> exploração<br />
O tipo <strong>de</strong> exploração para este sector é efectuado em fosso, ou seja, em profundida<strong>de</strong><br />
a céu aberto, actualmente também por galeria subterrânea, um sistema<br />
ainda em estudo. Uma vez que os mármores com interesse ornamental chegam<br />
a profundida<strong>de</strong>s superiores a 400 m, a exploração subterrânea po<strong>de</strong> ser o único<br />
meio <strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r a este recurso, o “Projecto <strong>de</strong> execução para a exploração subterrânea<br />
<strong>de</strong> mármores na região <strong>de</strong> Pardais, Relatório Interno, I.G.M., Lisboa”<br />
(Gama et al., 2000), <strong>de</strong>screve um caso concreto que este método está a ser<br />
implementado no terreno.<br />
Normalmente, o método <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte utilizado é <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus direitos ou em<br />
fl anco <strong>de</strong> encosta. A altura dos <strong>de</strong>graus ou bancadas é variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />
qualida<strong>de</strong> e do corrume da matéria-prima “o mármore”.<br />
A focar a profundida<strong>de</strong> que as pedreiras nesta região atingiram em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uma activida<strong>de</strong> extractiva extensa que origina um elevado número <strong>de</strong> escombreiras<br />
com custos <strong>de</strong> extracção elevadíssimos e que mais tar<strong>de</strong> ou mais cedo<br />
essas pedreiras terão que fechar <strong>de</strong>vido a problemas geológicos como a instabilida<strong>de</strong><br />
dos talu<strong>de</strong>s. A legislação não tem permitido criar gran<strong>de</strong>s frentes <strong>de</strong><br />
lavra, o que em alguns aspectos evi<strong>de</strong>ncia o problema focado anteriormente.<br />
49<br />
2.6.1 – Método <strong>de</strong> extracção<br />
Até 1929, a pá, a picareta e o marrão eram as ferramentas fundamentais da<br />
pesquisa para se conhecerem os “bancos”, cuja qualida<strong>de</strong> era melhor avaliada<br />
pela intervenção do ponteiro e maceta. O <strong>de</strong>smonte era feito sem outro recurso<br />
que não fosse a alavanca pequena, ou a gran<strong>de</strong> e grossa alavanca, <strong>de</strong> uns dois<br />
metros <strong>de</strong> comprimento, manobrada por muitos homens, os quais obe<strong>de</strong>ciam<br />
repetidamente a uma voz <strong>de</strong> comando. Também um macaco <strong>de</strong> 3 a 5 toneladas<br />
e <strong>de</strong> meio metro <strong>de</strong> altura, trazido para o Alentejo por mestres cabouqueiros<br />
oriundos <strong>de</strong> Pêro Pinheiro que vieram como homens <strong>de</strong> confi ança <strong>de</strong> certos industriais<br />
das serrações daquela zona, a fi m <strong>de</strong> virem buscar pedra para as suas<br />
serrações, bem como o recurso à pólvora negra eram métodos frequentemente<br />
utilizados. Estes, eram muito <strong>de</strong>morados e inseguros e prejudicavam a qualida<strong>de</strong><br />
dos blocos sobretudo pelo uso dos explosivos.
Só no último trimestre <strong>de</strong> 1929 se retomaria o emprego do fi o helicoidal (uma<br />
primeira tentativa <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>ste fi o foi feita pelo Sr. Eng.º Lisboa <strong>de</strong><br />
Lima, director técnico da Socieda<strong>de</strong> dos Mármores e Barros <strong>de</strong> Estremoz e<br />
Borba, iniciativa essa que, dizia-se, viria a não dar resultado na nossa pedra) na<br />
herda<strong>de</strong> da Vigária, sob os auspícios da então recém-formada empresa Solubema,<br />
que para o efeito chamou ao nosso país um técnico belga, Mr. Dehan, para<br />
iniciar a nossa recente indústria aos métodos <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> pedreiras usados<br />
particularmente em França e na Bélgica. Foi montada primeiramente uma gra<strong>de</strong><br />
fi xa <strong>de</strong> serragem pelo fi o helicoidal, a fi m <strong>de</strong> fazer a separação das partes<br />
com <strong>de</strong>feitos bem como a separação <strong>de</strong> cores ou até mesmo zonas manchadas.<br />
Ainda nesse ano, passou-se do fi o <strong>de</strong> estaleiro ou fi xo para o corte ou serragem<br />
dos “bancos” com a ajuda da perfuradora <strong>de</strong> rocha com uma broca <strong>de</strong> 40cm <strong>de</strong><br />
diâmetro que fazia os poços ou furos para a penetração do fi o. Também os macacos<br />
referidos há pouco foram substituídos por outros importados <strong>de</strong> França<br />
<strong>de</strong> 10, 12 e até mesmo 20 toneladas, com um metro <strong>de</strong> altura para permitir um<br />
maior avanço directo no arranque e também na movimentação <strong>de</strong> pedras.<br />
A partir da década <strong>de</strong> 30, o arranque e virar da pedra pelos macacos foi substituído,<br />
ou pelo menos auxiliado pelos “crapauds”, que mais não eram do que<br />
guinchos <strong>de</strong> manivela, tipo horizontal, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> roda <strong>de</strong>ntada e carretos para<br />
<strong>de</strong>smultiplicação <strong>de</strong> esforço com correntes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s e fortes elos que arrastavam<br />
25 a 39 toneladas, posteriormente modifi cados para tracção por cabos e<br />
accionamento mecânico por motor a gasóleo.<br />
Na década <strong>de</strong> 60, o processo <strong>de</strong> limpeza das pedreiras alterou-se por completo,<br />
com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> máquinas mais rápidas e mais versáteis, tais como os<br />
tractores com atrelados providos <strong>de</strong> báscula que vieram substituir primeiramente<br />
os serventes <strong>de</strong> pedreira com o cabanejo às costas e posteriormente as vias<br />
Decauville e vagonetas <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo lateral e frontal puxadas por guinchos tipo<br />
verticais, tambor comprido e com uma centena ou duas <strong>de</strong> metros <strong>de</strong> cabo.<br />
Como as pedreiras não se podiam alargar em superfície, recorreu-se ao aprofundamento<br />
dos pisos, introduzindo-se novos processos <strong>de</strong> extracção tais como<br />
a instalação <strong>de</strong> gruas <strong>de</strong> braço fi xo ou “<strong>de</strong>rricks”, po<strong>de</strong>ndo estes levantar do<br />
fundo as massas <strong>de</strong>smontadas, cortadas a fi o ou divididas a ar comprimido que<br />
atingiam 20 a 30 toneladas. O primeiro equipamento <strong>de</strong>ste tipo foi importado<br />
50
pelo empresário Sr. José Brito da Luz para uma pedreira em Estremoz. De<br />
assinalar também a inovação trazida da Bélgica pela empresa Solubema dos<br />
chamados camiões-gruas sobre pneus que erguiam 16 a 18 toneladas.<br />
No domínio do corte das rochas para além do fi o helicoidal, uma inovação importante<br />
foi a introdução, em 1969, do corte pelas “serradoras <strong>de</strong> rocha” chamadas<br />
em França <strong>de</strong> “Haveuses-rouilleuses”, do fabricante Perrier, cujo corte<br />
se efectuava por acção <strong>de</strong> uma corrente provida <strong>de</strong> pastilhas <strong>de</strong> aço-tungsténio<br />
em movimento contínuo sobre a rocha. Nos anos 80 <strong>de</strong>u-se o maior avanço tecnológico<br />
experimentado pelo sector, substituindo-se estes equipamentos por<br />
máquinas <strong>de</strong> fi o diamantado, cuja velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte permitiu aumentar em<br />
gran<strong>de</strong> escala a produção das pedreiras.<br />
Descrição dos esquemas produtivos da activida<strong>de</strong> extractiva dos processos<br />
<strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> uma pedreira <strong>de</strong> mármore<br />
51<br />
Sequência <strong>de</strong> exploração<br />
<strong>de</strong> uma pedreira ou fases<br />
<strong>de</strong> extracção<br />
Destapação<br />
Remoção dos Cabeços<br />
Abaixamento <strong>de</strong> Piso<br />
Abertura <strong>de</strong> Canais<br />
Desmonte <strong>de</strong> Bancadas<br />
Fluxograma 1 – Sequência <strong>de</strong> exploração e sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros<br />
Sequência <strong>de</strong> trabalhos<br />
mineiros<br />
Perfuração<br />
Serragem<br />
Desmonte<br />
Esquadrejamento<br />
Remoção
O ciclo produtivo da activida<strong>de</strong> extractiva (ver Fluxograma 8 – Anexo I) divi<strong>de</strong>-<br />
-se em duas partes. São as fases <strong>de</strong> exploração da pedreira (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua <strong>de</strong>stapação<br />
até à sua exploração fi nal) e a sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros (Figura 11).<br />
Esta última, encontra-se <strong>de</strong>ntro da fase <strong>de</strong> exploração, muito embora se consiga<br />
distinguir, uma vez que são operações realizadas no dia-a-dia <strong>de</strong> uma pedreira.<br />
Figura 11 – Exploração <strong>de</strong> mármore na zona da Lagoa<br />
2.6.1.1 – Sequência das fases <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> uma pedreira<br />
Destapação<br />
A abertura da pedreira inicia-se com a <strong>de</strong>stapação que consiste na remoção<br />
do solo que se encontra sobre o maciço rochoso a explorar e é obrigatório em<br />
explorações a céu aberto. Proce<strong>de</strong>-se, no entanto, à remoção <strong>de</strong> terras <strong>de</strong> cobertura<br />
nos alargamentos da área <strong>de</strong> corte e no cumprimento da legislação quanto<br />
à limpeza do perímetro <strong>de</strong> corte por motivos <strong>de</strong> segurança (Lei <strong>de</strong> pedreiras<br />
270/01 recentemente regulamentada em Fevereiro <strong>de</strong> 2005 em Conselho <strong>de</strong><br />
Ministros). Esta acção é <strong>de</strong>senvolvida por pás carregadoras, escavadoras e<br />
manualmente. A espessura da camada <strong>de</strong> solo é muitas vezes consi<strong>de</strong>rável,<br />
52
variando ao longo do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz. No caso particular <strong>de</strong> uma pedreira,<br />
a coluna <strong>de</strong> solo varia entre 0,5 m e 3 m. Sendo o solo retirado, é também<br />
removido o coberto vegetal, levando a alterações signifi cativas na região, com<br />
impactes ambientais assinaláveis ao nível da topografi a, da fl ora e da fauna.<br />
A regulamentação vigente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, obriga, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> essa data, o explorador ao<br />
armazenamento do solo <strong>de</strong> cobertura para posterior recuperação paisagística<br />
(DL 270/01).<br />
Remoção dos cabeços<br />
A remoção dos cabeços po<strong>de</strong> ser efectuada <strong>de</strong> duas formas: no primeiro caso,<br />
se o material estiver fracturado ou a qualida<strong>de</strong> da rocha não justifi car a sua<br />
exploração, faz-se uma pega <strong>de</strong> fogo com pólvora negra e rastilho, fazendo-se<br />
assim o <strong>de</strong>smonte da massa por <strong>de</strong>fl agração. No entanto, esta operação é realizada<br />
quando os cabeços não estão agarrados ao maciço, caso contrário, <strong>de</strong>ve-<br />
-se inicialmente serrar <strong>de</strong> levante (golpe horizontal) o cabeço, executando-se<br />
posteriormente a pega. Esta operação justifi ca-se, para evitar que se provoque<br />
fracturação no maciço após o rebentamento da pólvora. O segundo caso surge<br />
quando a qualida<strong>de</strong> do material justifi car uma extracção mais cuidada para futuro<br />
aproveitamento. Então, <strong>de</strong>stacam-se os cabeços através <strong>de</strong> operações <strong>de</strong><br />
perfuração e serragem com fi o diamantado, que mais à frente serão tratados<br />
com pormenor (2.6.1.2).<br />
Abaixamento <strong>de</strong> piso<br />
Terminada a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte dos cabeços, passaremos a ter uma superfície<br />
perfeitamente lisa. Então inicia-se o abaixamento <strong>de</strong> piso (ver fi gura 12 – Anexo<br />
II) que é um método normalmente usado para o <strong>de</strong>smonte em profundida<strong>de</strong><br />
recorrendo-se à roçadora Jet Belt (perfuradora), po<strong>de</strong>ndo-se, no entanto,<br />
executá-lo com fi o diamantado.<br />
Abertura <strong>de</strong> canais<br />
A abertura <strong>de</strong> canais consiste em fazer um rasgo na frente <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte com a forma<br />
trapezoidal, seguindo-se a individualização <strong>de</strong> talhadas. Também esta fase tem<br />
uma sequência que se efectua da seguinte maneira (ver fi gura 13 - Anexo II):<br />
53
• Perfuração horizontal ou <strong>de</strong> levante, executando-se dois furos convergentes<br />
<strong>de</strong> 11 cm <strong>de</strong> diâmetro efectuado por perfuradora pneumática;<br />
• Perfuração vertical executada por uma coluna <strong>de</strong> perfuração vertical com<br />
cerca <strong>de</strong> 40 cm <strong>de</strong> diâmetro;<br />
• Divisão do volume em talhadas com o auxílio <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong> fi o diamantado;<br />
• Execução <strong>de</strong> corte ou golpe <strong>de</strong> levante com máquina <strong>de</strong> fi o diamantado <strong>de</strong> 40 c.v.;<br />
• Execução <strong>de</strong> dois cortes ou golpes verticais com máquina <strong>de</strong> fi o diamantado;<br />
• Introdução <strong>de</strong> almofadas insufl áveis <strong>de</strong> 0,5 cm <strong>de</strong> espessura e ou “pistons”<br />
hidráulicos;<br />
• Remoção com o auxílio <strong>de</strong> pás carregadoras e gruas.<br />
Desmonte <strong>de</strong> bancadas<br />
Após o abaixamento <strong>de</strong> piso e a criação <strong>de</strong> canais, temos agora o fundo da pedreira<br />
com várias frentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte em bancada. O princípio <strong>de</strong> separação <strong>de</strong>ssas<br />
bancadas do resto do maciço é o mesmo que para as fases anteriores, isto é, inicialmente<br />
executam-se furos <strong>de</strong> levante que intersectam um furo vertical, para permitir<br />
passar o fi o diamantado, proce<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong> seguida ao seu corte. Depois da<br />
talhada individualizada, é tombada com o auxílio <strong>de</strong> equipamentos apropriados.<br />
2.6.1.2 – Sequência <strong>de</strong> trabalhos mineiros<br />
Perfuração<br />
A perfuradora pneumática, mais vulgarmente conhecida por milharouco, perfura<br />
horizontalmente o maciço intersectando os furos verticais efectuados pelos<br />
martelos pneumáticos. Assim, é possível introduzir o fi o diamantado para<br />
se proce<strong>de</strong>r à serragem. Todos estes equipamentos pneumáticos possuem um<br />
fl uxo <strong>de</strong> ar injectado no fundo do furo através dos “bits”, para a remoção dos<br />
resíduos criados pela acção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste.<br />
Serragem<br />
Este método constitui o mais importante salto tecnológico na exploração <strong>de</strong><br />
pedra ornamental, na medida em que permitiu que as velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte e,<br />
54
consequentemente, as produções disparassem para valores impensáveis quando<br />
se usava o fi o helicoidal.<br />
A operação é efectuada com máquinas <strong>de</strong> fi o diamantado eléctricas, as quais proce<strong>de</strong>m<br />
ao corte do maciço. A máquina <strong>de</strong> fi o diamantado funciona sobre carris,<br />
nos quais ela se vai <strong>de</strong>slocando para manter o fi o tensionado, possuindo um grupo<br />
motriz eléctrico e poleias para orientação do fi o. Esta máquina executa golpes<br />
horizontais ou <strong>de</strong> levante, verticais e oblíquos. O fi o diamantado que constitui na<br />
prática a ferramenta <strong>de</strong> corte consiste num cabo <strong>de</strong> fi os <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> 5 mm <strong>de</strong> diâmetro,<br />
sobre o qual estão inseridos vários anéis diamantados, <strong>de</strong>nominados pérolas,<br />
com um diâmetro <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 10 mm (para mármores), constituídas por diamantes<br />
sintéticos e que vão permitir o corte da pedra. Para além das pérolas diamantadas,<br />
existem, ainda, anilhas, molas <strong>de</strong> dois tamanhos diferentes e um prensador que está<br />
fi xo ao cabo e que impe<strong>de</strong> que as outras peças sejam projectadas quando o fi o se<br />
parte. O sistema implica a utilização <strong>de</strong> água como refrigerante.<br />
Desmonte<br />
Enten<strong>de</strong>-se por <strong>de</strong>smonte, todas as técnicas utilizadas para separar certos volumes<br />
<strong>de</strong> rocha do resto do maciço. O <strong>de</strong>smonte <strong>de</strong> bancadas po<strong>de</strong> ser efectuado<br />
por “pistons” hidráulicos, colchões (hidráulicos <strong>de</strong> alumínio ou pneumáticos),<br />
com o auxílio <strong>de</strong> pás carregadoras e “crapauds” e por disparos ou rebentamentos,<br />
recorrendo ao uso <strong>de</strong> explosivos (pólvora negra) quando o maciço se<br />
encontra muito fracturado e com pouco valor económico.<br />
• “Pistons” hidráulicos<br />
Os “pistons” hidráulicos, mais vulgarmente conhecidos por “macacas”, são<br />
concebidos para o afastamento e o <strong>de</strong>rrube da talhada. São constituídos por um<br />
ou mais cilindros <strong>de</strong> aço cromado e o seu accionamento é feito através <strong>de</strong> uma<br />
central hidráulica (centralina) accionada por um motor eléctrico. Este equipamento<br />
possui forças <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação entre 70 e 160 toneladas, com percursos dos<br />
êmbolos na or<strong>de</strong>m dos 50 e 300 mm.<br />
Para o seu uso habitual faz-se uma “caixa” no maciço, on<strong>de</strong> o cilindro é colocado.<br />
Após o accionamento da centralina, o cilindro começa a empurrar a fatia, afastando-a<br />
do maciço. Nesta fase, à medida que se vai processando o afastamento,<br />
55
vai-se colocando pequenos blocos <strong>de</strong> pedra no espaço que se vai criando entre a<br />
fatia e o resto da bancada, evitando-se assim que esta retome a posição inicial.<br />
• Colchões pneumáticos<br />
Os colchões pneumáticos são colocados completamente vazios nos golpes<br />
efectuados no maciço, e têm, como objectivo, o afastamento <strong>de</strong> massas e seu<br />
<strong>de</strong>rrube. São insufl ados com ar comprimido, sendo a sua constituição <strong>de</strong> neoprene<br />
e são revestidos com uma malha <strong>de</strong> aço. Quando vazios têm espessuras<br />
<strong>de</strong> 2,5 a 3 cm e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cheios 40 cm. As suas dimensões po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> 2 m<br />
x 1,20 m e 3 m x 1,20 m, sendo preferíveis as dimensões menores para o caso<br />
<strong>de</strong> maciços muito fracturados, facilitando a colocação dos colchões em zonas<br />
mais sãs, evitando assim a sua danifi cação. Este tipo <strong>de</strong> colchões tem uma<br />
força <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação na or<strong>de</strong>m das 200 toneladas.<br />
• Colchões <strong>de</strong> alumínio<br />
Os colchões <strong>de</strong> alumínio são usados para os mesmos fi ns que os pneumáticos,<br />
porém são concebidos para serem usados uma só vez, sendo cheios com água.<br />
A vantagem é que são mais baratos que os anteriores. As dimensões normais<br />
são <strong>de</strong> 1 m x 1 m, com peso <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 8 kg, possuindo uma espessura inicial<br />
<strong>de</strong> 4 mm e no fi nal 20 cm. Têm uma força <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação na or<strong>de</strong>m das 300<br />
toneladas. O seu funcionamento consiste na injecção <strong>de</strong> água para a almofada<br />
<strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> alumínio com cerca <strong>de</strong> 0,5 cm <strong>de</strong> espessura inicialmente, expandir<br />
cerca <strong>de</strong> 30 cm, promovendo o afastamento da talhada.<br />
• “Crapaud”<br />
O “crapaud” é um equipamento que está em <strong>de</strong>suso. É um veículo <strong>de</strong> quatro<br />
rodas que possui uma bobina na traseira on<strong>de</strong> é enrolado um cabo <strong>de</strong> aço. Para<br />
se proce<strong>de</strong>r ao <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> uma fatia ou <strong>de</strong> um bloco, estas massas são<br />
enlaçadas com o cabo <strong>de</strong> aço, sendo este enrolado na bobine.<br />
• Cunhas<br />
São constituídas por três peças: uma cunha metálica propriamente dita, parecida<br />
com um escopro, e duas chapas metálicas (palmetas) que são colocadas<br />
56
num furo feito com martelo pneumático. Para que se consiga a separação <strong>de</strong><br />
uma massa, é necessário usar vários conjuntos <strong>de</strong> cunhas que são colocadas<br />
em furos dispostos lado a lado, afastados entre si por escassos centímetros.<br />
Finalmente, um trabalhador com a acção <strong>de</strong> uma marreta vai martelando nas<br />
cunhas até a massa se dividir pelo plano <strong>de</strong> fraqueza criado.<br />
• Escavadoras e pás carregadoras<br />
Equipamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, que po<strong>de</strong> ser usado para fazer tombar talhadas<br />
com o auxílio do bal<strong>de</strong> ou com um “<strong>de</strong>nte” que é acoplado ao braço da máquina.<br />
Especifi camente, as pás carregadoras transportam os blocos até à grua e os<br />
resíduos até ao bal<strong>de</strong>.<br />
• Explosivos<br />
Nas pedreiras <strong>de</strong> mármore, os explosivos são cada vez menos usados, no entanto,<br />
este método continua a ser utilizado, condicionado por requisitos impostos na<br />
área cativa pela Portaria 441/90. Este procedimento é, no entanto, realizado para<br />
remover materiais estéreis, sem valor comercial ou <strong>de</strong> baixo valor económico, sendo<br />
preferível relativamente aos outros métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smonte por se tornar mais<br />
efi caz e menos dispendioso. Para este efeito, é utilizada pólvora negra com 75%<br />
<strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> potássio, 10% <strong>de</strong> enxofre e 15% <strong>de</strong> carbono, tendo uma temperatura<br />
<strong>de</strong> explosão <strong>de</strong> 2600ºC e um volume <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> 300 L/kg (López Jimeno, 1995).<br />
Posteriormente, o <strong>de</strong>stino do material removido será a <strong>de</strong>posição em escombreira.<br />
Esquadrejamento em fundo da pedreira<br />
O esquadrejamento po<strong>de</strong> ser feito numa talhada acabada <strong>de</strong> tombar, tendo em<br />
vista a sua divisão em blocos facilmente transportáveis. No entanto, raríssimas<br />
vezes as talhadas se mantêm intactas após a sua queda, fragmentando-se em<br />
vários blocos informes, havendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os esquartejar para que tomem<br />
uma forma aproximadamente paralelepipédica.<br />
Nesta fase a separação dos blocos po<strong>de</strong> ser feita através <strong>de</strong> uma guilhação (por<br />
perfuração) executável com os martelos pneumáticos, ou, a outra alternativa, é<br />
a utilização <strong>de</strong> fi o diamantado para o esquadrejamento do bloco.<br />
57
Remoção<br />
A remoção dos blocos <strong>de</strong> uma pedreira é feita por gruas fi xas do tipo Derrick que<br />
possuem uma coluna, um braço e duas escoras laterais que fi xam a grua ao chão e<br />
que fazem um ângulo <strong>de</strong> 90º entre si. A área <strong>de</strong> rotação da coluna e do braço, chama-<br />
-se área <strong>de</strong> trabalho e é <strong>de</strong> 220º a 240º. As capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carga são <strong>de</strong> 25 toneladas<br />
e as suas velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> elevação em média <strong>de</strong> 12 m/s. Os blocos são movimentados<br />
no fundo por uma pá carregadora até à prumada das gruas. Os <strong>de</strong>sperdícios são<br />
<strong>de</strong>positados num bal<strong>de</strong> apropriado e removidos pelo mesmo sistema.<br />
Cais <strong>de</strong> pedreira<br />
• Esquadrejamento<br />
Por vezes alguns blocos chegam ao cais ainda com formas irregulares. Para se<br />
corrigir essa forma proce<strong>de</strong>-se a uma transformação através do uso <strong>de</strong> equipamentos<br />
<strong>de</strong>signados por monolâmina e monofi o. São equipamentos eléctricos,<br />
fi xos, sendo os seus golpes efectuados com o auxílio <strong>de</strong> água para arrefecimento<br />
das ferramentas <strong>de</strong> corte e para limpeza do pó <strong>de</strong> pedra resultante do <strong>de</strong>sgaste<br />
(ver Fluxograma 9 – Anexo I). As monolâminas são possuidoras <strong>de</strong> uma única<br />
lâmina constituída por segmentos diamantados que vão promover o corte da<br />
rocha. A lâmina tem um movimento <strong>de</strong> vai-e-vem e à medida que corta o bloco<br />
vai <strong>de</strong>scendo. O monofi o, ao contrário das monolâminas, é constituído por um<br />
fi o diamantado com um comprimento aproximado <strong>de</strong> 18 m. O fi o permite obter<br />
um golpe mais fi no e uniforme. Outras vantagens do monofi o em relação à<br />
monolâmina são a sua rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> corte, bem como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efectuar<br />
golpes segundo linhas quebradas e curvaturas, bastando para isso que haja um<br />
movimento controlado da plataforma (zorra) on<strong>de</strong> está assente o bloco, po<strong>de</strong>ndo<br />
inclusivamente efectuar algumas obras <strong>de</strong> arte. Existe também um outro<br />
equipamento <strong>de</strong>nominado vira-blocos que permite virar o bloco colocando-o na<br />
posição exacta para a posterior serragem com monofi o ou monolâmina.<br />
Nesta fase, estão associados os pórticos rolantes e gruas anteriormente <strong>de</strong>scritos<br />
que garantem a alimentação dos blocos aos equipamentos.<br />
58
Pórtico Zorra Pórtico<br />
Serragem<br />
(Monolâmina)<br />
Material Obra<br />
Blocos<br />
Ponte Rolante Zorra<br />
Embalagem<br />
59<br />
2.6.2 – Método <strong>de</strong> transformação<br />
A activida<strong>de</strong> transformadora (ver Fluxograma 8 – Anexo I) é caracterizada<br />
por esquemas produtivos muito diversifi cados <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do produto fi nal<br />
pretendido, como se po<strong>de</strong> verifi car no fl uxograma seguinte:<br />
Serragem<br />
(Engenhos)<br />
Chapa Serrada<br />
Ponte Rolante<br />
Polidora<br />
Rolos<br />
Transportadores<br />
Chapas Polidas<br />
Mesa <strong>de</strong> Descarga<br />
Embalagem<br />
Comercialização<br />
Comprimentos<br />
Livres<br />
Comercialização<br />
<strong>de</strong> Blocos<br />
Multidisco<br />
Longitudinal<br />
Ponte Rolante<br />
Tiras<br />
ou Bandas<br />
PARQUE<br />
Chapa Polida<br />
Importada<br />
Tiras<br />
ou Bandas<br />
Ponte Rolante<br />
Rectifi cadora<br />
Pórtico<br />
Rolante<br />
Empilhador<br />
e Autogrua<br />
Fluxograma 2 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma transformadora<br />
Máquina<br />
<strong>de</strong> Ponte<br />
Ponte Rolante<br />
Material<br />
em obra<br />
Rolos<br />
Transportadores<br />
Acabamento<br />
<strong>de</strong> Perfi s<br />
Rolos<br />
Transportadores<br />
Rolos<br />
Transportadores<br />
Stock<br />
<strong>de</strong> Caixotes<br />
(Espessura<br />
3 cm e 4.5 cm)<br />
Ponte Rolante<br />
Rufi adora<br />
(Tiras ou Bandas<br />
Ponte Rolante<br />
Polidora Polidora<br />
Mesa<br />
<strong>de</strong> Selecção<br />
Embalagem<br />
Rolos<br />
Transportadores<br />
Multidisco Multidisco<br />
Rolos<br />
Transportadores<br />
Biseladora Biseladora<br />
Selecção
Os blocos <strong>de</strong> rocha extraídos da pedreira são transportados até à fábrica por<br />
meio <strong>de</strong> camiões, on<strong>de</strong> são armazenados numa zona <strong>de</strong>signada por Parque <strong>de</strong><br />
Blocos ou <strong>de</strong>pósito, sendo iniciado o processo <strong>de</strong> transformação, o qual inclui<br />
um conjunto <strong>de</strong> operações sequenciais, com o objectivo <strong>de</strong> produzir um produto<br />
acabado que cumpra <strong>de</strong>terminados requisitos específi cos.<br />
Carga e <strong>de</strong>scarga<br />
Consiste na recepção, pesagem do bloco e i<strong>de</strong>ntifi cação (n.º <strong>de</strong> fábrica e tonelagem).<br />
A <strong>de</strong>scarga é feita do camião para o Parque <strong>de</strong> Blocos através <strong>de</strong><br />
pórticos cujo raio <strong>de</strong> acção cobre toda a área do parque. Estes equipamentos<br />
também realizam o transporte do bloco para o vira-blocos 2 (ver esquadrejamento<br />
2.6.2.1.), o qual tem como função posicioná-lo correctamente na zorra,<br />
proce<strong>de</strong>ndo-se ao início da operação <strong>de</strong> serragem na monolâmina.<br />
2.6.2.1 – Serragem<br />
Esquadrejamento <strong>de</strong> blocos<br />
À semelhança do que se passa na pedreira, na unida<strong>de</strong> transformadora, as monolâminas<br />
também servem para conferir uma forma paralelepipédica aos blocos,<br />
retirando-lhes os <strong>de</strong>feitos estruturais.<br />
As monolâminas são essencialmente para rectifi car as dimensões <strong>de</strong> blocos adquiridos<br />
a outras empresas e para obras <strong>de</strong> arte feitas à medida (Fluxograma 3).<br />
Camião P. <strong>de</strong> Blocos Vira-Blocos Monolâmina Engenhos<br />
Fluxograma 3 – Ciclo do esquadrejamento dos blocos<br />
2 – Equipamento que vira o bloco para a posição exacta <strong>de</strong> serragem.<br />
60
Produção <strong>de</strong> chapa serrada em engenho <strong>de</strong> corte<br />
A transformação do bloco em chapas é efectuada por engenhos <strong>de</strong> corte (Fluxograma<br />
4). Estes consistem num equipamento com multilâminas que cortam<br />
o bloco em chapas com espessuras pre<strong>de</strong>fi nidas. Este equipamento possui um<br />
tear que suporta o conjunto <strong>de</strong> lâminas que, através <strong>de</strong> movimento <strong>de</strong> vai-e-<br />
-vem, promove o <strong>de</strong>sgaste do bloco, possuindo uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong><br />
aproximadamente 15 cm/h. À semelhança <strong>de</strong> alguns equipamentos atrás referidos,<br />
também este possui um sistema <strong>de</strong> refrigeração por injecção <strong>de</strong> água.<br />
À medida que o corte se vai efectuando, a zorra on<strong>de</strong> o bloco está colocado<br />
executa um movimento ascen<strong>de</strong>nte permitindo assim que as lâminas estejam<br />
em constante contacto com a pedra. A colocação e remoção dos blocos na zorra<br />
é feita com o auxílio dos pórticos.<br />
Monolâmina Vira-Blocos Engenhos<br />
Fluxograma 4 – Ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> chapa serrada em engenho <strong>de</strong> corte<br />
61<br />
2.6.2.2 – Polimento<br />
Produção <strong>de</strong> produtos polidos<br />
Chapas e tiras são produtos que sofrem uma transformação primária e por isso<br />
consi<strong>de</strong>rados semitransformados ou intermédios, sendo produzidos respectivamente<br />
nos engenhos e nos talha-blocos.<br />
Este material vai agora conhecer um novo estágio <strong>de</strong> benefi ciação, o polimento,<br />
com vista ao aumento do seu valor comercial. Neste processo utilizam-<br />
-se diferentes abrasivos <strong>de</strong> grão progressivamente <strong>de</strong>crescentes, cada um dos<br />
quais vai eliminando os traços <strong>de</strong>ixados pelo anterior. A dimensão do grão<br />
com que se inicia o trabalho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da classe do material e do aspecto que<br />
apresenta a sua superfície. Os abrasivos são compostos por uma resina <strong>de</strong> poliéster<br />
insaturada, partículas <strong>de</strong> carbonato <strong>de</strong> silicone, <strong>de</strong> dimensões diversas,
carbonato <strong>de</strong> cálcio em cloreto <strong>de</strong> sódio e óxidos corantes (segundo a fi cha <strong>de</strong><br />
abrasivos da Abra Iri<strong>de</strong>).<br />
A linha <strong>de</strong> polimento <strong>de</strong> chapa po<strong>de</strong> ser através <strong>de</strong> carregamento manual ou<br />
composta por um sistema <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga automática. Uma vez polidas, as<br />
chapas obtidas po<strong>de</strong>m ser expedidas como tal ou encaminhadas para o corte<br />
longitudinal e transversal (máquinas <strong>de</strong> ponte), com a programação das medidas<br />
exactas para o efeito pretendido. Durante o processo <strong>de</strong> corte, os discos<br />
são continuamente refrigerados por água (ver fl uxograma 10 – Anexo I).<br />
O corte é feito através do movimento da trave da máquina no sentido transversal<br />
e da cabeça equipada com o disco no movimento longitudinal. O suporte<br />
do disco é graduável po<strong>de</strong>ndo trabalhar em posições diferentes.<br />
Após o corte <strong>de</strong> precisão segue-se a biselagem e polimento dos topos. Por<br />
último efectua-se a limpeza da peça, a secagem e escolha segundo critérios<br />
<strong>de</strong> uniformização <strong>de</strong> vergadas e tonalida<strong>de</strong>s, seguindo-se a embalagem do<br />
produto.<br />
Linhas <strong>de</strong> ladrilhos<br />
As tiras provenientes dos talha-blocos po<strong>de</strong>m ir directamente para a linha <strong>de</strong><br />
polimento, ou então seguem imediatamente para a rufi adora que divi<strong>de</strong> uma<br />
tira com uma <strong>de</strong>terminada espessura em duas <strong>de</strong> espessura igual sendo posteriormente<br />
encaminhadas para a fase seguinte.<br />
Nesta fase, as tiras passam por uma rectifi cadora <strong>de</strong> espessura que as calibrará.<br />
Posteriormente, através do tapete rolante, as tiras passam para a polidora que<br />
vai polir uma das suas superfícies, seguindo para a multidisco automática<br />
(máquina <strong>de</strong> corte transversal) conferindo-lhes uma forma rectangular. Aqui,<br />
po<strong>de</strong> também encontrar-se instalado um “robot” para voltar a peça. Nesta<br />
fase <strong>de</strong>ixa-se <strong>de</strong> chamar tira e passa-se a chamar ladrilho ou mosaico, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />
da dimensão. Seguidamente, o ladrilho é transportado por meio<br />
<strong>de</strong> rolos transportadores para a biseladora, equipamento possuidor <strong>de</strong> mós<br />
diamantadas que irão rectifi car as arestas dos quatro lados da peça, passando<br />
<strong>de</strong> seguida por uma secção <strong>de</strong> secagem e limpeza, sendo, em seguida, dirigido<br />
para a embalagem.<br />
62
Embalagem e selecção<br />
Com esta fase, preten<strong>de</strong>-se obter um produto fi nal uniformizado (ex. tonalida<strong>de</strong>);<br />
é um processo inicialmente manual sendo efectuado por operários especializados.<br />
As tiras ou bandas <strong>de</strong> comprimento livre são embaladas em paletes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
simples. A chapa polida e trabalhos especiais são envolvidos unicamente por<br />
fi lme plástico e colocados em cavaletes. A embalagem dos ladrilhos é antecedida<br />
por um controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em mesas <strong>de</strong> escolha, efectuada normalmente<br />
por mulheres (seleccionadoras). Posteriormente, os ladrilhos são embalados<br />
em caixas <strong>de</strong> papelão, separados por um fi lme plástico colocado entre duas<br />
superfícies polidas. Segue-se a colocação <strong>de</strong>stas caixas em paletes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
protegidas nos topos por placas <strong>de</strong> esferovite; excepção feita aos produtos<br />
<strong>de</strong>stinados ao mercado alemão on<strong>de</strong> no lugar <strong>de</strong> esferovite é usado cartão por<br />
requisitos impostos nesse país. O transporte das paletes é assegurado por um<br />
empilhador e por pontes rolantes.<br />
Trabalhos especiais<br />
Nos trabalhos especiais feitos por medida inclui-se a elaboração <strong>de</strong> bancadas<br />
<strong>de</strong> cozinha, <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> banho, rodapés, revestimentos <strong>de</strong> fachadas, entre outros.<br />
Estes trabalhos são efectuados por equipamentos manuais, como rebarbadoras,<br />
fresas e também máquinas <strong>de</strong> corte automáticas tipo ponte, todavia<br />
a maioria das empresas que se <strong>de</strong>dica a este tipo <strong>de</strong> trabalhos introduziu já a<br />
tecnologia <strong>de</strong> corte CNC a três e cinco eixos e por jacto <strong>de</strong> água.<br />
Depósito <strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong>sperdício<br />
Desperdício <strong>de</strong> mármore – paletes<br />
O <strong>de</strong>sperdício das linhas <strong>de</strong> polimento possui um gran<strong>de</strong> aproveitamento, uma<br />
vez que existe mercado para este produto geralmente posto à venda em paletes<br />
<strong>de</strong> 1 m 3 .<br />
63
Subprodutos – mármore<br />
Em explorações dotadas <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> para realizar uma primeira transformação<br />
ou transformação primária, os blocos <strong>de</strong> pequenas dimensões ou com algumas<br />
<strong>de</strong>fi ciências (não comerciais) po<strong>de</strong>m ser utilizados na produção <strong>de</strong> tiras<br />
(comprimentos livres) e ladrilhos, com o objectivo <strong>de</strong> obter uma mais-valia <strong>de</strong><br />
um produto que tradicionalmente era <strong>de</strong>stinado às escombreiras.<br />
Natas – carbonato <strong>de</strong> cálcio <strong>de</strong>sidratado<br />
Quanto às “natas” provenientes do corte, serragem e polimento <strong>de</strong> rochas ornamentais<br />
são inicialmente canalizadas para um tanque <strong>de</strong> on<strong>de</strong> serão bombeadas<br />
posteriormente para <strong>de</strong>puradores, on<strong>de</strong> sofrerão uma separação da água.<br />
Finalmente a “nata” será canalizada para o fi ltroprensa e a água purifi cada<br />
entrará <strong>de</strong> novo no circuito da fábrica.<br />
As “natas” <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> prensadas são colocadas num “dumper” que as levará<br />
para o <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> resíduos.<br />
Sistemas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> poeiras<br />
Existem equipamentos que captam as poeiras existentes nos locais <strong>de</strong> trabalho.<br />
Estes equipamentos são <strong>de</strong>signados por bancadas aspiradoras, cortinas <strong>de</strong><br />
água e aspirador <strong>de</strong> poeiras. Estes equipamentos estão situados nas zonas <strong>de</strong><br />
acabamento, permitindo assim trabalhar em ambiente seco e com o mínimo <strong>de</strong><br />
poeiras.<br />
A caracterização da indústria dos mármores será efectuada, sempre que possível,<br />
separadamente para a indústria extractiva e para a indústria transformadora.<br />
64
2.7 – Indicadores<br />
65<br />
2.7.1 – Ao nível da produção<br />
2.7.1.1 – Extracção<br />
A partir <strong>de</strong> 1977, assistiu-se a quatro anos <strong>de</strong> escalada ininterrupta, após a<br />
regressão <strong>de</strong> 1975-76, atingindo-se, em 1980, um volume produtivo sem-par<br />
no sector, na or<strong>de</strong>m das 309 766 toneladas, correspon<strong>de</strong>ndo a mais 14,3%<br />
do que no ano anterior, estando à cabeça <strong>de</strong>ste os mármores do anticlinal <strong>de</strong><br />
Estremoz - Borba - Vila Viçosa (Quadro 3 – Boletim <strong>de</strong> Minas).<br />
Na base <strong>de</strong>sta recuperação, fi guraram sem dúvida a transposição <strong>de</strong> alguns dos<br />
principais estrangulamentos à construção civil nacional bem como o incremento<br />
das exportações <strong>de</strong> mármore, das varieda<strong>de</strong>s rosadas, cremes, esbranquiçadas<br />
e negro-azuladas da mais vasta e rica formação nacional que continuavam<br />
a <strong>de</strong>spertar a atenção e a suscitar o interesse dos mais exigentes mercados<br />
internos e externos.<br />
Tal como no ano anterior, <strong>de</strong> 1981 a 1985 a mancha <strong>de</strong> calcários cristalinos caracterizava-se<br />
mais uma vez pelo ligeiro incremento produtivo, com valores situados<br />
entre os 3,1% do ano 1981 (valor mais baixo) e os 5,5% <strong>de</strong> 1983 (valor mais alto),<br />
correspon<strong>de</strong>ndo neste ano a um aumento da produção <strong>de</strong> 18 182 toneladas.<br />
Os países industriais mais evoluídos adaptaram gradualmente as suas economias<br />
em face dos dois choques petrolíferos e relançaram as suas trocas comerciais<br />
com o exterior. Por outro lado, as nações ricas em petróleo manifestaram<br />
interesse crescente pelas nossas rochas <strong>de</strong>corativas.<br />
As razões expostas, aliadas a um importante consumo interno fundamentalmente<br />
por parte da construção <strong>de</strong> habitação própria e <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte funerária,<br />
colocaram o ano <strong>de</strong> 1983 num nível produtivo <strong>de</strong> rochas ornamentais lusitanas<br />
sem paralelo com os antece<strong>de</strong>ntes.<br />
De 1986 a 1992, <strong>de</strong>u-se novo pulo na activida<strong>de</strong> extractiva, situando-se os<br />
valores entre os 6,9% <strong>de</strong> 1986 e os 11,6% <strong>de</strong> 1988, valor este só superado pelo<br />
<strong>de</strong> 1980. A produção em toneladas no ano <strong>de</strong> 1992 atingiu 643.323 toneladas,<br />
o valor mais alto experimentado por esta indústria.<br />
Constata-se que os anos 80 foram, sem dúvida, a década <strong>de</strong> ouro em termos <strong>de</strong><br />
produção <strong>de</strong> mármores para o anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa.
Não restam quaisquer dúvidas quanto à esmagadora supremacia <strong>de</strong>sta vasta<br />
bacia marmórea. A excelência da qualida<strong>de</strong> dos seus produtos – aliada às<br />
suas enormes reservas – conquistou os favores dos mais exigentes apreciadores<br />
mundiais e <strong>de</strong>u origem ao nascimento e expansão <strong>de</strong> uma indústria que no ramo<br />
mineral fi gurava e fi gura entre as mais notáveis e promissoras do nosso país.<br />
As estatísticas mostram que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 até 1992 o volume <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mármores<br />
à boca da pedreira nos concelhos <strong>de</strong> Estremoz, Borba e Vila Viçosa apresentava<br />
uma evolução positiva praticamente constante, começando em 309766<br />
toneladas correspon<strong>de</strong>ndo a 1 312 777 contos em 1980 para concluir em 643323<br />
toneladas e 17 826 210 contos em 1992. Este sucesso fi cou a <strong>de</strong>ver-se em gran<strong>de</strong><br />
parte ao andamento favorável das nossas exportações <strong>de</strong> mármore.<br />
Nestes mesmos anos, a quantida<strong>de</strong> produzida veio multiplicada por 2,<strong>07</strong>7 e o<br />
valor por 13,579.<br />
De 1992 até 1996, os valores da produção mantiveram-se crescentes, com ligeiras<br />
fl utuações, embora os aumentos tenham sido marginais quando comparados<br />
com os dos anos anteriores.<br />
De <strong>de</strong>stacar pela negativa o ano 1993 que foi o único ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 em que a<br />
produção <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong>caiu na or<strong>de</strong>m dos 7,4%, muito embora nesse ano se<br />
tivessem realizado 17 651 321 contos, o segundo valor mais alto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980.<br />
Apesar do <strong>de</strong>créscimo evi<strong>de</strong>nciado na produção durante esse ano, <strong>de</strong>ve-se realçar<br />
também que nunca até aí o valor <strong>de</strong> uma tonelada valeu tanto, atingindo<br />
nesse ano aproximadamente 30 contos.<br />
A razão para este facto pren<strong>de</strong>u-se com a recessão a nível mundial, em muito<br />
infl uenciada pela guerra do Golfo, que em muito afectou a economia portuguesa,<br />
esta, muito aberta ao exterior, a qual <strong>de</strong>morou muito a sair da crise.<br />
66
(*) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Escoural, Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
Quadro 3 – Produção <strong>de</strong> mármore do anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa ( Fonte: Boletim<br />
<strong>de</strong> Minas)<br />
67<br />
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
Produção<br />
Total (t)<br />
309 766<br />
319 383<br />
333 327<br />
351 509<br />
363 951<br />
381 412<br />
4<strong>07</strong> 740<br />
439 009<br />
490 067<br />
535 7<strong>07</strong><br />
584 457<br />
630 693<br />
643 323<br />
596 028<br />
621 794<br />
624 979<br />
626 517<br />
*<br />
*<br />
*<br />
**<br />
**<br />
**<br />
Variação Valor na pedreira<br />
(t) %<br />
(contos) ESC./t<br />
+38 695<br />
+9617<br />
+13 944<br />
+18 182<br />
+12 442<br />
+17 461<br />
+26 328<br />
+31 269<br />
+51 058<br />
+45 640<br />
+48 750<br />
+46 236<br />
+12 630<br />
-47 295<br />
+25 766<br />
+3185<br />
+1538<br />
+14,3<br />
+3,1<br />
+4,4<br />
+5,5<br />
+3,5<br />
+4,8<br />
+6,9<br />
+7,7<br />
+11,6<br />
+9,3<br />
+9,1<br />
+7,9<br />
+2,0<br />
-7,4<br />
+4,3<br />
+0,5<br />
+0,2<br />
1 312 777<br />
1 765 635<br />
2 299 444<br />
3 046 246<br />
3 892 950<br />
4 978 176<br />
6 285 117<br />
7 615 865<br />
9 508 368<br />
11 703 121<br />
14 468 819<br />
16 618 339<br />
17 826 210<br />
17 651 321<br />
19 086 884<br />
19 415 669<br />
20 059 484<br />
*<br />
*<br />
*<br />
**<br />
**<br />
**<br />
4238$0<br />
5528$3<br />
6898$5<br />
8666$2<br />
10 696$4<br />
13 052$0<br />
15 415$0<br />
17 347$9<br />
19 402$2<br />
21 846$1<br />
24 767$0<br />
26 349$3<br />
27 709$6<br />
29 614$9<br />
30 696$5<br />
31 066$1<br />
32 017$5
Toneladas<br />
Milhares<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
1980<br />
1982<br />
1984<br />
1986<br />
Gráfi co 1 – Produção das pedreiras <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
1988<br />
Toneladas Contos<br />
Anos<br />
Em relação à distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção, po<strong>de</strong>mos<br />
concluir que <strong>de</strong>sapareceu por completo o predomínio das empresas <strong>de</strong> muito<br />
pequena dimensão que, em 1980, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 130 no sector, 77 distribuíamse<br />
pelos dois primeiros escalões <strong>de</strong> produção (P< 500; 500≤P
Outra conclusão a que po<strong>de</strong>mos chegar é o da diminuição do número <strong>de</strong> pedreiras<br />
activas. A tendência para a diminuição do número <strong>de</strong> pedreiras acentuou-se<br />
claramente com a crise do início da década <strong>de</strong> 90. De acordo com as<br />
estatísticas ofi ciais, o número <strong>de</strong> pedreiras activas passou <strong>de</strong> 249 em 1992 para<br />
219 em 1996, o que correspon<strong>de</strong> ao abandono <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 10% das explorações<br />
em apenas quatro anos (Quadro 4 – Boletim <strong>de</strong> Minas).<br />
Em conjugação com este cenário, verifi cou-se que a indústria se orientou para<br />
a extracção <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármores tidas como comercialmente mais interessantes.<br />
Com efeito, e à semelhança do que aconteceu em outras regiões produtoras<br />
<strong>de</strong> rochas ornamentais, a recessão não atingiu por igual as diferentes<br />
varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra natural existentes nas jazidas. Neste contexto, a procura<br />
da varieda<strong>de</strong> rosa, mais importante do ponto <strong>de</strong> vista comercial, e mais rara,<br />
ao mesmo tempo que favorece a manutenção <strong>de</strong> elevados níveis produtivos em<br />
áreas tradicionais da sua ocorrência, como o Rosal ou a Encostinha (Borba),<br />
em <strong>de</strong>trimento das varieda<strong>de</strong>s claras, especialmente as mais venadas, induziu<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos métodos <strong>de</strong> extracção, métodos esses que foram<br />
aplicados por exemplo na exploração subterrânea em El-Rei (Vila Viçosa),<br />
como forma <strong>de</strong> obviar a remoção <strong>de</strong> elevadas espessuras <strong>de</strong> recobrimento.<br />
Em suma: a produção quase que não aumentou durante os anos <strong>de</strong> 1995 e<br />
1996, privilegiando-se as varieda<strong>de</strong>s comercialmente mais procuradas, com<br />
<strong>de</strong>staque para o mármore rosa. As explorações estão mais concentradas, tendo<br />
abandonado praticamente vastas áreas rurais (o extremo NW; no centro do<br />
anticlinal, praticamente toda a faixa entre Cruz dos Meninos e Poço Bravo; a<br />
zona das Salgadas, etc...), favorecendo a sua reabilitação ecológica e subsequente<br />
<strong>de</strong>volução às antigas utilizações. Este foi certamente um factor a favor<br />
na busca da <strong>de</strong>sejada sustentabilida<strong>de</strong>, racionalização e mo<strong>de</strong>rnização para a<br />
activida<strong>de</strong> extractiva na região.<br />
69
Ano<br />
Pedreiras<br />
Activas (n.º)<br />
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996<br />
213 226 239 243 230 228 226 227 239 241 250 * 250 * 249 * 236 * 239 ** 228 ** 219 **<br />
(*) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Escoural, Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
Quadro 4 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas <strong>de</strong> 1980 a 1996 (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
1996<br />
1994<br />
1992<br />
1990<br />
1988<br />
1986<br />
1984<br />
1982<br />
1980<br />
200 205 210 215 220 225 230 235 240 245 250<br />
N.º <strong>de</strong> Pedreiras Activas<br />
Gráfi co 2 – N.º <strong>de</strong> pedreiras activas no anticlinal <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
70
71<br />
2.7.1.2 – Transformação<br />
A produção anual <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> rocha é expressa em<br />
metros quadrados (m 2 ). Esta produção po<strong>de</strong> apresentar-se sob a forma <strong>de</strong> uma<br />
vasta gama <strong>de</strong> produtos cuja varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos equipamentos disponíveis,<br />
do seu grau <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e da mão-<strong>de</strong>-obra especializada.<br />
Os valores apresentados seguidamente são referentes à fabricação <strong>de</strong> cantarias<br />
e outros produtos <strong>de</strong> pedra, não incluindo os estabelecimentos <strong>de</strong> fabrico exclusivamente<br />
manual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que empreguem 10 ou menos <strong>de</strong> 10 operários ou<br />
tenham uma área coberta igual ou inferior a 2000 m 2 .<br />
Constata-se, portanto, que, <strong>de</strong> 1980 a 1989, o valor bruto da produção total (Quadro<br />
5 – INE) não parou <strong>de</strong> subir, cifrando-se em 1989 em 2 506 523 contos. Dos<br />
elementos constitutivos do valor bruto da produção são <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar os produtos<br />
acabados e os resíduos <strong>de</strong> laboração vendidos que nesse ano se cifravam em<br />
2 340 581 contos (93,3%) e 74 270 contos (2,96%), respectivamente. Em relação<br />
aos serviços industriais prestados a terceiros, não obstante o valor <strong>de</strong> 62 834<br />
contos evi<strong>de</strong>nciado em 1989, esta rubrica sofreu oscilações maiores do que as<br />
anteriores, tendo <strong>de</strong>créscimos signifi cativos <strong>de</strong> 1980 para 81 e <strong>de</strong> 1986 para 87.<br />
No que respeita à variação do valor dos produtos em vias <strong>de</strong> fabrico no início e no<br />
fi m do ano, verifi ca-se que foi a componente do valor bruto da produção que mais<br />
oscilações sofreu, evi<strong>de</strong>nciando nos anos <strong>de</strong> 1987 e 1988 variações negativas.<br />
Em suma, conclui-se, que, no geral, tanto o valor bruto da produção total como<br />
os vários componentes <strong>de</strong>sse valor experimentaram subidas ininterruptas durante<br />
a década <strong>de</strong> 80.
Ano Total<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
238 262<br />
361 967<br />
460 182<br />
661 045<br />
952 662<br />
1 263 838<br />
1 380 237<br />
1 621 894<br />
2 172 492<br />
2 506 523<br />
Produtos<br />
acabados<br />
211 179<br />
335 797<br />
436 995<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
1 340 494<br />
1 588 734<br />
2 <strong>07</strong>9 753<br />
2 340 581<br />
Bens <strong>de</strong><br />
capital fi xo<br />
produzidos<br />
para uso<br />
próprio<br />
Valor bruto da produção<br />
-<br />
-<br />
1600<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
-<br />
-<br />
14 897<br />
28 620<br />
Elementos constitutivos<br />
23 948<br />
9426<br />
7911<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
31 658<br />
17 826<br />
47 840<br />
62 834<br />
Quadro 5 – Valor bruto da produção no distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />
Serviços<br />
Variação<br />
do valor dos<br />
produtos em<br />
industriais<br />
Resíduos <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> fabrico<br />
prestados a<br />
laboração no início e no<br />
terceiros Electricida<strong>de</strong> vendidos fi m do ano<br />
1000 ESC<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
10<br />
21<br />
725<br />
-<br />
1848<br />
1672<br />
4374<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
7655<br />
15 889<br />
29 308<br />
74 270<br />
A atestar isto, verifi ca-se também a mesma tendência para os valores dos produtos<br />
produzidos (Quadro 6 – INE), do distrito <strong>de</strong> Évora <strong>de</strong> 1980 a 2002, que<br />
não pararam <strong>de</strong> crescer à excepção dos anos 1992, 1995 e 2001, em que o<br />
crescimento foi menor do que em relação ao ano anterior. Em 2002, o valor<br />
dos produtos produzidos cifra-se em 165.206.976 euros. Também aqui fi ca<br />
patente, tal como na indústria extractiva, o crescimento da activida<strong>de</strong> transformadora.<br />
72<br />
1287<br />
15 <strong>07</strong>2<br />
9302<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
420<br />
-576<br />
-31<br />
218
* Valor em euros<br />
Quadro 6 – Valor dos produtos produzidos no distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />
73<br />
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
1997<br />
1998<br />
1999<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
Valor dos produtos produzidos (1000 ESC)<br />
3 013 536<br />
3 753 680<br />
4 264 659<br />
4 905 338<br />
6 505 504<br />
7 095 545<br />
7 785 803<br />
8 790 385<br />
11 848 686<br />
13 584 641<br />
22 720 343<br />
25 511 413<br />
13 580 453<br />
19 175 556<br />
19 708 522<br />
18 310 545<br />
21 670 434<br />
24 528 174<br />
26 215 4<strong>07</strong><br />
31 <strong>07</strong>0 053<br />
34 254 032<br />
163.379.002*<br />
165.206.976*
Ainda nesta activida<strong>de</strong> e em relação ao número <strong>de</strong> estabelecimentos activos<br />
(Quadro 7 – INE), po<strong>de</strong>mos concluir que durante a década <strong>de</strong> 80 este número<br />
veio sempre a baixar, invertendo-se apenas o ciclo em 90 e 91, em que quase<br />
se chegou a atingir o número <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> 1980.<br />
Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991<br />
Estabelecimentos em activida<strong>de</strong> (n.º)<br />
Quadro 7 – N.º <strong>de</strong> estabelecimentos activos (Não inclui os estabelecimentos <strong>de</strong> fabrico exclusivamente<br />
manual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que empreguem 10 ou menos <strong>de</strong> 10 operários ou tenham uma área coberta<br />
igual ou inferior a 2000 m2 ) – Fonte: INE<br />
2.7.2 – Ao nível do investimento<br />
2.7.2.1 – Extracção<br />
23 23 20 18 18 18 17 16 14 14 21 21<br />
Tal como foi dito anteriormente, o triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
é a principal área extractiva <strong>de</strong> mármores em Portugal e durante a década <strong>de</strong><br />
80, com a geologia propícia das jazidas bem como com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
escoamento do mármore a preços muito vantajosos, permitiu-se a implementação<br />
das principais indústrias transformadoras apetrechadas com a mais alta<br />
tecnologia <strong>de</strong> ponta, melhorando os meios tecnológicos não só em quantida<strong>de</strong><br />
mas também em qualida<strong>de</strong>. Durante toda a década <strong>de</strong> 80, o investimento em<br />
equipamento tecnológico por parte das maiores empresas <strong>de</strong>sta área foi uma<br />
constante.<br />
Um facto relevante veio dar mais um contributo para o progresso do sector<br />
marmóreo em especial <strong>de</strong>sta área: pela primeira vez entrou em funcionamento<br />
em Portugal (Vila Viçosa, 24/3/1980) uma máquina tipo monolâmina em<br />
cuja lâmina eram introduzidas pastilhas <strong>de</strong> concreção diamantada, concebida e<br />
construída especialmente para esquadrejamento automático <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> rocha<br />
74
calcária. Outra aplicação foi a serragem <strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> espessura, muito<br />
embora com menos frequência.<br />
O ano <strong>de</strong> 1981 fi cou marcado na história da Indústria Extractiva Ornamental<br />
pela entrada em funcionamento pela primeira vez em Portugal (Vila Viçosa,<br />
15 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1981) do fi o <strong>de</strong> serrar constituído por um cabo inoxidável <strong>de</strong><br />
suporte <strong>de</strong> pérolas diamantadas electro<strong>de</strong>positadas.<br />
Assim se estreava com sucesso em Portugal a última inovação tecnológica no<br />
domínio do arranque e esquadrejamento <strong>de</strong> rochas <strong>de</strong>corativas calcárias.<br />
Em 9 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1982, entra pela primeira vez em funcionamento, no concelho<br />
<strong>de</strong> Vila Viçosa, um pórtico gigante com 60 metros <strong>de</strong> vão e com uma<br />
capacida<strong>de</strong> elevatória e <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> 25 toneladas, cobrindo toda a área<br />
extractiva da pedreira on<strong>de</strong> foi instalado.<br />
Em 1983, o parque industrial conheceu nova e importante arrancada. Os empresários<br />
mais dinâmicos e ousados continuaram a investir em tecnologia com<br />
máquinas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e alta efi ciência.<br />
Durante o ano <strong>de</strong> 1984 prosseguiu-se com a expansão do parque industrial.<br />
Encontravam-se em funcionamento 2463 máquinas operatórias accionadas por<br />
motores “Diesel” ou eléctricos com a potência global <strong>de</strong> 83 454 C.V. Não surpreendia<br />
apenas o gigantismo expresso pelos números, mas também sobretudo<br />
a qualida<strong>de</strong> e efi ciência das máquinas, constituindo nalgumas unida<strong>de</strong>s produtivas<br />
<strong>de</strong> vanguarda o expoente máximo da investigação científi ca e tecnológica<br />
à data. Os empresários com real capacida<strong>de</strong> e sólida competência primavam<br />
pela inovação, <strong>de</strong> tal forma que não recearam canalizar para as suas explorações<br />
vastos recursos fi nanceiros, aplicados essencialmente na mo<strong>de</strong>rnização<br />
das suas técnicas e no consequente reapetrechamento com as máquinas mais<br />
avançadas.<br />
O ano <strong>de</strong> 1985 enquadra-se perfeitamente na fase <strong>de</strong> expansão dos bens <strong>de</strong><br />
equipamento. Surgiu em 1985 uma inovação ao nível <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> extractiva,<br />
pela primeira vez foi instalado numa pedreira <strong>de</strong> mármore, no concelho <strong>de</strong><br />
Borba, um talha-blocos, <strong>de</strong> fabrico português.<br />
O investimento em bens <strong>de</strong> equipamento não mais parou até ao fi nal da década,<br />
aumentando <strong>de</strong> 2811 o número <strong>de</strong> máquinas no ano <strong>de</strong> 1986 para 3887<br />
em 1990, equivalendo a uma potência <strong>de</strong> 145 936 C.V., marcas nunca antes<br />
75
atingidas no sector. No que diz respeito às máquinas <strong>de</strong> extracção por elevação<br />
(Quadro 9 – Boletim <strong>de</strong> Minas), conclui-se o mesmo, totalizando o sector<br />
em 1989, 250 máquinas, tendo os “Derricks” sido os principais responsáveis<br />
por este crescimento. Também os engenhos monolâminas bem como os fi os<br />
diamantados tiveram aumentos substanciais durante toda a década <strong>de</strong> 80, cifrando-se<br />
no fi nal daquela em 149 máquinas, no caso dos primeiros, e 349, no<br />
caso dos segundos.<br />
Ano Máq. Oper. (n.º)<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
Equipamento<br />
Potência (C.V)<br />
1634 57 931<br />
1854 66 318<br />
2187 74 975<br />
2342 79 277<br />
2463 83 454<br />
2616 89 440<br />
2811 98 347<br />
2973 104 276<br />
3141 112 754<br />
3371 122 065<br />
3887ª<br />
145 936ª<br />
ª Região Alentejo (distrito <strong>de</strong> Évora e Beja)<br />
Quadro 8 – Equipamento (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
Rendimento do<br />
Equipamento<br />
(t/C.V./ano)<br />
5,35<br />
4,82<br />
4,45<br />
4,43<br />
4,36<br />
4,26<br />
4,15<br />
4,21<br />
4,35<br />
4,39<br />
n.d.<br />
Grau <strong>de</strong><br />
mecanização<br />
(C.V./homem))<br />
23,90<br />
26,90<br />
29,14<br />
30,43<br />
32,69<br />
34,64<br />
37,42<br />
39,23<br />
40,33<br />
42,92<br />
n.d.<br />
76
Ano «Derricks» Gruas fi xas<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
77<br />
58<br />
68<br />
76<br />
87<br />
96<br />
102<br />
121<br />
138<br />
151<br />
170<br />
Máquina <strong>de</strong> extracção por elevação<br />
4<br />
4<br />
5<br />
6<br />
4<br />
4<br />
4<br />
4<br />
4<br />
3<br />
Gruas<br />
móveis<br />
<strong>de</strong> rasto Camiõescontínuo<br />
-gruas Pórticos Total<br />
17<br />
16<br />
16<br />
15<br />
14<br />
13<br />
13<br />
13<br />
12<br />
10<br />
53<br />
57<br />
64<br />
64<br />
63<br />
65<br />
64<br />
64<br />
63<br />
64<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
5<br />
6<br />
9<br />
10<br />
12<br />
12<br />
Quadro 9 – Síntese dos equipamentos (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
132<br />
145<br />
161<br />
172<br />
182<br />
190<br />
211<br />
229<br />
242<br />
259<br />
Engenhos<br />
monolâminas<br />
7<br />
52<br />
63<br />
69<br />
83<br />
134<br />
149<br />
Em relação aos combustíveis (Quadro 10 – Boletim <strong>de</strong> Minas), salienta-se também<br />
o aumento no consumo <strong>de</strong>stes, que em 1980 se cifrava em 4053,947 mil<br />
litros para no fi nal da década se situar em 6432,630 mil litros. O indicador a<br />
ter em conta é o do consumo <strong>de</strong> combustível por produção anual (litros/tonelada)<br />
que em 1980 se situava nos 13,09 litros/tonelada para no ano 1991 ser <strong>de</strong><br />
10,20 litros/tonelada. Isto quer dizer que, não obstante, as duas rubricas terem<br />
aumentado durante a década, a produção em toneladas aumentou mais do que<br />
o consumo <strong>de</strong> combustível. O investimento contínuo em máquinas cada vez<br />
mais avançadas tecnologicamente permitiu não só extrair mais pedra como<br />
extraí-la a menores custos.<br />
Fios<br />
diamantados<br />
9<br />
39<br />
52<br />
75<br />
1<strong>07</strong><br />
264<br />
349
Combustíveis<br />
Ano Mil litros Contos<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
4 053,947<br />
4 036,205<br />
4 276,441<br />
4 357,350<br />
4 <strong>07</strong>6,823<br />
4 136,879<br />
4 183,697<br />
4 409,515<br />
4 913,556<br />
5 188,265<br />
6 088,776<br />
6 432,630<br />
6 549,128<br />
6 097,382<br />
6 516,498<br />
6 574,782<br />
6 572,184<br />
*<br />
*<br />
*<br />
*<br />
**<br />
**<br />
**<br />
70 524,2<strong>07</strong><br />
95 977,816<br />
130 086,366<br />
184 143,763<br />
233 009,614<br />
275 162,160<br />
284 098,451<br />
309 254,123<br />
363 603,144<br />
408 325,186<br />
549 184<br />
644 878<br />
655 482<br />
625 775<br />
669 052<br />
685 882<br />
718 736<br />
Consumo <strong>de</strong> combustível/<br />
Produção anual (Litros/ton.)<br />
13,09<br />
12,64<br />
12,83<br />
12,40<br />
11,20<br />
10,85<br />
10,26<br />
10,04<br />
10,03<br />
9,68<br />
10,30<br />
10,20<br />
10,18<br />
10,23<br />
10,48<br />
10,52<br />
10,49<br />
(*) Inclui mármores e afi ns (calcário cristalino, microcristalino e sedimentar e “brecha” calcária)<br />
(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa<br />
Quadro 10 – Combustíveis (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
Da análise do quadro 11, conclui-se também que, em relação a esta rubrica, até<br />
ao fi nal da década <strong>de</strong> 80, o número <strong>de</strong> transformadores eléctricos aumentou signifi<br />
cativamente, cifrando-se em 1989 em 132 transformadores, correspon<strong>de</strong>ndo<br />
a 33 975 kVA. Por esta altura, 193 pedreiras <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 241, correspon<strong>de</strong>ndo<br />
a 80%, já se encontravam electrifi cadas. O número <strong>de</strong> motores existentes nessa<br />
data ascendia a mais <strong>de</strong> 3800 <strong>de</strong>bitando uma potência <strong>de</strong> 54 325 C.V.<br />
*<br />
*<br />
*<br />
*<br />
**<br />
**<br />
**<br />
78
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990 *<br />
1991 *<br />
1992 *<br />
1993 *<br />
1994 **<br />
1995 **<br />
1996 **<br />
Transformadores<br />
eléctricos por elevação<br />
Ano N.º kVA<br />
(*) Inclui mármores e afi ns (calcário cristalino, microcristalino e sedimentar e “brecha” calcária)<br />
(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
Quadro 11 – Energia eléctrica (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
79<br />
54<br />
60<br />
66<br />
73<br />
82<br />
90<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
121<br />
132<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
14 190<br />
16 545<br />
19 145<br />
21 045<br />
23 470<br />
25 010<br />
n d<br />
n d<br />
31 315<br />
33 975<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
N.º <strong>de</strong><br />
pedreiras<br />
electrifi<br />
cadas<br />
72<br />
84<br />
93<br />
105<br />
112<br />
120<br />
136<br />
154<br />
169<br />
193<br />
203ª<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
2.7.2.2 – Transformação<br />
N.º <strong>de</strong><br />
motores<br />
775<br />
1003<br />
1393<br />
1631<br />
1874<br />
2175<br />
2612<br />
2966<br />
3334<br />
3836<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
Potência<br />
(C.V.) kWh Contos<br />
15 728<br />
18 915<br />
22 881<br />
25 371<br />
28 578<br />
32 766<br />
37 728<br />
43 490<br />
47 982<br />
54 327<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
No quadro seguinte, apresentam-se os materiais e energia consumidos e os<br />
serviços comprados na indústria transformadora, durante a década <strong>de</strong> 80,<br />
28 438,0<br />
40 779,5<br />
58 985,7<br />
86 530,2<br />
123 808,6<br />
170 355,8<br />
211 977,6<br />
258 876,7<br />
312 303,3<br />
381 474,3<br />
496 343<br />
595 <strong>07</strong>9<br />
652 188<br />
664 092<br />
690 536<br />
687 786<br />
671 412
incluindo este último o seguinte: trabalhos industriais executados sob contrato<br />
ou comissão por terceiros, serviços <strong>de</strong> reparação e <strong>de</strong> manutenção, serviços<br />
não industriais, patentes e marcas.<br />
Com a implementação das unida<strong>de</strong>s industriais no parque industrial <strong>de</strong> Vila<br />
Viçosa, no início da década <strong>de</strong> 80, e com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong>stas<br />
por uma indústria a montante em franco <strong>de</strong>senvolvimento, também o sector<br />
da transformação experimentou um franco progresso como po<strong>de</strong>mos verifi car<br />
através da análise dos quadros 12 e 13. Os materiais e energia consumidos bem<br />
como os serviços comprados cresceram <strong>de</strong> ano para ano cifrando-se em 1989<br />
nos 1 5<strong>07</strong> 324 contos.<br />
Em relação à formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo, as rubricas mais importantes são<br />
as máquinas e outro material, principalmente novo, que, em 1989, <strong>de</strong> um total<br />
<strong>de</strong> 75629 contos em máquinas perfaziam 72 689 contos.<br />
Também as rubricas material <strong>de</strong> transporte e edifícios contribuíram também<br />
para a “performance” total da formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo, representando,<br />
em 1989, 24 410 e 27 996 contos respectivamente.<br />
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
Materiais e energia consumidos e serviços comprados<br />
1000 ESC<br />
Quadro 12 – Materiais e energia consumidos e serviços comprados (Fonte: INE)<br />
109 602<br />
184 631<br />
231 379<br />
390 885<br />
552 795<br />
800 709<br />
816 454<br />
1 101 462<br />
1 319 013<br />
1 5<strong>07</strong> 324<br />
80
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
Quadro 13 – Formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo (Fonte: INE)<br />
81<br />
Novos<br />
e usados<br />
18 800<br />
48 731<br />
43 676<br />
94 532<br />
124 658<br />
174 860<br />
126 373<br />
157 754<br />
82 955<br />
146 198<br />
16 875<br />
46 254<br />
41 206<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
112 613<br />
133 201<br />
137 142<br />
127 443<br />
-.55<br />
1920<br />
1191<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
13 237<br />
55<strong>07</strong><br />
-3991<br />
-<br />
2.7.3 – Ao nível do emprego<br />
2.7.3.1 – Extracção<br />
Formação bruta <strong>de</strong> capital fi xo<br />
Total Terrenos Edifícios<br />
Arranjos<br />
nos<br />
terrenos<br />
e outras<br />
cons-<br />
Novos<br />
Total Novos truções<br />
788<br />
6825<br />
4004<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
14 942<br />
15 095<br />
-.20 418<br />
27 996<br />
1000 ESC<br />
488<br />
6825<br />
3975<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
14 942<br />
13 802<br />
14 182<br />
27 996<br />
-<br />
-<br />
-<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
-<br />
-<br />
3508<br />
18 163<br />
Total Novo Total Novo<br />
-.482<br />
2241<br />
8662<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
5921<br />
9294<br />
8941<br />
24 410<br />
Material <strong>de</strong><br />
transporte<br />
-.1602<br />
1711<br />
8662<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
5921<br />
8411<br />
13 <strong>07</strong>4<br />
26 758<br />
Máquinas e outro<br />
material<br />
18 549<br />
37 745<br />
29 819<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
92 273<br />
127 858<br />
94 915<br />
75 629<br />
Ao nível do emprego, na extracção, po<strong>de</strong>mos dizer que o número total <strong>de</strong><br />
trabalhadores oscilou entre 2424 em 1980 e 3029 em 1991. Po<strong>de</strong>mos salientar<br />
que, durante a década <strong>de</strong> 80, mais precisamente até 1991, o número total <strong>de</strong><br />
trabalhadores não parou <strong>de</strong> crescer à excepção do ano <strong>de</strong> 1984, para, a partir<br />
<strong>de</strong> 1991, <strong>de</strong>crescer, situando-se em 1996 nos 2718. Esta tendência continua<br />
nos nossos dias, já que é patente a diminuição do número <strong>de</strong> trabalhadores <strong>de</strong>vido<br />
a factores como o encerramento <strong>de</strong> pedreiras, quer por motivos ambientais,<br />
quer pelo aumento dos custos <strong>de</strong> extracção, bem como pela mecanização<br />
daquelas necessitando-se cada vez menos <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra.<br />
17 971<br />
37 718<br />
28 569<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
91 750<br />
110 988<br />
109 886<br />
72 689
Em relação à produtivida<strong>de</strong> t/homem/ano, po<strong>de</strong>mos concluir que não parou <strong>de</strong><br />
crescer, evi<strong>de</strong>nciando valores na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 231 t/homem/ano em 1996.<br />
No que diz respeito ao número <strong>de</strong> encarregados, constata-se que, na década<br />
<strong>de</strong> 80, o peso <strong>de</strong>stes na indústria extractiva se manteve, tendo o aumento sido<br />
<strong>de</strong> 8,5% em 1980 para 9,<strong>07</strong>% em 1989 com um máximo <strong>de</strong> 9,2% em 1987.<br />
O mesmo se passou em relação aos salários auferidos por estes. Com efeito, se, no<br />
ano <strong>de</strong> 1980, o salário auferido pelos encarregados representava 9,29% do total <strong>de</strong><br />
salários do ano, os mesmos salários representavam 11,6% no ano <strong>de</strong> 1989.<br />
Em suma, po<strong>de</strong>-se concluir que, durante a década <strong>de</strong> 80, o peso quer <strong>de</strong> operários<br />
quer <strong>de</strong> encarregados no número total <strong>de</strong> trabalhadores se manteve na<br />
or<strong>de</strong>m dos 91%, com ligeiras diminuições, no caso dos primeiros, e <strong>de</strong> 9%,<br />
com ligeiros aumentos no caso dos segundos. Po<strong>de</strong>-se concluir o mesmo para<br />
os salários auferidos por operários e encarregados.<br />
No que diz respeito à distribuição <strong>de</strong> empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra,<br />
(ver anexo III) durante os anos 80, constata-se que, em relação ao primeiro<br />
escalão, em que o número <strong>de</strong> operários é inferior ou igual a cinco elementos,<br />
o número <strong>de</strong> empresas com menos ou cinco trabalhadores <strong>de</strong>caiu substancialmente<br />
durante a década, <strong>de</strong> 66 estabelecimentos em 1980 para 44 em 1989, <strong>de</strong>caindo<br />
também o peso que estas <strong>de</strong>tinham no volume <strong>de</strong> emprego que no início<br />
da década se situava nos 9,11% para no fi nal daquela representar somente 6%.<br />
Em relação ao segundo escalão, em que o número <strong>de</strong> operários se situa entre<br />
os 5 e os 10 elementos respectivamente, po<strong>de</strong> afi rmar-se que o número <strong>de</strong> empresas<br />
aumentou signifi cativamente durante a década, <strong>de</strong> 22 estabelecimentos<br />
em 1980 para 30 em 1989, apesar <strong>de</strong> algumas oscilações sofridas durante o período.<br />
Já em relação ao seu volume <strong>de</strong> emprego no total, o aumento não foi tão<br />
gran<strong>de</strong> como seria <strong>de</strong> esperar. Assim, este escalão <strong>de</strong>tinha 7,93% do volume <strong>de</strong><br />
emprego em 1980 e 8,97% em 1989, um aumento <strong>de</strong> um ponto percentual respectivamente.<br />
Po<strong>de</strong>-se afi rmar que em face do aumento signifi cativo do número<br />
<strong>de</strong> estabelecimentos se esperava um aumento da mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za<br />
no volume <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong>tido por este escalão. Nos três escalões intermédios,<br />
i.e., em que o número <strong>de</strong> operários se situa entre 10 e 50 respectivamente,<br />
assiste-se aqui também a um aumento <strong>de</strong> 34 estabelecimentos em 1980 para<br />
41 em 1989, não obstante algum <strong>de</strong>créscimo também aqui evi<strong>de</strong>nciado mais<br />
82
propriamente nos anos <strong>de</strong> 1982, 1986 e 1987. Contudo, o peso <strong>de</strong>stes escalões<br />
no volume total <strong>de</strong> emprego <strong>de</strong>cresceu ligeiramente <strong>de</strong> 34,4% em 1980 para<br />
31,7% em 1989, apesar <strong>de</strong> os anos <strong>de</strong> 1983-1985,1988 e 1989 terem sido <strong>de</strong><br />
subida. Quanto aos dois últimos escalões, constata-se um aumento <strong>de</strong> 5 estabelecimentos<br />
com mais <strong>de</strong> 50 operários, durante a década <strong>de</strong> 80, facto por si só<br />
muito signifi cativo. O seu peso no volume <strong>de</strong> emprego total no início da década<br />
situava-se nos 48,53% para no fi nal daquela aumentar para 53,28%.<br />
(*) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Escoural, Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
(**) Inclui pedreiras do distrito <strong>de</strong> Évora (Viana do Alentejo, Borba, Estremoz e Vila Viçosa)<br />
Quadro 14 – Mão-<strong>de</strong>-obra (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
83<br />
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
N.º total <strong>de</strong><br />
trabalhadores<br />
Mão-<strong>de</strong>-obra<br />
2424<br />
2465<br />
2573<br />
2605<br />
2553<br />
2582<br />
2628<br />
2658<br />
2796<br />
2844<br />
3020<br />
3029<br />
2965<br />
2755<br />
2777<br />
2736<br />
2718<br />
*<br />
*<br />
*<br />
*<br />
**<br />
**<br />
**<br />
Salários<br />
(contos)<br />
409 217,822<br />
544 817,757<br />
705 347,320<br />
889 289,270<br />
1 060 165,680<br />
1 320 363,400<br />
1 609 328,411<br />
1 879 343,962<br />
2 188 104,348<br />
2 526 799,560<br />
3 <strong>07</strong>1 191,000<br />
3 543 191,000<br />
3 958 502,000<br />
4 111 024,000<br />
4 374 558,000<br />
4 542 713,000<br />
4 754 623,000<br />
*<br />
*<br />
*<br />
*<br />
**<br />
**<br />
**<br />
Produtivida<strong>de</strong><br />
(t/homem/ano)<br />
127,79<br />
129,57<br />
129,55<br />
134,94<br />
142,56<br />
147,72<br />
155,15<br />
165,17<br />
175,27<br />
188,36<br />
195,83<br />
208,22<br />
216,97<br />
216,34<br />
223,91<br />
228,43<br />
230,51<br />
Salários anuais<br />
Valor na<br />
pedreira (%)<br />
31,17<br />
30,86<br />
30,67<br />
29,19<br />
27,23<br />
26,52<br />
25,61<br />
24,68<br />
23,01<br />
21,59<br />
20,97<br />
21,32<br />
22,21<br />
23,29<br />
22,91<br />
23,40<br />
23,70
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
N.º <strong>de</strong> operários<br />
2217<br />
2254<br />
2351<br />
2371<br />
2326<br />
2353<br />
2394<br />
2413<br />
2541<br />
2586<br />
Quadro 15 – Salários dos operários e dos encarregados (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
2.7.3.2 – Transformação<br />
371 171,930<br />
492 530,500<br />
635 400,642<br />
797 495,733<br />
952 299,963<br />
1 184 047,844<br />
1 439 <strong>07</strong>3,082<br />
1 671 034,560<br />
1 944 705,359<br />
2 232 621,044<br />
Mão-<strong>de</strong>-obra<br />
Salários<br />
(contos)<br />
N.º <strong>de</strong><br />
encarregados<br />
2<strong>07</strong><br />
211<br />
222<br />
234<br />
227<br />
229<br />
234<br />
245<br />
255<br />
258<br />
Salários<br />
(contos)<br />
38 045,892<br />
52 287,257<br />
69 946,678<br />
91 793,537<br />
1<strong>07</strong> 865,717<br />
136 315,559<br />
170 255,329<br />
208 309,402<br />
243 398,989<br />
294 178,516<br />
Em relação ao pessoal ao serviço na indústria transformadora durante a década<br />
<strong>de</strong> 80, constata-se que era constituído maioritariamente por homens, muito<br />
embora as mulheres, à medida que a década se aproximava do fi m, fossem<br />
aumentando o seu peso para 6,85% em 1989, em contraste com os 3,85% <strong>de</strong><br />
1980. Este aumento foi consi<strong>de</strong>rável, se se tiver em conta o tipo <strong>de</strong> indústria, a<br />
região e a época em que suce<strong>de</strong>u.<br />
Outra conclusão a que se po<strong>de</strong> chegar é que a quase totalida<strong>de</strong> do pessoal é<br />
remunerado. Dentro <strong>de</strong>ste escalão, o pessoal operário é a classe mais representativa,<br />
chegando no ano <strong>de</strong> 1989 a <strong>de</strong>ter quase 90%, 584 homens e 28 mulheres,<br />
<strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 640 e 47 respectivamente. No início da década esta classe<br />
representava 87%.<br />
Em relação às remunerações auferidas, constata-se que durante a década estas<br />
foram sendo sempre mais altas, atingindo um valor total <strong>de</strong> 729 772 contos.<br />
84
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
Já em relação às horas <strong>de</strong> trabalho efectuadas pelos operários po<strong>de</strong> afi rmar-se<br />
que aumentaram até 1987 à excepção do ano <strong>de</strong> 1982 em que diminuíram,<br />
para,a partir daquele ano, diminuírem até ao fi m da década.<br />
399<br />
405<br />
405<br />
427<br />
466<br />
493<br />
546<br />
634<br />
620<br />
652<br />
Quadro 16 – Pessoal ao serviço na indústria transformadora (Fonte: INE)<br />
85<br />
Total<br />
16<br />
14<br />
14<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
39<br />
40<br />
48<br />
48<br />
Pessoal<br />
não remunerado<br />
14<br />
19<br />
13<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
9<br />
9<br />
10<br />
12<br />
2<br />
2<br />
2<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
385<br />
386<br />
392<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
537<br />
625<br />
610<br />
640<br />
Pessoal ao serviço na última semana do ano<br />
Total<br />
14<br />
12<br />
12<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
37<br />
39<br />
46<br />
47<br />
Dirigentes<br />
HM M HM M HM M HM M HM M HM M HM M HM M<br />
24<br />
16<br />
18<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
18<br />
16<br />
14<br />
17<br />
2<br />
1<br />
1<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
2<br />
2<br />
2<br />
2<br />
Pessoal remunerado<br />
Administrativo, técnico<br />
e <strong>de</strong> escritório<br />
n.º<br />
20<br />
20<br />
23<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
35<br />
38<br />
39<br />
39<br />
Outro pessoal<br />
Total<br />
5<br />
5<br />
4<br />
n.d<br />
n.d<br />
n.d<br />
11<br />
14<br />
16<br />
17<br />
Ano<br />
1980<br />
1981<br />
1982<br />
1983<br />
1984<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
Total das remunerações pagas<br />
(1000 ESC)<br />
Quadro 17 – Remunerações pagas na indústria transformadora (Fonte: INE)<br />
2.7.4 – Ao nível da qualifi cação<br />
2.7.4.1 – Extracção<br />
76 618<br />
96 089<br />
130 518<br />
157 904<br />
204 644<br />
270 558<br />
362 419<br />
460 761<br />
550 526<br />
729 772<br />
Horas <strong>de</strong> trabalho efectuado<br />
pelos operários<br />
766<br />
771<br />
748<br />
775<br />
861<br />
951<br />
1048<br />
1314<br />
1297<br />
1290<br />
Em 1980, a formação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra ainda não tinha prestado gran<strong>de</strong> contributo<br />
a este sector. Com efeito, os trabalhadores qualifi cados não totalizavam<br />
6% da ocupação total.<br />
Os trabalhadores da especialida<strong>de</strong> nutriam especial predilecção pelo mármore,<br />
que era aplicado cada vez mais na construção em edifícios públicos e privados.<br />
Os maiores contingentes <strong>de</strong> trabalhadores eram oriundos do sector agrícola, e<br />
por isso raramente passavam da semiqualifi cação.<br />
No ano <strong>de</strong> 1982, o grau <strong>de</strong> analfabetismo rondava os 90%, não permitindo a passagem<br />
da semiqualifi cação. Eram muito raros os profi ssionais qualifi cados, <strong>de</strong><br />
tal forma que raramente excediam 5% da ocupação total (Boletim <strong>de</strong> Minas).<br />
Até ao fi nal da década <strong>de</strong> 80 verifi ca-se que os grupos etários com maior peso<br />
86
na indústria extractiva eram os três grupos etários dos 45-59 anos, sendo o escalão<br />
dos 50-54 anos o mais representativo até 1987, para, nos últimos anos da<br />
década, passar a ser o dos 55-59 anos. Estes três grupos etários por si só ainda<br />
representavam 35% do total em 1989, muito embora em 1985 representassem<br />
bastante mais, à volta dos 43%.<br />
Po<strong>de</strong>-se concluir que, no fi nal da década <strong>de</strong> 80, a classe trabalhadora na indústria<br />
extractiva <strong>de</strong>notava um gran<strong>de</strong> envelhecimento com mais <strong>de</strong> 36% dos<br />
operários com ida<strong>de</strong>s acima dos 50 anos, estando 24% <strong>de</strong>les acima dos 55 anos<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. No entanto, para a década seguinte, verifi cou-se uma diminuição<br />
acentuada do peso <strong>de</strong>stes escalões, em relação aos grupos etários mais jovens,<br />
mais propriamente os dois grupos etários da casa dos 30 anos que viram o seu<br />
peso aumentar signifi cativamente, sobretudo a partir <strong>de</strong> 1995.<br />
Nos primeiros anos da década <strong>de</strong> 90, mais propriamente até 1994, o grupo<br />
etário mais signifi cativo foi o dos 55-59 anos, com pesos na or<strong>de</strong>m dos 13,5%;<br />
13,4% em 1991, 13,6% em 1992 e 1994. O grupo etário dos 25-29 anos viu a<br />
sua posição crescer, tendo mesmo superado os grupos etários tradicionalmente<br />
com maior peso na indústria extractiva no ano <strong>de</strong> 1993 atingindo nesse mesmo<br />
ano 13,6% em contraste com os 12,9% do grupo etário dos 55-59 anos.<br />
Com o aproximar do fi nal da década, os grupos etários da casa dos trinta anos<br />
fortaleceram a sua posição e tornaram-se os <strong>de</strong> maior peso no sector. De 1995<br />
a 1997, o grupo dos 30-34 anos foi o grupo com maior peso nesta indústria, representando,<br />
em 1995, 15%, em 1996, 17% e, em 1997, 15,6%. Para o triénio<br />
seguinte e até ao fi nal da década, o grupo dos 35-39 passou a ser o <strong>de</strong> maior<br />
peso no sector, crescendo sempre até ao fi nal da década <strong>de</strong> 14% em 1998, para<br />
15,8% em 1999 e 17% em 2000.<br />
Em suma, po<strong>de</strong> dizer-se que todos os grupos etários viram o seu peso diminuir<br />
ao longo <strong>de</strong>stas duas décadas, diminuindo mais acentuadamente aqueles<br />
que dominaram a segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 80, excepção feita aos grupos<br />
correspon<strong>de</strong>ntes à casa dos 30 e também ao grupo etário dos 60-64 anos, que<br />
em 2000, o seu peso era maior do que em 1985, facto este relevante <strong>de</strong> que as<br />
mudanças operadas ainda não eram satisfatórias.<br />
87
88<br />
Quadro 18 – Grupos etários na indústria extractiva (Fonte: INE)<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
1997<br />
1998<br />
1999<br />
2000<br />
0<br />
1<br />
1<br />
1<br />
0<br />
n.d.<br />
10<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
108<br />
100<br />
77<br />
73<br />
68<br />
n.d.<br />
135<br />
66<br />
49<br />
22<br />
17<br />
9<br />
9<br />
13<br />
14<br />
22<br />
2<strong>07</strong><br />
251<br />
202<br />
230<br />
189<br />
n.d.<br />
271<br />
217<br />
194<br />
135<br />
129<br />
80<br />
76<br />
63<br />
56<br />
62<br />
168<br />
173<br />
183<br />
235<br />
221<br />
n.d.<br />
284<br />
294<br />
284<br />
243<br />
241<br />
158<br />
160<br />
146<br />
139<br />
125<br />
162<br />
157<br />
150<br />
187<br />
165<br />
n.d.<br />
171<br />
231<br />
254<br />
260<br />
279<br />
240<br />
252<br />
211<br />
212<br />
210<br />
167<br />
193<br />
132<br />
156<br />
148<br />
n.d.<br />
172<br />
162<br />
164<br />
164<br />
185<br />
170<br />
192<br />
212<br />
241<br />
257<br />
187<br />
188<br />
140<br />
165<br />
130<br />
n.d.<br />
171<br />
174<br />
162<br />
164<br />
181<br />
145<br />
171<br />
156<br />
156<br />
169<br />
315<br />
304<br />
222<br />
213<br />
170<br />
n.d.<br />
191<br />
154<br />
176<br />
173<br />
179<br />
129<br />
168<br />
170<br />
165<br />
168<br />
315<br />
350<br />
261<br />
283<br />
227<br />
n.d.<br />
272<br />
241<br />
202<br />
181<br />
151<br />
102<br />
162<br />
157<br />
173<br />
172<br />
261<br />
274<br />
243<br />
290<br />
238<br />
n.d.<br />
292<br />
294<br />
268<br />
262<br />
238<br />
190<br />
197<br />
167<br />
148<br />
124<br />
148<br />
168<br />
180<br />
2<strong>07</strong><br />
175<br />
n.d.<br />
144<br />
225<br />
237<br />
247<br />
228<br />
149<br />
200<br />
190<br />
185<br />
153<br />
12<br />
14<br />
21<br />
21<br />
28<br />
n.d.<br />
16<br />
52<br />
33<br />
28<br />
21<br />
21<br />
20<br />
23<br />
25<br />
26<br />
26<br />
24<br />
23<br />
30<br />
55<br />
n.d.<br />
38<br />
40<br />
53<br />
40<br />
17<br />
9<br />
4<br />
6<br />
7<br />
7<br />
2.<strong>07</strong>6<br />
2197<br />
1835<br />
2091<br />
1814<br />
n.d.<br />
2.167<br />
2150<br />
2<strong>07</strong>6<br />
1919<br />
1866<br />
1402<br />
1611<br />
1514<br />
1521<br />
1495<br />
Ano<br />
12<br />
a 14<br />
anos<br />
15<br />
a 19<br />
anos<br />
20<br />
a 24<br />
anos<br />
25<br />
a 29<br />
anos<br />
30<br />
a 34<br />
anos<br />
35<br />
a 39<br />
anos<br />
40<br />
a 44<br />
anos<br />
45<br />
a 49<br />
anos<br />
50<br />
a 54<br />
anos<br />
55<br />
a 59<br />
anos<br />
60<br />
a 64<br />
anos<br />
≥ a<br />
65<br />
anos<br />
Igno-<br />
rado Total<br />
Grupos etários
89<br />
2.7.4.2 – Transformação<br />
Durante as duas décadas em estudo, os grupos etários com maior peso na<br />
indústria transformadora foram sempre os mais jovens, mais precisamente os<br />
dos 20-39 anos, em <strong>de</strong>trimento dos grupos etários acima dos 50 anos, que, não<br />
obstante terem aumentado em termos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> elementos nas respectivas,<br />
classes, o seu peso na indústria apenas aumentou ligeiramente <strong>de</strong> 12,8% em<br />
1985 para 15,9% no ano 2000. Constata-se que, durante a segunda meta<strong>de</strong><br />
da década <strong>de</strong> 80, os grupos com maior peso foram os três escalões dos 20-34<br />
anos, representando, em 1985, 50% do peso total da indústria para em 1989<br />
virem a sua posição consolidar-se ainda mais atingindo 55%. Destes escalões,<br />
até 1986, o mais importante <strong>de</strong> todos eles foi o dos 20-24 anos, per<strong>de</strong>ndo a<br />
li<strong>de</strong>rança para o escalão seguinte, o dos 25-29 anos, até ao fi nal da respectiva<br />
década. Este escalão ainda foi predominante até 1993, altura em que o grupo<br />
etário seguinte dos 30-34 anos se evi<strong>de</strong>nciou tornando-se o <strong>de</strong> maior peso até<br />
1997. A hegemonia dos últimos anos da década pertenceu ao escalão seguinte<br />
dos 35-39 anos.<br />
Concluindo, constata-se que, até 1993, os grupos etários dominantes foram os<br />
da casa dos 20 anos, com predominância para o dos 25-29 anos, para, a partir<br />
<strong>de</strong> 1994 até ao fi nal da década, serem os da casa dos 30 os mais importantes.<br />
Também se conclui que todos os escalões acentuaram o seu peso no sector,<br />
muito embora, aqueles que viram a sua posição consolidar-se mais, fossem<br />
os quatro grupos etários dos 25-44 anos. Só o escalão dos 20-24 anos viu<br />
diminuída a sua posição no sector, mantendo-se constante o grupo etário dos<br />
15-19 anos.
90<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
1997<br />
1998<br />
1999<br />
2000<br />
0<br />
0<br />
1<br />
0<br />
0<br />
n.d.<br />
7<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
1<br />
0<br />
26<br />
29<br />
21<br />
37<br />
37<br />
n.d.<br />
108<br />
56<br />
26<br />
18<br />
11<br />
6<br />
12<br />
12<br />
18<br />
26<br />
97<br />
111<br />
111<br />
138<br />
142<br />
n.d.<br />
188<br />
142<br />
109<br />
69<br />
62<br />
82<br />
76<br />
77<br />
67<br />
72<br />
54<br />
88<br />
129<br />
157<br />
187<br />
n.d.<br />
191<br />
190<br />
172<br />
120<br />
102<br />
122<br />
127<br />
137<br />
121<br />
124<br />
48<br />
65<br />
63<br />
57<br />
85<br />
n.d.<br />
103<br />
149<br />
148<br />
138<br />
129<br />
134<br />
159<br />
175<br />
151<br />
155<br />
36<br />
37<br />
52<br />
61<br />
72<br />
n.d.<br />
78<br />
87<br />
74<br />
92<br />
92<br />
121<br />
152<br />
195<br />
175<br />
179<br />
27<br />
38<br />
50<br />
41<br />
62<br />
n.d.<br />
49<br />
69<br />
78<br />
69<br />
53<br />
55<br />
70<br />
93<br />
112<br />
133<br />
32<br />
37<br />
50<br />
46<br />
49<br />
n.d.<br />
50<br />
47<br />
47<br />
52<br />
48<br />
65<br />
63<br />
77<br />
76<br />
82<br />
25<br />
31<br />
36<br />
40<br />
49<br />
n.d.<br />
69<br />
61<br />
65<br />
61<br />
40<br />
43<br />
50<br />
65<br />
56<br />
62<br />
15<br />
22<br />
23<br />
28<br />
29<br />
n.d.<br />
54<br />
53<br />
50<br />
53<br />
45<br />
37<br />
51<br />
67<br />
55<br />
50<br />
11<br />
14<br />
16<br />
19<br />
28<br />
n.d.<br />
29<br />
48<br />
47<br />
49<br />
30<br />
33<br />
30<br />
38<br />
45<br />
37<br />
3<br />
2<br />
6<br />
6<br />
4<br />
n.d.<br />
6<br />
7<br />
12<br />
8<br />
7<br />
8<br />
9<br />
9<br />
15<br />
10<br />
23<br />
18<br />
23<br />
19<br />
14<br />
n.d.<br />
28<br />
19<br />
41<br />
27<br />
7<br />
7<br />
5<br />
4<br />
6<br />
5<br />
397<br />
492<br />
581<br />
649<br />
758<br />
n.d.<br />
960<br />
928<br />
869<br />
756<br />
626<br />
713<br />
804<br />
949<br />
898<br />
935<br />
Ano<br />
12<br />
a 14<br />
anos<br />
15<br />
a 19<br />
anos<br />
20<br />
a 24<br />
anos<br />
25<br />
a 29<br />
anos<br />
30<br />
a 34<br />
anos<br />
35<br />
a 39<br />
anos<br />
40<br />
a 44<br />
anos<br />
45<br />
a 49<br />
anos<br />
50<br />
a 54<br />
anos<br />
55<br />
a 59<br />
anos<br />
60<br />
a 64<br />
anos<br />
≥ a<br />
65<br />
anos<br />
Igno-<br />
rado Total<br />
Grupos etários<br />
Quadro 19 – Grupos etários na indústria transformadora (Fonte: INE)
91<br />
2.7.5 – Habilitações<br />
2.7.5.1 – Extracção<br />
Em relação às habilitações, po<strong>de</strong> dizer-se que na indústria extractiva predomina<br />
o ensino básico primário, o qual, <strong>de</strong> 1985 a 1993, viu crescer o seu peso<br />
<strong>de</strong> 50,6% para 54% em 1993, apesar <strong>de</strong> algumas oscilações experimentadas<br />
durante esses anos. Em relação aos grupos que mais peso per<strong>de</strong>ram durante<br />
esses anos, estão o grupo dos analfabetos e também o grupo que apenas<br />
sabe ler e escrever, que em termos <strong>de</strong> peso viram a sua posição <strong>de</strong>teriorar-se<br />
<strong>de</strong> 24,6% em 1985 para 12,4% em 1993, no caso dos primeiros, e <strong>de</strong> 13,8%<br />
para 9,5%, no caso dos segundos. Quanto ao ensino básico preparatório, a sua<br />
posição cresceu durante este período. Em relação ao conjunto <strong>de</strong> habilitações<br />
superiores a bacharelato, estas representavam somente 0,<strong>07</strong>% em 1985, para<br />
passarem a representar 1% passados oito anos, mais propriamente no ano <strong>de</strong><br />
1993. Este facto por si só é relevante da inexistência <strong>de</strong> qualifi cações apropriadas<br />
no sector. A partir <strong>de</strong> 1994 e até ao fi nal da década, constata-se que o 1.º<br />
ciclo é a categoria <strong>de</strong> habilitações com maior peso, muito embora o seu número<br />
tenha diminuído até ao ano 2000, <strong>de</strong>tinha ainda nesse ano 54% do peso total na<br />
indústria, ligeiramente acima do valor <strong>de</strong> 1994. A categoria do ensino básico<br />
viu o seu peso diminuir <strong>de</strong> 18,5% em 1994 para 10,5% no fi nal da década, enquanto<br />
os 2.º e 3.º ciclos viram a sua posição aumentar <strong>de</strong> 13% para 17,3%, no<br />
caso dos primeiros, e <strong>de</strong> 5,47 % para 10%, no caso dos segundos. Continua-se<br />
aqui a constatar que em relação às habilitações superiores não houve melhorias<br />
signifi cativas, já que, em conjunto, o peso <strong>de</strong> bacharelatos e licenciaturas não<br />
representavam mais <strong>de</strong> 1,33% no ano 2000.
Ano<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
Ano<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
1997<br />
1998<br />
1999<br />
2000<br />
Não<br />
sabe ler<br />
nem<br />
escrever<br />
512<br />
5<strong>07</strong><br />
361<br />
418<br />
296<br />
319<br />
295<br />
259<br />
Sabe ler e<br />
escrever<br />
287<br />
311<br />
200<br />
262<br />
165<br />
251<br />
221<br />
199<br />
Ensino<br />
básico<br />
primário<br />
1052<br />
1068<br />
993<br />
973<br />
1030<br />
1174<br />
1161<br />
1121<br />
Ensino<br />
básico<br />
preparatório<br />
Quadro 20 – Habilitações na indústria extractiva (Fonte: INE)<br />
120<br />
159<br />
136<br />
257<br />
165<br />
219<br />
237<br />
240<br />
< Ensino<br />
básico 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo<br />
356<br />
340<br />
198<br />
258<br />
211<br />
190<br />
157<br />
1015<br />
1008<br />
778<br />
913<br />
891<br />
842<br />
8<strong>07</strong><br />
251<br />
266<br />
242<br />
241<br />
238<br />
276<br />
260<br />
105<br />
110<br />
85<br />
90<br />
76<br />
115<br />
152<br />
Curso geral<br />
dos liceus<br />
Quadro 20 – Habilitações na indústria extractiva (Fonte: INE) (continuação)<br />
28<br />
44<br />
36<br />
50<br />
53<br />
71<br />
77<br />
81<br />
Ensino<br />
secundário<br />
68<br />
93<br />
77<br />
77<br />
78<br />
82<br />
92<br />
Curso complementar<br />
dos liceus<br />
25<br />
34<br />
36<br />
32<br />
37<br />
54<br />
70<br />
78<br />
Cursos das<br />
escolas<br />
profi ssionais<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
92<br />
Habilitações<br />
Ensino<br />
técnico<br />
comercial<br />
8<br />
13<br />
13<br />
9<br />
10<br />
10<br />
13<br />
13<br />
Habilitações<br />
Bacharelato<br />
2<br />
3<br />
2<br />
1<br />
1<br />
2<br />
2
93<br />
11<br />
9<br />
6<br />
9<br />
7<br />
6<br />
6<br />
6<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
1<br />
1<br />
0<br />
5<br />
3<br />
2<br />
7<br />
0<br />
4<br />
10<br />
5<br />
1<br />
1<br />
0<br />
1<br />
1<br />
0<br />
2<br />
0<br />
3<br />
1<br />
2<br />
3<br />
1<br />
2<br />
5<br />
2<br />
12<br />
9<br />
7<br />
16<br />
14<br />
24<br />
18<br />
19<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
1<br />
7<br />
4<br />
14<br />
12<br />
38<br />
43<br />
54<br />
34<br />
25<br />
30<br />
39<br />
2<strong>07</strong>6<br />
2197<br />
1835<br />
2091<br />
1814<br />
2167<br />
2150<br />
2<strong>07</strong>6<br />
Ensino<br />
técnico<br />
industrial<br />
Ensino<br />
técnico<br />
agrícola<br />
Outros<br />
ensinos<br />
secundá-<br />
rios<br />
Ensino<br />
médio<br />
Bachare-<br />
lato<br />
Licencia-<br />
tura Outras Ignorado Total<br />
Habilitações<br />
Licencia-<br />
tura Ignorado Total<br />
Habilitações<br />
16<br />
13<br />
11<br />
16<br />
14<br />
11<br />
18<br />
106<br />
33<br />
9<br />
15<br />
5<br />
3<br />
7<br />
1919<br />
1866<br />
1402<br />
1611<br />
1514<br />
1521<br />
1495
Ano<br />
1985<br />
1986<br />
1987<br />
1988<br />
1989<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
Ano<br />
1994<br />
1995<br />
1996<br />
1997<br />
1998<br />
1999<br />
2000<br />
Não<br />
sabe ler<br />
nem<br />
escrever<br />
19<br />
22<br />
24<br />
25<br />
22<br />
58<br />
47<br />
47<br />
Sabe ler e<br />
escrever<br />
25<br />
27<br />
19<br />
25<br />
32<br />
32<br />
53<br />
54<br />
Ensino<br />
básico<br />
primário<br />
222<br />
288<br />
385<br />
396<br />
451<br />
391<br />
356<br />
344<br />
Ensino<br />
básico<br />
preparatório<br />
54<br />
82<br />
80<br />
109<br />
140<br />
201<br />
210<br />
175<br />
Quadro 21 – Habilitações na indústria transformadora (Fonte: INE)<br />
< Ensino<br />
básico 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo<br />
66<br />
48<br />
31<br />
30<br />
47<br />
41<br />
50<br />
341<br />
272<br />
304<br />
358<br />
396<br />
356<br />
348<br />
178<br />
163<br />
196<br />
223<br />
251<br />
250<br />
239<br />
75<br />
61<br />
81<br />
86<br />
126<br />
126<br />
147<br />
Curso geral<br />
dos liceus<br />
Quadro 21 – Habilitações na indústria transformadora (Fonte: INE) (continuação)<br />
23<br />
25<br />
29<br />
33<br />
53<br />
78<br />
69<br />
61<br />
Ensino<br />
secundário<br />
62<br />
62<br />
85<br />
89<br />
105<br />
103<br />
122<br />
Curso complementar<br />
dos liceus<br />
17<br />
18<br />
222<br />
28<br />
40<br />
54<br />
51<br />
57<br />
Cursos das<br />
escolas<br />
profi ssionais<br />
0<br />
1<br />
0<br />
1<br />
1<br />
0<br />
-<br />
94<br />
Habilitações<br />
Ensino<br />
técnico<br />
comercial<br />
7<br />
5<br />
5<br />
7<br />
3<br />
4<br />
3<br />
4<br />
Habilitações<br />
Bacharelato<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
3<br />
7<br />
7
95<br />
9<br />
10<br />
3<br />
3<br />
1<br />
3<br />
5<br />
4<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
2<br />
3<br />
3<br />
1<br />
1<br />
15<br />
17<br />
13<br />
1<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
2<br />
3<br />
3<br />
1<br />
0<br />
1<br />
0<br />
1<br />
0<br />
0<br />
0<br />
6<br />
5<br />
4<br />
7<br />
8<br />
16<br />
22<br />
14<br />
5<br />
0<br />
0<br />
3<br />
3<br />
1<br />
6<br />
4<br />
6<br />
7<br />
6<br />
14<br />
3<br />
105<br />
86<br />
89<br />
397<br />
492<br />
581<br />
651<br />
758<br />
960<br />
928<br />
869<br />
Ensino<br />
técnico<br />
industrial<br />
Ensino<br />
técnico<br />
agrícola<br />
Outros<br />
ensinos<br />
secundá-<br />
rios<br />
Ensino<br />
médio<br />
Bachare-<br />
lato<br />
Licencia-<br />
tura Outras Ignorado Total<br />
Habilitações<br />
Licencia-<br />
tura Ignorado Total<br />
Habilitações<br />
16<br />
11<br />
12<br />
14<br />
20<br />
10<br />
18<br />
16<br />
7<br />
2<br />
2<br />
0<br />
5<br />
4<br />
756<br />
626<br />
713<br />
804<br />
949<br />
898<br />
935
2.7.5.2 – Transformação<br />
Tal como na extracção, também na transformação a categoria <strong>de</strong> habilitações<br />
principal é a do ensino básico primário, muito embora tenha visto cair o seu<br />
peso <strong>de</strong> 55,9% em 1985 para 39,5% em 1993. De 1985 até 1993, à excepção<br />
dos ensinos técnico comercial e industrial, todas as outras categorias <strong>de</strong> habilitações<br />
cresceram em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s e viram aumentar o seu peso na<br />
indústria transformadora. Saliente-se o facto <strong>de</strong> que as categorias <strong>de</strong> bacharelato<br />
e licenciatura não viram o seu peso aumentar, continuando sem peso nesta<br />
indústria. A partir <strong>de</strong> 1994, o 1.º ciclo, tal como na extracção, continuava a<br />
ser a principal categoria <strong>de</strong> habilitações, não obstante ter perdido 8% do peso<br />
<strong>de</strong> 1994 para 2000 (45,1% em 1994 para 37,2% em 2000), muito embora em<br />
termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> tenha crescido. Os 2.º e 3.º ciclo, são, <strong>de</strong>pois daquela, as<br />
categorias mais importantes que viram aumentar a sua posição tanto em número<br />
como em peso no total da indústria, tendo aumentado mais o último que<br />
o primeiro. Estas três categorias por si só <strong>de</strong>tinham em 2000 um peso no total<br />
<strong>de</strong> 78,5%. A única categoria que diminuiu quer em número quer em peso, foi a<br />
do ensino básico que em 2000 ainda <strong>de</strong>tinha 5,34% do peso total em contraste<br />
com os 8,7% do ano <strong>de</strong> 1994.<br />
Em relação às categorias bacharelato e licenciatura, apesar do aumento ligeiro<br />
experimentado tanto em número como em peso no total da indústria, <strong>de</strong>tinham<br />
muito pouca expressão, representando somente 2,67% em 2000, sinal muito<br />
negativo da evolução do sector neste parâmetro.<br />
96
97<br />
2.7.6 – Análise da estrutura <strong>de</strong> mercado<br />
2.7.6.1 – Valor da produção e número <strong>de</strong> pessoas ao serviço<br />
nas 5 maiores empresas<br />
Empresas extractivas 3<br />
Segundo o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, e tendo em conta a nomenclatura<br />
utilizada, para o número <strong>de</strong> pessoas ao serviço e volume <strong>de</strong> negócios, estas são<br />
as cinco maiores empresas extractivas com activida<strong>de</strong> no distrito <strong>de</strong> Évora.<br />
Nome da empresa Volume <strong>de</strong> negócios<br />
Solubema – Socieda<strong>de</strong> Luso-Belga <strong>de</strong> Mármores S.A.<br />
Marmoz – Companhia Industrial <strong>de</strong> Mármores <strong>de</strong> Estremoz, L. da<br />
Marvisa – Mármores Alentejanos L. da<br />
A. Bento Vermelho L. da<br />
Plácido José Simões S.A. 3<br />
De 5 000 001 a 7 000 000<br />
De 1 500 001 a 3 000 000<br />
De 1 500 001 a 3 000 000<br />
De 1 500 001 a 3 000 000<br />
De 3 000 001 a 5 000 000<br />
Quadro 22 – 5 maiores empresas extractivas do distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />
Empresas transformadoras<br />
Segundo o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, e tendo em conta a nomenclatura<br />
utilizada, para o número <strong>de</strong> pessoas ao serviço e volume <strong>de</strong> negócios, estas<br />
são as cinco maiores empresas transformadoras com activida<strong>de</strong> no distrito <strong>de</strong><br />
Évora.<br />
3 – A empresa Plácido José Simões, embora pertença à CAE 14111 (CAE pertencente às empresas<br />
extractivas), também possui indústria transformadora.<br />
Número<br />
<strong>de</strong> pessoas<br />
ao serviço<br />
De 100 a 249<br />
De 100 a 249<br />
De 50 a 99<br />
De 50 a 99<br />
De 50 a 99
Nome da empresa Volume <strong>de</strong> negócios<br />
Etma – Empresa Transformadora <strong>de</strong> Mármores do Alentejo S.A.<br />
Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> mármores L. da<br />
Dimpomar – Rochas Portuguesas, L. da<br />
Magratex – Mármores e Granitos para exportação L. da<br />
António Galego & Filhos- Mármores L. da<br />
De 7 000 001 a 15 000 000<br />
De 5 000 001 a 7 000 000<br />
De 5 000 001 a 7 000 000<br />
De 5 000 001 a 7 000 000<br />
De 3 000 001 a 5 000 000<br />
Quadro 23 – 5 maiores empresas transformadoras do distrito <strong>de</strong> Évora (Fonte: INE)<br />
Número<br />
<strong>de</strong> pessoas<br />
ao serviço<br />
De 50 a 99<br />
De 50 a 99<br />
De 50 a 99<br />
De 50 a 99<br />
De 20 a 49<br />
98
2.8 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial<br />
Portugal, a partir <strong>de</strong> 1986, passou a integrar a então Comunida<strong>de</strong> Económica<br />
Europeia (CEE). Em 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1987, com o Acto Único Europeu, <strong>de</strong>u-se a<br />
primeira gran<strong>de</strong> revisão do sistema comunitário, i.e, a primeira gran<strong>de</strong> revisão<br />
do Tratado <strong>de</strong> Roma. O primeiro gran<strong>de</strong> objectivo <strong>de</strong>sta revisão foi o <strong>de</strong> criar<br />
a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1993 um mercado único on<strong>de</strong> efectivamente fossem<br />
abolidas as barreiras à livre circulação <strong>de</strong> mercadorias, pessoas, capitais, bens<br />
e serviços, passando Portugal a fazer parte <strong>de</strong> um mercado <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300<br />
milhões <strong>de</strong> pessoas. Com efeito, o nosso país, sendo pequeno e, consequentemente,<br />
com uma economia <strong>de</strong> dimensão reduzida e muito aberta ao exterior,<br />
a partir <strong>de</strong>sse preciso momento, tinha <strong>de</strong> se fortalecer em termos económicos<br />
sob pena <strong>de</strong> não aguentar a concorrência no seio <strong>de</strong>ste grupo. Para o efeito,<br />
afl uíram ao nosso país os fundos comunitários, repartidos pelos vários quadros<br />
comunitários <strong>de</strong> apoio, que iriam dar a possibilida<strong>de</strong> a Portugal <strong>de</strong> diminuir o<br />
fosso existente que nos separava dos Estados membros mais ricos. Esperava-se<br />
com o processo <strong>de</strong> integração europeia que existisse convergência real entre as<br />
economias dos estados membros, e também neste caso particular convergência<br />
real entre os sectores da pedra natural bem como entre as três categorias principais<br />
<strong>de</strong>ste sector, mármore em bloco, serrado e em obra.<br />
Preten<strong>de</strong>-se, pois, analisar não só para os países pertencentes à União Europeia,<br />
como também para todos aqueles que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980, tiveram relações comerciais<br />
com o nosso país ao nível <strong>de</strong>stas três categorias, se o indicador <strong>de</strong><br />
comércio intra-sectorial cresceu e se tornou maior, como seria <strong>de</strong> esperar, indicando<br />
que houve <strong>de</strong> facto uma aposta forte no investimento, na reestruturação<br />
das empresas, na inovação, “marketing”, “<strong>de</strong>sign”, bem como também uma<br />
internacionalização das nossas empresas com possíveis constituições <strong>de</strong> parcerias<br />
e/ou “joint-ventures”, etc., ou, ao invés disso, se manteve ou até mesmo<br />
<strong>de</strong>cresceu, fi cando mais longe a convergência real.<br />
99
No nosso estudo iremos utilizar o conhecido índice <strong>de</strong> comércio intra-sectorial<br />
<strong>de</strong> Grubel e Lloyd (1975) 4 .<br />
2.8.1 – Mármore em bloco<br />
Constata-se, como seria <strong>de</strong> esperar, que, para a década <strong>de</strong> 80 e para um conjunto<br />
<strong>de</strong> países <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os estados membros pertencentes à U.E., outros países europeus<br />
e países do resto do mundo, que, praticamente, do total do comércio entre<br />
Portugal e estes países, uma percentagem muito pequena é consi<strong>de</strong>rada como<br />
sendo pertencente ao comércio intra-sectorial, o mesmo é dizer que, nesta<br />
categoria, quase não se verifi ca exportação e importação dos mesmos produtos<br />
com alta diferenciação. Assim, até ao ano <strong>de</strong> 1987, constatam-se apenas quatro<br />
valores, todos eles pertencentes a parceiros comunitários cujo comércio intra-<br />
-sectorial não chegou a explicar 0,5% do comércio total. Até ao fi nal da década<br />
salienta-se a França e a Suíça que, em 1988 e 1989, alcançaram em conjunto<br />
com o nosso país percentagens representativas daquele comércio na or<strong>de</strong>m dos<br />
39%, no caso da primeira, e 59,4%, no caso da segunda. Com a entrada nos<br />
anos 90, <strong>de</strong>stacam-se dois países europeus, pertencentes à U.E., Itália e Espanha<br />
que, à excepção do ano <strong>de</strong> 1992, no primeiro caso, mantiveram sempre trocas<br />
comerciais conjuntas com o nosso país. Salienta-se que, em termos europeus,<br />
estes três países são os principais países no sector, e como tal, não causa<br />
estranheza a existência <strong>de</strong> trocas comerciais intensas entre eles. No que diz<br />
4 – Grubel e Lloyd <strong>de</strong>fi niram o comércio intra-sectorial como a diferença entre o comércio total<br />
da indústria ou sector i (Xi+Mi) e o comércio inter-sectorial ou balança comercial <strong>de</strong>ssa indústria<br />
i (Xi -Mi) em valor absoluto (por ser indiferente o sinal positivo ou negativo do comércio inter-<br />
-sectorial). Com vista a eliminar o efeito dimensão e possibilitar a comparação entre indústrias e<br />
países, o comércio intra-sectorial é apresentado na forma <strong>de</strong> um rácio ou índice, em que o <strong>de</strong>nominador<br />
(que elimina o efeito <strong>de</strong> escala) é o comércio total. Temos assim:<br />
B i = 1 – X i – M i<br />
(X i + M i)<br />
B i = (X i + M i) – X i – M i<br />
(X i + M i)<br />
O índice varia entre 0 ( todo o comércio é inter-sectorial) e o valor 1 ( todo o comércio é intra-<br />
-sectorial).<br />
100
espeito à Itália, só a partir do ano 2000, por conseguinte, muito recentemente,<br />
o comércio intra-sectorial com o nosso país, nesta categoria, disparou,<br />
salientando-se o crescimento <strong>de</strong> 2000 para 2001 cifrando-se nos 16,4%, muito<br />
embora, a partir <strong>de</strong>sse ano e até 2003, tivesse diminuído mantendo-se à volta<br />
dos 11%. Está-se, contudo, perante valores <strong>de</strong> comércio intra-sectorial muito<br />
baixos. Já com Espanha, a representativida<strong>de</strong> do comércio intra-sectorial <strong>de</strong>ste<br />
sector é mais elevada, com valores superiores a 10% em oito anos, sendo que<br />
em quatro <strong>de</strong>les, 1995, 1997, 2001 e 2003, aquele comércio era mais <strong>de</strong> 20%<br />
do comércio total. Quanto aos outros Estados membros, a França, apesar <strong>de</strong><br />
esporadicamente manter trocas comerciais conjuntas (exportação e importação)<br />
connosco, quando estas existem, os índices são relevantes, principalmente em<br />
1997, em que 80% do total do comércio é intra-sectorial. O mesmo po<strong>de</strong>mos<br />
dizer do comércio com a Grécia que em 2003 tinha valores <strong>de</strong> comércio<br />
intra-sectorial acima dos 57%. De <strong>de</strong>stacar também outros países, tais como<br />
a Noruega, Marrocos e Vietname, que, não obstante quase nunca efectuarem<br />
trocas comerciais com Portugal, apresentam índices representativos na or<strong>de</strong>m<br />
dos 93% em 1996, no primeiro caso, 96,6% (valor mais elevado <strong>de</strong> todos) em<br />
1994 e 53,1% em 1998, respectivamente para o segundo caso e 76,5% em 2003<br />
no último caso.<br />
101
Ano 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90<br />
França<br />
Bélgica-Luxemburgo<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Angola<br />
Marrocos<br />
Suíça<br />
Taiwan<br />
Grécia<br />
Noruega<br />
Suécia<br />
Líbano<br />
Índia<br />
Brasil<br />
Vietname<br />
Ano<br />
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0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
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-<br />
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0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0,004163<br />
0<br />
0,0<strong>07</strong>835<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,001933<br />
0,004401<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
Quadro 24 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em bloco<br />
França<br />
Bélgica-Luxemburgo<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Angola<br />
Marrocos<br />
Suíça<br />
Taiwan<br />
Grécia<br />
Noruega<br />
Suécia<br />
Líbano<br />
Índia<br />
Brasil<br />
Vietname<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,01279<br />
0,051504<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,2764<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,025571<br />
0,014<strong>07</strong>6<br />
0<br />
0<br />
0,050275<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,3909<br />
0<br />
0<br />
0,004191<br />
0,050618<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,169526<br />
0<br />
0<br />
0,027152<br />
0,137553<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Quadro 24 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em bloco (continuação)<br />
91<br />
92<br />
93<br />
0,042406<br />
0<br />
0<br />
0,002832<br />
0,054186<br />
-<br />
0<br />
0,594059<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
94<br />
0,394548<br />
0,031167<br />
0<br />
0,008914<br />
0,1590<strong>07</strong><br />
0<br />
0,96646<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
102<br />
0,087115<br />
0,056539<br />
0<br />
0<br />
0,<strong>07</strong>4472<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,03843<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
95<br />
0<br />
0<br />
0,037864<br />
0,000645<br />
0,229459<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-
103<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,108226<br />
0,211909<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0,571423<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,090373<br />
0,018526<br />
0,76518<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,122725<br />
0,117994<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,179968<br />
0,112988<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,164343<br />
0,237382<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0,152086<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,086733<br />
0,067277<br />
0,092659<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,049555<br />
0,081259<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0,211958<br />
0<br />
0,028936<br />
0,047653<br />
0<br />
0,5317<strong>07</strong><br />
0<br />
0<br />
0,087569<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,311716<br />
-<br />
-<br />
0,801553<br />
0,365421<br />
0,002347<br />
0,031142<br />
0,27159<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,0<strong>07</strong>24<br />
0,112953<br />
-<br />
0<br />
0,619565<br />
0,024858<br />
0,014312<br />
0,93<strong>07</strong>41<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
96 03<br />
02<br />
01<br />
00<br />
99<br />
98<br />
97
2.8.2 – Mármore serrado<br />
Tal como na categoria anterior, até 1987, apenas três valores pertencentes a<br />
estados membros da União Europeia, todos eles pequenos, foram constatados.<br />
Os países em causa foram a França, Alemanha e Espanha. De 1987 até ao fi nal<br />
da década <strong>de</strong> 80, salientaram-se três países com trocas comerciais todos os<br />
anos com o nosso país como foi o caso <strong>de</strong> França, Itália e Espanha, muito embora<br />
o comércio intra-sectorial represente uma percentagem muito pequena.<br />
De <strong>de</strong>stacar durante os anos 80, os 18,67% daquele tipo <strong>de</strong> comércio com os<br />
Países Baixos no ano <strong>de</strong> 1988.<br />
A partir do início da década <strong>de</strong> 90, e tal como no mármore em bloco, os Espanhóis<br />
e os Italianos estiveram sempre presentes nas relações comerciais com o<br />
nosso país, mais propriamente a partir <strong>de</strong> 1988, sobretudo a Itália, tendo alcançado<br />
connosco índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial, particularmente no fi nal dos<br />
anos 90 à roda dos 30%; mais propriamente 31,3% em 1997, 38,4% no ano <strong>de</strong><br />
1998 e 34,3% em 1999 e no início do milénio na casa dos 50% (53,7% em 2000,<br />
52,3% no ano <strong>de</strong> 2001 e 59,3% em 2003). Já em relação a Espanha, a percentagem<br />
do comércio intra-sectorial no total do comércio é bastante signifi cativa nos<br />
últimos anos, a partir <strong>de</strong> 2001 inclusive, com 75,9% nesse ano, 47,5% em 2002<br />
e 55% no ano <strong>de</strong> 2003. Em relação a todos os outros países da U.E., só os Países<br />
Baixos e a Grécia evi<strong>de</strong>nciaram índices com alguma relevância <strong>de</strong> 66% e 52%<br />
nos anos <strong>de</strong> 1994 e 1995, para o primeiro, 62% e 52% nos anos <strong>de</strong> 1998 e 2003<br />
para o segundo. Saliente-se o caso da Suíça, no ano <strong>de</strong> 1999, em que o comércio<br />
intra-sectorial representava 73,6% do total <strong>de</strong> comércio com o nosso país.<br />
Concluindo, constata-se que, apesar <strong>de</strong> pontualmente existirem trocas comerciais<br />
com alguns países, tais como a Índia, Brasil, Vietname e Egipto, estas,<br />
quando acontecem, por norma o comércio intra-sectorial representa sempre a<br />
maior parte do comércio total. Com a Índia, este facto suce<strong>de</strong>u no ano <strong>de</strong> 1999,<br />
atingindo-se 85,2%, com o Brasil nos anos <strong>de</strong> 1995 e 1996 com percentagens<br />
<strong>de</strong> 96,9%, o valor mais alto nesta categoria, e 77% respectivamente. No que diz<br />
respeito ao Vietname, 65,1% das nossas trocas comerciais com aquele país, no<br />
ano <strong>de</strong> 2003, diziam respeito ao comércio intra-sectorial e em relação ao Egipto,<br />
a partir do ano <strong>de</strong> 2001, temos os seguintes valores : 62,5%, 81,8% e 52,5% .<br />
104
Ano 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90<br />
França<br />
Bélgica-Luxemburgo<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Espanha<br />
China<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
África do Sul<br />
Grécia<br />
Marrocos<br />
Suécia<br />
Líbano<br />
Índia<br />
Brasil<br />
Vietname<br />
Egipto<br />
EUA<br />
105<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,00<strong>07</strong>73<br />
0<br />
8,36E-05<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,015666<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Quadro 25 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore serrado<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,046149<br />
0<br />
0<br />
0,002976<br />
0,001371<br />
0<br />
0,186729<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,023505<br />
0,005158<br />
0,002347<br />
0,001912<br />
0,003225<br />
-<br />
0,02997<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,003063<br />
0<br />
0,000131<br />
0,015916<br />
0,010539<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,069487
Ano<br />
França<br />
Bélgica-Luxemburgo<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Espanha<br />
China<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
África do Sul<br />
Grécia<br />
Marrocos<br />
Suécia<br />
Líbano<br />
Índia<br />
Brasil<br />
Vietname<br />
Egipto<br />
EUA<br />
0,019917<br />
0<br />
0<br />
0,<strong>07</strong>0472<br />
0,017824<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0,003973<br />
0<br />
0<br />
0,310424<br />
0,045155<br />
0,023455<br />
0,001315<br />
0,012946<br />
0,016528<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,064797<br />
0,000478<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
Quadro 25 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore serrado (continuação)<br />
91<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
92<br />
93<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
94<br />
0,011326<br />
0,0<strong>07</strong>523<br />
0<br />
0,051571<br />
0,035819<br />
-<br />
0,660851<br />
0<br />
-<br />
0,336906<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
106<br />
95<br />
0,021479<br />
0<br />
0<br />
0,102642<br />
0,058459<br />
-<br />
0,52432<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0,969697<br />
-<br />
-<br />
0
1<strong>07</strong><br />
0,<strong>07</strong>2202<br />
0<br />
0<br />
0,593916<br />
0,551517<br />
0<br />
0,065254<br />
0<br />
-<br />
0,524015<br />
0<br />
-<br />
0,265589<br />
0,651397<br />
0,525458<br />
0<br />
0,044636<br />
0<br />
0<br />
0,170818<br />
0,475993<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,818<strong>07</strong>9<br />
0<br />
0,035742<br />
0<br />
0<br />
0,523802<br />
0,759718<br />
0<br />
0,222594<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0,36754<br />
-<br />
0<br />
0,108452<br />
-<br />
0,625686<br />
0<br />
0,087402<br />
0<br />
0,02587<br />
0,537575<br />
0,134161<br />
0,0675<strong>07</strong><br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0,010571<br />
0,018937<br />
0<br />
0<br />
0,343922<br />
0,064953<br />
0,026427<br />
0<br />
0,736318<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,852875<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,38425<br />
0,083766<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,621439<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,000905<br />
0<br />
0,<strong>07</strong>3504<br />
0,313199<br />
0,<strong>07</strong>4123<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0,010099<br />
0<br />
0,02612<br />
0,115827<br />
0,056173<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,770978<br />
-<br />
-<br />
0<br />
96 03<br />
02<br />
01<br />
00<br />
99<br />
98<br />
97
2.8.3 – Mármore em obra<br />
Em relação a esta categoria, salienta-se o facto <strong>de</strong> também aqui, Itália e Espanha,<br />
serem os países com quem o nosso país tem relações comerciais conjuntas<br />
(exportação e importação) ininterruptas há mais tempo, mais precisamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1983, em relação ao primeiro, e 1984, em relação ao segundo. Com efeito,<br />
já em 1983 a percentagem <strong>de</strong> comércio intra-sectorial no comércio total entre<br />
Portugal e Itália representava 68,2% do total, em 1990 atingiu 70%, o valor<br />
mais alto, para a partir <strong>de</strong>sse ano sofrer várias oscilações quer <strong>de</strong> subida quer<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scida, fi cando-se pelos 52,9% no ano <strong>de</strong> 2003. Em relação a Espanha, não<br />
obstante durante os anos 80 e primeira meta<strong>de</strong> dos anos 90 a percentagem do<br />
comércio intra-sectorial representar menos se comparado com a Itália, a partir<br />
<strong>de</strong> 1997 essa percentagem aumentou atingindo índices relevantes nos anos <strong>de</strong><br />
2001 com 86,89%, 2002 com 96% e no ano <strong>de</strong> 2003 com 92,2%.<br />
Em relação aos <strong>de</strong>mais estados membros da U.E., França, Bélgica-Luxemburgo,<br />
Alemanha, Reino Unido, Países Baixos e Grécia assinalam-se como índices<br />
mais representativos os <strong>de</strong>ste último país, particularmente nos anos <strong>de</strong> 2002 e<br />
2003 com 44,1% e 50,8% respectivamente. Em todos os outros países, a representativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ste comércio no total das trocas comerciais é diminuta, mesmo<br />
em países em que existem relações comerciais conjuntas (exportação e importação)<br />
ininterruptas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989, como é o caso da Bélgica-Luxemburgo.<br />
Em relação aos outros países, assinala-se o aparecimento da China que, nos anos<br />
<strong>de</strong> 1998, 1999 e 2000, a percentagem <strong>de</strong> comércio intra-sectorial era <strong>de</strong> 66,8%,<br />
98,9% e 62,1%, respectivamente, sendo o índice do ano <strong>de</strong> 1999 o mais representativo<br />
<strong>de</strong> todos. Brasil, Egipto e Taiwan também apresentam alguns índices<br />
representativos daquele comércio, particularmente 62,7% no ano <strong>de</strong> 1999 e<br />
55,9% em 2001 em relação ao primeiro país, 79,87% em 2003 no caso do Egipto<br />
e 50% em 1992, 61% no ano <strong>de</strong> 1993 e 36% em 1997 para Taiwan. De <strong>de</strong>stacar<br />
também o facto <strong>de</strong> nas relações comerciais com os EUA a representativida<strong>de</strong> do<br />
comércio intra-sectorial ser muito reduzida nos anos <strong>de</strong> 1993, 1999 e 2002.<br />
Conclui-se, portanto, que das três categorias, esta é aquela on<strong>de</strong> se verifi cam índices<br />
mais elevados <strong>de</strong> comércio intra-sectorial, particularmente com Espanha<br />
e Itália, os principais parceiros comerciais, e pontualmente com outros países<br />
108
como foi dito anteriormente. Das três categorias, a do mármore em obra, é aquela<br />
on<strong>de</strong> os produtos têm maior diferenciação, contudo estes índices não são <strong>de</strong><br />
modo algum satisfatórios, muito havendo para fazer particularmente na aposta<br />
da internacionalização das empresas on<strong>de</strong> a inovação, “marketing” e “<strong>de</strong>sign”<br />
são peças fundamentais na afi rmação e imagem das nossas empresas.
Ano<br />
França<br />
Bélgica-Luxemburgo<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Taiwan<br />
Grécia<br />
China<br />
Egipto<br />
Ceuta<br />
EUA<br />
Brasil<br />
80<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
81<br />
0<br />
-<br />
0,083453<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,002318<br />
0<br />
-<br />
Quadro 26 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em obra<br />
82<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
83<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,682336<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
110<br />
84<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,605492<br />
0,468614<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-
111<br />
0,02463<br />
0,002052<br />
0,00394<br />
0,700063<br />
0,<strong>07</strong>74<strong>07</strong><br />
0,00253<br />
0,036385<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,014686<br />
0,001954<br />
0,006592<br />
0,584312<br />
0,094225<br />
0,001124<br />
0,004431<br />
0,006174<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,009576<br />
0<br />
0,008395<br />
0,626779<br />
0,1<strong>07</strong>236<br />
0,006998<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,006523<br />
0<br />
0,0084<strong>07</strong><br />
0,404285<br />
0,177447<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,005104<br />
0<br />
0,418403<br />
0,418403<br />
0,219043<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,564155<br />
0,166921<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
85 90<br />
89<br />
88<br />
87<br />
86
Ano<br />
França<br />
Bélgica-Luxemburgo<br />
Alemanha<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Taiwan<br />
Grécia<br />
China<br />
Egipto<br />
Ceuta<br />
EUA<br />
Brasil<br />
0,012962<br />
0,019988<br />
0,00299<br />
0,27683<br />
0,113703<br />
0,002478<br />
0,116461<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,010682<br />
0,02734<br />
0,014217<br />
0,544081<br />
0,134131<br />
0,006702<br />
0,10273<br />
0<br />
0,50206<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0,020573<br />
0,066479<br />
0,018968<br />
0,254949<br />
0,135829<br />
0<br />
0,<strong>07</strong>7601<br />
0<br />
0,610106<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,000976<br />
0<br />
Quadro 26 – Índices <strong>de</strong> comércio intra-sectorial do mármore em obra (continuação)<br />
91<br />
92<br />
93<br />
94<br />
0,006417<br />
0,038452<br />
0,029804<br />
0,18849<br />
0,146897<br />
0<br />
0,062451<br />
0,05859<br />
0,276705<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
112<br />
95<br />
0<br />
0,032954<br />
0<br />
0,275236<br />
0,249996<br />
0<br />
0,022839<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0,028689<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0
113<br />
0<br />
0,011251<br />
0<br />
0,529276<br />
0,922825<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,508311<br />
0,191906<br />
0,798739<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,012333<br />
0,<strong>07</strong>6345<br />
0,365544<br />
0,960805<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,441767<br />
0,011977<br />
0<br />
-<br />
0,006286<br />
0<br />
0,003258<br />
0,008757<br />
0,059458<br />
0,455708<br />
0,868978<br />
0<br />
0,045632<br />
0<br />
0,086634<br />
0<br />
0,2<strong>07</strong>783<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,55946<br />
0,01169<br />
0,013514<br />
0,042761<br />
0,514737<br />
0,680017<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,027926<br />
0<br />
0,621913<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0,258046<br />
0,011179<br />
0,020164<br />
0<br />
0,561839<br />
0,736832<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0,<strong>07</strong><strong>07</strong>06<br />
0<br />
0,989321<br />
-<br />
-<br />
0,004728<br />
0,062725<br />
0,024713<br />
0,030536<br />
0<br />
0,457374<br />
0,647611<br />
0,00305<br />
0,017578<br />
0<br />
0,278<strong>07</strong>9<br />
0<br />
0,668304<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0,01279<br />
0,042865<br />
0<br />
0,491461<br />
0,667913<br />
0<br />
0,029534<br />
0<br />
0,363643<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
0,006608<br />
0,047611<br />
0,021464<br />
0,298214<br />
0,273795<br />
0<br />
0,057783<br />
0<br />
0,114105<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0<br />
0<br />
96 03<br />
02<br />
01<br />
00<br />
99<br />
98<br />
97
III . O Papel dos Fundos Estruturais<br />
115
116
117<br />
3.1 – Os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio e o investimento<br />
Com os fundos estruturais, Portugal, bem como o sector das pedras naturais,<br />
principalmente as empresas pertencentes ao triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba -<br />
Vila Viçosa, benefi ciaram particularmente com os vários quadros comunitários<br />
<strong>de</strong> apoio ao investimento.<br />
Com efeito, variadíssimas empresas quer extractivas quer transformadoras<br />
optaram e bem por reorganizar e expandir o seu processo produtivo<br />
mo<strong>de</strong>rnizando-se estrutural e organizacionalmente, adquirindo equipamentos<br />
<strong>de</strong> ponta, melhorando as suas instalações e até mesmo edifi cando novas.<br />
Muitas também optaram por se certifi car quer em termos da qualida<strong>de</strong>, quer<br />
ambientalmente.<br />
Os vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio permitiram apoiar todo este tipo <strong>de</strong><br />
projectos, essenciais para a mo<strong>de</strong>rnização das empresas num contexto <strong>de</strong> uma<br />
economia globalizada cada vez mais concorrencial. Paralelamente às empresas,<br />
também as instituições percorreram o mesmo caminho, candidatando-se<br />
também a vários tipos <strong>de</strong> projectos, entre eles, assistência técnica às empresas,<br />
organismos <strong>de</strong> normalização, planos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, consolidação, transferência<br />
<strong>de</strong> tecnologia, parcerias e candidaturas em contínuo.<br />
No sector das rochas ornamentais, há a <strong>de</strong>stacar duas instituições, um centro<br />
tecnológico, o CEVALOR (Centro Tecnológico para o Aproveitamento<br />
e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais) e uma associação<br />
empresarial, a ASSIMAGRA (Associação dos Industriais dos Mármores e<br />
Granitos).<br />
No entanto, o sector conta ainda com mais duas associações, que são a<br />
APIGN (Associação Portuguesa dos Industriais <strong>de</strong> Granito do Norte) e APCP<br />
(Associação <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong> Calçada Portuguesa).<br />
O CEVALOR, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986, com se<strong>de</strong> em Borba e possuindo três<br />
pólos em zonas <strong>de</strong> elevada concentração <strong>de</strong> empresas do sector, nomeadamente<br />
em Pêro Pinheiro, Porto <strong>de</strong> Mós e Porto, tem por objectivo o estudo e o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativas que permitam interligar a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
investigação, <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> recolha e<br />
divulgação <strong>de</strong> informação sectorial.
Esta instituição <strong>de</strong>teve-se com algumas difi culda<strong>de</strong>s nos primeiros anos <strong>de</strong><br />
existência, tendo a partir dos anos 90 um importante papel dinamizador do<br />
sector, para isso contribuíram tanto as empresas como a ASSIMAGRA.<br />
A ASSIMAGRA possui 525 empresas associadas, com se<strong>de</strong> em Lisboa e com<br />
vários pólos nos locais <strong>de</strong> maior concentração <strong>de</strong> empresas do sector, tem por<br />
objectivo criar condições para aumentar a competitivida<strong>de</strong> das empresas do<br />
sector apoiando as empresas em áreas como a formação, estudos económicos,<br />
planos <strong>de</strong> recuperação paisagística e diagnósticos ambientais, planos <strong>de</strong> lavra,<br />
entre outras, como promover as rochas nacionais em feiras internacionais e<br />
missões comerciais e ainda por ajudar a criar condições propícias à activida<strong>de</strong><br />
das empresas.<br />
3.1.1 – PEDIP I<br />
3.1.1.1 – As empresas<br />
Durante a valência do primeiro quadro comunitário <strong>de</strong> apoio, três foram os<br />
projectos apoiados pelo PEDIP I, um no âmbito da medida 3.1.3 e dois na medida<br />
3.1.4. Dois dos projectos correspon<strong>de</strong>m à activida<strong>de</strong> extractiva enquanto o da<br />
empresa J. Men<strong>de</strong>s Nobre, L. da diz respeito à activida<strong>de</strong> transformadora.<br />
As três fi rmas em questão protagonizaram um investimento conjunto <strong>de</strong><br />
49 444 contos, tendo obtido um incentivo total <strong>de</strong> 17 105 contos.<br />
Promotor Medida CAE<br />
António Mocho, L. da<br />
J. Men<strong>de</strong>s Nobre, L. da<br />
Marlino – Mármores, L. da<br />
Total <strong>de</strong> projectos<br />
3.1.3 369950<br />
3.1.4 290160<br />
3.1.4 369950<br />
3<br />
Investimento<br />
(contos)<br />
24 054<br />
5900<br />
19 490<br />
49 444<br />
Incentivo Total<br />
(contos) Distrito<br />
12 027<br />
1180<br />
3898<br />
17 105<br />
Évora<br />
Évora<br />
Évora<br />
Quadro 27 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Empresas (Fonte: PRIME)<br />
118
119<br />
3.1.1.2 – As instituições<br />
A ASSIMAGRA apresentou e viu aprovados cinco projectos no âmbito<br />
das medidas 2.A., 2.B, 5.B3 e 5.C5 com um investimento conjunto total <strong>de</strong><br />
156 232 contos, tendo obtido um incentivo total no conjunto dos cinco projectos<br />
<strong>de</strong> 73 488 contos.<br />
Quanto ao CEVALOR, apresentou e viu aprovados três projectos, dois no distrito<br />
<strong>de</strong> Évora e um no distrito <strong>de</strong> Braga, no âmbito das medidas 1.2.B., 5.B4 e<br />
6.C1, focando principalmente como objectivo a construção das infra-estruturas,<br />
particularmente do CEVALOR em Borba. O investimento conjunto <strong>de</strong>stes<br />
três projectos cifrava-se em 767 965 contos, com um incentivo total <strong>de</strong> 742 811<br />
contos, equivalendo a 96 7% do total do investimento.<br />
Em relação à ESTER 5 – Associação para a formação tecnológica no sector das<br />
rochas ornamentais e industriais, esta associação no âmbito do PEDIP I só teve<br />
candidatura à medida 5.1C – Apoio às entida<strong>de</strong>s formadoras. Esta candidatura<br />
<strong>de</strong>correu nos anos <strong>de</strong> 1999 e 2000, sendo o seu objectivo a formação especializada<br />
<strong>de</strong> curta duração para gestores, quadros e chefi as intermédias do sector da<br />
pedra natural. Em 1999, foram <strong>de</strong>senvolvidos os cursos <strong>de</strong> internacionalização<br />
<strong>de</strong> empresas, gestão ambiental, gestão fi nanceira, gestão <strong>de</strong> recursos humanos<br />
e gestão <strong>de</strong> “marketing”, todos eles com uma carga horária <strong>de</strong> 30 horas. Os<br />
locais <strong>de</strong> realização <strong>de</strong>stas acções foram Porto, Porto <strong>de</strong> Mós e Borba.<br />
Em 2000, foram promovidos, nas mesmas zonas, os cursos <strong>de</strong> gestão ambiental,<br />
gestão da produção e gestão geral, também todos eles com uma duração<br />
<strong>de</strong> 30 horas.<br />
Esta candidatura, no âmbito do PEDIP I, teve uma execução <strong>de</strong> 100%.<br />
5 – O CEVALOR é sócio maioritário da ESTER, sendo o seu director-geral o director executivo<br />
<strong>de</strong>sta associação. Todas as formações são realizadas no <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> formação do CEVALOR<br />
à excepção da especialização tecnológica realizada nesta associação.
Promotor Medida CAE<br />
Assimagra<br />
Assimagra<br />
Assimagra<br />
Assimagra<br />
Assimagra<br />
Cevalor<br />
Cevalor<br />
Cevalor<br />
Total <strong>de</strong> projectos<br />
Quadro 28 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP I (QCA I) – Instituições (Fonte: PRIME)<br />
3.1.2 – Pedip II<br />
3.1.2.1 – As empresas<br />
2.B 939900<br />
2.A 939900<br />
2.B 939900<br />
5.C5 935100<br />
5.B3 935100<br />
5.B4 932000<br />
6.C1 932000<br />
1.2.B 932000<br />
8<br />
Investimento<br />
(contos)<br />
63 562<br />
55 956<br />
22 173<br />
7 941<br />
6 600<br />
20 745<br />
20 055<br />
727 165<br />
910 299 851<br />
Incentivo Total<br />
(contos) Distrito<br />
22 429<br />
18 936<br />
22 173<br />
5000<br />
4950<br />
14 129<br />
14 479<br />
714 203<br />
305 657 506<br />
Lisboa<br />
Lisboa<br />
Lisboa<br />
Lisboa<br />
Lisboa<br />
Évora<br />
Braga<br />
Évora<br />
Em relação ao segundo quadro comunitário <strong>de</strong> apoio, várias foram as empresas<br />
quer na extracção quer na transformação que se candidataram a projectos<br />
no âmbito dos sistemas SIBR e SINDEPEDIP e os viram aprovados. De um<br />
total <strong>de</strong> <strong>de</strong>zanove projectos, <strong>de</strong>z dizem respeito ao concelho <strong>de</strong> Vila Viçosa,<br />
seis ao <strong>de</strong> Borba e três ao <strong>de</strong> Estremoz. O investimento total foi na or<strong>de</strong>m dos<br />
9.091 milhões <strong>de</strong> euros, dos quais 47% no primeiro concelho, 27% em Borba<br />
e 26% em Estremoz. A parcela conjunta <strong>de</strong> incentivo total rondou os 3.017<br />
milhões <strong>de</strong> euros, correspon<strong>de</strong>ndo a 1.519 milhões <strong>de</strong> euros ao concelho <strong>de</strong><br />
Vila Viçosa, 803 e 695 milhões <strong>de</strong> euros aos concelhos <strong>de</strong> Borba e <strong>de</strong> Estremoz<br />
respectivamente. Estes projectos, que visavam <strong>de</strong> entre muitos objectivos a<br />
reorganização do processo produtivo, expansão, diagnóstico e análise estratégica,<br />
diagnóstico, estudo e auditoria, certifi cação <strong>de</strong> empresas e mo<strong>de</strong>rnização<br />
120
tecnológica, permitiram criar 91 postos <strong>de</strong> trabalho, 55 em Vila Viçosa, 28 em<br />
Estremoz e 8 em Borba. (Quadro 30)<br />
Do total dos projectos apresentados pelas empresas no âmbito do PEDIP II<br />
nos sistemas SIBR e SINDEPEDIP, onze <strong>de</strong>les dizem respeito às principais<br />
empresas extractivas e transformadoras, seis no caso da primeira categoria e<br />
os restantes cinco na segunda 6 . O total do investimento aprovado <strong>de</strong>stas seis<br />
empresas extractivas cifrava-se em 2.640.965,48 euros, 29% do total do investimento<br />
aprovado dos 19 projectos, com um incentivo total aprovado <strong>de</strong><br />
913.816,46 euros. No que diz respeito às transformadoras, estas representavam<br />
33,66% do investimento total aprovado, representando as duas categorias em<br />
conjunto 62,66% do investimento total dos 19 projectos.<br />
Várias foram as empresas que se candidataram a mais do que um projecto, <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>stacar a Magratex, Lda., com três projectos no âmbito do sistema SINDE-<br />
PEDIP com um investimento total aprovado, no conjunto dos projectos, <strong>de</strong><br />
1.478.282,33 euros, dos quais 373.135,75 euros correspon<strong>de</strong>ram a um incentivo<br />
total aprovado. Também a fi rma Plácido José Simões, SA 7 viu aprovados<br />
três projectos 8 no âmbito do sistema SINDEPEDIP com um investimento total<br />
aprovado <strong>de</strong> 789.901,54 euros, dos quais 297.986,86 euros correspon<strong>de</strong>ram<br />
à parcela <strong>de</strong> incentivo total aprovado. Com dois projectos cada, as fi rmas<br />
Marmoz, Lda., Marbrito, Lda., e Marmetal, SA cada uma com um projecto<br />
no âmbito do SINDEPEDIP e outro no SIBR. Em relação à Marmoz, Lda.,<br />
esta empresa viu aprovados os dois projectos com um investimento total <strong>de</strong><br />
1.319.066,05 euros, dos quais 389.574,87 euros correspon<strong>de</strong>ram à parcela <strong>de</strong><br />
incentivo. Salienta-se o facto <strong>de</strong> esta empresa ter criado 28 postos <strong>de</strong> trabalho.<br />
No que diz respeito à Marbrito, Lda., os seus dois projectos representaram<br />
um investimento total <strong>de</strong> 1.581.957,48 euros, dos quais 554.910,16<br />
euros correspon<strong>de</strong>ram à parcela <strong>de</strong> incentivo total aprovado. Esta empresa foi<br />
a que no seu conjunto maior investimento realizou e maior incentivo recebeu.<br />
No caso da Marmetal, o investimento total dos seus dois projectos cifrou-<br />
6 – Ver ponto 2.7.6 Análise da estrutura <strong>de</strong> mercado.<br />
7 – Esta empresa pertence à CAE 14111 (activida<strong>de</strong> extractiva), embora também possua transformação.<br />
8 – Dois projectos na activida<strong>de</strong> extractiva e um na activida<strong>de</strong> transformadora.<br />
121
N.º Projecto<br />
40/00318<br />
48/09622<br />
48/10<strong>07</strong>7<br />
48/10859<br />
40/11225<br />
48/06926<br />
<strong>07</strong>/00535<br />
48/10835<br />
48/09538<br />
48/11015<br />
48/<strong>07</strong>122<br />
48/09535<br />
48/11840<br />
48/09192<br />
48/14085<br />
40/13110<br />
48/05438<br />
48/03385<br />
48/03337<br />
Total<br />
-se em 1.338.853,36 euros, correspon<strong>de</strong>ndo à parcela <strong>de</strong> incentivo total <strong>de</strong><br />
244.505,74 euros, permitindo a criação <strong>de</strong> 12 postos <strong>de</strong> trabalho.<br />
Outros projectos importantes que também foram aprovados valem a pena ser<br />
salientados, particularmente os projectos das empresas Marvisa, Lda., Rosa<br />
Portugal, Lda., Margrimar, Lda., e Mega, Lda. Só esta última empresa criou<br />
23 postos <strong>de</strong> trabalho num único projecto, só sendo suplantada pela empresa<br />
Marmoz, Lda., na criação conjunta <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho.<br />
Marmetal - Mármore e materiais <strong>de</strong> construção, SA<br />
Plácido José Simões, SA<br />
Marvisa – Mármores Alentejanos, L. da<br />
Rosa Portugal – Comércio <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Marmetal - Mármore e materiais <strong>de</strong> construção, SA<br />
Marmorose – Soc. exportadora <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Plácido José Simões, SA<br />
Calemar – Mármores e granitos, Lda<br />
Marmoz – Companhia industrial <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Marmoz – Companhia industrial <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Mega – Mármores e granitos, L. da<br />
Rocha & Filhos, L. da<br />
Margrimar – Mármores e granitos, SA<br />
Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> Mármore, L. da<br />
Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> Mármore, L. da<br />
Magratex – Mármores e granitos para exportação, L. da<br />
Plácido José Simões, SA<br />
Magratex – Mármores e granitos para exportação, L. da<br />
Magratex – Mármores e granitos para exportação, L. da<br />
Medida<br />
3.10<br />
3.5<br />
3.5<br />
3.5<br />
3.1<br />
3.1<br />
3.7.A.<br />
3.5<br />
3.5<br />
3.10<br />
3.10<br />
3.5<br />
3.5<br />
3.5<br />
3.10<br />
3.5<br />
3.4<br />
3.3<br />
3.1<br />
SIBR<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SIBR<br />
SIBR<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SIBR<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
SINDEPEDIP<br />
Quadro 29 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas (Fonte: PRIME)<br />
Sistema Invst. Tot. Aprov.<br />
122<br />
1.313.913,47<br />
418.735,85<br />
531.997,89<br />
472.406,26<br />
24.939,89<br />
15.737,<strong>07</strong><br />
60.065,44<br />
569.452,62<br />
488.697,24<br />
830.368,81<br />
258.023,16<br />
238.096,19<br />
496.660,55<br />
498.324,04<br />
1.083.633,44<br />
455.467,32<br />
311.100,25<br />
1.013.886,53<br />
8.928,48<br />
9.090.435,50
230.474,56<br />
122.055,85<br />
226.254,73<br />
248.511,45<br />
14.031,18<br />
7.995,73<br />
35.933,4<br />
253.668,66<br />
249.433,86<br />
140.141,01<br />
53.426,24<br />
109.820,33<br />
256.000,54<br />
249.982,54<br />
304.927,62<br />
200.392,06<br />
139.997,61<br />
166.793,03<br />
5.950,66<br />
3.015.791,06<br />
123<br />
Criados<br />
12<br />
8<br />
1<br />
6<br />
8<br />
20<br />
23<br />
7<br />
4<br />
2<br />
PT<br />
Libertados<br />
9<br />
Existentes<br />
Tipo Projecto<br />
Concelho<br />
282<br />
Vila Viçosa<br />
82 Reorganização do processo produtivo Vila Viçosa<br />
94<br />
Expansão Vila Viçosa<br />
9<br />
Expansão Vila Viçosa<br />
144 Diagnóstico e Análise Estratégica Vila Viçosa<br />
24 Diagnóstico / Estudo / Auditoria Vila Viçosa<br />
103<br />
Certifi cação <strong>de</strong> empresas Borba<br />
18<br />
Expansão Borba<br />
126<br />
Expansão Estremoz<br />
172<br />
Estremoz<br />
Vila Viçosa<br />
7<br />
Expansão Vila Viçosa<br />
6<br />
Expansão Vila Viçosa<br />
64<br />
Expansão Vila Viçosa<br />
61<br />
Estremoz<br />
56<br />
Mo<strong>de</strong>rnização tecnológica Borba<br />
104 Reorganização do processo produtivo Borba<br />
56<br />
Mo<strong>de</strong>rnização tecnológica Borba<br />
56<br />
Auditoria Borba<br />
CAE<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701
Concelho N.º Projectos Investimento Incentivo Total PT Criados<br />
Vila Viçosa<br />
Borba<br />
Estremoz<br />
Total<br />
Quadro 30 – Síntese por concelhos dos projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Empresas<br />
(Fonte: PRIME)<br />
3.1.2.2 – As Instituições<br />
O papel das instituições<br />
10<br />
6<br />
3<br />
19<br />
4.269<br />
2.419<br />
2.403<br />
9.091<br />
1.519<br />
803<br />
695<br />
3.017<br />
As instituições ligadas a este sector enfermam por falta <strong>de</strong> protagonismo <strong>de</strong>terminante,<br />
<strong>de</strong>vido à reduzida dimensão das empresas e à fraca capacida<strong>de</strong><br />
empresarial da maioria dos seus empresários.<br />
No entanto, a associação empresarial e o centro tecnológico <strong>de</strong>senvolveram<br />
um conjunto <strong>de</strong> iniciativas, entre as quais fi guram alguns projectos incluídos<br />
no PEDIP II, algumas que merecem ser aqui expostas e comentadas:<br />
• Obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> Director Técnico na exploração<br />
A existência <strong>de</strong>sta proposta mostra bem a falta <strong>de</strong> quadros qualifi cados nas<br />
empresas, e a importância que a isso foi dada.<br />
Todas as empresas que preten<strong>de</strong>ssem ter acesso a sistema <strong>de</strong> incentivos como<br />
o PEDIP ou o SIR, teriam a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um engenheiro responsável<br />
em cada pedreira e <strong>de</strong> um técnico formado em economia ou gestão.<br />
• Fomento à cooperação empresarial e articulação institucional<br />
Medida que po<strong>de</strong>rá combater dois importantes entraves ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> industrial.<br />
• Constituição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição comuns e integração paisagística das<br />
pedreiras (em activida<strong>de</strong> ou não)<br />
55<br />
8<br />
28<br />
91<br />
124
Esta proposta tentará resolver um dos problemas que mais difi cultam o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da activida<strong>de</strong> na zona dos mármores, as escombreiras.<br />
• Aproveitamento dos subprodutos<br />
• Melhoramento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes para escoamento <strong>de</strong> produtos e sub<br />
produtos<br />
• Aproveitamento e dinamização turística da zona dos mármores<br />
Este tipo <strong>de</strong> iniciativas materializou-se, entre outras coisas <strong>de</strong> menor relevo, na<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> realizar o Plano Regional <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento da Zona dos Mármores<br />
(PROZOM), instrumento <strong>de</strong> intervenção que po<strong>de</strong> vir a ser fundamental, mas<br />
que tem encontrado algumas difi culda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação.<br />
Projectos das instituições – CEVALOR e ASSIMAGRA<br />
O CEVALOR apresentou e viu aprovados 8 projectos no PEDIP II, no âmbito<br />
das medidas 1.2.A, 1.3.B. 1.7, 4.7.B e 5.1.C, todos eles respeitantes ao concelho<br />
<strong>de</strong> Borba.<br />
O projecto da medida 1.3.B visava a cre<strong>de</strong>nciação do CEVALOR como Organismo<br />
<strong>de</strong> Normalização. Apresentado em Outubro <strong>de</strong> 1994 e aprovado em<br />
Abril do ano seguinte, com um incentivo a fundo perdido <strong>de</strong> 135.288,95€ para<br />
apoiar um investimento <strong>de</strong> 2<strong>07</strong>.884,00€. Este projecto teve continuação com<br />
mais uma candidatura à medida 1.3.B apresentada em Janeiro <strong>de</strong> 1996 e aprovada<br />
em Junho <strong>de</strong> 1997 cujo investimento total <strong>de</strong> 317.155,65€ benefi ciou <strong>de</strong><br />
um incentivo a fundo perdido <strong>de</strong> 70% <strong>de</strong>sse valor (224.643,61€).<br />
O projecto na medida 4.7.B mobilizador junto das empresas da importância<br />
da prospecção nas pedreiras, ou seja <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços ou assistência<br />
técnica às empresas do sector, apresentado e aprovado em 1995, envolveu um<br />
investimento <strong>de</strong> 320.166,29€ e benefi ciou <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 231.238,89€ <strong>de</strong> incentivo<br />
a fundo perdido, foi mais tar<strong>de</strong> (1999) “reeditado”, envolvendo um investimento<br />
total <strong>de</strong> 113.732,39€, dos quais 85.299,29€ foram a componente <strong>de</strong><br />
incentivo total.<br />
125
Teve ainda aprovado um projecto na medida 1.2.A para a realização <strong>de</strong> um<br />
Diagnóstico Estratégico, envolvendo 1.296.366,94€ <strong>de</strong> investimento, apoiado<br />
com 478.449,78€ a fundo perdido.<br />
Na medida 5.1.C, apresentou-se um projecto em 1998, o qual foi aprovado no<br />
ano seguinte, com um plano <strong>de</strong> consolidação do centro envolvendo 303.527,52€<br />
<strong>de</strong> investimento, apoiado com 281.781,93€ a fundo perdido.<br />
Já em relação à medida 1.7, apresentaram-se dois projectos nos anos <strong>de</strong> 1989 e<br />
1991, tendo sido ambos aprovados em 1994 com um investimento total no seu<br />
conjunto <strong>de</strong> 553.082,<strong>07</strong>€, benefi ciando <strong>de</strong> um incentivo total <strong>de</strong> 420.900,63€<br />
no seu conjunto.<br />
Também <strong>de</strong> salientar o projecto REVAL – projecto levado a cabo por uma acção<br />
voluntarista. Trata-se <strong>de</strong> um projecto promovido por várias entida<strong>de</strong>s, para além<br />
do Cevalor, directamente interessadas no projecto, entre as quais a Cimpor, a<br />
Granisintra, a Mármores Galrão e o ISQ, que se realizou numa das zonas <strong>de</strong><br />
maior concentração <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> rochas ornamentais – Pêro Pinheiro – e<br />
que obrigou a um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 500 mil contos. O projecto visava a<br />
montagem <strong>de</strong> uma central <strong>de</strong> recepção e “tratamento” das natas 9 resultantes do<br />
processo <strong>de</strong> transformação das rochas ornamentais, por forma não só a resolver<br />
o enorme problema ambiental associado às toneladas <strong>de</strong> natas produzidas todos<br />
os anos, mas também a valorizar este subproduto <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> industrial.<br />
Efectivamente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> recolhido e <strong>de</strong> sofrer simples processos <strong>de</strong> “tratamento”<br />
(limpeza, secagem, etc.), este subproduto po<strong>de</strong> ser rentavelmente utilizado<br />
em coisas, entre outras, como a selagem <strong>de</strong> lixeiras, o fabrico <strong>de</strong> cimento,<br />
o fabrico <strong>de</strong> produtos cerâmicos, o fabrico <strong>de</strong> correctores químicos <strong>de</strong> solos,<br />
etc. Este projecto permitiu, pois, essa valorização.<br />
Parece que este é um exemplo interessante <strong>de</strong> como a cooperação entre empresas,<br />
infra-estruturas tecnológicas e as próprias autorida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ajudar a resolver<br />
problemas muito sérios e que <strong>de</strong> outra forma muito difi cilmente po<strong>de</strong>riam<br />
ser resolvidos, pelo menos <strong>de</strong> forma efi caz.<br />
Quanto à ASSIMAGRA, <strong>de</strong>ve salientar-se a apresentação no ano <strong>de</strong> 1997 e<br />
respectiva aprovação em 1998 <strong>de</strong> um projecto integrado na medida 4.5.D, ten-<br />
9 – As “natas” são as misturas <strong>de</strong> água e pó resultante do corte e polimento das rochas ornamentais.<br />
126
do envolvido um investimento total <strong>de</strong> 557.112,36€ com um incentivo total <strong>de</strong><br />
498.797,90€, correspon<strong>de</strong>ndo a 89,5% daquele investimento, para a realização<br />
do Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s, projecto naturalmente importante no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e consolidação da activida<strong>de</strong> da associação, mas que não impôs nenhuma ruptura<br />
clara com o passado. Com efeito, em Julho <strong>de</strong> 1997 foi criado o contrato<br />
<strong>de</strong> adaptação ambiental, on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>fi nido um quadro cronológico, constituído<br />
por várias etapas <strong>de</strong> forma a que as empresas a<strong>de</strong>rentes tivessem uma adaptação<br />
gradual que culminava a 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1999. Todo este processo teve uma<br />
gran<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são por parte das empresas do sector, contando com 433 unida<strong>de</strong>s<br />
a<strong>de</strong>rentes. Deste universo, ¾ das empresas tinham o seu plano <strong>de</strong> reconversão<br />
em curso. A pouco tempo <strong>de</strong> se atingir o prazo <strong>de</strong>fi nido para a adaptação do sector<br />
das pedras naturais, um breve balanço da situação aponta para uma melhoria<br />
ambiental da maioria das empresas, nomeadamente no que se refere a resíduos,<br />
ruído, poeiras, efl uentes e integração/recuperação paisagística.<br />
No seguimento <strong>de</strong>ste projecto, um outro foi apresentado na óptica do apoio<br />
às empresas na vertente técnica – Extensão Ambiental ao Empresário. Este<br />
projecto consistiu numa medida voluntarista da ASSIMAGRA e contou com o<br />
apoio da DGI, do IGM e do CEVALOR.<br />
Este projecto visou a elaboração <strong>de</strong> diagnósticos ambientais e <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />
reconversão em 180 unida<strong>de</strong>s industriais, os apoios na implementação dos planos<br />
<strong>de</strong> reconversão em 108 empresas e à legalização <strong>de</strong> situações, incluindo<br />
assistência técnica às empresas na vertente ambiental, divulgação da legislação<br />
nacional e comunitária, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> sensibilização bem<br />
como acções ten<strong>de</strong>ntes à resolução <strong>de</strong> problemas estruturais <strong>de</strong> cariz ambiental,<br />
promovendo o contacto com os organismos ofi ciais e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> soluções conjuntas entre empresas.<br />
Também <strong>de</strong>ve salientar-se o Projecto Re<strong>de</strong> que é um programa inserido no âmbito<br />
do programa piloto <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> PME’s, da responsabilida<strong>de</strong> do IEFP e<br />
apoiado pela União Europeia. Destina-se a apoiar a gestão das Pequenas, médias<br />
e microempresas (até 49 trabalhadores) com o objectivo <strong>de</strong> reforçar a sua<br />
capacida<strong>de</strong> competitiva e simultaneamente promover o emprego qualifi cado <strong>de</strong><br />
jovens Bacharéis/ Licenciados na área que a empresa necessita, através <strong>de</strong> uma<br />
metodologia <strong>de</strong> intervenção assente em consultores, formadores, especialistas<br />
127
01/00529<br />
<strong>07</strong>/00498<br />
01/00011<br />
01/00538<br />
01/00636<br />
10/00056<br />
<strong>07</strong>/00002<br />
<strong>07</strong>/00046<br />
02/01358<br />
e jovens estagiários (chamados <strong>de</strong> assistentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento empresarial)<br />
que no seu conjunto formam as equipas técnicas <strong>de</strong> apoio às empresas.<br />
No âmbito da promoção das pedras naturais, <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>stacar-se a presença nas<br />
feiras <strong>de</strong> Carrara, Nuremberga, Verona, Exposintra, Concreta e Fimal 99, a<br />
criação e promoção do logo “Pedra Portuguesa” bem como a edição do CD<br />
“Pedra Portuguesa” e a manutenção e divulgação do site stones@portugal, na<br />
Internet.<br />
N.º Projecto Nome Promotor Medida<br />
Ano Candidatura<br />
Quadro 31 – Projectos apoiados no âmbito do PEDIP II (QCA II) – Instituições (Fonte: PRIME)<br />
3.1.3 – Prime<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
ASSIMAGRA<br />
3.1.3.1 – As empresas<br />
1.2.A<br />
1.3.B<br />
1.7<br />
4.7.B<br />
4.7.B<br />
5.1.C<br />
1.7<br />
1.3.B<br />
4.5.D<br />
1995<br />
1996<br />
1989<br />
1995<br />
1999<br />
1998<br />
1991<br />
1994<br />
1997<br />
Dos onze projectos apresentados e aprovados no âmbito do PRIME, a maioria<br />
<strong>de</strong>les, mais propriamente oito, dizem respeito à activida<strong>de</strong> transformadora, dizendo<br />
respeito os restantes à activida<strong>de</strong> extractiva. Dos projectos respeitantes<br />
à activida<strong>de</strong> transformadora, salienta-se a criação <strong>de</strong> duas empresas, Lapão<br />
e Filhos, e Carlos Sebo, Lda., uma em Borba e outra em Estremoz, três pro-<br />
Ano <strong>de</strong> Aprovação<br />
128<br />
1995<br />
1997<br />
1994<br />
1995<br />
1999<br />
1999<br />
1994<br />
1995<br />
1998
Investimento total (euros) Incentivo total (euros) Concelho Tipo Projecto<br />
1.296.366,94<br />
317.155,65<br />
24.356,30<br />
320.166,29<br />
113.732,39<br />
303.527,52<br />
528.725,77<br />
2<strong>07</strong>.884,00<br />
557.112,36<br />
478.449,78<br />
224.643,61<br />
24.356,31<br />
231.238,89<br />
85.299,29<br />
281.781,93<br />
396.544,33<br />
135.288,95<br />
498.797,90<br />
Borba<br />
Borba<br />
Borba<br />
Borba<br />
Borba<br />
Borba<br />
Borba<br />
Borba<br />
Lisboa<br />
DAE + Consolidação<br />
Organismo <strong>de</strong> normalização<br />
Assistência técnica às empresas do sector<br />
Assistência técnica às empresas do sector<br />
Centros tecnológicos<br />
Organismo <strong>de</strong> normalização<br />
Plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s
00/02024<br />
00/05762<br />
00/06386<br />
00/06512<br />
00/06805<br />
00/08490<br />
00/08662<br />
00/08753<br />
48/00109<br />
48/00138<br />
16/00086<br />
jectos <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> no Alandroal, em Borba e Vila Viçosa, das<br />
empresas Alandromar, M.C.M., Lda., e Marvisa, Lda., dois projectos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização<br />
estrutural e organizacional em Vila Viçosa das empresas Marbrito,<br />
Lda., e Criamármore, Lda., e um projecto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou<br />
equipamentos, em Borba, da empresa Biquimar, Lda.<br />
Destes oito projectos, <strong>de</strong>staca-se o projecto da Marbrito, tendo como Dec. Inv.<br />
FEDER 2.415.813 euros, com uma componente <strong>de</strong> Dec. <strong>de</strong>spesa pública do FE-<br />
DER <strong>de</strong> 1.200.673 euros, seguindo-se os projectos das empresas Criamármore, e<br />
Marvisa. Em relação a estas duas últimas empresas, salienta-se o facto <strong>de</strong> terem<br />
benefi ciado do FSE para formação <strong>de</strong> pessoal. No que diz respeito à primeira<br />
empresa, a componente <strong>de</strong> Dec. Inv. cifrou-se no valor <strong>de</strong> 11.857,58 euros,<br />
N.º Projecto Nome Promotor<br />
Biquimar – Indústria <strong>de</strong> mármores<br />
Alandromar – Transformação <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Carlos Manuel Sequeira Sebo<br />
Criamármore – Mármores portugueses, L. da<br />
Marbrito – Indústrias reunidas <strong>de</strong> Mármore, L. da<br />
Bentel – Soc. extractiva <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Mármores do Poço Bravo, L. da<br />
Marmorose – Soc. exportadora <strong>de</strong> mármores, L. da<br />
Marvisa – Mármores Alentejanos, L. da<br />
Lapão e Filhos, L. da<br />
M.C.M. – Soc. <strong>de</strong> mármores <strong>de</strong> Montes Claros, L. da<br />
Medida<br />
2.1A<br />
2.1A<br />
2.1A<br />
1.A<br />
1.A<br />
2.1A<br />
2.1A<br />
2.1A<br />
1.A<br />
2.1A<br />
1.A<br />
Dec. - Inv. FEDER<br />
152.931,44<br />
147.908,54<br />
64.369,87<br />
1.064.000,76<br />
2.415.813<br />
228.015,48<br />
179.685<br />
130.705<br />
526.656<br />
237.140<br />
Quadro 32 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Empresas (Fonte: PRIME)<br />
Dec. Despesa<br />
Pública FEDER<br />
130<br />
56.723,3<br />
58.439,16<br />
23.677,94<br />
393.347,03<br />
1.200.673<br />
58.209,71<br />
59.816<br />
52.279,01<br />
256.319<br />
59.682
Dec. Inv. FSE<br />
0<br />
0<br />
0<br />
11857,58<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
31414,44<br />
0<br />
obtendo uma Dec. Inc. <strong>de</strong> 9.291.51 euros. Já em relação à segunda empresa, a<br />
componente <strong>de</strong> Dec. Inv. foi <strong>de</strong> 31.414,44, obtendo esta empresa uma Dec. Inc.<br />
<strong>de</strong> 25.131,55 euros. De salientar que todos eles foram apresentados no âmbito<br />
das medidas 1.A e 2.1A.<br />
No que diz respeito à activida<strong>de</strong> extractiva, os três projectos nesta activida<strong>de</strong><br />
visavam a mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos, no caso das empresas<br />
Mármores do Poço Bravo, Lda., em Borba, e Marmorose, Lda., em Vila<br />
Viçosa e a expansão da activida<strong>de</strong> para a empresa Bentel, Lda., em Estremoz.<br />
Destes três projectos, po<strong>de</strong>mos salientar o projecto <strong>de</strong>sta última empresa como<br />
sendo o mais relevante, tendo como Dec. Inv. FEDER 228.015,48 euros, com<br />
uma componente <strong>de</strong> Dec. <strong>de</strong>spesa pública do FEDER <strong>de</strong> 58.209,71 euros.<br />
131<br />
Dec. Inc. FSE<br />
0<br />
0<br />
0<br />
9291,51<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
25131,55<br />
0<br />
Tipo Projecto<br />
Mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos<br />
Expansão da activida<strong>de</strong><br />
Criação <strong>de</strong> empresa<br />
Mo<strong>de</strong>rnização estrutural ou organizacional<br />
Mo<strong>de</strong>rnização estrutural ou organizacional<br />
Expansão da activida<strong>de</strong><br />
Mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos<br />
Mo<strong>de</strong>rnização das instalações ou equipamentos<br />
Expansão da activida<strong>de</strong><br />
Criação <strong>de</strong> empresa<br />
Expansão da activida<strong>de</strong><br />
Concelho<br />
Borba<br />
Alandroal<br />
Borba<br />
Vila Viçosa<br />
Vila Viçosa<br />
Estremoz<br />
Borba<br />
Vila Viçosa<br />
Vila Viçosa<br />
Estremoz<br />
Borba<br />
CAE<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
26701<br />
14111<br />
14111<br />
14111<br />
26701<br />
26701<br />
26701
3.1.3.2 – As instituições<br />
O CEVALOR apresentou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, até ao presente ano <strong>de</strong> 2005, cinco projectos<br />
ao PRIME, quatro <strong>de</strong>les na medida 5.1A e um na medida 5.1B. Em relação<br />
à primeira medida, este tipo <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong>signam-se como investigação,<br />
<strong>de</strong>monstração e transferência tecnológica através <strong>de</strong> uma articulação funcional<br />
entre técnica, formação e “marketing”, numa perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
integrado do sector. Já em relação à medida 5.1B, este projecto tem como estratégia<br />
a consolidação <strong>de</strong> infra-estrutura no âmbito do sistema português da<br />
qualida<strong>de</strong>. De referir que foi efectuada uma nova candidatura já em 2005, por<br />
mais 2 anos, no entanto, ainda se encontra em fase <strong>de</strong> análise.<br />
Os projectos da Medida 5.1 Acção A têm duração <strong>de</strong> um ano e estão <strong>de</strong> acordo<br />
com o plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s do centro e a sua execução. Os objectivos gerais<br />
<strong>de</strong>ste projecto têm por base os objectivos traçados pelo centro em plano <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong>s.<br />
No que se refere ao Projecto da Medida 5.1 Acção B a candidatura foi efectuada<br />
em 2001, no entanto, o projecto só foi aprovado em 2003 e prolongou-se até<br />
fi nal do ano 2004. Este projecto tem como objectivo o centro <strong>de</strong>sempenhar as<br />
funções como Organismo Normalizador.<br />
Estas duas medidas têm como objectivos:<br />
• Criação <strong>de</strong> novas infra-estruturas, no Sistema Tecnológico, com competências<br />
em áreas tecnológicas <strong>de</strong>fi cientemente cobertas pela actual re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
infra-estruturas;<br />
• Dotar as entida<strong>de</strong>s do Sistema Tecnológico <strong>de</strong> novas competências, bem<br />
como reforçar e/ou reorientar estrategicamente infra-estruturas e incentivar<br />
a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia para sectores <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong> utilizadores;<br />
• Apoiar a dinamização da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas tecnológicas e a criação <strong>de</strong><br />
condições equilibradas para a sua activida<strong>de</strong>;<br />
• Apoiar as infra-estruturas do SPQ (Sistema Português da Qualida<strong>de</strong>), visando<br />
fortalecer a re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> laboratórios, bem como estimular a<br />
activida<strong>de</strong> dos organismos <strong>de</strong> normalização.<br />
132
Po<strong>de</strong>mos enumerar como benefi ciários <strong>de</strong>stas medidas:<br />
• Os centros tecnológicos, centros <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia, institutos<br />
<strong>de</strong> novas tecnologias, centros <strong>de</strong> incubação <strong>de</strong> base tecnológica e parques<br />
tecnológicos ou entida<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> interface tuteladas pelo Ministério<br />
das Activida<strong>de</strong>s Económicas e do Trabalho que tenham como atribuição<br />
principal a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência tecnológica empresarial<br />
e <strong>de</strong> apoio técnico e/ou I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico),<br />
empresarialmente orientadas;<br />
• As escolas tecnológicas;<br />
• As entida<strong>de</strong>s que possuam infra-estruturas laboratoriais acreditadas no âmbito<br />
do SPQ ou que possuam infra-estruturas acreditadas, reconhecidas ou<br />
qualifi cadas no âmbito do SPQ como organismos <strong>de</strong> certifi cação, organismos<br />
<strong>de</strong> inspecção técnica e auditoria, organismos <strong>de</strong> verifi cação metrológica,<br />
organismos notifi cados, entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> qualifi cação<br />
integrados ou registados no SPQ e organismos <strong>de</strong> normalização.<br />
No que diz respeito à tipologia <strong>de</strong> apoios e em relação à Acção A – transferência<br />
<strong>de</strong> tecnologia no âmbito do SCTN (Sistema Científi co e Tecnológico Nacional),<br />
esta acção visa apoiar os projectos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia, ou conducentes<br />
a esta, integrados nos planos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s dos promotores relativos aos<br />
exercícios económicos subsequentes aos <strong>de</strong> apresentação das candidaturas. Já<br />
em relação à Acção B – dinamização <strong>de</strong> infra-estruturas dos sistemas tecnológico,<br />
da formação e da qualida<strong>de</strong>, esta acção visa a dinamização da actuação das<br />
infra-estruturas da envolvente empresarial nas áreas <strong>de</strong> inovação, assistência<br />
técnica e tecnológica, formação e qualida<strong>de</strong>, dotando-as <strong>de</strong> competências necessárias<br />
na criação <strong>de</strong> dinâmicas favoráveis a uma resposta mais efectiva aos<br />
<strong>de</strong>safi os <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> sustentável do tecido empresarial nacional.<br />
No que diz respeito às condições <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong>, em relação ao promotor,<br />
<strong>de</strong>ve este:<br />
• Estar legalmente constituído e registado;<br />
• Possuir a situação regularizada face à administração fi scal, à segurança social<br />
e às entida<strong>de</strong>s pagadoras do incentivo;<br />
• Cumprir as condições legais necessárias à activida<strong>de</strong>, nomeadamente, ter<br />
133
situação regularizada em matéria <strong>de</strong> licenciamento (quando aplicável);<br />
• Dispor <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> organizada, <strong>de</strong> acordo com a legislação aplicável;<br />
• Cumprir outras disposições específi cas inerentes a cada sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />
nomeadamente possuir capacida<strong>de</strong> jurídica necessária para a prossecução<br />
da activida<strong>de</strong>;<br />
• <strong>Af</strong>ectar o projecto à activida<strong>de</strong> e à localização geográfi ca por um período<br />
mínimo <strong>de</strong> 5 anos após a celebração do contrato);<br />
• Declarar possuir ou vir a possuir sistemas <strong>de</strong> controlo a<strong>de</strong>quados à análise<br />
e ao acompanhamento do projecto;<br />
• No caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas, <strong>de</strong>monstrar possuir uma situação económico-<br />
-fi nanceira equilibrada, nomeadamente apresentando uma autonomia fi nanceira<br />
superior a 10%, calculada <strong>de</strong> acordo com a metodologia do Anexo A;<br />
• Cumprir as condições <strong>de</strong> acesso previstas na legislação enquadradora dos<br />
apoios do FSE (Fundo Social Europeu), quando o projecto tenha associada<br />
uma componente <strong>de</strong> formação profi ssional;<br />
• No caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s cujo acto <strong>de</strong> constituição se tenha verifi cado nos 60<br />
dias úteis anteriores à data <strong>de</strong> candidatura, comprovar que foi requerida a<br />
inscrição na conservatória do registo comercial ou no registo nacional <strong>de</strong><br />
pessoas colectivas competentes.<br />
No caso dos projectos <strong>de</strong> infra-estruturas do SPQ, os promotores <strong>de</strong>vem ainda:<br />
• Encontrar-se <strong>de</strong>vidamente acreditados, reconhecidos ou qualifi cados no<br />
âmbito do SPQ ou ter em curso o respectivo processo;<br />
• Comprometer-se a requerer, após a conclusão do projecto, no âmbito do<br />
SPQ, a extensão para domínio similar;<br />
• Obrigar-se, após a conclusão do projecto, à prestação <strong>de</strong> serviços no âmbito<br />
do SPQ, por um período mínimo <strong>de</strong> 5 anos e no caso <strong>de</strong> organismos <strong>de</strong> normalização<br />
e <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> qualifi cação integrados<br />
ou registados no SPQ, por um período mínimo <strong>de</strong> 3 anos.<br />
No caso específi co da Acção B e quando se trate <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> incubação, os<br />
promotores à data da candidatura não po<strong>de</strong>rão possuir nem manter no <strong>de</strong>correr<br />
do projecto, situações <strong>de</strong> incubação superiores a 4 anos.<br />
134
No que diz respeito às condições <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong> do projecto, <strong>de</strong>ve este:<br />
• Enquadrar-se nos objectivos da Medida e da Acção a que se candidata;<br />
• Ter uma proposta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia aprovada, no caso <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />
novas infra-estruturas tecnológicas;<br />
• Apresentar uma fundamentação <strong>de</strong> suporte ao projecto (conforme mo<strong>de</strong>lo<br />
constante do formulário <strong>de</strong> candidatura) e, no caso <strong>de</strong> infra-estruturas do<br />
sistema tecnológico candidatas à Acção B, apresentar um plano estratégico<br />
enquadrador dos objectivos do projecto;<br />
• Não ter sido iniciada a sua realização antes da data da candidatura;<br />
• Nos casos em que haja construção <strong>de</strong> edifícios, o promotor <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>monstrar<br />
que o terreno se encontra disponível;<br />
• Ter a duração máxima <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> um ano no caso da Acção A e <strong>de</strong><br />
2 anos nos casos das Acções B e C (à excepção do co-fi nanciamento <strong>de</strong><br />
projectos realizados ao abrigo <strong>de</strong> programas comunitários) e, no caso da<br />
Acção D, ser realizado num período máximo <strong>de</strong> três anos, contando-se<br />
estes prazos a partir da data <strong>de</strong> início do projecto;<br />
• Ser elaborado <strong>de</strong> acordo com a estrutura constante dos formulários <strong>de</strong> candidatura;<br />
• Correspon<strong>de</strong>r a um investimento mínimo elegível <strong>de</strong> 100.000 euros no<br />
caso <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> infra-estruturas tecnológicas e <strong>de</strong> formação no âmbito<br />
das Acções A, B e C e 25.000 euros para infra-estruturas laboratoriais<br />
e 10.000 euros para as restantes infra-estruturas do SPQ no âmbito da<br />
Acção B;<br />
• Ter asseguradas as necessárias fontes <strong>de</strong> fi nanciamento e, no caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />
privadas, ser a<strong>de</strong>quadamente fi nanciados por meios próprios;<br />
• Ter o investimento coberto em pelo menos 10% ou em pelo menos 20%<br />
por capitais próprios, no caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas sem fi ns lucrativos e<br />
no caso <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s privadas com fi ns lucrativos, o capital necessário tem<br />
<strong>de</strong> estar realizado à data da assinatura do contrato;<br />
• Apresentar a componente <strong>de</strong> formação interna correspon<strong>de</strong>nte, quando integrar<br />
acções <strong>de</strong> formação profi ssional, a qual terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar coerência,<br />
ser consonante com os objectivos do projecto e cumprir os normativos<br />
aplicáveis aos apoios do FSE;<br />
135
03/00044<br />
03/00<strong>07</strong>9<br />
03/00119<br />
03/00272<br />
03/00309<br />
04/00042<br />
04/00171<br />
• Para os projectos candidatos à Acção C no âmbito <strong>de</strong> um co-fi nanciamento,<br />
tem <strong>de</strong> ser apresentado um documento comprovativo do apoio concedido<br />
pelo programa comunitário, e respectivas condições, tendo a candidatura<br />
<strong>de</strong> ser apresentada no prazo <strong>de</strong> 6 meses a partir da data <strong>de</strong> aprovação do<br />
projecto.<br />
Em relação à ASSIMAGRA, apresentou esta associação e viu aprovados<br />
dois projectos nas medidas 5.2A e 6. Em relação à primeira medida, este tipo<br />
<strong>de</strong> projecto diz respeito a candidaturas em contínuo no âmbito da Portaria<br />
686B/2000. Já em relação à segunda medida, este tipo <strong>de</strong> projecto era um projecto<br />
<strong>de</strong> promoção e internacionalização da fi leira dos materiais <strong>de</strong> construção.<br />
Este, encontra-se na 2.ª edição e visa o <strong>de</strong>senvolvimento e reforço da imagem<br />
da Fileira dos Materiais <strong>de</strong> Construção (2004/2006).<br />
N.º Projecto Nome Promotor<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
CEVALOR<br />
ASSIMAGRA<br />
ASSIMAGRA<br />
Medida<br />
5.1B<br />
5.1A<br />
5.1A<br />
5.1A<br />
5.1A<br />
5.2A<br />
6<br />
Cand.<br />
Inv. FEDER<br />
254.922,41<br />
441.311,77<br />
551.760,08<br />
435.096,69<br />
487.157,99<br />
431.613,96<br />
730.636,00<br />
Dec.<br />
Inv. FEDER<br />
256.439,86<br />
441.311,77<br />
551.760,08<br />
435.096,69<br />
438.320,15<br />
730.636,00<br />
Dec.<br />
Inc. FEDER<br />
144.512,57<br />
249.765,32<br />
287.396,32<br />
326.322,52<br />
218.474,93<br />
485.488,94<br />
Quadro 33 – Projectos apoiados no âmbito do PRIME (QCA III) – Instituições (Fonte: PRIME)<br />
136<br />
Dec.<br />
A.R. FEDER<br />
192.683,42<br />
333.020,43<br />
383.195,10<br />
435.096,69<br />
403.057,33<br />
658.560,44
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
6.738,76<br />
0<br />
Também se <strong>de</strong>ve salientar o projecto AMA – Acções <strong>de</strong> Melhora Ambiental<br />
do sector das rochas naturais, o qual foi apresentado em 2001 e tinha como<br />
objectivo criar condições para que as empresas do sector obtivessem a Certifi<br />
cação Ambiental. Encontrava-se subdividido em três gran<strong>de</strong>s áreas, entre<br />
elas, a elaboração <strong>de</strong> um guia <strong>de</strong> gestão ambiental, a i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong> soluções<br />
regionais <strong>de</strong> apoio à Gestão <strong>de</strong> Resíduos do sector e também a i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong><br />
indicadores ambientais para futura acção <strong>de</strong> “benchmarking” ambiental.<br />
Outros dois projectos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>stacados, o Equal – “Círculos <strong>de</strong> Aprendizagem<br />
e Desenvolvimento” – que é um projecto <strong>de</strong> iniciativa comunitária,<br />
<strong>de</strong>senvolvido em conjunto com o CEVALOR e a EGOR, no qual se preten<strong>de</strong><br />
criar e <strong>de</strong>senvolver metodologias das pessoas e organizações. Quanto ao segundo<br />
projecto, o PME digital é um projecto promovido pela AIP, em colaboração<br />
com a Assimagra, APICER, AIMMP, APIC, APEMETA <strong>de</strong> resíduos do sector.<br />
Cand. Inv. FSE Dec. Inv. FSE Dec. A.R. FSE Dec. Inc. FSE<br />
Tipo <strong>de</strong> Projecto<br />
137<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
9.277,58<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
2.333,66<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
9.277,58<br />
0<br />
Organismo <strong>de</strong> normalização<br />
Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />
Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />
Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />
Transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />
Candidaturas em contínuo – Portª 686B/2000<br />
Parceria
IV . A internacionalização pelo comércio:<br />
conjunto das estratégias <strong>de</strong> Portugal,<br />
Espanha e Itália<br />
139
140
Nas duas últimas décadas, objecto <strong>de</strong>ste trabalho, o sector registou um crescimento<br />
bastante signifi cativo sem comparação igual. A exploração <strong>de</strong> mármore<br />
durante este período distribuiu-se principalmente no gran<strong>de</strong> núcleo europeu,<br />
por vários países, tais como Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Bélgica, França<br />
e Alemanha, muito embora <strong>de</strong>vido a condicionalismos ambientais ou por<br />
questões <strong>de</strong> urbanização vários países europeus foram per<strong>de</strong>ndo expressão,<br />
entre eles os três últimos. As razões principais para que este crescimento ímpar<br />
tenha acontecido <strong>de</strong>vem-se em primeiro lugar à procura pelo sector da<br />
construção dada a apetência cada vez maior a nível mundial do mármore que a<br />
par da adopção <strong>de</strong> novas tecnologias <strong>de</strong> extracção e transformação <strong>de</strong>sta matéria-prima<br />
proporcionaram a i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong> novos recursos geológicos assim<br />
como o <strong>de</strong>senvolvimento da exploração <strong>de</strong>stes em países com vastos recursos<br />
naturais e que até então não eram tradicionais neste sector, como por exemplo<br />
a China, a Índia bem como a Turquia que assumiram uma posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />
neste grupo. Em relação ao primeiro, este país introduziu fortes alterações<br />
na lógica do mercado internacional com uma política <strong>de</strong> preços baixos, bem<br />
como estruturas produtivas assentes em baixos custos salariais e extracção sem<br />
regra (incumprimento e reduzida preocupação com aplicação <strong>de</strong> boas práticas<br />
<strong>de</strong> lavra, ambientais, segurança e saú<strong>de</strong>) que marcou <strong>de</strong>cisivamente o sector.<br />
Com efeito, a China em 2002 já tinha ultrapassado a Europa como mercado<br />
consumidor, o que traduz as mudanças acima mencionadas como é também o<br />
principal produtor mundial ultrapassando a Itália que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre assumiu a<br />
li<strong>de</strong>rança, muito embora este país continue ainda a <strong>de</strong>ter um papel fulcral no<br />
sector, uma vez que, para além <strong>de</strong> possuir vastos recursos e uma tecnologia<br />
<strong>de</strong> ponta disponível, tem uma tradição empresarial muito forte assente numa<br />
estratégia <strong>de</strong> comercialização muito dinâmica e ao mesmo tempo inovadora,<br />
com forte imagem <strong>de</strong> marca, qualida<strong>de</strong> e “<strong>de</strong>sign”.<br />
A atestar o que foi dito, está a evolução muito fraca registada pelos principais<br />
produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais nos anos 90. Não obstante a Europa<br />
manter a tradicional li<strong>de</strong>rança na oferta, em termos regionais abrandou<br />
ligeiramente a sua produção especialmente na União Europeia, compensada<br />
pela produção asiática, esperando-se que esta tendência se mantenha. As perspectivas<br />
<strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> acordo com as revistas Stone e Rochas & Equipamen-<br />
141
tos prevêem que, durante as primeiras décadas do século XXI, estejamos perante<br />
um crescimento exponencial em termos <strong>de</strong> extracção e comercialização.<br />
Associada a esta tendência está também a evolução tecnológica, a redução <strong>de</strong><br />
preços, diminuição dos prazos <strong>de</strong> entrega, tendência <strong>de</strong> homogeneida<strong>de</strong> dos<br />
produtos fi nais e acentuação dos valores culturais e estéticos ligados às rochas.<br />
Em síntese, a Europa continua a assumir um papel fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do sector, apesar do <strong>de</strong>saceleramento comentado acima em <strong>de</strong>trimento<br />
do mercado asiático sobretudo da China.<br />
União Europeia<br />
Outros<br />
Total Europa<br />
América do Norte<br />
América Latina<br />
Total América<br />
África<br />
China<br />
Índia<br />
Outros<br />
Total Ásia<br />
Oceânia<br />
Total Mundial<br />
Milhares % do Milhares % do Milhares % do Milhares % do Milhares % do<br />
<strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado <strong>de</strong> tone- mercado<br />
ladas mundial<br />
ladas mundial ladas mundial ladas mundial ladas mundial<br />
21 500<br />
5000<br />
26 500<br />
2850<br />
3150<br />
6000<br />
2750<br />
9000<br />
4600<br />
5400<br />
19 000<br />
250<br />
54 500<br />
39,4<br />
9,2<br />
48,6<br />
5,2<br />
5,8<br />
11,0<br />
5,0<br />
16,5<br />
8,4<br />
9,9<br />
34,9<br />
0,5<br />
100,0<br />
23 150<br />
6250<br />
29 400<br />
3000<br />
3250<br />
6250<br />
2800<br />
10 250<br />
5200<br />
5550<br />
21 000<br />
200<br />
59 650<br />
38,8<br />
10,5<br />
49,3<br />
5,0<br />
5,4<br />
10,5<br />
4,7<br />
17,2<br />
8,7<br />
9,3<br />
35,2<br />
0,3<br />
100,0<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
21 600<br />
6900<br />
28 500<br />
3200<br />
3800<br />
7000<br />
2800<br />
14 000<br />
6500<br />
8500<br />
29 000<br />
200<br />
67 500<br />
32,0<br />
10,2<br />
42,2<br />
4,8<br />
5,6<br />
10,4<br />
4,1<br />
20,8<br />
9,6<br />
12,6<br />
43,0<br />
0,3<br />
100,0<br />
21 900<br />
7650<br />
29 550<br />
3450<br />
4250<br />
7700<br />
3000<br />
17 500<br />
8500<br />
8500<br />
34 500<br />
250<br />
75 000<br />
Quadro 34 – Produção mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais por zonas económicas entre 1999 e 2003<br />
(Fonte: Stone 2000; 2001; 2003; 2004)<br />
142<br />
29,2<br />
10,2<br />
39,4<br />
4,6<br />
5,7<br />
10,3<br />
4<br />
23,3<br />
11,3<br />
11,3<br />
45,9<br />
0,4<br />
100
Por tudo quanto foi dito, optei, em termos internacionais, por estabelecer uma<br />
comparação entre Portugal com países mais próximos não só geográfi ca e culturalmente<br />
do nosso, como é o caso da Itália e Espanha, mas também porque<br />
estes representam em termos do nosso comércio externo um peso enorme<br />
quando comparado com outros países asiáticos, tais como a China e a Índia,<br />
que, não obstante serem <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> uma li<strong>de</strong>rança mundial hoje em dia,<br />
ainda não representam <strong>de</strong> forma signifi cativa um volume importante na nossa<br />
estrutura das importações e exportações.<br />
Assim, analisou-se a estrutura das relações <strong>de</strong> comércio internacional <strong>de</strong>stes<br />
três países para os anos mais recentes, isto é, 1999-2003, anos importantíssimos<br />
que marcaram <strong>de</strong>cisivamente o sector e que através <strong>de</strong>les po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong><br />
alguma forma antever o que se passará num futuro próximo.
Espanha<br />
Fluxograma 5 – Principais núcleos mundiais <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> mármore<br />
Grécia Egipto Argentina Turquia<br />
Roménia<br />
Irão<br />
Brasil Índia<br />
NÚCLEOS<br />
IMPORTANTES<br />
Portugal Itália<br />
NÚCLEOS COM<br />
ALGUMA EXPRESSÃO<br />
Croácia EUA Marrocos Síria<br />
Fluxograma 6 – Núcleos com alguma expressão na exploração <strong>de</strong> mármore<br />
China<br />
Israel<br />
Namíbia<br />
144
Moçambique<br />
Finlândia<br />
NÚCLEOS<br />
S/ EXPRESSÃO<br />
Noruega<br />
Fluxograma 7 – Núcleos sem expressão na exploração <strong>de</strong> mármore<br />
Angola<br />
As principais varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármore dos maiores países produtores anteriormente<br />
referidos po<strong>de</strong>m ser observadas, no respeitante à sua coloração, no quadro<br />
seguinte:
Países<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
E.U.A.<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
Índia<br />
Itália<br />
Croácia<br />
Namíbia<br />
Noruega<br />
Portugal<br />
Turquia<br />
China<br />
Roménia<br />
Cores dos Mármores<br />
Brancos Rosas Cinzentos Amarelos<br />
Branco Neve;<br />
Branco Extra<br />
Imperial Dandy<br />
Branco Tassos<br />
Branco Ambaji<br />
Branco Carrara;<br />
Statuario<br />
Branco Sivec<br />
Branco Savana<br />
Chocorosa;<br />
Rosa Monte<br />
Rosa Alicante<br />
Rosa Egeu<br />
Rosa da Índia<br />
Rosa Verona<br />
Rosa Noruega<br />
Branco Estremoz; Branco Rosa Portugal;<br />
Lagoa; Branco Pardais Rosa Aurora<br />
Branco Mármara <strong>Af</strong>yon<br />
Rosa da China<br />
Ruschita<br />
Quadro 35 – Principais varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mármore do mundo<br />
Bardiglio Carrara;<br />
Azul Venato; Palisandro<br />
Azul Lagoa; Ruivina;<br />
Trigaches<br />
Salomé; Supren<br />
Amarelo Siena<br />
146
Ver<strong>de</strong>s Azuis Creme<br />
Preto<br />
Ver<strong>de</strong> Vermont<br />
Ver<strong>de</strong> Guatemala<br />
Cipollino Apuano; Ver<strong>de</strong><br />
Issorie; Ver<strong>de</strong> Aver<br />
Ver<strong>de</strong> Viana<br />
147<br />
Azul Cielo<br />
Palisandro<br />
Creme Delicato<br />
Creme Estremoz<br />
Creme Ficalho<br />
Nero Marquina<br />
Portoro
Países<br />
China<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Índia<br />
Portugal<br />
Brasil<br />
E. U. A.<br />
Grécia<br />
Coreia do Sul<br />
Turquia<br />
Subtotal<br />
Outros<br />
Total Mundial<br />
1999<br />
Milhares % do<br />
<strong>de</strong> tone- mercado<br />
ladas mundial Países<br />
9000<br />
8250<br />
5000<br />
4600<br />
2350<br />
2100<br />
1700<br />
1650<br />
1500<br />
1350<br />
37 500<br />
17 000<br />
54 500<br />
16,5<br />
15,1<br />
9,2<br />
8,4<br />
4,3<br />
3,9<br />
3,1<br />
3,0<br />
2,8<br />
2,5<br />
68,8<br />
31,2<br />
100,0<br />
China<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Índia<br />
Portugal<br />
Brasil<br />
Turquia<br />
E.U.A.<br />
Grécia<br />
Coreia do Sul<br />
Subtotal<br />
Outros<br />
Total Mundial<br />
2000<br />
Milhares % do<br />
<strong>de</strong> tone- mercado<br />
ladas mundial Países<br />
10 250<br />
8500<br />
5850<br />
5200<br />
2500<br />
2250<br />
1750<br />
1750<br />
1700<br />
1400<br />
41 150<br />
18 500<br />
59 650<br />
17,2<br />
14,2<br />
9,8<br />
8,7<br />
4,2<br />
3,8<br />
2,9<br />
2,9<br />
2,8<br />
2,3<br />
69,0<br />
31,0<br />
100,0<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
Quadro 36 – Principais países produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais entre 1999 e 2003 (Fonte:<br />
Stone 2000; 2001; 2003; 2004)<br />
2001<br />
Milhares % do<br />
<strong>de</strong> tone- mercado<br />
ladas mundial<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
148<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.<br />
n.d.
Países<br />
China<br />
Itália<br />
Índia<br />
Espanha<br />
Irão<br />
Brasil<br />
Turquia<br />
Portugal<br />
E.U.A.<br />
Grécia<br />
Subtotal<br />
Outros<br />
Total Mundial<br />
149<br />
2002<br />
Milhares % do<br />
<strong>de</strong> tone- mercado<br />
ladas mundial Países<br />
14 000<br />
8000<br />
6500<br />
5350<br />
4250<br />
2750<br />
2500<br />
2300<br />
2000<br />
1500<br />
49 150<br />
18 350<br />
67 500<br />
20,8<br />
11,9<br />
9,6<br />
7,9<br />
6,3<br />
4,1<br />
3,7<br />
3,4<br />
3,0<br />
2,2<br />
72,8<br />
27,2<br />
100,0<br />
China<br />
Índia<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Irão<br />
Turquia<br />
Brasil<br />
Portugal<br />
E.U.A.<br />
Grécia<br />
Subtotal<br />
Outros<br />
Total Mundial<br />
2003<br />
Milhares % do<br />
<strong>de</strong> tone- mercado<br />
ladas mundial<br />
17 500<br />
8500<br />
7850<br />
5750<br />
4850<br />
3250<br />
3200<br />
2250<br />
2250<br />
1450<br />
56 850<br />
18 150<br />
75 000<br />
23,3<br />
11,3<br />
11,0<br />
7,7<br />
6,5<br />
4,3<br />
4,3<br />
3,0<br />
3,0<br />
1,9<br />
76,3<br />
23,7<br />
100,0
4.1 – Portugal<br />
A estrutura das relações <strong>de</strong> comércio internacional do nosso país no que diz<br />
respeito às importações revela um elevado grau <strong>de</strong> concentração geográfi -<br />
ca ao nível dos principais parceiros comerciais. Neste contexto, a Espanha<br />
apresenta-se como o principal parceiro comercial <strong>de</strong> Portugal no conjunto das<br />
importações. Para além <strong>de</strong>ste mercado, também a Itália é o segundo parceiro<br />
mais importante. Estes dois países dominam totalmente o conjunto das nossas<br />
importações, tendo um peso em 2003 <strong>de</strong> 82,73%.<br />
Relativamente às exportações e tal como nas importações, <strong>de</strong>tecta-se um elevado<br />
grau <strong>de</strong> concentração geográfi ca daquelas por países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino. Assim e<br />
da mesma maneira, o mercado espanhol continua também aqui a <strong>de</strong>ter um peso<br />
bastante expressivo enquanto mercado <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações nacionais do<br />
sector, ocupando o segundo lugar, atrás da Arábia Saudita, que é lí<strong>de</strong>r muito<br />
à custa da sua “performance” no mármore em obra. A Itália, a partir <strong>de</strong> 2003,<br />
posicionou-se como o quarto país mais importante no <strong>de</strong>stino das nossas exportações,<br />
não obstante ser lí<strong>de</strong>r na categoria <strong>de</strong> mármore em bloco. Por si só,<br />
estes três países representam em 2003 um peso <strong>de</strong> 50%. Salienta-se o facto <strong>de</strong><br />
os Estados Unidos da América terem sido até 2002 o terceiro país no <strong>de</strong>stino<br />
das nossas exportações, tendo sido alcançados pelo Reino Unido e Itália.<br />
Po<strong>de</strong>mos concluir dizendo que o mercado comunitário exerce no contexto das<br />
nossas relações comerciais um peso muito signifi cativo.<br />
As exportações portuguesas <strong>de</strong> mármore no ano <strong>de</strong> 1999 saldaram-se em<br />
250 694 toneladas, menos 3 006 toneladas, 1,18% a menos do que no ano<br />
anterior, muito embora o seu valor tivesse sido superior em 396 884 contos,<br />
o que correspon<strong>de</strong>u a um acréscimo <strong>de</strong> 2%. Destas, o mármore em obra representa<br />
69% com 172 995 toneladas, a única rubrica a subir em relação a<br />
1998. Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações portuguesas durante o<br />
ano, no conjunto das rubricas, foram a Arábia Saudita com 60 158 toneladas<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 5 2<strong>07</strong> 498 contos, a Espanha com 52 817 toneladas correspon<strong>de</strong>ndo<br />
a 2 428 639 contos e os Estados Unidos com 16 720 toneladas<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 2 258 905 contos. Reino Unido, Itália e França foram os<br />
países que se seguiram no peso das exportações portuguesas. Estes seis países<br />
150
epresentavam no conjunto das exportações portuguesas, nesse ano, 73,2%<br />
em valor e 76,2% em quantida<strong>de</strong>. Por rubricas, a Itália foi o país que mais<br />
mármore em bloco comprou, 64% do total das exportações nessa categoria<br />
em termos <strong>de</strong> valor e 54,3% em quantida<strong>de</strong>. Em relação ao mármore serrado,<br />
a Espanha ocupa a primeira posição representando quase 55% em quantida<strong>de</strong><br />
e 40% em valor. Quanto ao mármore em obra, a Arábia Saudita domina esta<br />
categoria com 24% em quantida<strong>de</strong> e 25,7% em valor.<br />
As importações portuguesas, no ano <strong>de</strong> 1999, aumentaram em relação ao ano<br />
anterior, tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor. Com efeito, importaram-se mais<br />
6 242 toneladas (74,3%) equivalendo a mais 397 <strong>07</strong>7 contos, 39,5% a mais do<br />
que em 1998. Os principais países fornecedores <strong>de</strong> material ao nosso país foram<br />
a Espanha, a Itália e a Índia, representando no seu conjunto 11 722 toneladas,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 1 238 572 contos, 80% da quantida<strong>de</strong> e 88,3% em valor. Por<br />
rubricas, a Itália continuava a ser o país que mais vendia a Portugal tanto em<br />
bloco como em serrado, importando mais o nosso país, em obra, <strong>de</strong> Espanha.<br />
O ano 2000 saldou-se por um acréscimo signifi cativo das nossas exportações,<br />
quer em quantida<strong>de</strong> quer em valor. Para isso, contribuíram as três rubricas, tendo<br />
aumentado todas, excepção feita para as quantida<strong>de</strong>s do mármore em bloco,<br />
a única a diminuir, muito embora tivesse sido compensada pelo aumento do seu<br />
valor. Com efeito, Portugal aumentou as suas exportações nesse ano em 92,9%<br />
em quantida<strong>de</strong> e 17% em valor. A rubrica do mármore em obra foi aquela que<br />
maior contributo <strong>de</strong>u para esse aumento, aumentando ainda mais que o geral,<br />
quer em quantida<strong>de</strong> quer em valor, mais precisamente, 123% na primeira rubrica<br />
e 20,19% na segunda. Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das nossas exportações<br />
nesse ano, no conjunto das rubricas, foram, tal como no ano anterior, os mesmos<br />
países que, no seu conjunto, viram o seu peso diminuir, embora pouco, em relação<br />
ao ano anterior para 72,2% em valor. Por rubricas, a Itália continua a <strong>de</strong>ter<br />
a hegemonia do mármore em bloco, importando durante o ano 15 160 toneladas<br />
que equivaleram a 899 202 contos. O predomínio no mármore serrado continua<br />
a ser espanhol com as 21 885 toneladas, compradas por 858 145 contos. No<br />
mármore em obra, a Arábia Saudita importou 71 581 toneladas correspon<strong>de</strong>ndo<br />
a 5 866 651 contos. Em relação às importações portuguesas <strong>de</strong> mármores, continuaram<br />
a crescer, tal como as exportações, cifrando-se nas 18 495 toneladas,<br />
151
mais 26,3% e 1 903 024 contos, mais 35,8% em relação ao ano anterior. Os países<br />
que mais exportaram para o nosso país em 2000 foram a Espanha com um<br />
total <strong>de</strong> 9 153 toneladas correspon<strong>de</strong>ndo a 1 210 932 contos, a Itália e a Índia<br />
com 4 328 e 877 toneladas equivalendo a 330 937 e 86 762 contos. Também<br />
por rubricas, a Itália continua a dominar no mármore em bloco e serrado, importando<br />
Portugal 740 toneladas <strong>de</strong> blocos e 1 453 toneladas <strong>de</strong> mármore serrado,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 40 763 e a 80 829 contos respectivamente. Na categoria do<br />
mármore em obra, a li<strong>de</strong>rança vai para Espanha que exportou para o nosso país<br />
7 774 toneladas equivalendo a 1 141 591 contos.<br />
O ano <strong>de</strong> 2001 fi cou marcado pelos acontecimentos do 11 <strong>de</strong> Setembro nos<br />
EUA, os quais infl uenciaram e muito o sector. Mesmo assim, as exportações<br />
portuguesas continuaram a evoluir positivamente, crescendo 2.45% em valor,<br />
cifrando-se este em 121.049.434€. Em relação aos principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino<br />
das nossas exportações, no conjunto das rubricas e em valor, continuam a ser<br />
os tradicionais <strong>de</strong> anos anteriores, i.e., Arábia Saudita, Espanha, EUA, França<br />
que se colocou à frente do Reino Unido, e, por fi m, a Itália, embora colada a<br />
este último. Por rubricas, a Itália mantém a li<strong>de</strong>rança na categoria <strong>de</strong> mármore<br />
em bloco comprando 4.915.381€, equivalente a 15 656 toneladas, <strong>de</strong>tendo<br />
60% do peso nesta rubrica. A Espanha, <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 37,5% do peso na categoria<br />
mármore serrado com 17 528 toneladas e 3.4<strong>07</strong>.626€, <strong>de</strong>tém a hegemonia<br />
nesta rubrica. A Arábia Saudita continua a ser o principal país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das<br />
nossas exportações <strong>de</strong> mármore em obra absorvendo 67 764 toneladas equivalendo<br />
a 31.825.905€, 30,6% do peso total <strong>de</strong>sta rubrica.<br />
Em relação às importações, voltamos a constatar uma subida signifi cativa<br />
<strong>de</strong>stas tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor. Em relação à primeira, Portugal<br />
importou mais 16 958 toneladas, quase que duplicando o resultado <strong>de</strong> 2000,<br />
cifrando-se o acréscimo em 91,6%. No que diz respeito aos valores, as nossas<br />
importações cresceram 62,1% a mais em relação ao ano anterior alcançando os<br />
15.392.524€. Todas as categorias contribuíram positivamente para este acréscimo,<br />
<strong>de</strong>stacando-se aqui a do mármore serrado que atingiu mais do dobro.<br />
Em termos gerais, os países que mais contribuíram para o aumento das importações<br />
foram a Espanha, a Itália e o Brasil, este último ultrapassou a Índia<br />
tornando-se o terceiro país no peso total das nossas importações. Em relação a<br />
152
categorias, salienta-se a Espanha que ultrapassou a Itália no mármore serrado,<br />
tornando-se lí<strong>de</strong>r aqui bem como no mármore em obra. No mármore em bruto,<br />
a Itália continua a li<strong>de</strong>rar, sendo o país do qual Portugal mais importa, o equivalente<br />
a 1 494 toneladas e 440.065€.<br />
As exportações portuguesas durante o ano <strong>de</strong> 2002 tiveram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />
8,3%, para aproximadamente 111.000.000€, não obstante o aumento verifi cado<br />
nas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 467 toneladas. Este <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong>veu-se à queda das<br />
exportações <strong>de</strong> mármore em obra que se cifraram em 13,9% em valor e 4,6%<br />
em quantida<strong>de</strong>. Apesar <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>scida em termos gerais, as categorias <strong>de</strong> bloco e<br />
serrado cresceram tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor. No conjunto das rubricas,<br />
os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das nossas exportações foram, tal como em<br />
anos anteriores, os mesmos países com a Arábia Saudita à cabeça com 71 556<br />
toneladas e 27.561.191€ em valor. Por rubricas, a Itália continua a <strong>de</strong>ter uma<br />
li<strong>de</strong>rança muito forte na categoria <strong>de</strong> mármore em bloco com 49,6% do total<br />
daquela comprando 17 273 toneladas, o equivalente a 5.102.657€. Em relação<br />
ao mármore serrado, a li<strong>de</strong>rança pertence a Espanha com 18 368 toneladas,<br />
4.906.642€ em valor, 44% do peso total.<br />
No que diz respeito às importações portuguesas <strong>de</strong> mármore no ano <strong>de</strong> 2002,<br />
também estas à semelhança das exportações <strong>de</strong>cresceram quer em valor quer<br />
em quantida<strong>de</strong>s, caindo 6,2% no primeiro caso e 8,35% no segundo. Todas as<br />
rubricas contribuíram para esta queda, salientando-se a categoria em obra que,<br />
apesar <strong>de</strong> as quantida<strong>de</strong>s terem aumentado o seu valor, <strong>de</strong>caiu. No conjunto<br />
geral, os dois primeiros lugares continuam a ser <strong>de</strong>tidos por Espanha e Itália,<br />
enquanto o terceiro lugar vai variando, fi cando este ano pertença do Egipto.<br />
Só os dois primeiros países representam 86,7% do valor total das importações.<br />
Por rubricas e na categoria <strong>de</strong> mármore em bloco, pela primeira vez o Egipto<br />
suplantou a Itália no primeiro lugar, assumindo a li<strong>de</strong>rança com 2 636 toneladas<br />
e 4<strong>07</strong>.398€ em valor. Nas categorias serrado e em obra, a Espanha continua<br />
a dominar, apesar <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>scido em relação a 2001, na primeira <strong>de</strong>las.<br />
No que diz respeito ao ano <strong>de</strong> 2003, as exportações <strong>de</strong> mármore portuguesas<br />
evi<strong>de</strong>nciaram novamente um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 9,9% em valor, apesar <strong>de</strong> as quantida<strong>de</strong>s<br />
terem aumentado. Isto signifi ca que o nosso país continua a per<strong>de</strong>r peso<br />
na cena internacional, uma vez que ven<strong>de</strong> mais quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra, muito<br />
153
embora a preços inferiores. Isto po<strong>de</strong> ser comprovado na rubrica <strong>de</strong> mármore em<br />
bloco que, não obstante as quantida<strong>de</strong>s exportadas terem aumentado na or<strong>de</strong>m<br />
das 18.500 toneladas, o seu valor foi pouco maior. Em relação ao mármore serrado,<br />
a situação ainda foi pior, uma vez que as quantida<strong>de</strong>s aumentaram e o seu<br />
valor diminuiu. Quanto ao mármore em obra, estamos perante uma queda quer<br />
em quantida<strong>de</strong>s quer em valores. Quanto aos países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das nossas exportações,<br />
mantêm-se as principais posições, apenas com uma diferença, a troca <strong>de</strong><br />
lugar entre os EUA e o Reino Unido, passando este para a terceira posição. Por<br />
rubricas, a Itália continua a ser lí<strong>de</strong>r no mármore em bruto, exportando Portugal<br />
para este país 19561 toneladas equivalendo a 5.467.469€ e a Espanha a <strong>de</strong>ter<br />
também a primeira posição no mármore serrado. Salienta-se o facto <strong>de</strong> a China,<br />
nas duas rubricas anteriores, ter alcançado a segunda posição com um peso aproximadamente<br />
igual nas duas categorias <strong>de</strong> 28%. No conjunto geral este país já<br />
ocupava em 2003 o sétimo lugar com um peso total na or<strong>de</strong>m dos 4%, em termos<br />
<strong>de</strong> valor. Na rubrica mármore em obra, a Arábia Saudita continua a dominar,<br />
importando do nosso país 72 163 toneladas equivalentes a 26.466.885€.<br />
Em relação às importações, constata-se que cresceram signifi cativamente quer<br />
em quantida<strong>de</strong> quer em valor, mais propriamente 29,2% no primeiro caso e<br />
17% no segundo. A Espanha e a Itália continuam a ser os países que mais ven<strong>de</strong>m<br />
a Portugal, representando 82,6% em valor do conjunto das importações.<br />
A Turquia trocou com o Egipto na terceira posição. Em relação a este país, viu<br />
reforçada a sua li<strong>de</strong>rança na categoria mármore em bloco, importando o nosso<br />
país 5 710 toneladas equivalente a 610.620€. Nas categorias <strong>de</strong> mármore serrado<br />
e em obra a li<strong>de</strong>rança continua a ser do nosso país vizinho do qual Portugal<br />
importa 6 387 toneladas <strong>de</strong> serrado, correspon<strong>de</strong>ndo a 1.526.948€ e 17 486<br />
toneladas em obra equivalendo a 10.858.613€.<br />
4.2 – ITÁLIA<br />
O ano <strong>de</strong> 1999 não foi fácil para a maioria das empresas <strong>de</strong>ste país; o total<br />
das exportações em relação ao ano anterior foi negativo, embora com níveis<br />
contidos: 0,5% na quantida<strong>de</strong> e 3% em valor. As principais novida<strong>de</strong>s para este<br />
154
sector, que vive em larga medida projectado para o exterior, surgiram na relação<br />
entre produtores e consumidores internacionais. Este ano não foi seguramente<br />
positivo para os mármores italianos com a excepção <strong>de</strong> alguns mercados<br />
particulares. De qualquer forma, houve cursos distintos nos vários períodos<br />
do ano: uma tendência que sofreu um efeito <strong>de</strong> arraste <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 seguida <strong>de</strong><br />
uma recuperação difícil, oscilante quer em valores quer em quantida<strong>de</strong>s, com<br />
uma reactivação <strong>de</strong>stes para os produtos transformados, sobretudo no último<br />
trimestre quando a relação entre o dólar e o euro voltou a ser favorável para<br />
os exportadores. Isto fez com que 1999 fosse diferente dos anteriores. Apesar<br />
disso, a Itália ainda continuava a ser o lí<strong>de</strong>r mundial e um importante produtor<br />
em toda a fi leira, bem como um exportador mo<strong>de</strong>lo – sem dúvida um mo<strong>de</strong>lo<br />
a imitar não só pelo peso que <strong>de</strong>tinha no sector como também pelo papel que<br />
jogava nele. O resultado das exportações sentiu-se em todo o sector, apesar<br />
da melhoria do mercado interno impulsionado em parte por medidas governamentais,<br />
tendo em vista o incremento dos gastos privados na construção, uma<br />
vez que na construção pública o mármore foi menos utilizado. No Norte, em<br />
algumas regiões, voltaram-se a reabrir várias pedreiras que forneceram material<br />
para a restauração <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte (algumas em conexão com o Jubileu),<br />
ou como consequência da re<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> materiais tradicionais.<br />
Também importante foi o começo da utilização da Internet nesta indústria,<br />
muito embora aqui, tal como em outros sectores, não fosse utilizada para<br />
compras, estando o seu uso restringido somente para recolha e obtenção <strong>de</strong><br />
informação no tocante aos produtos, sendo uma ferramenta muito importante<br />
nesta matéria.<br />
Em relação aos parceiros comerciais, constatamos, como relação particularmente<br />
importante, o mercado norte-americano, mercado este <strong>de</strong> vanguarda que<br />
antecipou muito bem aquilo que surgiu em outras partes do globo. Este mercado<br />
foi responsável pelo consumo <strong>de</strong> 10% do volume global das exportações<br />
italianas e 24% dos valores. Em termos <strong>de</strong> cenário europeu, constatamos o<br />
surgimento <strong>de</strong> um novo elemento com um <strong>de</strong>senvolvimento económico e <strong>de</strong><br />
construção fortíssimo: a Irlanda. A Itália <strong>de</strong> uma maneira concertada e rápida<br />
aumentou as suas exportações para este país, muito embora estas ainda não<br />
fossem à época equiparadas com as da França e Reino Unido.<br />
155
Em relação a África, po<strong>de</strong>mos dizer que o balanço foi positivo, <strong>de</strong>stacando<br />
o aumento das exportações para o Egipto e também aumentos embora mais<br />
contidos para a área mediterrânea.<br />
O mesmo po<strong>de</strong>mos dizer também para a Oceânia, com a Austrália à cabeça em<br />
matéria <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> materiais italianos tanto em volume como em quantida<strong>de</strong><br />
em relação ao ano anterior, embora aqui possamos dizer que ainda estava<br />
longe <strong>de</strong> consumir todas as quantida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>ria absorver.<br />
Por fi m, uma palavra para a Índia que fi nalmente adquiriu o estatuto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
consumidor <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido ao longo <strong>de</strong> muito tempo somente um gigantesco<br />
exportador. Com efeito, converteu-se num gran<strong>de</strong> comprador, apesar das<br />
barreiras aduaneiras à entrada, tanto em termos <strong>de</strong> volume como <strong>de</strong> valor, ultrapassando<br />
largamente a Coreia do Sul que, em conjunto com Taiwan, foram<br />
os únicos mercados importantes <strong>de</strong>sta área que registaram aumentos.<br />
O ano 2000 foi um ano substancialmente positivo para o sector da pedra em Itália,<br />
tanto para a produção como para as importações e exportações que relativamente<br />
a 1999 aumentaram. Este aumento <strong>de</strong>veu-se a um mercado externo que<br />
absorveu gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra, quer em bruto, quer elaborada, como<br />
também a um mercado interno com particular ênfase para a construção que,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter <strong>de</strong>crescido <strong>de</strong> 98 para 99, viu renovada a sua vitalida<strong>de</strong> em 2000.<br />
Apesar disto, continuavam a existir gran<strong>de</strong>s preocupações, uma vez que o cenário<br />
para a indústria italiana era cada vez mais tenso; a cada ano que passava,<br />
mais forte se tornava a concorrência. Não obstante o mercado italiano ser um<br />
mercado bastante atractivo em matéria <strong>de</strong> consumo e recursos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter um<br />
importante papel junto dos produtores, possuía e possui características que não<br />
eram e não são apreciadas por quem estava e está acostumado a trabalhar com<br />
mercados <strong>de</strong> divisa forte cujos pagamentos são mais seguros e vantajosos. As<br />
maiores difi culda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste mercado prendiam-se com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição<br />
que ainda não se encontrava estruturada, não tendo à altura arrancado <strong>de</strong> uma<br />
maneira satisfatória, não obstante estarmos na era da Internet.<br />
Neste mercado também po<strong>de</strong>mos observar os materiais cerâmicos para pavimentos<br />
e revestimentos criados por algumas empresas que, apesar <strong>de</strong> a sua<br />
aparência ser muito semelhante relativamente ao mármore, não são mais que<br />
simples imitações <strong>de</strong>ste produto natural que concorrem directamente com este.<br />
156
Estes materiais são o resultado <strong>de</strong> importantes inversões na investigação e<br />
“marketing”, começando a dar resultados signifi cativos, a que os produtores<br />
<strong>de</strong> pedra não <strong>de</strong>vem fi car alheios.<br />
As exportações italianas <strong>de</strong> pedra caracterizaram-se por uma prossecução do<br />
clima positivo registado já em fi nais <strong>de</strong> 99, tendo as exportações como já foi<br />
referido atrás aumentado relativamente ao ano anterior.<br />
Em relação ao mercado norte-americano, po<strong>de</strong>mos dizer que, face ao ano anterior,<br />
este mercado não inverteu o seu percurso, continuando a absorver uma<br />
parte importante das exportações italianas. Este mercado importou <strong>de</strong> Itália<br />
mármores transformados e pedras similares calcárias cobrindo uma quota da<br />
exportação nacional <strong>de</strong> quase 35% da exportação nacional <strong>de</strong>stes produtos,<br />
contra 27% do total dos produtos. Resta dizer que este mercado não absorve<br />
materiais e produtos exclusivamente <strong>de</strong> Itália e fechou o ano com um aumento<br />
das suas importações do Brasil, Espanha, mas também <strong>de</strong> países <strong>de</strong> menor<br />
dimensão como o Paquistão.<br />
Em relação à Europa, alguns produtores europeus também obtiveram resultados<br />
positivos, não querendo todavia dizer que, no seio <strong>de</strong>sta área, não haja<br />
também produtores com resultados negativos. A Alemanha, a título <strong>de</strong> exemplo,<br />
não teve propriamente um fecho <strong>de</strong> ano com balanço positivo; ao fi m <strong>de</strong><br />
muitos anos, a dinâmica do mercado local resultou negativa para os produtores<br />
italianos e não só para estes. Os mármores elaborados foram os materiais que<br />
mais sofreram, com uma quebra <strong>de</strong> 11% em quantida<strong>de</strong> e 7,5% em valor. Não<br />
obstante, a Alemanha continuava a ser um parceiro fundamental com mais <strong>de</strong><br />
18% da quota nacional principalmente <strong>de</strong> granitos e pedras similares. Alguns<br />
países da União Europeia, bem como outros da Europa não comunitária, registaram<br />
um aumento, como por exemplo a Suíça, Espanha, França, Reino Unido<br />
e Áustria, sendo uma confi rmação nos últimos anos o caso da Polónia. A Rússia<br />
cresceu também um pouco, muito embora com níveis mais contidos.<br />
Os países do Norte <strong>de</strong> África continuavam a ser um mercado limitado embora<br />
estável, com crescimentos não vistosos mas apreciáveis, notando-se uma certa<br />
activida<strong>de</strong> na Tunísia, Líbia, Egipto e Marrocos.<br />
Sinais <strong>de</strong> recuperação chegavam também do Médio Oriente, on<strong>de</strong> Arábia Saudita,<br />
Emirados e Kuwait continuavam a dominar.<br />
157
Em relação ao Extremo Oriente, notaram-se difi culda<strong>de</strong>s alargadas para os<br />
produtores italianos. Os principais produtos exportados pela indústria <strong>de</strong> pedra<br />
italiana eram os produtos acabados <strong>de</strong> mármore e calcários, cujos números<br />
continuavam a ser negativos.<br />
Além disso, o principal parceiro comercial <strong>de</strong> Itália para este mercado, Hong<br />
Kong, que reexportava parte das suas importações para a China, continuava<br />
também a <strong>de</strong>ter cifras negativas.<br />
Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que, em 2001, o facto principal do ano foi a ultrapassagem<br />
da China à Itália, tanto em quantida<strong>de</strong>s exportadas, como em consumo. Este<br />
país já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999 que li<strong>de</strong>rava o “ranking” dos principais países produtores<br />
mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais, com 9 000 milhares <strong>de</strong> toneladas, correspon<strong>de</strong>ndo<br />
a uma quota <strong>de</strong> 16,5% do mercado mundial (Stone 2000). Com efeito,<br />
em termos <strong>de</strong> exportação e relacionado com vendas, os primeiros seis países<br />
com números superiores a um milhão <strong>de</strong> toneladas eram neste ano e por esta<br />
or<strong>de</strong>m: a China, Itália, Índia, Espanha, Portugal e Brasil. Para além do primeiro<br />
lugar da China já mencionado, outro facto relevante importa aqui ser<br />
referido: a consolidação da Índia em termos <strong>de</strong> resultados face à Espanha.<br />
Aqui importa referir que o confronto económico internacional não é <strong>de</strong> certeza<br />
uma competição <strong>de</strong>sportiva e também não o é neste sector on<strong>de</strong> a evolução da<br />
procura e o progresso tecnológico <strong>de</strong>monstraram que existe espaço para todos.<br />
O importante não é alcançar o primeiro ou segundo lugar, mas sim garantir um<br />
crescimento racional para cada país e, consequentemente, para cada empresa,<br />
crescimento esse, quer seja gran<strong>de</strong> ou pequeno, os lucros possam criar um verda<strong>de</strong>iro<br />
efeito multiplicador. Em relação à importação, os primeiros seis países<br />
são a Itália, Alemanha, Estados Unidos, China, Japão e Taiwan. As importações<br />
<strong>de</strong> matérias-primas registaram novo recor<strong>de</strong> com 2,2 milhões <strong>de</strong> toneladas,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 9,2%, com a Itália a ultrapassar outra vez a Alemanha.<br />
Também <strong>de</strong>vemos salientar que a Suíça, Itália e a Bélgica foram os países com<br />
a mais alta incidência <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> pedra “percapita” com quotas superiores<br />
a um por mil (Stone sector 2000).<br />
Os pontos fortes que permitiram com que a Itália exce<strong>de</strong>sse 2000 foram uma<br />
vez mais o profi ssionalismo <strong>de</strong> vanguarda, bem como a constância <strong>de</strong> um progresso<br />
tecnológico que permitiu obter vantagens em tempo real.<br />
158
Não menos positivo foi a contribuição promocional da feira <strong>de</strong> Verona que<br />
consolidou a sua li<strong>de</strong>rança internacional, mas também a natureza operativa<br />
dos novos portais especializados da Internet, distinguindo-se aqui o ACIMM<br />
www.techstone.it.<br />
Em relação a 2002, no caso particular <strong>de</strong> Itália, as consequências da taxa <strong>de</strong><br />
câmbio fi zeram sentir-se <strong>de</strong> uma maneira clara e contun<strong>de</strong>nte durante todo o<br />
ano. Face a isto, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> predição e gestão dos possíveis cenários exteriores<br />
estava submetida a dura prova pela situação internacional e pelas suas<br />
evoluções repentinas e globais.<br />
Nesse ano, os consumos internos <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> pedra mantiveram-se constantes<br />
suportados por um mercado imobiliário e <strong>de</strong> construção que continuou a<br />
manter os níveis elevados <strong>de</strong> anos anteriores. Os tempos que se seguiram para<br />
o sector não foram nada bons, comprovando-se aquilo que se tinha previsto<br />
na altura. A fase positiva iniciada em 1995 esgotou-se, notando-se em 2003 os<br />
efeitos da súbita baixa iniciada em 2002. O ciclo expansivo da construção no<br />
seu conjunto tanto no caso italiano como a nível europeu, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter conhecido<br />
o mais longo ciclo <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 50, entrou numa fase <strong>de</strong><br />
estancamento e começou a baixar progressivamente a partir <strong>de</strong> 2002. A incerteza<br />
apo<strong>de</strong>rou-se <strong>de</strong>ste como <strong>de</strong> outros sectores e vai sem dúvida alterar a relação<br />
entre oferta e procura. O papel do imobiliário também se alterou arrastando por<br />
completo o sector da pedra. Assim se passou com os consumos internos que,<br />
apesar <strong>de</strong> continuarem a consumir materiais em pedra, vão progressivamente<br />
consumindo menos, sofrendo <strong>de</strong> uma redução geral no consumo por parte das<br />
famílias. Este efeito conjunto surge pela primeira vez na história recente da<br />
indústria <strong>de</strong> construção italiana.<br />
O sector da pedra, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um 2002 todavia bom, parece ter uma competição<br />
no futuro mais forte com mercados segmentados e muito especializados, lógica<br />
à qual o mercado doméstico não conseguirá resistir.<br />
Da análise dos dados da exportação, po<strong>de</strong>mos concluir que o atentado às Torres<br />
Gémeas <strong>de</strong> Nova Iorque, originou uma viragem num mercado já <strong>de</strong> sim<br />
em abrandamento. Começámos a notar durante o ano a agudização da crise<br />
nos Estados Unidos, reforçada, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, pelos efeitos<br />
psicológicos do 11 <strong>de</strong> Setembro, a que se veio também juntar um outro país<br />
159
muito importante para as exportações italianas, como é o caso da Alemanha.<br />
Assistimos, portanto, a duas crises económicas, em dois dos maiores países<br />
industriais e consumidores <strong>de</strong>ste sector, criando uma situação difícil não só<br />
para a Itália como também para Espanha e Portugal. De forma particular, sofreram<br />
todos aqueles produtores que não pu<strong>de</strong>ram reduzir o preço <strong>de</strong> venda<br />
para manter as suas quotas <strong>de</strong> mercado, uma vez que a rigi<strong>de</strong>z interna motivada<br />
pelos altos custos <strong>de</strong> produção, investimentos efectuados, taxas <strong>de</strong> juro, custo<br />
<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, etc., não permitiram isso. Além do mais, tivemos também o<br />
problema da valorização do euro que veio agravar ainda mais esta situação, já<br />
<strong>de</strong> si negativa.<br />
As áreas <strong>de</strong> maior saída dos produtos italianos foram as tradicionais: área europeia<br />
comunitária e não comunitária e também a norte-americana. Para a União<br />
Europeia, assistiu-se a um <strong>de</strong>créscimo em cerca <strong>de</strong> 10% sobretudo para os<br />
materiais melhores. Com a entrada dos países <strong>de</strong> Leste, este mercado alargou-<br />
-se, estando alguns <strong>de</strong>les em crescimento económico geral bem como no sector,<br />
tanto no papel <strong>de</strong> consumidores como <strong>de</strong> produtores e transformadores.<br />
A sua importância cresceu na medida em que estes países já são associados<br />
comerciais e <strong>de</strong> transformação não só <strong>de</strong> Itália como também <strong>de</strong> outros países,<br />
tais como a Alemanha e a Áustria.<br />
A América do Norte merece atenção especial, pois foi a zona on<strong>de</strong> surgiram as<br />
maiores difi culda<strong>de</strong>s em parte <strong>de</strong>vidas à incerteza do crescimento económico e<br />
também do panorama político. Em 2002, as obras e os trabalhos em pedra tecnologicamente<br />
avançados assim como os trabalhos semiacabados em mármore<br />
foram feitos na sua maioria por italianos. Vai pesando o efeito do euro que por<br />
um lado facilitava as aquisições, por outro impunha vendas mais difíceis com<br />
margens mais reduzidas.<br />
Negativo mais uma vez foi o panorama das exportações para a América do Sul:<br />
os totais refl ectem perdas <strong>de</strong> 30% em relação ao ano anterior. Nestes países, a<br />
indústria local continuava ainda a basear-se essencialmente na área extractiva,<br />
sendo signifi cativos os volumes e valores exportados em bloco, como no caso<br />
do Brasil, mas com a indústria transformadora a ganhar novas capacida<strong>de</strong>s,<br />
concorrendo até com a Itália, em países como os EUA, tendo por base os materiais<br />
extraídos no Brasil.<br />
160
Quanto ao Médio Oriente, as exportações para esta região foram em gran<strong>de</strong><br />
parte afectadas pelo clima <strong>de</strong> pré-guerra em 2002 e <strong>de</strong> guerra no ano seguinte.<br />
Os problemas nos transportes e a incerteza geral fi zeram-se notar, não obstante<br />
existir uma vonta<strong>de</strong> férrea em inverter a situação. Mesmo assim, para a Itália<br />
a redução foi apreciável: menos 10,6% em volume e menos 15% em valor.<br />
Trata-se contudo <strong>de</strong> uma região para a qual a atenção para as produções e obras<br />
italianas foi e continua a ser alta.<br />
Outro caso é o Extremo Oriente, on<strong>de</strong> os dados ainda falam com mais clareza:<br />
A Coreia do Sul é quase o único país a crescer em relação a 2001, tanto em<br />
volume como em valor, embora este crescimento seja feito à custa <strong>de</strong> materiais<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> fraca. O mercado chinês, em particular, cresce mais <strong>de</strong> 30% em<br />
quantida<strong>de</strong> mas baixa quase 10% em valor. Ao lado <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor e<br />
prestígio, move-se um conjunto <strong>de</strong> exportações cujo valor vem caindo progressivamente<br />
e que pouco ajudam a indústria italiana.<br />
2002 não foi <strong>de</strong> maneira alguma um ano fácil para as exportações italianas,<br />
conforme foi dito anteriormente, as quais passaram por difi culda<strong>de</strong>s objectivas<br />
com forte competição. O problema imposto pela China não se resolve com<br />
facilida<strong>de</strong>, muito embora os recursos para continuar a competir não faltem.<br />
As importações <strong>de</strong> mármores também sofreram, embora numa medida muito<br />
menor em relação às exportações.<br />
O ano <strong>de</strong> 2003 foi marcado por um ataque competitivo muito forte a este país<br />
como já vinha sendo apanágio <strong>de</strong> há uns tempos a esta parte. O euro infl uenciou<br />
negativamente um panorama já <strong>de</strong> si negro e muito sensível a diversos<br />
factores. Em relação ao comportamento das exportações italianas, po<strong>de</strong>mos<br />
dizer que <strong>de</strong>monstraram total difi culda<strong>de</strong> num sector altamente especializado<br />
e qualifi cado. Com efeito, a Itália exportou menos que no ano anterior, com<br />
um primeiro trimestre bastante fraco para voltar a melhorar nos dois trimestres<br />
seguintes, piorando no último. Se no ano anterior o ponto fulcral foi a incerteza<br />
das perspectivas, em 2003 constatou-se que as difi culda<strong>de</strong>s em operar num<br />
mercado cada vez mais selectivo e complexo foram o ponto dominante.<br />
Em relação ao mercado norte-americano, po<strong>de</strong>mos dizer, no que respeita ao<br />
material em obra (mármores, calcários e travertinos), a Itália per<strong>de</strong>u a primeira<br />
posição para a Turquia em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, mantendo todavia a li<strong>de</strong>rança<br />
161
em relação a valores, provando-se a qualifi cação da sua indústria em mercados<br />
consumidores que requerem qualida<strong>de</strong> e “<strong>de</strong>sign”. A diferença <strong>de</strong> valor médio<br />
em dólares por unida<strong>de</strong> importada manteve-se muito gran<strong>de</strong>, quase o dobro em<br />
relação à Turquia e mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> frente ao Brasil: isto signifi ca que o posicionamento<br />
estratégico da indústria da pedra italiana está ainda uns passos à<br />
frente dos competidores, forte sobretudo pela qualida<strong>de</strong>, “<strong>de</strong>sign” e implantação<br />
comercial. Embora também signifi que que o mercado da pedra não só nos<br />
Estados Unidos estava a abrir espaços <strong>de</strong> forte consumo e também em rápido<br />
crescimento. Mesmo assim este mercado ainda representava 30% do total dos<br />
valores das exportações italianas.<br />
Em relação à zona mais importante para as exportações italianas, a União Europeia,<br />
diminuíram por parte <strong>de</strong>sta as importações <strong>de</strong> Itália, embora aqui por<br />
motivos diferentes: enquanto o mercado norte-americano <strong>de</strong>u sinais <strong>de</strong> reactivação,<br />
não obstante a situação económica internacional, nos países europeus o<br />
panorama foi diferente e mais variado; a crise económica que aos poucos foi<br />
sendo superada levou à i<strong>de</strong>ntifi cação do sector imobiliário como sector <strong>de</strong> refúgio<br />
e não menos importante que isso levou também à <strong>de</strong>gradação económica<br />
<strong>de</strong> uma esfera ampla da população, sobretudo na Alemanha on<strong>de</strong> aumentou<br />
drasticamente a propensão das famílias para a poupança e on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>u uma<br />
<strong>de</strong>saceleração da construção, sintomas <strong>de</strong> incerteza quanto ao futuro em que<br />
a Itália saiu claramente vencida face a uma China triunfante. Convém referir<br />
aqui a entrada dos <strong>de</strong>z países na União Europeia no dia 1 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2004; na<br />
sua totalida<strong>de</strong> representam um bom conjunto <strong>de</strong> países que têm possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> trazer algo <strong>de</strong> diferente ao panorama europeu que necessita <strong>de</strong> inovação<br />
quer produtiva quer <strong>de</strong> mercado. Para a Itália, os números não são elevados,<br />
muito embora existam situações <strong>de</strong> certo interesse: a Eslovénia com recursos<br />
<strong>de</strong> matéria-prima apreciáveis explorados não só por empresas internas como<br />
também por europeias. Noutros casos, como a Polónia, com consumos e materiais<br />
e produtos italianos. Para a zona da Europa não comunitária, a Suíça<br />
continuava a ser uma referência no panorama das exportações italianas.<br />
Em relação ao Médio e Extremo Oriente, a situação complicava-se ainda mais.<br />
Assim, po<strong>de</strong>mos dizer que esta zona estava em <strong>de</strong>saceleração contínua no mercado<br />
da construção, não obstante a li<strong>de</strong>rança por parte <strong>de</strong> Itália nestes merca-<br />
162
dos, sobretudo nos materiais acabados. Arábia Saudita e Emirados Árabes dominavam<br />
o mercado, muito embora a primeira esteja em diminuição ano após<br />
ano, enquanto os segundos cresciam apreciavelmente graças a intervenções <strong>de</strong><br />
alto valor on<strong>de</strong> as empresas italianas se vêm distinguindo.<br />
Por fi m e em relação ao Japão e aos países do Su<strong>de</strong>ste Asiático, constatamos que<br />
cada vez menos se dirigem para os mercados europeus e nem mesmo a recuperação<br />
económica daquele país fez com que houvesse um retorno para os produtos <strong>de</strong><br />
pedra italianos, sendo a China o seu principal fornecedor <strong>de</strong>vido entre outros factores<br />
à sua proximida<strong>de</strong> geográfi ca, o mesmo acontecendo com a Coreia do Sul.<br />
Quanto às importações <strong>de</strong> Itália no ano <strong>de</strong> 2003, estas foram o refl exo das<br />
incertezas vividas por este sector. Com estes números, mostra-se a complexida<strong>de</strong><br />
da indústria da pedra neste país, que não está limitada a uma tipologia ou<br />
classe <strong>de</strong> materiais, ao invés, compreen<strong>de</strong>-as todas; em relação aos mármores<br />
e travertinos, po<strong>de</strong> dizer-se que aguentaram bem a parada, aproveitando bem<br />
a vantagem que, ao menos na compra da matéria-prima, benefi ciaram <strong>de</strong> uma<br />
divisa forte. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar o Egipto como principal fornecedor e em ascensão<br />
seguido por países como a Croácia, a Turquia, o Irão e a Tunísia, todos eles<br />
com um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento no sector. Com isto se <strong>de</strong>monstra que neste<br />
ramo as coisas têm mudado <strong>de</strong> forma rápida e profunda e que novos actores<br />
vão interpretando os principais papéis. Decrescem a Espanha, que não obstante<br />
continua a ser um parceiro importante e também Marrocos.<br />
1999 2000<br />
Importação<br />
2001 2002 2003<br />
Ano t 000€ t 000€ t 000€ t 000€ t 000€<br />
Mármore em bloco e serrado 310 336 61.419 368 <strong>07</strong>9 75.233 431 973 87.434 398 258 74.319 430 549 73.612<br />
Mármore em obra<br />
48 532 25.114 52 649 31.204 48 927 30.597 51 956 29.035 50 280 25.161<br />
Total<br />
358 868 86.533 420 728 106.437 480,900 118.031 450 214 103.354 480 829 98.773<br />
Quadro 37 – Importações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra (Fonte: Stone sector<br />
1999; 2000; 2001; 2002; 2003 e 2004)<br />
163
1999 2000<br />
Exportação<br />
2001 2002 2003<br />
Ano t 000€ t 000€ t 000€ t 000€ t 000€<br />
Mármore em<br />
bloco e serrado<br />
Mármore<br />
615 902 132.598 769 428 166.632 754 246 170.331 761 426 170.752 688 782 140.932<br />
em obra 1 402 829 831.093 1 437 698 941.478 1 375 933 938.547 1 333 752 883.050 1 061 256 7<strong>07</strong>.128<br />
Total 2 018 731 963.691 2 2<strong>07</strong> 126 1.108.110 2 130 179 1.108.878 2 095 178 1.053.802 1 750 038 848.060<br />
Quadro 38 – Exportações totais <strong>de</strong> mármore em bloco, serrado e em obra (Fonte: Stone sector<br />
1999; 2000; 2001; 2002; 2003; 2004)<br />
4.3 – Espanha<br />
As exportações espanholas do sector da pedra natural em 1999 vinham <strong>de</strong> uma<br />
fase <strong>de</strong> expansão pelo terceiro ano consecutivo com mais <strong>de</strong> 100 000 milhões<br />
<strong>de</strong> pesetas, superando os 1<strong>07</strong> 000 milhões do ano 1998 (117 441 milhões <strong>de</strong><br />
pesetas em 1999), o que consolidava este sector como um dos mais importantes<br />
do comércio externo <strong>de</strong> Espanha.<br />
Em 1998, para este país, o mármore, nos vectores em bruto e elaborado, era<br />
o tipo <strong>de</strong> pedra natural com maior valor a nível <strong>de</strong> exportação, embora em<br />
quantida<strong>de</strong> (toneladas) ocupasse um lugar intermédio entre o granito e a ardósia.<br />
A Espanha mantinha a li<strong>de</strong>rança mundial na exportação e produção <strong>de</strong><br />
ardósia, bem como era lí<strong>de</strong>r mundial na exportação <strong>de</strong> calcários através do<br />
Crema Marfi l.<br />
As crises económicas do Sudoeste Asiático em 1998, e da América Latina em<br />
1999, infl uenciaram negativamente os resultados do sector nos primeiros meses<br />
do ano. De entre as duas, a primeira foi aquela que mais infl uenciou aqueles,<br />
<strong>de</strong>vido ao volume <strong>de</strong> negócios existente entre Espanha e os países asiáticos.<br />
Deve <strong>de</strong>stacar-se o aumento da procura em Portugal que produziu um incremento<br />
das vendas <strong>de</strong> 73% em relação ao ano <strong>de</strong> 1998.<br />
164
O crescimento do mármore como categoria, durante o ano <strong>de</strong> 1999, situava-se<br />
entre o 8,3 e os 10%, respectivamente em valor e em quantida<strong>de</strong>.<br />
Nesse ano as exportações <strong>de</strong> mármore em bruto 10 <strong>de</strong>cresceram, tanto em valor<br />
como em quantida<strong>de</strong>, enquanto no mármore elaborado 11 houve um acréscimo<br />
que se manteve <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1993.<br />
O mármore em bruto obteve um crescimento acima dos 15% nas suas duas<br />
modalida<strong>de</strong>s, quantida<strong>de</strong> e valor.<br />
Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações espanholas <strong>de</strong> mármores e<br />
calcários em bruto são Hong Kong, Itália e China com uma participação no<br />
total exportado <strong>de</strong> 41,84%.<br />
Na varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mármore elaborado, <strong>de</strong>u-se um leve incremento, <strong>de</strong> aproximadamente<br />
1%, <strong>de</strong>vido não só à qualida<strong>de</strong> da pedra, como também ao tratamento<br />
que ela recebia, proporcionando valor acrescentado que lhe <strong>de</strong>u renome nos<br />
mercados internacionais.<br />
Destacavam-se os Estados Unidos, França e Itália, com um volume conjunto<br />
<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 86.000 toneladas, o que representava 39,49% do total das exportações<br />
<strong>de</strong>ste produto.<br />
Quanto às importações espanholas do sector, o crescimento foi <strong>de</strong> quase 25%<br />
em quantida<strong>de</strong> e 9,39% em valor.<br />
Em relação às importações <strong>de</strong> mármore em bruto, estas aumentaram 53,76%<br />
o que correspon<strong>de</strong>u a 251 502 toneladas e 212 milhões <strong>de</strong> pesetas em valor<br />
atingindo 5274 milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />
Quanto às importações <strong>de</strong> mármore elaborado, aumentaram 33,37%, o que<br />
correspon<strong>de</strong>u a 136 476 toneladas e 1162 milhões <strong>de</strong> pesetas em valor atingindo<br />
7402 milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />
No ano 2000, a gran<strong>de</strong> presença <strong>de</strong> Espanha nos mercados internacionais fez-<br />
-se patente, alcançando as exportações o valor <strong>de</strong> 140 290 milhões <strong>de</strong> pesetas,<br />
19,5% mais em relação ao ano anterior. Estes valores consolidavam a tendência<br />
crescente da exportação da pedra natural espanhola e colocavam este país<br />
como um dos gran<strong>de</strong>s exportadores <strong>de</strong>ste material.<br />
10 – Mármore em bloco e serrado.<br />
11 – Mármore em obra.<br />
165
O mármore e os calcários representavam, em 2000, as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pedra das<br />
quais mais toneladas se exportavam (702 286 toneladas) e mais valor se gerava,<br />
pois as suas exportações representavam 41,1% do total.<br />
Os resultados obtidos na exportação da pedra nesse ano romperam com a tendência<br />
dos anos prece<strong>de</strong>ntes, nos quais o granito era o tipo <strong>de</strong> pedra mais exportado.<br />
O mármore registou um crescimento das suas exportações <strong>de</strong> 16,1% e um<br />
crescimento ainda maior do valor das mesmas, 21,6% (57 7<strong>07</strong> milhões <strong>de</strong><br />
pesetas).<br />
Na varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mármore em bruto e em termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stacava-se<br />
a China como principal país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações com 91 291 toneladas,<br />
estando em segundo lugar a Itália com 58 816 toneladas e os Estados Unidos<br />
em terceiro com 54 213 toneladas, seguidos <strong>de</strong> Hong Kong, Taiwan e Portugal.<br />
Em termos <strong>de</strong> valor, são os Estados Unidos que ocupavam o primeiro lugar<br />
com 7228 milhões, correspon<strong>de</strong>ndo a 23% do valor total do mármore exportado.<br />
A China e Hong Kong ocupavam, respectivamente, o segundo e terceiro<br />
lugar. O mármore em bruto teve um gran<strong>de</strong> crescimento nas exportações com<br />
respeito ao ano anterior (23,6%), tendo ainda um crescimento ainda maior em<br />
valor.<br />
As exportações <strong>de</strong> mármore, na sua forma elaborada, apresentavam um crescimento<br />
mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> 2,8%.<br />
Os Estados Unidos eram o maior comprador <strong>de</strong> mármore elaborado, importando<br />
56 552 toneladas, uma quantida<strong>de</strong> superior às 55 467 toneladas importadas<br />
pelos três países que se seguiam: França, Itália e Portugal. Destaque também<br />
para a Arábia Saudita que se situava em quinto lugar com 9714 toneladas.<br />
As suas políticas <strong>de</strong> comércio externo bem como o seu potencial económico<br />
levaram este país a tornar-se num dos maiores importadores <strong>de</strong> mármore <strong>de</strong><br />
Espanha.<br />
Quanto às importações espanholas do sector, o crescimento foi <strong>de</strong> quase 9%<br />
em quantida<strong>de</strong> e 21,2% em valor.<br />
Em relação às importações <strong>de</strong> mármore em bruto, estas aumentaram 9,5%,<br />
o que correspon<strong>de</strong>u a 275 292 toneladas e 40,7% em valor, atingindo 7 420<br />
milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />
166
Quanto às importações <strong>de</strong> mármore elaborado, diminuíram 7,3%, o que correspon<strong>de</strong>u<br />
a 126 540 toneladas, aumentando 6,2% em valor atingindo 7858<br />
milhões <strong>de</strong> pesetas<br />
Em 2001, o saldo da balança comercial espanhola apresentava um “superavit”<br />
<strong>de</strong> 106 328 milhões <strong>de</strong> pesetas (147 985 milhões <strong>de</strong> pesetas em exportação e<br />
41 657 milhões em importação). Estes valores representavam um aumento em<br />
relação a 2000 <strong>de</strong> 1,8%, crescimento muito inferior aos 18,9% <strong>de</strong>sse ano.<br />
A tendência dos últimos anos do sector da pedra natural em Espanha foi crescente,<br />
tanto em facturação como em volume exportado. O ano 2001 continuou<br />
com essa tendência, embora pesassem os acontecimentos do último trimestre<br />
que tanto afectaram a economia mundial.<br />
As exportações espanholas aumentaram 7336 milhões <strong>de</strong> pesetas, 5,2% em termos<br />
percentuais. Esta melhoria em termos absolutos é inferior à dos anos anteriores.<br />
No seu conjunto, o mármore aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente as suas exportações,<br />
embora não tenha conseguido atingir as magnífi cas taxas <strong>de</strong> crescimento<br />
do ano 2000, em volume exportado <strong>de</strong> mármore passou <strong>de</strong> 703 255 toneladas<br />
no ano 2000 a 762 113 toneladas no ano 2001, crescendo a uma taxa <strong>de</strong> 8,4%.<br />
A facturação <strong>de</strong>ste sector cresceu 11,6%, até aos 64 197 milhões <strong>de</strong> pesetas,<br />
enquanto o crescimento do ano anterior foi <strong>de</strong> 21,6%.<br />
Da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mármore exportado, 54% é pedra em bruto enquanto 46%<br />
pertence à exportação <strong>de</strong> pedra elaborada, mas esta distribuição troca-se <strong>de</strong><br />
maneira substancial quando se comparam níveis <strong>de</strong> facturação, neste caso o<br />
mármore elaborado representa 67%, enquanto o mármore em bruto apenas<br />
33%, explicando-se isto pela diferença <strong>de</strong> preços.<br />
A evolução do mármore durante o ano <strong>de</strong> 2001 não foi tão positiva como durante<br />
o ano anterior, muito embora o crescimento tenha sido importante, não<br />
chegando aos valores elevados <strong>de</strong>sse ano. O mármore em bruto experimentou<br />
um crescimento <strong>de</strong> 8%, até às 512 500 toneladas, o mesmo acontecendo com a<br />
sua facturação que cresceu 9,6%, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os 31 424 milhões do ano 2000 até aos<br />
34 444 milhões do ano 2001.<br />
O principal receptor <strong>de</strong>stas exportações foram os Estados Unidos que durante<br />
o ano 2001 compraram mármore em bruto no valor <strong>de</strong> 8572 milhões <strong>de</strong> pesetas,<br />
ou seja, adquiriu 24,8% da produção espanhola <strong>de</strong>stinada a exportações.<br />
167
O segundo consumidor foi a China, que é o principal comprador <strong>de</strong>sta classe<br />
<strong>de</strong> pedra quando se refere a volume, com uma facturação <strong>de</strong> 4904 milhões <strong>de</strong><br />
pesetas, o que signifi ca um aumento <strong>de</strong> 8,2% durante o ano.<br />
O país que mais aumentou a sua procura <strong>de</strong> mármore em bruto espanhol durante<br />
esse ano foi a Coreia do Sul, em 81,5%.<br />
Os principais compradores nesse ano foram asiáticos, ocupando China, Japão,<br />
Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul posições nos sete primeiros lugares. De<br />
referir que os principais países da União Europeia, Itália e França apareceram<br />
apenas no quinto e nono lugares com 1154 e 1733 milhões <strong>de</strong> pesetas, respectivamente.<br />
Em relação à evolução do mármore elaborado, o seu comportamento foi melhor<br />
que o do mármore no seu conjunto, melhorando até os valores do ano anterior;<br />
o crescimento do mármore elaborado durante o ano <strong>de</strong> 2001 foi <strong>de</strong> 9,2% no que<br />
respeita ao total <strong>de</strong> toneladas exportadas, com um aumento em relação a 2000<br />
<strong>de</strong> 2,8%, enquanto a facturação cresceu 3697 milhões <strong>de</strong> pesetas, o que em termos<br />
percentuais signifi ca 14,1% em comparação com os 12% do ano 2000.<br />
Como principal país importador <strong>de</strong> mármore elaborado estava uma vez mais os<br />
Estados Unidos, com uma facturação <strong>de</strong> 10 698 milhões <strong>de</strong> pesetas.<br />
Em segundo lugar, encontrava-se a França, com 2211 milhões <strong>de</strong> pesetas, mas<br />
o país que teve o maior incremento foi o Reino Unido, que importou 1390<br />
toneladas, correspon<strong>de</strong>ndo a um aumento <strong>de</strong> 45,7%.<br />
Em relação ao outro componente da balança comercial, as importações continuaram<br />
com elevadas taxas <strong>de</strong> crescimento durante o ano, chegando aos 5418<br />
milhões <strong>de</strong> pesetas, o que representa 15% em termos percentuais. Este importante<br />
incremento das importações po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se como um aspecto positivo,<br />
pois aumentaram as importações <strong>de</strong> pedra em bruto para po<strong>de</strong>r aumentar a<br />
produção <strong>de</strong> pedra elaborada com maior valor.<br />
Por outro lado, a <strong>de</strong>saceleração do saldo da balança comercial <strong>de</strong>u-se num ano,<br />
no qual factores <strong>de</strong> origem exógena afectaram a economia e, por conseguinte,<br />
também o sector da pedra natural. Por isso, essa <strong>de</strong>scida na taxa <strong>de</strong> crescimento<br />
não foi encarada como negativa, mas sim como uma mostra da fortaleza do<br />
sector, pois perante um período <strong>de</strong> crise internacional não <strong>de</strong>sceu em termos<br />
absolutos.<br />
168
Durante o ano <strong>de</strong> 2001, as importações <strong>de</strong> mármore em bruto aumentaram<br />
substancialmente, chegando a facturar 7965 milhões <strong>de</strong> pesetas (5,5%).<br />
O principal país <strong>de</strong> origem das importações espanholas <strong>de</strong> mármore em bruto<br />
nesse ano foi a Itália, com uma facturação <strong>de</strong> 3677 milhões, o que signifi ca um<br />
aumento <strong>de</strong> 8,9%, embora a importação tenha <strong>de</strong>crescido 4,5%, até às 78 269<br />
toneladas. Itália representava 46% da facturação <strong>de</strong>rivada da importação <strong>de</strong><br />
pedra por parte <strong>de</strong> Espanha.<br />
Em segundo lugar situava-se a Turquia com 1924 milhões <strong>de</strong> facturação. Destacando-se<br />
o Egipto como o país que maior crescimento teve nas importações<br />
<strong>de</strong> Espanha, aumentando durante o ano <strong>de</strong> 2001 a uma taxa <strong>de</strong> 285%.<br />
Itália é o país que mais mármore elaborado exporta para Espanha. A facturação<br />
italiana por estas exportações ascen<strong>de</strong> a 5994 milhões <strong>de</strong> pesetas, o que representa<br />
uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 28,2%, durante o ano 2001, embora se tenha<br />
assistido a uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> 6% do total <strong>de</strong> toneladas exportadas. Em segundo<br />
lugar encontra-se Portugal com 1221 milhões <strong>de</strong> facturação.<br />
O país que mais aumentou a sua facturação <strong>de</strong> exportação com <strong>de</strong>stino a Espanha<br />
foi a China com uma taxa <strong>de</strong> 213%.<br />
O saldo da balança comercial do ano 2002 apresentava um “superavit“ <strong>de</strong><br />
676.242 milhões <strong>de</strong> euros com um total <strong>de</strong> 906.727 milhões <strong>de</strong> euros em exportação<br />
e 230.485 milhões <strong>de</strong> euros em importação. Estes valores representavam<br />
um incremento em relação ao ano <strong>de</strong> 2001, no que diz respeito ao saldo, <strong>de</strong> 5,7%,<br />
crescimento superior ao crescimento do saldo do ano anterior que foi <strong>de</strong> 1,9%.<br />
Durante o ano <strong>de</strong> 2002, as maiores exportações <strong>de</strong> mármore em bruto foram<br />
para os Estados Unidos com um valor <strong>de</strong> 52.21 milhões <strong>de</strong> euros seguido da<br />
China com 29.<strong>07</strong>9 milhões <strong>de</strong> euros. As subidas mais importantes, em percentagem,<br />
correspon<strong>de</strong>ram a Portugal, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos<br />
que alcançaram aumentos <strong>de</strong> 153%, 111% e 100%, respectivamente.<br />
Para os restantes países, o aumento foi marginal, ocorrendo mesmo em alguns<br />
casos uma diminuição importante (Hong Kong, Japão, Brasil, Itália e China).<br />
As exportações <strong>de</strong> mármore elaborado em relação ao ano anterior aumentaram<br />
21,7%, <strong>de</strong> 179.571 milhões <strong>de</strong> euros a 218.469 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
O <strong>de</strong>stino prioritário das exportações espanholas <strong>de</strong> mármore elaborado durante<br />
o ano <strong>de</strong> 2002 foi os Estados Unidos, principal país com 71.131 milhões <strong>de</strong><br />
169
euros seguidos <strong>de</strong> México, Portugal e França. Os Estados Unidos representavam<br />
mais <strong>de</strong> 32% do total <strong>de</strong> exportações e o conjunto <strong>de</strong> México, Portugal e<br />
França alcançavam quase 30%.<br />
De <strong>de</strong>stacar, em termos <strong>de</strong> valor, os aumentos produzidos nas exportações da<br />
Alemanha, México e Portugal que tiveram percentagens <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> 180%,<br />
140% e 122%, respectivamente. A maior <strong>de</strong>scida foi a do Japão com 31,1%.<br />
No geral, o conjunto das importações apresentava uma diminuição importante,<br />
tanto em quantida<strong>de</strong> como em valor.<br />
A importação <strong>de</strong> mármore em bruto <strong>de</strong>sceu 22,3% em quantida<strong>de</strong> enquanto o<br />
seu valor aumentou 2,4%.<br />
As importações <strong>de</strong> mármore em bruto com maior signifi cado económico correspon<strong>de</strong>ram<br />
a Itália, Turquia e Portugal. Estes três países importaram 80% das<br />
importações totais.<br />
Em relação à importação <strong>de</strong> mármore elaborado, verifi cou-se uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong><br />
3,8% em quantida<strong>de</strong> e 24,7% em valor.<br />
Neste aspecto económico <strong>de</strong>stacou-se o elevado aumento das importações da<br />
China, Índia, Egipto e Alemanha que, em percentagem, foi <strong>de</strong> 115,8% para<br />
o primeiro dos países e da or<strong>de</strong>m dos 60% para cada um dos três países restantes.<br />
A importação espanhola <strong>de</strong> mármore elaborado com base na sua valorização<br />
procedia, em primeiro lugar e com uma gran<strong>de</strong> diferença dos restantes países,<br />
<strong>de</strong> Itália que representava 48% do total das importações <strong>de</strong> Espanha. Também<br />
eram fontes importantes <strong>de</strong>ste produto Portugal, Turquia, Índia e Grécia.<br />
Contudo, e em relação ao ano anterior, a valorização das importações espanholas<br />
<strong>de</strong> Itália diminuíram <strong>de</strong> forma signifi cativa passando <strong>de</strong> 36.3 milhões <strong>de</strong><br />
euros a 22.8 milhões <strong>de</strong> euros, o que supunha uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> 37%, diminuindo<br />
também as importações daquele país <strong>de</strong> Portugal, Grécia e China.<br />
Do lado do aumento <strong>de</strong> importações chamava-se a atenção para as proce<strong>de</strong>ntes<br />
do Egipto, Israel e Alemanha com percentagens <strong>de</strong> 238%, 161% e 127%,<br />
respectivamente.<br />
O saldo da balança comercial do ano 2003 para o sector apresentava um “superavit”<br />
<strong>de</strong> 634.666 milhões <strong>de</strong> euros com um total <strong>de</strong> 869.371 milhões <strong>de</strong> euros<br />
<strong>de</strong> exportações e 234.705 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> importações.<br />
170
Contudo, as variações em termos <strong>de</strong> valores em relação ao ano anterior, tanto das<br />
exportações como das importações foram negativas em termos percentuais.<br />
O volume total <strong>de</strong> exportações <strong>de</strong> produtos, expressos em toneladas, aumentou<br />
10,2% em relação ao ano anterior, mas em termos económicos diminuiu 5,7%,<br />
passando <strong>de</strong> 921 milhões <strong>de</strong> euros do ano 2002 para 869 milhões <strong>de</strong> euros em<br />
2003.<br />
Em relação ao volume total <strong>de</strong> importações <strong>de</strong> produtos, expressos em toneladas,<br />
aumentou 23,1% em relação ao ano anterior, mas em termos económicos<br />
diminuiu 1,16%, passando <strong>de</strong> 1.2 milhões <strong>de</strong> euros do ano 2002 para 1.4 milhões<br />
<strong>de</strong> euros em 2003.<br />
As exportações espanholas <strong>de</strong> mármore em bruto aumentaram 30,3% em termos<br />
<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e diminuíram 12,6% em valor.<br />
Durante o ano <strong>de</strong> 2003, o maior <strong>de</strong>stino para as exportações espanholas <strong>de</strong> mármore<br />
em bruto foram os Estados Unidos com um valor <strong>de</strong> 31.7 milhões <strong>de</strong> euros<br />
seguidos da China com 31.3 milhões <strong>de</strong> euros. Estes valores <strong>de</strong>monstravam uma<br />
importante <strong>de</strong>scida do mercado com os Estados Unidos na or<strong>de</strong>m dos 39%.<br />
Juntamente com esta <strong>de</strong>scida, uma importante quebra nas vendas para a Arábia<br />
Saudita e Hong Kong atingiu valores percentuais <strong>de</strong> 25%.<br />
As subidas mais importantes em valor, em termos percentuais, são as <strong>de</strong> França,<br />
Emirados Árabes Unidos, China e Japão que alcançaram aumentos <strong>de</strong> 38%,<br />
26%, 20% e 14%, respectivamente.<br />
As exportações espanholas <strong>de</strong> mármore elaborado aumentaram 4,8% em termos<br />
<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e tal como as <strong>de</strong> mármore em bruto, embora menos, diminuíram<br />
6,2% em valor.<br />
Os Estados Unidos estavam em primeiro lugar com um volume económico <strong>de</strong><br />
86 milhões <strong>de</strong> euros seguido <strong>de</strong> França, Portugal, México e Reino Unido que<br />
constituíram os <strong>de</strong>stinos prioritários das exportações <strong>de</strong>ste produto.<br />
Os Estados Unidos representavam, por si só, 40% do total <strong>de</strong> exportações e o<br />
conjunto <strong>de</strong> México, Portugal, França e Reino Unido alcançavam quase 25%.<br />
Eram <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar, em valor, os incrementos produzidos nas exportações para a<br />
Arábia Saudita, Estados Unidos e Reino Unido, que tiveram percentagens <strong>de</strong><br />
variação <strong>de</strong> 52%, 21% e 12%, respectivamente. As maiores <strong>de</strong>scidas foram do<br />
México e <strong>de</strong> Portugal com 53% e 43%, respectivamente.<br />
171
As importações espanholas <strong>de</strong> mármore em bruto aumentaram 29,8% em termos<br />
<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e 10,3% em valor.<br />
As importações <strong>de</strong> maior signifi cado económico correspon<strong>de</strong>ram à Itália, Turquia<br />
e Portugal, estes três países importaram 78% do total.<br />
Em termos <strong>de</strong> valores é importante <strong>de</strong>stacar o elevado aumento das importações<br />
<strong>de</strong> mármore em bruto proce<strong>de</strong>ntes da China, Alemanha e Índia que, em<br />
percentagem, foram <strong>de</strong> 100% para cada um dos dois primeiros países e <strong>de</strong> 52%<br />
para o caso da Índia.<br />
As importações espanholas <strong>de</strong> mármore elaborado aumentaram 0,3% em termos<br />
<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e diminuíram 1,1% em valor.<br />
A importação espanhola <strong>de</strong> mármore elaborado, aten<strong>de</strong>ndo à sua valorização,<br />
proce<strong>de</strong>, em primeiro lugar e com uma gran<strong>de</strong> diferença em relação aos<br />
restantes países, <strong>de</strong> Itália, que representam 38% do total das importações <strong>de</strong><br />
Espanha. Seguidamente, Turquia, Portugal, Índia e Grécia apareceram como<br />
principais países.<br />
Em relação ao ano anterior, a valorização das importações <strong>de</strong> Itália diminuíram<br />
<strong>de</strong> forma importante passando <strong>de</strong> 24 milhões <strong>de</strong> euros para 19.6 milhões <strong>de</strong><br />
euros, o que supunha uma <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> 18% em termos percentuais.<br />
Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />
1999<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
386 592<br />
477 958<br />
512 500<br />
838 715<br />
1 094 606<br />
24 402<br />
31 874<br />
34 444<br />
35 677<br />
31 408<br />
Quadro 39 – Exportações <strong>de</strong> mármore em bruto (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />
(ICEX))<br />
172
Quadro 40 – Importações <strong>de</strong> mármore em bruto (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />
(ICEX))<br />
Quadro 41 – Exportações <strong>de</strong> mármore elaborado (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />
(ICEX))<br />
Quadro 42 – Importações <strong>de</strong> mármore elaborado (Fonte: Dados do Instituto <strong>de</strong> Comércio Exterior<br />
(ICEX))<br />
173<br />
Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />
1999<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />
1999<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
Ano Quantida<strong>de</strong> (t) Valor (milhões <strong>de</strong> pesetas)<br />
1999<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
251 502<br />
275 292<br />
328 053<br />
258 118<br />
341 689<br />
218 179<br />
224 328<br />
249 613<br />
268 448<br />
294 947<br />
136 476<br />
126 540<br />
130 264<br />
128 068<br />
141 159<br />
5274<br />
7420<br />
7965<br />
8257<br />
9313<br />
23 067<br />
25 833<br />
29 753<br />
36 350<br />
35 601<br />
7402<br />
7858<br />
8256<br />
7885<br />
8577
V . Propostas <strong>de</strong> política económica<br />
para o sector<br />
175
176
O sector dos mármores em geral e o triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa<br />
em particular, assenta o seu crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento na activida<strong>de</strong> extractiva<br />
e transformadora com base no recurso geológico localizado, i.e. o mármore,<br />
recurso este que, ao longo dos anos, tem contribuído <strong>de</strong>cisivamente para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
económico, social e cultural do país e <strong>de</strong>sta zona em particular.<br />
Importa agora i<strong>de</strong>ntifi car quais os principais constrangimentos <strong>de</strong>ste sector e<br />
perante estes explanar e propor acções/medidas ten<strong>de</strong>ntes a uma refl exão e<br />
análise da Administração, po<strong>de</strong>r político e da tutela (evitando <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>fi nitiva<br />
que esta mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> organismo em organismo, conforme tem vindo a acontecer<br />
nos últimos anos), bem como <strong>de</strong> outros intervenientes neste sector <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong>, com o objectivo <strong>de</strong> contribuir para uma implementação <strong>de</strong> políticas<br />
sustentáveis que sejam coerentes e duradouras para o sector/região por forma<br />
ao seu real <strong>de</strong>senvolvimento. As acções a <strong>de</strong>senvolver terão efectivamente os<br />
consequentes benefícios económicos e sociais advindos <strong>de</strong> políticas económicas<br />
necessárias para que, a longo prazo, este sector continue a ser um “cluster”<br />
a nível nacional, bem como um motor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local e regional.<br />
Para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentado e crescimento do sector, o actual sistema<br />
está totalmente ultrapassado e mostra-se incapaz <strong>de</strong> proporcionar condições a<br />
esse mesmo <strong>de</strong>senvolvimento. Contornar a informalida<strong>de</strong> que se reconhece no<br />
sector só po<strong>de</strong>rá ser ultrapassada tendo como base uma nova cultura, assente<br />
entre a Administração e as empresas extractivas e transformadoras. Assim, po<strong>de</strong>mos<br />
i<strong>de</strong>ntifi car como principais ameaças, constrangimentos e preocupações<br />
<strong>de</strong>ste sector, em primeiro lugar a falta <strong>de</strong> um maior reconhecimento político<br />
da importância do sector, em todas as vertentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a económica à cultural.<br />
Assim, chama-se à atenção da Administração e respectiva Tutela todo o po<strong>de</strong>r<br />
político, contrariando uma percentagem <strong>de</strong>sta classe, que não tem o mínimo <strong>de</strong><br />
sensibilida<strong>de</strong> em relação a este sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, quando todavia este tem<br />
enormes vantagens económicas e sociais, relativamente a outros sectores, nomeadamente<br />
aqueles que integram a fi leira dos materiais para construção. Com<br />
efeito, o mármore é um produto natural que constitui uma das poucas marcas<br />
que “<strong>de</strong>sign”a um produto português. Reconhecido internacionalmente, o mármore<br />
é reciclável, reutilizável, inerte e não prejudica o meio ambiente! Po<strong>de</strong>mos<br />
mesmo afi rmar que este sector é ecologicamente sustentado, o que nos leva<br />
177
ainda a referir que na produção do mármore para pavimentos e revestimentos o<br />
impacte ambiental é sobretudo visual (pedreira), enquanto na cerâmica existem<br />
variadíssimos impactes dos quais se salienta um alto consumo energético com<br />
elevadas taxas <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> dioxinas. Em segundo lugar, o or<strong>de</strong>namento do<br />
território e o ambiente. Em termos ambientais e à face da realida<strong>de</strong> do sector,<br />
o Ministério da Ambiente <strong>de</strong>ve modifi car a sua postura face a este; o enquadramento<br />
técnico e legal do sector extractivo sofreu alterações extremamente<br />
penalizadoras com a tão badalada “Lei <strong>de</strong> pedreiras 270/2001” não só pelo que<br />
está consagrado nessa mesma legislação mas também pelo facto <strong>de</strong> a mesma<br />
não ter sido elaborada e gizada sob a égi<strong>de</strong> e peso do Ministério do Ambiente<br />
sem contemplar na sua elaboração a experiência do terreno que po<strong>de</strong>ria ser dada<br />
pelo Ministério da Economia, permitindo assim diversas interpretações e posicionamentos<br />
que em nada benefi ciam a efi ciência e visibilida<strong>de</strong> do sector.<br />
A “Lei <strong>de</strong> pedreiras 270/2001” recentemente regulamentada (Fevereiro 2005),<br />
em Conselho <strong>de</strong> Ministros, foi mais uma batalha do sector da pedra natural na<br />
<strong>de</strong>fesa dos seus interesses e do próprio país, on<strong>de</strong> lamentavelmente se per<strong>de</strong>u<br />
tempo e o sector foi largamente lesado, ainda que algumas das suas preocupações<br />
tenham sido agora incorporadas nesta nova regulamentação. Deve-se,<br />
portanto, no futuro ter em atenção que, ao se criarem novas Leis e regulamentos,<br />
estes tenham aplicação prática que unicamente possam servir interesses<br />
do sector e não particulares ou <strong>de</strong> índole política. Também <strong>de</strong>verá existir uma<br />
maior divulgação, das directivas europeias sobre as áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do sector<br />
da pedra natural, no entanto, sem uma visão radical, como tem sido prática<br />
em outros países da U.E. Também a criação <strong>de</strong> novas áreas cativas <strong>de</strong>ve ser tida<br />
em linha <strong>de</strong> conta, assim como se <strong>de</strong>vem estudar e proteger novas áreas extractivas<br />
que venham a ser alternativas às existentes. Nestas novas áreas <strong>de</strong>vem ser<br />
efectuadas sondagens que, ao contrário do que até agora tem sido feito, <strong>de</strong>vem<br />
ter um cariz qualitativo, i.e., não é tão importante saber por mais quantos anos<br />
ao ritmo <strong>de</strong> exploração actual temos mármore para a nossa indústria, mas se o<br />
que existe é economicamente rentável para ser extraído a fi m <strong>de</strong> ser comercializado.<br />
Importa, portanto, referir que se <strong>de</strong>ve fazer um esforço que envolverá<br />
também uma mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> para tentar criar frentes comuns <strong>de</strong> lavra,<br />
i.e., abrir as várias pedreiras, juntá-las e criar uma única frente <strong>de</strong> lavra. Na<br />
178
activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extracção da pedra, o principal factor crítico <strong>de</strong> sucesso é haver<br />
disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso geológico, i.e., o mármore, verifi cando-se persistentemente<br />
à escala local (<strong>de</strong> exploração), uma falta <strong>de</strong> conhecimento aprofundado<br />
e científi co sobre as jazidas. Assim, é possível encontrar, lado a lado, pedreiras<br />
com boa ou razoável lavra, e outras, em que a falta <strong>de</strong> conhecimentos técnicos<br />
e geológicos são a tónica dominante. Esta situação po<strong>de</strong> comprometer toda a<br />
envolvente do negócio como até pôr em causa explorações vizinhas.<br />
Só uma gran<strong>de</strong> distorção dos factores <strong>de</strong> mercado e a total passivida<strong>de</strong> das<br />
entida<strong>de</strong>s reguladoras sustenta este abundante tipo <strong>de</strong> explorações.<br />
Há que <strong>de</strong>fi nir com urgência se os programas PROZOM e AIZM irão e/ou continuarão<br />
a ser aplicados, estarão ou não <strong>de</strong>sajustados, per<strong>de</strong>ram ou não oportunida<strong>de</strong><br />
ou se ainda existe disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verbas para novos projectos, como<br />
também uma ampla auditoria às verbas já utilizadas, a fi m <strong>de</strong> todos os intervenientes<br />
terem o conhecimento real do facto <strong>de</strong> ter havido ou não efi ciência na<br />
sua aplicação e adopção. É pertinente lembrar que com vinte anos <strong>de</strong> atraso,<br />
no ano <strong>de</strong> 1994, o então governo incumbiu a então CCR Alentejo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r<br />
à elaboração do Plano Regional <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento da Zona dos Mármores<br />
(PROZOM). Este, consi<strong>de</strong>rando a área cativa e os aspectos geológicos mais<br />
importantes, assenta em UNOR – Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento e ADC – Áreas<br />
<strong>de</strong> Deposição Comum, tendo sido <strong>de</strong>fi nidas 5 UNOR: Estremoz; Borba/Barro<br />
Branco/Ruivina e as outras três em Vila Viçosa. Até 2004, pouco ou nada <strong>de</strong>ste<br />
plano tinha sido implementado, permanecendo e agravando-se um dos problemas<br />
principais da zona que é o <strong>de</strong>pósito em aterro <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> rejeitos e <strong>de</strong>sperdícios. Com estes aterros, existe, hoje em dia, um enorme<br />
passivo ambiental que se traduz num dos principais problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento<br />
do território que temos para solucionar nesta região. Face a isto, surgiu a EDC<br />
– Empresa Gestora das Áreas <strong>de</strong> Deposição Comum dos Mármores, S.A., que<br />
foi constituída com o objectivo <strong>de</strong> gerir, valorizar, comercializar e eventualmente<br />
<strong>de</strong>positar, os resíduos gerados pela indústria extractiva e transformadora<br />
do triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa. Esta é a principal contribuição<br />
para a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> optimização dos resíduos e <strong>de</strong> minimização<br />
dos efeitos directos e indirectos da acumulação <strong>de</strong>stes. Convém também<br />
referir que o sector <strong>de</strong>ve ser responsabilizado e responsabilizar-se ele próprio<br />
179
pelos seus próprios resíduos. Foram elaborados alguns planos <strong>de</strong> pormenor das<br />
UNOR’s e ADC’s e a EDC foi objecto <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> económica,<br />
sem que tenha havido até ao momento uma linha <strong>de</strong> actuação aprovada ou<br />
prevista, culpa sempre dividida entre os municípios envolvidos, a associação e<br />
os organismos intervenientes no processo.<br />
É necessário e urgente que as áreas <strong>de</strong> recursos geológicos já i<strong>de</strong>ntifi cados sejam<br />
objecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>nominação sustentada que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada em servidão<br />
administrativa sectorial em que o aproveitamento do recursos geológico (mármore)<br />
prevaleça sobre outros usos; que no seio <strong>de</strong>stas áreas os procedimentos<br />
administrativos sejam simplifi cados e céleres, sem prejuízo <strong>de</strong> a continuação<br />
da discussão do processo técnico se po<strong>de</strong>r manter para além da atribuição das<br />
licenças (esta indústria é <strong>de</strong> médio e longo prazo cuja antecipação do início dos<br />
trabalhos não põe em causa o projecto fi nal a aprovar). A aprovação da realização<br />
<strong>de</strong> projectos integrados <strong>de</strong>ve ser promovida para o interior <strong>de</strong>stas áreas que<br />
serão o documento técnico orientador vinculativo para as empresas a operar na<br />
área. Também as entida<strong>de</strong>s reguladoras da activida<strong>de</strong> na região, sobretudo nas<br />
áreas do licenciamento, fi scalização e ambiente, salientando-se esta área pelos<br />
sucessivos erros que vem cometendo, têm operado <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>fi ciente e até <strong>de</strong><br />
forma alheada da activida<strong>de</strong> que, acreditamos, ser <strong>de</strong>vido a diversos factores<br />
como mudanças <strong>de</strong> tutela, falta <strong>de</strong> conhecimentos profi ssionais, regulamentações<br />
dúbias, outras nem sequer regulamentadas ou sujeitas unicamente a critérios<br />
pessoais. Na realida<strong>de</strong>, são factores extremamente negativos no âmbito da<br />
activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora da pedra natural do Alentejo. Em terceiro<br />
lugar, a pouca importância até mesmo a reduzida força que as instituições têm<br />
neste sector, assim como será <strong>de</strong> ressaltar a diminuta activida<strong>de</strong> das associações<br />
empresariais, em especial a ASSIMAGRA que, sendo a principal associação do<br />
sector, tem tido uma activida<strong>de</strong> quase nula nos últimos anos perante os graves<br />
problemas que este atravessa, muito embora seja também <strong>de</strong> salientar a inércia,<br />
falta <strong>de</strong> interesse e comodismo <strong>de</strong>monstrado pela classe empresarial. Alguns<br />
dos problemas do sector resultam da estrutura marcadamente familiar das empresas<br />
on<strong>de</strong> o conhecimento empírico passa <strong>de</strong> pais para fi lhos sem acompanhar<br />
e antecipar as mudanças que vêm ocorrendo <strong>de</strong> forma rápida nos processos <strong>de</strong><br />
“marketing”, na globalização, na regulamentação nacional e internacional e na<br />
180
evolução dos mercados, entre outras. Em quarto lugar, a tão falada e instituída<br />
burocracia cada vez mais difícil <strong>de</strong> ser contornada. A Administração <strong>de</strong>verá<br />
estudar novos processos legislativos e regulamentadores <strong>de</strong> forma a eliminar<br />
este grave problema que ro<strong>de</strong>ia o sector da pedra natural, como outros sectores<br />
em Portugal. A título <strong>de</strong> exemplo, e como foi referido anteriormente, a própria<br />
“Lei <strong>de</strong> pedreiras 270/2001”que <strong>de</strong>veria ter tido em linha <strong>de</strong> conta não só todas<br />
as preocupações referidas anteriormente, em tempo útil, como também outras<br />
que tenham em atenção a realida<strong>de</strong> do sector em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> processos burocráticos<br />
<strong>de</strong>sajustados. Em quinto lugar, a qualifi cação dos recursos humanos<br />
que se caracteriza por uma baixa qualifi cação profi ssional associada a um baixo<br />
nível cultural dos trabalhadores que assentam a sua activida<strong>de</strong> no conhecimento<br />
acumulado pela experiência fruto dos longos anos <strong>de</strong> trabalho e não numa permanente<br />
formação contínua, com refl exos acentuados em matéria <strong>de</strong> segurança<br />
no trabalho, verifi cando-se muito frequentemente atitu<strong>de</strong>s displicentes por parte<br />
<strong>de</strong>stes no cumprimento <strong>de</strong> normas <strong>de</strong> segurança que resultam em aci<strong>de</strong>ntes gravosos<br />
para a sua própria integrida<strong>de</strong> física como para as empresas.<br />
Infelizmente esta constatação não se tem alterado signifi cativamente ao longo<br />
dos últimos anos, apesar da existência <strong>de</strong> uma escola tecnológica no CE-<br />
VALOR que em matéria <strong>de</strong> formação profi ssional <strong>de</strong>verá ser reavaliada em<br />
face das mudanças e alterações que vêm ocorrendo na formação profi ssional<br />
no sector, quer a nível mundial como nacional. Nesta matéria, <strong>de</strong>vem-se criar<br />
condições para a realização <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> curta duração junto das<br />
empresas e se possível no posto <strong>de</strong> trabalho, quer para operários para que estes<br />
possam assumir um papel multifunções <strong>de</strong> forma a diminuir o risco <strong>de</strong> perda<br />
<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> por razões relacionadas com as faltas ao trabalho por parte<br />
<strong>de</strong> operários especializados (especialmente nas microempresas), uma vez que<br />
o sector se caracteriza por altas taxas <strong>de</strong> absentismo, incluindo para formandos<br />
candidatos a trabalhar. Deve-se também fomentar a criação <strong>de</strong> cursos para a<br />
classe empresarial, nas áreas <strong>de</strong> gestão e organização <strong>de</strong> empresas, assim como<br />
aproveitar programas já em curso como “Re<strong>de</strong>s” e outros e adaptá-los às especifi<br />
cida<strong>de</strong>s do sector. A falta <strong>de</strong> quadros técnicos qualifi cados com especial<br />
relevo na área comercial é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito assumida como um dos gran<strong>de</strong>s<br />
problemas do sector, característica que não é facilmente contornável, dado o<br />
181
peso das microempresas na estrutura empresarial. Esta realida<strong>de</strong> é tanto mais<br />
problemática quanto é exigente o sector em competências técnicas e científi -<br />
cas, sendo o aprofundamento do associativismo e da cooperação entre empresas<br />
uma das soluções possíveis para amenizar este problema. Deve-se ainda<br />
reformular as matérias em algumas das áreas <strong>de</strong> formação profi ssional e, em<br />
relação ao CEVALOR, <strong>de</strong>ve este centro tecnológico fomentar uma maior ligação<br />
<strong>de</strong>ste às Universida<strong>de</strong>s, principalmente ao Instituto Superior Técnico,<br />
à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, Universida<strong>de</strong> Nova, UTAD e INETI, nas áreas <strong>de</strong><br />
geologia e engenharia e também às Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Arquitectura, o que iria<br />
contribuir para um real apoio e subsequente <strong>de</strong>senvolvimento do sector. É exigível<br />
também uma melhor formação profi ssional específi ca à activida<strong>de</strong> do<br />
sector, aos técnicos dos organismos fi scalizadores e licenciadores, bem como<br />
na área do ambiente. Em sexto lugar, outra das áreas com algumas <strong>de</strong>fi ciências<br />
é a área dos transportes e logística. Em relação a esta, <strong>de</strong>ver-se-iam adoptar<br />
medidas tocantes à diminuição do transporte rodoviário da pedra para <strong>de</strong>terminados<br />
<strong>de</strong>stinos, promovendo a implementação e o incremento <strong>de</strong> transporte<br />
ferroviário e marítimo, este último muito mais utilizado no passado.<br />
Outra das medidas, nesta área, seria a criação <strong>de</strong> zonas <strong>de</strong>salfan<strong>de</strong>gadas <strong>de</strong><br />
parqueamento <strong>de</strong> pedra natural nos portos portugueses como é o caso <strong>de</strong> Sines,<br />
para o qual foi efectuado um estudo há mais <strong>de</strong> quatro anos, <strong>de</strong> modo a<br />
proporcionar menores custos na exportação e importação <strong>de</strong> mármore. Também<br />
a redução dos custos portuários nos portos portugueses, sem dúvida que<br />
iria criar uma alternativa real à exportação e importação por via marítima.<br />
A criação <strong>de</strong> plataformas logísticas junto à fronteira <strong>de</strong> modo a servirem <strong>de</strong><br />
interface nos transportes internacionais <strong>de</strong> exportação e importação seria outra<br />
das medidas a adoptar. Também <strong>de</strong>via ser tida em linha <strong>de</strong> conta a análise do<br />
pagamento do IVA na importação através dos portos portugueses que actualmente<br />
difere quando o mesmo é efectuado através dos portos espanhóis: e outros.<br />
Em sétimo lugar, os mercados interno e externo, este com falta <strong>de</strong> apoios<br />
e incentivos à exportação, que necessitam <strong>de</strong> ser criados conforme promessa<br />
do governo, para que o sector possa obter condições concorrenciais idênticas<br />
aos seus parceiros europeus. Em relação ao primeiro, <strong>de</strong>ve incrementar-se o<br />
consumo interno através <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> divulgação e promoção, principalmente<br />
182
junto das escolas <strong>de</strong> Arquitectura e Design bem como junto <strong>de</strong> prescritores e<br />
consumidores fi nais. Deve-se incorporar também nos ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> encargo das<br />
obras públicas as características físicas e químicas das pedras naturais portuguesas<br />
em especial dos mármores <strong>de</strong>sta região. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções<br />
continuadas e sustentadas junto dos prescritores – Arquitectos e gabinetes <strong>de</strong><br />
projectos é <strong>de</strong> importância extrema, assim como a edição <strong>de</strong> manuais e livros<br />
técnicos como por exemplo do tipo “faça você mesmo”.<br />
Em relação ao mercado externo, é premente a inclusão do mármore no projecto<br />
Portugal Tra<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvido pelo ICEP/IAPMEI, projecto este que aguarda<br />
novos pareceres para a sua aprovação.<br />
É urgente o estudo e implementação <strong>de</strong> uma estratégia sustentada <strong>de</strong> intervenção<br />
nos novos mercados emergentes com especial <strong>de</strong>staque na Ásia, mais propriamente<br />
na China, Países <strong>de</strong> Leste, tais como Rússia e Ucrânia e Países <strong>de</strong> Alargamento<br />
da União Europeia, principalmente Polónia, Hungria e República Checa.<br />
A criação <strong>de</strong> um novo protocolo <strong>de</strong> apoio exclusivo a este sector <strong>de</strong>vido à sua<br />
especifi cida<strong>de</strong> e actuais difi culda<strong>de</strong>s pelo ICEP/IAPMEI, não só em termos<br />
<strong>de</strong> feiras sectoriais internacionais; acções promocionais; estudos <strong>de</strong> mercado,<br />
promoção e divulgação dos nossos materiais, etc., são <strong>de</strong> extrema necessida<strong>de</strong>,<br />
assim como o fomento e apoio <strong>de</strong> uma nova imagem das nossas empresas na<br />
sua apresentação em feiras internacionais do sector. Não menos importante e<br />
urgente é a criação <strong>de</strong> uma campanha internacional que contribua para a retoma<br />
da “moda” do mármore Rosa e Creme <strong>de</strong>sta região, em que os empresários<br />
locais serão sem dúvida os principais responsáveis nessa contribuição através<br />
<strong>de</strong> um maior dinamismo e actualização nos processos <strong>de</strong> promoção e divulgação<br />
<strong>de</strong>ste nosso importante recurso natural.<br />
Existe ainda uma forte necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certifi car os materiais produzidos e a<br />
fornecer nos mercados tal como a directiva Europeia <strong>de</strong> 89 assim o <strong>de</strong>terminou,<br />
e por último a inovação, tão badalada nos nossos dias mas muitas vezes<br />
falada “da boca para fora”. Para que exista competitivida<strong>de</strong> empresarial é necessário<br />
e extremamente importante que exista uma maior interligação entre<br />
todos os operadores da fi leira das pedras naturais, nomeadamente no mármore,<br />
tais como extractores, transformadores e principalmente distribuidores e<br />
ven<strong>de</strong>dores. Nesta perspectiva, as empresas <strong>de</strong>vem controlar cada vez mais<br />
183
as activida<strong>de</strong>s a montante e a jusante, <strong>de</strong>monstrando uma tendência para o<br />
incremento do grau <strong>de</strong> integração ao longo <strong>de</strong> toda a fi leira, uma fl exibilida<strong>de</strong><br />
e um dinamismo maiores nas suas estruturas empresariais a fi m <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem<br />
garantir a satisfação <strong>de</strong> um mercado cada vez mais globalizado. Não obstante<br />
esta interligação e integração ao longo da fi leira produtiva, é extremamente<br />
importante existir adaptação ao mercado com fornecimento <strong>de</strong> produtos inovadores<br />
e incorporação <strong>de</strong> factores intangíveis ou imateriais <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />
tais como o “<strong>de</strong>sign”, a notorieda<strong>de</strong> e imagem da marca “goodwill” bem como<br />
a fl exibilização dos prazos <strong>de</strong> entrega. A título <strong>de</strong> exemplo, com a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> recorrer a uma nova tecnologia que possibilita o corte <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong><br />
pedra natural muito fi nas, consegue-se explorar uma nova gama <strong>de</strong> produtos<br />
<strong>de</strong>stinada a incorporação na indústria do mobiliário e <strong>de</strong> novos produtos para<br />
a construção civil.<br />
A alteração <strong>de</strong>ste cenário terá que passar por uma alteração signifi cativa dos<br />
comportamentos e posicionamentos <strong>de</strong> todos os intervenientes, constituindose<br />
este sector como um “cluster” <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, no qual quer a Administração<br />
e os organismos públicos ou privados percebam as potencialida<strong>de</strong>s<br />
e ecoefi ciências do sector. As actuais pressões ambientais que pairam sobre<br />
o sector po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser transformadas num factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> se<br />
forem encaradas como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> introduzir melhorias na efi ciência<br />
dos processos e na diferenciação dos concorrentes. Poucas são as matériasprimas<br />
como o mármore que possam internalizar os mais mo<strong>de</strong>rnos conceitos<br />
<strong>de</strong> “eco<strong>de</strong>sign”. Nesta matéria, o sector <strong>de</strong>ve assumir uma enorme oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> inovação altamente competitiva. Deve tentar-se uma intervenção mais<br />
construtiva e efi ciente, assente numa linguagem única e articulada que vai<br />
permitir dar os passos necessários ao tão <strong>de</strong>sejado <strong>de</strong>senvolvimento e crescimento<br />
sustentados, tão necessários ao sector como a esta região, tendo sempre<br />
presente que o mármore como recurso geológico é inamovível e, como tal, tem<br />
que ser explorado e trabalhado on<strong>de</strong> a natureza o criou.<br />
184
VI . Principais conclusões<br />
185
186
No triângulo <strong>de</strong> Estremoz - Borba - Vila Viçosa, o mármore <strong>de</strong>staca-se por<br />
ser um produto bastante atractivo, graças ao seu valor intrínseco, como também<br />
à distinção com que é utilizado nas mais diversas aplicações; o mármore<br />
como pedra natural goza <strong>de</strong> um alto prestígio, uma vez que é um produto<br />
natural <strong>de</strong> alto valor estético e ecológico. A somar a estes factores positivos,<br />
as suas reservas <strong>de</strong> elevado valor, diversida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong>, estão aliadas ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico das empresas, principalmente as transformadoras,<br />
que recentemente, algumas das quais, optaram e bem, na satisfação dos<br />
clientes, através da aposta na certifi cação da qualida<strong>de</strong>, processos e produtos,<br />
a um “know-how” <strong>de</strong> trabalho na pedra, on<strong>de</strong> a tradição e sabedoria está acumulada<br />
ao longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> anos. A existência <strong>de</strong> um centro tecnológico<br />
nesta zona, o CEVALOR, contribui para que este produto, o mármore, obtenha<br />
uma mais-valia consi<strong>de</strong>rável que o po<strong>de</strong> projectar <strong>de</strong> um modo mais relevante<br />
e fi rme no mercado interno, eventualmente nos mercados internacionais.<br />
Não obstante os pontos fortes aqui mencionados que recaem sobre este nobre<br />
produto, assistimos hoje em dia a uma forte concorrência enfrentada por este,<br />
on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>nominador comum são os baixos custos <strong>de</strong> produção e maior competitivida<strong>de</strong><br />
por parte <strong>de</strong> países como a China, Índia, Roménia e Turquia que<br />
vão necessariamente obrigar os produtores, tanto os nacionais como os <strong>de</strong>sta<br />
zona, a profi ssionalizarem a sua gestão (existe uma fraca sensibilida<strong>de</strong> empresarial<br />
para questões essenciais ao acréscimo <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, tais como a<br />
formação; nesta área a fraca formação dos gestores está aliada a uma gran<strong>de</strong><br />
improvisação em <strong>de</strong>trimento da estratégia e o conhecimento <strong>de</strong>sta, assim como<br />
a <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> ou escassez <strong>de</strong> recursos humanos qualifi cados e também <strong>de</strong> quadros<br />
intermédios são uma constante, normas ambientais, segurança e higiene<br />
no trabalho, qualida<strong>de</strong>, “marketing”, comunicação e publicida<strong>de</strong>. Também as<br />
estruturas fi nanceiras das empresas estão <strong>de</strong>sajustadas com capitais próprios<br />
reduzidos, capitais alheios <strong>de</strong> curto prazo e custos fi xos elevados, assim como<br />
e mais no caso das empresas extractivas, necessida<strong>de</strong>s cíclicas fi nanciadas com<br />
operações <strong>de</strong> tesouraria e ciclos <strong>de</strong> exploração longos), a aumentarem a dimensão<br />
crítica das suas explorações e a acrescentar mais e mais valor aos seus produtos,<br />
através da adopção <strong>de</strong> novas tecnologias sob pena <strong>de</strong> <strong>de</strong>fi nharem num<br />
curto espaço <strong>de</strong> tempo. Com o aparecimento <strong>de</strong> produtos originários <strong>de</strong>sses<br />
187
países, principalmente dos asiáticos, bem como <strong>de</strong> outros aqui não mencionados,<br />
a movimentação das unida<strong>de</strong>s empresariais nacionais fi cou gravemente<br />
comprometida, já que os nossos empresários estão fortemente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos<br />
intermediários internacionais, que normalmente não mantêm uma forte fi <strong>de</strong>lização<br />
aos seus fornecedores. Assim sendo, é urgente que as nossas empresas<br />
ganhem dimensão (este tecido empresarial é marcado por um número muito<br />
elevado <strong>de</strong> pequenas empresas, portanto sem dimensão), que se associem<br />
(existe um gran<strong>de</strong> défi ce <strong>de</strong> cultura associativa e cooperativa em paralelo com<br />
um excessivo individualismo que se traduz entre outros factores negativos na<br />
política <strong>de</strong> preços, o que difi culta uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento comum)<br />
e se organizem (a estrutura <strong>de</strong> base do sector está <strong>de</strong>sajustada, i.e., a maior<br />
parte das vezes o proprietário não é o explorador, logo as responsabilida<strong>de</strong>s,<br />
direitos e <strong>de</strong>veres bem como os riscos, não são assumidos), porque a competitivida<strong>de</strong><br />
e a própria inovação passa por estas medidas. O aproveitamento das<br />
potencialida<strong>de</strong>s atrás <strong>de</strong>scritas continua a necessitar <strong>de</strong> apoios institucionais e<br />
<strong>de</strong> agentes dinâmicos com visão estratégica da indústria da pedra (existe falta<br />
<strong>de</strong> acompanhamento técnico bem como <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio às<br />
empresas insufi ciente), numa perspectiva <strong>de</strong> auto-sustentabilida<strong>de</strong>.<br />
Assim, po<strong>de</strong>mos concluir que existem recursos, existem equipamentos e tecnologias<br />
sufi cientemente a<strong>de</strong>quadas em número e qualida<strong>de</strong>. Sem dúvida que<br />
também existe uma tradição no sector que resulta num elevado “stock” <strong>de</strong><br />
“know-how” acumulado ao nível do saber fazer. Ao nível da empresa, o sector<br />
está infra-estruturado, não havendo escassez <strong>de</strong> meios, mas sim má gestão e<br />
<strong>de</strong>sperdícios.<br />
Pelo que anteriormente foi <strong>de</strong>scrito, o caminho passa por não investir em mais<br />
infra-estruturas, mas sim na qualifi cação da gestão e efi cácia dos sistemas,<br />
o que exige uma visão estratégica, coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> esforços e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
li<strong>de</strong>rança. Nesta vertente, tanto a ASSIMAGRA e outras associações do sector<br />
como também a tutela <strong>de</strong>vem assumir um papel fundamental no sentido <strong>de</strong><br />
garantir que os diferentes níveis <strong>de</strong> administração pública não continuem como<br />
até aqui, impunemente, a possibilitar a aplicação <strong>de</strong> dinheiro público em toda a<br />
espécie <strong>de</strong> projectos, planos, programas, bem como políticas que não concorram<br />
para os objectivos estruturantes da zona.<br />
188
As acções a levar por diante <strong>de</strong>vem consubstanciar-se nos seguintes aspectos:<br />
criação <strong>de</strong> uma estrutura comercial mais a<strong>de</strong>quada e mais agressiva com ênfase<br />
numa fi losofi a <strong>de</strong> “marketing”, comunicação e publicida<strong>de</strong>, valorizando a<br />
nossa matéria-prima, tornando-a a pôr na “moda”, constituindo e promovendo<br />
para isso uma marca por exemplo “Estremoz”, “Rosa Portugal”, etc., que vá<br />
possibilitar que a referida fi losofi a seja a<strong>de</strong>quada tanto para os mercados tradicionais<br />
como para os novos, que é urgente conseguir alcançar com sucesso.<br />
Esta marca atrás referida <strong>de</strong>ve assumir uma particular importância, não esquecendo<br />
toda a componente <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sign” que o sector e esta zona em particular<br />
carecem. A aplicação <strong>de</strong> conceitos associados ao “eco-<strong>de</strong>sign”, (referido no<br />
capítulo anterior), são altamente vantajosos;<br />
A melhoria <strong>de</strong> gestão das tecnologias em todas as fases do processo produtivo<br />
e aposta forte na formação contínua, <strong>de</strong> modo a garantir recursos humanos<br />
qualifi cados;<br />
Redimensionamento das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extracção com uma gestão da lavra mais<br />
racional consi<strong>de</strong>rando aspectos geológicos, ambientais, <strong>de</strong> segurança, comerciais<br />
e sendo possível criando frentes comuns <strong>de</strong> lavra, tendo em conta que a extracção<br />
do mármore não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>slocalizada, já que este é um produto natural e como<br />
tal situado num <strong>de</strong>terminado local e consi<strong>de</strong>rando também que a sua transformação<br />
tem tido a tendência <strong>de</strong> ser local <strong>de</strong>vido aos elevados custos <strong>de</strong> transporte,<br />
tendência esta que se está a alterar principalmente por causa da redução drástica<br />
dos custos <strong>de</strong> transporte da Europa para o Médio e Extremo Oriente, o que vai<br />
possibilitar que empresas <strong>de</strong> países como a China possam agora comprar blocos<br />
no nosso país bem como em outros países europeus, transportá-los para as suas<br />
fábricas e transformá-los a baixos custos <strong>de</strong> tal forma competitivos que vão possibilitar<br />
a estas empresas a venda dos respectivos produtos acabados aos países<br />
<strong>de</strong> origem do mármore utilizado. Este fenómeno <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocalização <strong>de</strong> uma indústria<br />
com poucas qualifi cações e competências (mão-<strong>de</strong>-obra pouco especializada)<br />
bem como um muito baixo valor acrescentado, com pouca facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocalização,<br />
pelo que anteriormente foi exposto, irá a breve trecho pôr em risco o sector<br />
da transformação do mármore do Alentejo em especial das empresas sediadas<br />
nesta região. As nossas empresas per<strong>de</strong>rão a vantagem da localização até agora<br />
existente, sendo que as extractivas que possuírem paralelamente à extracção in-<br />
189
dustrial produtos standardizados como os ladrilhos e afi ns irão durante um maior<br />
período <strong>de</strong> tempo aguentar a pressão concorrencial <strong>de</strong> países como a China, uma<br />
vez que po<strong>de</strong>m distribuir os danos ao longo <strong>de</strong> toda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor. Quanto<br />
àqueles que compram a matéria-prima localmente e a transformam em produtos<br />
fi nais, irão ter tremendas difi culda<strong>de</strong>s em sobreviver a médio prazo.<br />
É certo que nunca existirá uma só solução para a resolução <strong>de</strong> qualquer problema,<br />
embora a que me pareça com mais hipóteses <strong>de</strong> ter sucesso resi<strong>de</strong> na ca<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> valor, i.e., precisamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver fortes competências e qualifi cações<br />
que <strong>de</strong>vam ser utilizadas sobretudo para inovar produtos e processos, produtos<br />
esses com especifi cida<strong>de</strong>s especiais para os vários mercados em que o nosso<br />
mármore é conhecido através da sua singularida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, como é o caso<br />
dos mercados europeus, norte-americano e Médio Oriente. Resta às nossas<br />
empresas, ou inovar no “<strong>de</strong>sign” dos produtos, elevando os seus padrões <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>, dando novas funcionalida<strong>de</strong>s a estes produtos, possibilitando ainda<br />
a aplicação <strong>de</strong>stes em diferentes situações e novas condições, ou então, reinventamos<br />
por completo o produto, cortando com os actuais paradigmas como<br />
aliás o fi zeram outras indústrias, tais como a do fabrico <strong>de</strong> soalhos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
com a passagem dos tacos para os pavimentos fl utuantes. A aquisição <strong>de</strong> mais<br />
qualifi cações e competências só faz sentido se for para aumentar a capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> inovação, tendo como objectivo a subida na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor que só se consegue<br />
através <strong>de</strong>sta.<br />
É urgente congregar esforços entre todos os intervenientes, no sentido <strong>de</strong> mantermos<br />
e consolidarmos esta activida<strong>de</strong> e a consequente valorização do seu<br />
produto-base, o mármore, recorrendo a uma maior dimensão e capacida<strong>de</strong> fi -<br />
nanceira, po<strong>de</strong>ndo assim assumir uma posição <strong>de</strong> força nos mercados, como<br />
<strong>de</strong>fesa à entrada <strong>de</strong> novos concorrentes internamente, e maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
penetração externamente.<br />
Em conclusão, a possível solução passará pela associação <strong>de</strong> várias empresas<br />
em <strong>de</strong>terminados projectos e negócios ou até mesmo à fusão entre elas. O problema<br />
da globalização que todos enfrentamos não se coaduna com visões excessivamente<br />
individualistas <strong>de</strong> tudo isto, e não se estranhe este facto, pois não<br />
é só neste sector que isto se está a passar, o mesmo acontece noutros sectores,<br />
como o calçado, confecção <strong>de</strong> vestuário, electrodomésticos, entre outros.<br />
190
A primeira priorida<strong>de</strong> do Estado, bem como das empresas e outros intervenientes,<br />
passa por estar atento a todas as mudanças analisando todos os prós<br />
e contras, oportunida<strong>de</strong>s e ameaças para, em seguida, estudar as possíveis soluções<br />
aqui apresentadas e formular estratégias com congregação <strong>de</strong> esforços<br />
por parte <strong>de</strong> todos.
VII . Bibliografi a<br />
193
194
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vol. 29, n.º 3, vol. 30, n.º 3, vol. 31, n.º 4, vol. 32, n.º 2, vol. 33, n.º 2, vol.<br />
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VIII . Anexos<br />
201
202
Activida<strong>de</strong>s Extracção<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Transformação<br />
203<br />
8.1 – Anexo I<br />
Serragem Bancada do Maciço<br />
Desmonte + 1.º esquadrejamento (máq. fi o<br />
diamantado)<br />
2.º esquadrejamento – serragem<br />
com monolâmina + monofi o<br />
Polimento, Biselamento, Selecção,<br />
Inspecção e Embalagem<br />
Maciço Rochoso <strong>de</strong> Mármore<br />
Blocos com forma<br />
<strong>de</strong>fi nida<br />
"Inputs": água; discos; explosivos; óleo; energia eléctrica; compressor (ar comprimido)<br />
"Outputs": água residual; resíduos; sucata diversa; pneus; óleo usado; natas; subproduto (blocos<br />
e restos <strong>de</strong> pedra).<br />
Fluxograma 8 – Activida<strong>de</strong> extractiva e transformadora<br />
N.º Talhada<br />
Talhada Blocos Irregulares<br />
Comercialização<br />
Serragem<br />
Chapa importada Bloco<br />
Chapa serrada<br />
Engenhos <strong>de</strong> corte<br />
Polimento (Polidora <strong>de</strong> Chapa) Chapa polida Comercialização<br />
Corte (máquinas <strong>de</strong> corte) Tiras ou Bandas Comercialização<br />
Mosaicos Comercialização<br />
Acabamentos Obra Comercialização<br />
Comercialização
Depósito <strong>de</strong> água limpa Perfuração<br />
Furo<br />
Caleira<br />
Água com Natas<br />
Tanque<br />
Água com Natas<br />
Depurador<br />
Natas<br />
Depósito <strong>de</strong> natas<br />
Natas<br />
Prensa<br />
Natas<br />
Água Limpa<br />
Água com Natas<br />
Água Limpa<br />
Fluxograma 9 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício<br />
Serragem<br />
Desmonte<br />
Remoção<br />
Transformação Primária<br />
Escombreira<br />
Desperdício<br />
204
Furo<br />
Depurador<br />
205<br />
Depósito <strong>de</strong> Água Limpa<br />
Caleira<br />
Água com Natas<br />
Tanque<br />
Água com Natas<br />
Depurador<br />
Água com Natas<br />
Depósito <strong>de</strong> Natas<br />
Natas<br />
Filtro Prensa<br />
Natas<br />
Água Limpa<br />
Água com Natas<br />
Depurador<br />
Água Limpa<br />
Fluxograma 10 – Ciclo da água e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> uma transformadora<br />
Serrragem<br />
Polimento<br />
Corte<br />
Selecção<br />
Embalagem<br />
Comercialização<br />
Escombreira<br />
Desperdício
8.2 – Anexo II<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Figura 12 – Esquema <strong>de</strong> abaixamento <strong>de</strong> piso executado por uma roçadora<br />
206
1 2<br />
3 4<br />
5 6<br />
7<br />
Figura 13 – Esquema <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> um novo canal<br />
2<strong>07</strong>
8.3 – Anexo III<br />
Escalões <strong>de</strong><br />
produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />
P < 500<br />
500 ≤ P
Quadro 45 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1982 (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
Quadro 46 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1983 (Fonte: Boletim <strong>de</strong> Minas)<br />
209<br />
Escalões <strong>de</strong><br />
produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />
P < 500<br />
500 ≤ P
Escalões <strong>de</strong><br />
produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />
P < 500<br />
500 ≤ P
Quadro 49 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1986 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
Quadro 50 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> produção em 1987 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
211<br />
Escalões <strong>de</strong><br />
produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />
P < 500<br />
500 ≤ P
Escalões <strong>de</strong><br />
produção (t) N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras Produção (t)<br />
P < 500<br />
500 ≤ P
213<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
N ≤ 5<br />
66<br />
68<br />
202<br />
5 < N ≤ 10<br />
22<br />
24<br />
176<br />
10 < N ≤ 20<br />
19<br />
31<br />
282<br />
20 < N ≤ 30<br />
6<br />
13<br />
145<br />
30 < N ≤ 50<br />
9<br />
23<br />
336<br />
50 < N ≤ 100<br />
3<br />
16<br />
212<br />
N > 100<br />
5<br />
38<br />
864<br />
Total<br />
130<br />
213<br />
2217<br />
Quadro 53 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1980 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
72<br />
21<br />
27<br />
8<br />
4<br />
4<br />
5<br />
141<br />
72<br />
23<br />
42<br />
19<br />
10<br />
20<br />
40<br />
226<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
219<br />
155<br />
409<br />
214<br />
151<br />
255<br />
851<br />
2254<br />
Quadro 54 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1981 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
78<br />
28<br />
21<br />
11<br />
4<br />
4<br />
5<br />
151<br />
79<br />
31<br />
30<br />
27<br />
9<br />
22<br />
41<br />
239<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
247<br />
206<br />
316<br />
282<br />
143<br />
285<br />
872<br />
2351<br />
Quadro 55 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1982 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
74<br />
27<br />
23<br />
12<br />
4<br />
4<br />
5<br />
149<br />
74<br />
32<br />
32<br />
27<br />
13<br />
22<br />
43<br />
243<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
232<br />
212<br />
319<br />
304<br />
152<br />
278<br />
874<br />
2371<br />
Quadro 56 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1983 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
214
215<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
N ≤ 5<br />
57<br />
58<br />
181<br />
5 < N ≤ 10<br />
31<br />
36<br />
243<br />
10 < N ≤ 20<br />
25<br />
40<br />
364<br />
20 < N ≤ 30<br />
9<br />
18<br />
223<br />
30 < N ≤ 50<br />
5<br />
15<br />
181<br />
50 < N ≤ 100<br />
5<br />
25<br />
353<br />
N > 100<br />
4<br />
38<br />
781<br />
Total<br />
136<br />
230<br />
2326<br />
Quadro 57 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1984 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
50<br />
25<br />
25<br />
6<br />
8<br />
4<br />
5<br />
123<br />
50<br />
29<br />
42<br />
12<br />
31<br />
20<br />
44<br />
228<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
171<br />
203<br />
386<br />
155<br />
304<br />
255<br />
879<br />
2353<br />
Quadro 58 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1985 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
51<br />
26<br />
24<br />
9<br />
4<br />
7<br />
4<br />
125<br />
51<br />
28<br />
39<br />
21<br />
11<br />
37<br />
39<br />
226<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
170<br />
2<strong>07</strong><br />
368<br />
236<br />
162<br />
478<br />
773<br />
2394<br />
Quadro 59 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1986 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
46<br />
32<br />
15<br />
10<br />
5<br />
9<br />
4<br />
121<br />
47<br />
38<br />
21<br />
24<br />
14<br />
44<br />
39<br />
227<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
152<br />
259<br />
222<br />
256<br />
186<br />
560<br />
778<br />
2413<br />
Quadro 60 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1987 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
216
Quadro 61 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1988 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
Quadro 62 – Distribuição das empresas por escalões <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra em 1989 (Fonte: Boletim <strong>de</strong><br />
Minas)<br />
217<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
49<br />
32<br />
18<br />
11<br />
5<br />
9<br />
4<br />
128<br />
50<br />
35<br />
27<br />
25<br />
17<br />
46<br />
39<br />
239<br />
Escalões<br />
N.º <strong>de</strong> operários N.º <strong>de</strong> empresas N.º <strong>de</strong> pedreiras<br />
N ≤ 5<br />
5 < N ≤ 10<br />
10 < N ≤ 20<br />
20 < N ≤ 30<br />
30 < N ≤ 50<br />
50 < N ≤ 100<br />
N > 100<br />
Total<br />
44<br />
30<br />
24<br />
11<br />
6<br />
9<br />
4<br />
128<br />
45<br />
32<br />
36<br />
25<br />
19<br />
44<br />
40<br />
241<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
165<br />
257<br />
257<br />
286<br />
195<br />
593<br />
788<br />
2541<br />
Volume <strong>de</strong><br />
emprego<br />
156<br />
232<br />
316<br />
285<br />
219<br />
593<br />
785<br />
2586
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Quadro 63 – Produtos produzidos em 1980 (Fonte: INE)<br />
Quadro 64 – Produtos produzidos em 1981 (Fonte: INE)<br />
Produção<br />
1000 m 2 2321<br />
2321<br />
846 652<br />
1 695 110<br />
70 150<br />
40 244<br />
159 994<br />
114 668<br />
86 718<br />
3 013 536<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2511<br />
2511<br />
1 039 496<br />
2 143 231<br />
81 354<br />
32 129<br />
183 157<br />
140 053<br />
134 260<br />
3 753 680<br />
218
Quadro 65 – Produtos produzidos em 1982 (Fonte: INE)<br />
Quadro 66 – Produtos produzidos em 1983 (Fonte: INE)<br />
219<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2469<br />
2469<br />
1 056 298<br />
2 450 175<br />
85 388<br />
42 062<br />
224 117<br />
219 520<br />
187 099<br />
4 264 659<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2544<br />
2544<br />
1 1<strong>07</strong> 545<br />
2 997 977<br />
99 832<br />
31 476<br />
251 538<br />
199 187<br />
217 783<br />
4 905 338
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Quadro 67 – Produtos produzidos em 1984 (Fonte: INE)<br />
Quadro 68 – Produtos produzidos em 1985 (Fonte: INE)<br />
Produção<br />
1000 m 2 2927<br />
2927<br />
1 444 237<br />
4 054 544<br />
116 269<br />
47 372<br />
237 480<br />
233 711<br />
371 891<br />
6 505 504<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2981<br />
2981<br />
1 683 764<br />
4 334 043<br />
136 668<br />
52 797<br />
256 747<br />
385 379<br />
246 147<br />
7 095 545<br />
220
Quadro 69 – Produtos produzidos em 1986 (Fonte: INE)<br />
Quadro 70 – Produtos produzidos em 1987 (Fonte: INE)<br />
221<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2718<br />
2718<br />
1 843 715<br />
4 879 108<br />
129 068<br />
42 216<br />
270 584<br />
394 869<br />
226 243<br />
7 785 803<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2634<br />
2634<br />
2 220 123<br />
5 568 600<br />
131 509<br />
52 571<br />
326 300<br />
118 161<br />
373 121<br />
8 790 385
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Quadro 71 – Produtos produzidos em 1988 (Fonte: INE)<br />
Quadro 72 – Produtos produzidos em 1989 (Fonte: INE)<br />
Produção<br />
1000 m 2 2519<br />
2 519<br />
2 586 290<br />
7 809 199<br />
243 957<br />
71 821<br />
318 997<br />
116 391<br />
702 031<br />
11 848 686<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 2323<br />
2323<br />
3 5<strong>07</strong> 432<br />
8 <strong>07</strong>5 663<br />
231 064<br />
103 057<br />
382 262<br />
133 418<br />
1 151 745<br />
13 584 641<br />
222
Quadro 73 – Produtos produzidos em 1990 (Fonte: INE)<br />
Quadro 74 – Produtos produzidos em 1991 (Fonte: INE)<br />
223<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 3691<br />
3691<br />
7 418 574<br />
12 023 689<br />
692 332<br />
142 039<br />
465 777<br />
173 879<br />
1 804 053<br />
22 720 343<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Quantida<strong>de</strong> Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Produção<br />
1000 m 2 3692<br />
3692<br />
7 655 339<br />
13 833 228<br />
720 436<br />
127 514<br />
625 922<br />
265 044<br />
2 283 930<br />
25 511 413
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
kg 273 277 200<br />
67 329 480<br />
3 568 504<br />
1 917 210<br />
875 533<br />
1 013 147<br />
9 143 144<br />
357 124 218<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
116 306 912<br />
66 165 341<br />
3 572 479<br />
1 885 463<br />
875 533<br />
1 008 424<br />
9 012 290<br />
198 826 442<br />
Quadro 75 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1992 (Fonte: INE)<br />
Quadro 76 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1993 (Fonte: INE)<br />
7 020 680<br />
4 910 775<br />
292 796<br />
247 999<br />
92 914<br />
143 658<br />
871 631<br />
13 580 453<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
kg 336 690 488<br />
80 955 932<br />
823 701<br />
5 349 241<br />
1 284 245<br />
2 242 5<strong>07</strong><br />
18 278 045<br />
445 624 159<br />
196 279 646<br />
77 201 408<br />
865 017<br />
5 349 241<br />
1 284 000<br />
2 239 041<br />
18 129 625<br />
301 347 978<br />
11 294 558<br />
5 576 223<br />
117 123<br />
437 893<br />
143 955<br />
225 811<br />
1 424 993<br />
19 175 556<br />
224
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
kg 324 697 682 194 621 750<br />
Cantarias<br />
70 941 764 69 475 337<br />
Tampos para mesa<br />
1 261 437 1 241 359<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
3 840 879 3 839 779<br />
Construções funerárias<br />
1 715 329 1 677 473<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
2 005 259 1 982 657<br />
Outras obras não discriminadas<br />
19 127 613 18 706 996<br />
Total<br />
423 589 963 291 545 351<br />
Quadro 77 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1994 (Fonte: INE)<br />
225<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
Quadro 78 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1995 (Fonte: INE)<br />
11 599 208<br />
5 608 454<br />
163 490<br />
334 764<br />
189 918<br />
196 775<br />
1 615 913<br />
19 708 522<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
kg 288 613 466<br />
68 174 108<br />
860 883<br />
3 203 753<br />
2 412 377<br />
2 808 978<br />
20 151 444<br />
386 225 009<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
172 619 468<br />
67 171 548<br />
857 439<br />
3 203 453<br />
2 386 158<br />
2 773 066<br />
19 864 563<br />
268 875 695<br />
10 147 870<br />
5 459 253<br />
129 594<br />
377 514<br />
268 8<strong>07</strong><br />
288 541<br />
1 654 511<br />
18 310 545
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
kg 342 056 886 2<strong>07</strong> 381 872<br />
Cantarias<br />
72 999 679 70 355 723<br />
Tampos para mesa<br />
1 285 564 1 276 315<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
3 138 482 3 137 382<br />
Construções funerárias<br />
2 008 769 2 000 081<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
4 051 027 4 024 112<br />
Outras obras não discriminadas<br />
25 903 250 26 729 372<br />
Total<br />
451 443 657 314 904 857<br />
Quadro 79 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1996 (Fonte: INE)<br />
Quadro 80 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1997 (Fonte: INE)<br />
12 480 924<br />
5 816 741<br />
199 445<br />
360 659<br />
255 845<br />
455 596<br />
2 101 224<br />
21 670 434<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
kg 379 513 902<br />
81 204 828<br />
1 <strong>07</strong>8 636<br />
3 351 211<br />
2 236 225<br />
4 688 817<br />
27 <strong>07</strong>8 9<strong>07</strong><br />
499 152 526<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
231 601 550<br />
81 864 769<br />
1 <strong>07</strong>7 419<br />
3 335 011<br />
2 203 346<br />
4 606 611<br />
26 857 046<br />
351 545 752<br />
14 081 750<br />
6 857 402<br />
176 784<br />
365 799<br />
251 283<br />
486 379<br />
2 308 777<br />
24 528 174<br />
226
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
kg 458 639 344 288 <strong>07</strong>1 212<br />
Cantarias<br />
88 591 331 87 064 416<br />
Tampos para mesa<br />
1 359 165 1 355 777<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
2 670 238 2 669 053<br />
Construções funerárias<br />
2 080 896 2 <strong>07</strong>8 573<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
6 348 766 6 315 272<br />
Outras obras não discriminadas<br />
36 081 168 35 793 055<br />
Total<br />
595 770 908 423 347 358<br />
Quadro 81 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1998 (Fonte: INE)<br />
227<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
Quadro 82 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 1999 (Fonte: INE)<br />
14 510 986<br />
7 554 942<br />
266 654<br />
306 6<strong>07</strong><br />
246 014<br />
576 187<br />
2 754 017<br />
26 215 4<strong>07</strong><br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
496 585 468<br />
97 378 565<br />
1 556 844<br />
1 423 766<br />
2 038 484<br />
7 597 869<br />
48 636 318<br />
655 217 314<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
324 950 204<br />
95 702 955<br />
1 552 811<br />
1 422 591<br />
2 196 241<br />
7 582 090<br />
46 942 169<br />
480 349 061<br />
17 088 594<br />
8 739 482<br />
232 768<br />
128 719<br />
256 605<br />
603 685<br />
4 020 200<br />
31 <strong>07</strong>0 053
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
kg 548 106 150 356 877 374<br />
Cantarias<br />
117 020 252 111 398 511<br />
Tampos para mesa<br />
1 316 387 1 312 058<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
772 352 771 177<br />
Construções funerárias<br />
937 859 923 961<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
7 467 618 7 466 365<br />
Outras obras não discriminadas<br />
46 305 964 45 548 793<br />
Total<br />
720 610 195 524 298 239<br />
Quadro 83 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2000 (Fonte: INE)<br />
Quadro 84 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2001 (Fonte: INE)<br />
19 245 860<br />
9 628 433<br />
188 4<strong>07</strong><br />
90 268<br />
162 785<br />
689 792<br />
4 248 487<br />
34 254 032<br />
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
458 835 136<br />
115 450 145<br />
1 837 545<br />
520 793<br />
997 113<br />
7 628 112<br />
40 609 305<br />
625 878 149<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
293 172 052<br />
114 050 761<br />
1 833 891<br />
519 618<br />
1 004 719<br />
7 583 685<br />
40 290 693<br />
458 455 419<br />
86 161 192<br />
49 209/ 311<br />
1 302 656<br />
258 028<br />
1 097 515<br />
3 571 213<br />
21 779 087<br />
163 379 002<br />
228
Produtos produzidos Unida<strong>de</strong> Produzidas Vendidas Valor (1000 ESC)<br />
Chapa serrada<br />
Cantarias<br />
Tampos para mesa<br />
Esculturas e artigos <strong>de</strong>corativos<br />
Construções funerárias<br />
Elementos para cozinha e sanitários<br />
Outras obras não discriminadas<br />
Total<br />
Quadro 85 – Produtos produzidos <strong>de</strong> mármore, travertino ou alabastro em 2002 (Fonte: INE)<br />
229<br />
kg 457 759 360<br />
102 202 208<br />
1 848 493<br />
144 840<br />
932 156<br />
7 041 722<br />
47 492 299<br />
617 421 <strong>07</strong>8<br />
Produção<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
297 5<strong>07</strong> 856<br />
100 834 049<br />
1 837 774<br />
143 665<br />
922 371<br />
7 030 188<br />
45 009 288<br />
453 285 875<br />
90 546 888<br />
46 915 241<br />
1 567 458<br />
144 125<br />
1 017 080<br />
3 896 275<br />
21 119 909<br />
165 206 976
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Holanda<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Formosa<br />
Malásia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Quénia<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Líbano<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
7209<br />
6967<br />
2219<br />
36 211<br />
24 471<br />
39<br />
20<br />
77 136<br />
3080<br />
19<br />
1543<br />
148<br />
4790<br />
420<br />
420<br />
62<br />
5868<br />
5930<br />
711<br />
579<br />
1290<br />
89 566<br />
53 323<br />
40 776<br />
14 871<br />
227 953<br />
128 782<br />
494<br />
163<br />
466 362<br />
21 999<br />
334<br />
10 894<br />
1030<br />
34 257<br />
2 488<br />
2 488<br />
631<br />
32 090<br />
32 721<br />
4600<br />
5<strong>07</strong>1<br />
9671<br />
545 499<br />
3993<br />
1238<br />
2876<br />
5710<br />
5636<br />
18<br />
9<br />
219<br />
21<br />
0<br />
0<br />
19 720<br />
892<br />
18<br />
94<br />
82<br />
1086<br />
306<br />
18<br />
Quadro 86 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1980 (INE)<br />
324<br />
781<br />
347<br />
1128<br />
51<br />
36<br />
87<br />
71<br />
71<br />
126<br />
126<br />
22 542<br />
40 220<br />
18 742<br />
44 959<br />
36 832<br />
60 122<br />
339<br />
218<br />
3756<br />
476<br />
1<br />
18<br />
205 683<br />
16 654<br />
447<br />
833<br />
556<br />
18 490<br />
6846<br />
815<br />
7661<br />
10 487<br />
2883<br />
13 370<br />
678<br />
895<br />
1573<br />
1631<br />
1631<br />
3040<br />
3040<br />
251 448<br />
7987<br />
1016<br />
7303<br />
2805<br />
1215<br />
441<br />
1125<br />
1190<br />
23 082<br />
581<br />
520<br />
1159<br />
2260<br />
6822<br />
6822<br />
1877<br />
1877<br />
1358<br />
35 399<br />
230<br />
215 349<br />
25 909<br />
228 674<br />
63 998<br />
35 118<br />
13 385<br />
39 533<br />
29 087<br />
651 053<br />
15 050<br />
21 580<br />
25 670<br />
62 300<br />
176 771<br />
176 771<br />
66 565<br />
66 565<br />
49 042<br />
1 005 731
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Cida<strong>de</strong> do Vaticano<br />
Ilhas Faroe<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Ceuta<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Líbano<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
América Central<br />
Guatemala<br />
Total América Central<br />
Outros países<br />
Total<br />
Quadro 87 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1981 (INE)<br />
231<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
5282<br />
50<strong>07</strong><br />
2734<br />
23 531<br />
27 775<br />
64 329<br />
1752<br />
1752<br />
3087<br />
3087<br />
1616<br />
70 784<br />
48 879<br />
35 486<br />
19 725<br />
163 712<br />
163 175<br />
430 977<br />
16 129<br />
16 129<br />
22 669<br />
22 669<br />
16 133<br />
485 908<br />
22<strong>07</strong><br />
1277<br />
2442<br />
1779<br />
4905<br />
295<br />
12 905<br />
1379<br />
91<br />
1470<br />
145<br />
145<br />
122<br />
122<br />
1734<br />
16 376<br />
39 179<br />
17 761<br />
47 227<br />
31 468<br />
65 567<br />
6285<br />
2<strong>07</strong> 487<br />
36 050<br />
3174<br />
39 224<br />
4262<br />
4262<br />
2581<br />
2581<br />
28 692<br />
282 246<br />
547<br />
5549<br />
1433<br />
1640<br />
1011<br />
372<br />
26<br />
1289<br />
11 867<br />
581<br />
1060<br />
1641<br />
143<br />
216<br />
134<br />
493<br />
10 263<br />
10 263<br />
2747<br />
2747<br />
157<br />
157<br />
300<br />
300<br />
27 468<br />
14 698<br />
164 905<br />
41 733<br />
50 270<br />
35 926<br />
11 215<br />
859<br />
56 5<strong>07</strong><br />
376 113<br />
13 236<br />
30 826<br />
44 062<br />
6382<br />
5330<br />
5965<br />
17 677<br />
301 897<br />
301 897<br />
128 239<br />
128 239<br />
8047<br />
8047<br />
13 598<br />
13 598<br />
88 9633
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Holanda<br />
Reino Unido<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Líbano<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
3665<br />
3322<br />
1758<br />
26 847<br />
27 657<br />
63 249<br />
2451<br />
17<br />
649<br />
3117<br />
345<br />
345<br />
88<br />
17<br />
1532<br />
1637<br />
189<br />
189<br />
41<br />
68 578<br />
39 945<br />
25 532<br />
13 599<br />
265 950<br />
178 449<br />
523 475<br />
27 014<br />
808<br />
8450<br />
36 272<br />
4613<br />
4613<br />
743<br />
606<br />
15 208<br />
16 557<br />
2995<br />
2995<br />
542<br />
584 454<br />
1753<br />
940<br />
1917<br />
5880<br />
3536<br />
17<br />
25<br />
304<br />
17<br />
309<br />
14 698<br />
1123<br />
12<br />
434<br />
52<br />
1621<br />
Quadro 88 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1982 (INE)<br />
153<br />
153<br />
52<br />
231<br />
283<br />
185<br />
37<br />
222<br />
105<br />
54<br />
159<br />
205<br />
205<br />
13<br />
17 354<br />
31 717<br />
18 <strong>07</strong>6<br />
43 6<strong>07</strong><br />
73 153<br />
58 457<br />
746<br />
600<br />
10 219<br />
596<br />
3342<br />
240 513<br />
33 799<br />
548<br />
20 518<br />
2129<br />
56 994<br />
6656<br />
6656<br />
1290<br />
4788<br />
6<strong>07</strong>8<br />
6117<br />
1975<br />
8092<br />
3602<br />
1424<br />
5026<br />
2964<br />
2964<br />
291<br />
326 614<br />
5216<br />
275<br />
5140<br />
456<br />
1845<br />
979<br />
1418<br />
46<br />
1462<br />
147<br />
332<br />
78<br />
17 394<br />
870<br />
268<br />
1344<br />
2482<br />
127<br />
6<br />
465<br />
598<br />
4257<br />
4257<br />
2794<br />
94<br />
2888<br />
83<br />
83<br />
27 702<br />
232<br />
199 402<br />
8617<br />
290 336<br />
13 840<br />
54 050<br />
44 740<br />
76 209<br />
2377<br />
55 620<br />
5120<br />
13 611<br />
3850<br />
767 772<br />
24 625<br />
12 523<br />
51 015<br />
88 163<br />
8739<br />
444<br />
15 204<br />
24 387<br />
317 627<br />
317 627<br />
188 828<br />
4872<br />
193 700<br />
9125<br />
9125<br />
1 400 774
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Holanda<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Marrocos<br />
Total África<br />
Médio oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Emirados Árabes Unidos<br />
Líbano<br />
Kowait<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
Outros países<br />
Total<br />
233<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
6637<br />
3731<br />
1454<br />
30 410<br />
20 580<br />
39<br />
258<br />
102<br />
215<br />
63 426<br />
3683<br />
66<br />
87<br />
464<br />
4300<br />
36<br />
36<br />
291<br />
1748<br />
2039<br />
177<br />
177<br />
70<br />
70<br />
38<br />
70 086<br />
100 675<br />
46 479<br />
16 105<br />
462 894<br />
170 612<br />
1365<br />
1344<br />
1496<br />
3132<br />
804 102<br />
74 000<br />
4062<br />
3140<br />
8351<br />
89 553<br />
2016<br />
2016<br />
6234<br />
22 128<br />
28 362<br />
5855<br />
5855<br />
1968<br />
1968<br />
650<br />
932 506<br />
827<br />
531<br />
1842<br />
945<br />
3733<br />
98<br />
179<br />
175<br />
8330<br />
965<br />
686<br />
68<br />
1719<br />
120<br />
120<br />
83<br />
331<br />
414<br />
72<br />
48<br />
120<br />
25<br />
25<br />
73<br />
10 801<br />
23 923<br />
15 821<br />
54 337<br />
34 828<br />
68 484<br />
2231<br />
8790<br />
4285<br />
212 699<br />
49 745<br />
44 804<br />
4100<br />
98 649<br />
6736<br />
6736<br />
5185<br />
7423<br />
12 608<br />
3496<br />
2177<br />
5673<br />
1615<br />
1615<br />
2495<br />
340 475<br />
Quadro 89 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1983 (INE)<br />
5038<br />
169<br />
4017<br />
258<br />
375<br />
1310<br />
1657<br />
37<br />
973<br />
92<br />
153<br />
51<br />
91<br />
14 221<br />
91<br />
1004<br />
1095<br />
50<br />
50<br />
4565<br />
119<br />
128<br />
4812<br />
3997<br />
130<br />
4127<br />
195<br />
195<br />
24 500<br />
235 555<br />
6563<br />
252 121<br />
10 640<br />
8935<br />
73 086<br />
93 670<br />
2562<br />
43 461<br />
4733<br />
8319<br />
1766<br />
6169<br />
747 580<br />
7950<br />
58 092<br />
66 042<br />
5168<br />
5168<br />
316 366<br />
5197<br />
9249<br />
330 812<br />
349 734<br />
9268<br />
359 002<br />
16 965<br />
16 965<br />
1 525 569
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Holanda<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Chipre<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Tailândia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Marrocos<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
4665<br />
4999<br />
1512<br />
31 016<br />
24 984<br />
118<br />
162<br />
384<br />
67 840<br />
29<strong>07</strong><br />
539<br />
95<br />
90<br />
3631<br />
17<br />
846<br />
863<br />
1<strong>07</strong><br />
1032<br />
1139<br />
62<br />
19<br />
81<br />
71<br />
71<br />
92 553<br />
76 348<br />
23 156<br />
540 625<br />
281 674<br />
4104<br />
3575<br />
7525<br />
1 029 560<br />
77 088<br />
9967<br />
2630<br />
1288<br />
90 973<br />
1134<br />
14 282<br />
15 416<br />
2117<br />
14 340<br />
16 457<br />
3183<br />
1234<br />
4417<br />
3674<br />
3674<br />
823<br />
726<br />
2231<br />
1823<br />
4794<br />
Quadro 90 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1984 (INE)<br />
199<br />
63<br />
201<br />
58<br />
10 918<br />
1353<br />
17<br />
391<br />
33<br />
165<br />
1959<br />
244<br />
244<br />
250<br />
250<br />
204<br />
34<br />
238<br />
109<br />
38<br />
147<br />
33 390<br />
25 538<br />
88 636<br />
75 037<br />
105 042<br />
11 015<br />
2102<br />
5546<br />
3650<br />
349 956<br />
93 502<br />
1093<br />
27 453<br />
3104<br />
5051<br />
130 203<br />
15 837<br />
15 837<br />
15 716<br />
15 716<br />
9064<br />
2015<br />
11 <strong>07</strong>9<br />
6894<br />
2120<br />
9014<br />
8462<br />
355<br />
5774<br />
613<br />
1349<br />
2364<br />
1974<br />
33<br />
1811<br />
752<br />
87<br />
1<strong>07</strong><br />
23 681<br />
353<br />
217<br />
8028<br />
117<br />
8715<br />
243<br />
36<br />
279<br />
8664<br />
237<br />
242<br />
9143<br />
6643<br />
468<br />
7111<br />
427<br />
427<br />
234<br />
432 342<br />
19 592<br />
450 868<br />
38 570<br />
51 146<br />
149 498<br />
154 890<br />
4461<br />
122 389<br />
41 058<br />
6653<br />
11 890<br />
1 483 357<br />
30 188<br />
16 191<br />
523 547<br />
12 315<br />
582 241<br />
25 872<br />
3256<br />
29 128<br />
667 324<br />
20 572<br />
15 539<br />
703 435<br />
755 385<br />
41 691<br />
797 <strong>07</strong>6<br />
44 644<br />
44 644
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
313<br />
313<br />
9404<br />
9404<br />
Outros países<br />
29 760 58 1550<br />
Total<br />
73 967 1 170 661 13 814 533 355 49 356 3 639 881<br />
Quadro 90 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1984 (INE) (continuação)
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Chipre<br />
Gibraltar<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Tunísia<br />
Gabão<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
4053<br />
5489<br />
1253<br />
28 001<br />
24 495<br />
189<br />
63 480<br />
1406<br />
170<br />
602<br />
2178<br />
300<br />
300<br />
88<br />
88<br />
19<br />
19<br />
188<br />
188<br />
97 048<br />
88 744<br />
24 730<br />
586 189<br />
294 269<br />
3527<br />
1 094 5<strong>07</strong><br />
58 747<br />
4431<br />
15 533<br />
78 711<br />
2225<br />
2225<br />
3689<br />
3689<br />
2254<br />
2254<br />
11 131<br />
11 131<br />
851<br />
1320<br />
3069<br />
1316<br />
9748<br />
284<br />
23<br />
20<br />
234<br />
160<br />
Quadro 91 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1985 (INE)<br />
35<br />
17 060<br />
1605<br />
153<br />
104<br />
177<br />
2039<br />
272<br />
272<br />
686<br />
23<br />
12<br />
224<br />
945<br />
286<br />
61<br />
347<br />
60<br />
60<br />
43 928<br />
49 444<br />
146 425<br />
67 384<br />
231 420<br />
13 693<br />
1572<br />
1284<br />
8774<br />
5636<br />
1497<br />
571 057<br />
106 916<br />
8437<br />
7391<br />
6083<br />
128 827<br />
19 595<br />
19 595<br />
21 999<br />
1041<br />
1215<br />
7733<br />
31 988<br />
15 973<br />
4754<br />
20 727<br />
3564<br />
3564<br />
8513<br />
919<br />
7449<br />
645<br />
2415<br />
2965<br />
2810<br />
226<br />
65<br />
1909<br />
1579<br />
191<br />
289<br />
15<br />
29 990<br />
416<br />
1101<br />
4304<br />
5821<br />
142<br />
142<br />
7022<br />
262<br />
7284<br />
7759<br />
704<br />
8463<br />
441<br />
441<br />
236<br />
541 005<br />
48 303<br />
676 200<br />
41 595<br />
96 211<br />
210 347<br />
249 385<br />
16 239<br />
7095<br />
142 057<br />
98 815<br />
15 016<br />
24 780<br />
1574<br />
2 168 622<br />
35 901<br />
118 138<br />
305 914<br />
459 953<br />
16 490<br />
16 490<br />
662 847<br />
19 215<br />
682 062<br />
1 039 530<br />
81 258<br />
1 120 788<br />
61 154<br />
61 154
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
128<br />
128<br />
5289<br />
5289<br />
Outros países<br />
25 854 58 2517<br />
Total<br />
66 406 1 198 660 20 879 781 922 52 141 4 509 069<br />
Quadro 91 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1985 (INE) (continuação)<br />
98<br />
98<br />
3647<br />
3647
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
5263<br />
6365<br />
1014<br />
31 <strong>07</strong>6<br />
26 810<br />
70 528<br />
4613<br />
4613<br />
3242<br />
78 383<br />
158 845<br />
157 226<br />
22 920<br />
863 388<br />
361 389<br />
1 563 768<br />
180 186<br />
180 186<br />
63 086<br />
1 8<strong>07</strong> 040<br />
762<br />
1570<br />
2386<br />
1957<br />
12 301<br />
Quadro 92 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1986 (INE)<br />
448<br />
19 424<br />
441<br />
231<br />
68<br />
740<br />
129<br />
129<br />
103<br />
103<br />
606<br />
167<br />
773<br />
884<br />
22 053<br />
58 183<br />
72 371<br />
130 332<br />
129 054<br />
398 424<br />
24 350<br />
812 714<br />
35 720<br />
13 042<br />
47<strong>07</strong><br />
53 469<br />
8141<br />
8141<br />
5156<br />
5156<br />
64 858<br />
15 350<br />
80 208<br />
35 619<br />
995 3<strong>07</strong><br />
7640<br />
1220<br />
7499<br />
1055<br />
7603<br />
2808<br />
38<strong>07</strong><br />
217<br />
201<br />
2797<br />
1424<br />
325<br />
428<br />
239<br />
66<br />
37 329<br />
514<br />
1175<br />
2473<br />
4162<br />
49<br />
18<br />
1308<br />
1375<br />
3373<br />
252<br />
116<br />
3741<br />
7960<br />
1019<br />
8979<br />
412<br />
412<br />
55 998<br />
238<br />
628 549<br />
88 453<br />
834 499<br />
82 368<br />
308 517<br />
228 417<br />
367 892<br />
26 081<br />
17 539<br />
226 927<br />
127 147<br />
30 804<br />
43 613<br />
25 104<br />
9002<br />
3 044 912<br />
49 104<br />
116 419<br />
179 106<br />
344 629<br />
5167<br />
1262<br />
105 024<br />
111 453<br />
353 184<br />
22 496<br />
7629<br />
383 309<br />
1 003 633<br />
121 671<br />
1 125 304<br />
48 905<br />
48 905<br />
5 058 512
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Marrocos<br />
Zaire<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Barém<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
Outros países<br />
Total<br />
Quadro 93 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1987 (INE)<br />
239<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
5033<br />
6083<br />
740<br />
23 797<br />
30 905<br />
66 558<br />
1571<br />
906<br />
2477<br />
1108<br />
70 143<br />
163 792<br />
135 762<br />
25 288<br />
750 414<br />
458 738<br />
1 533 994<br />
57 162<br />
28 092<br />
85 254<br />
36 509<br />
1 655 757<br />
983<br />
1998<br />
2389<br />
2939<br />
22 640<br />
538<br />
31 487<br />
489<br />
257<br />
171<br />
917<br />
92<br />
92<br />
62<br />
62<br />
549<br />
156<br />
705<br />
129<br />
129<br />
334<br />
33 726<br />
91 562<br />
92 096<br />
146 536<br />
204 461<br />
770 931<br />
33 095<br />
1 338 681<br />
38 664<br />
16 714<br />
14 334<br />
69 712<br />
6985<br />
6985<br />
3630<br />
3630<br />
66 571<br />
13 221<br />
79 792<br />
11 541<br />
11 541<br />
20 093<br />
1 530 434<br />
8067<br />
1534<br />
7453<br />
2053<br />
11 453<br />
2521<br />
5505<br />
300<br />
183<br />
3494<br />
395<br />
1813<br />
603<br />
423<br />
813<br />
46 610<br />
592<br />
2582<br />
2281<br />
5455<br />
145<br />
1460<br />
163<br />
1768<br />
3683<br />
454<br />
724<br />
204<br />
5065<br />
9137<br />
1249<br />
10 386<br />
495<br />
495<br />
69 779<br />
769 682<br />
103 400<br />
804 085<br />
152 591<br />
510 725<br />
241 550<br />
565 155<br />
40 516<br />
21 894<br />
312 015<br />
37 479<br />
195 029<br />
50 697<br />
46 975<br />
70 857<br />
3 922 650<br />
49 837<br />
262 368<br />
168 713<br />
480 918<br />
12 772<br />
103 620<br />
11 235<br />
127 627<br />
276 829<br />
47 975<br />
52 196<br />
23 296<br />
400 296<br />
1 203 348<br />
160 568<br />
1 363 916<br />
67 826<br />
67 826<br />
6 363 233
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Chipre<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Brunei<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Tunísia<br />
Zaire<br />
Benim<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Barém<br />
Iraque<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
2208<br />
1892<br />
515<br />
8241<br />
27 550<br />
151<br />
4<br />
323<br />
593<br />
41 477<br />
2204<br />
40<br />
1013<br />
3257<br />
83<br />
79 574<br />
42 089<br />
16 869<br />
253 340<br />
471 385<br />
2091<br />
Quadro 94 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1988 (INE)<br />
589<br />
12 545<br />
24 243<br />
902 725<br />
97 102<br />
4158<br />
43 673<br />
144 933<br />
6250<br />
3119<br />
3844<br />
2778<br />
26 005<br />
29 940<br />
134<br />
395<br />
26<br />
2<br />
17<br />
20<br />
514<br />
284<br />
38<br />
161<br />
17<br />
67 294<br />
1404<br />
251<br />
303<br />
17<br />
575<br />
20<br />
2570<br />
3<br />
128<br />
22<br />
153<br />
362<br />
40<br />
335<br />
59<br />
796<br />
167 736<br />
155 854<br />
184 381<br />
1 058 823<br />
1 041 172<br />
12 080<br />
34 <strong>07</strong>1<br />
1922<br />
74<br />
1408<br />
665<br />
31 232<br />
9915<br />
1424<br />
7340<br />
897<br />
2 708 994<br />
83 898<br />
14 441<br />
26 793<br />
1804<br />
24 996<br />
1533<br />
153 465<br />
383<br />
2619<br />
1595<br />
4597<br />
16 527<br />
4642<br />
9864<br />
2151<br />
33 184<br />
9381<br />
3626<br />
11 662<br />
1206<br />
13 331<br />
3055<br />
8005<br />
258<br />
336<br />
4343<br />
318<br />
2284<br />
956<br />
626<br />
2533<br />
19<br />
61 939<br />
1317<br />
114<br />
2080<br />
314<br />
3825<br />
213<br />
225<br />
45<br />
135<br />
618<br />
5300<br />
750<br />
289<br />
703<br />
151<br />
7193<br />
240<br />
944 215<br />
231 187<br />
1 <strong>07</strong>6 301<br />
101 538<br />
626 149<br />
309 722<br />
931 896<br />
31 203<br />
38 202<br />
388 353<br />
30 684<br />
249 527<br />
110 723<br />
74 587<br />
174 247<br />
2231<br />
5 320 765<br />
172 648<br />
13 239<br />
178 034<br />
18 237<br />
382 158<br />
21 815<br />
28 593<br />
3496<br />
8608<br />
62 512<br />
485 349<br />
71 354<br />
22 136<br />
18 101<br />
11 398<br />
608 338
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
18<br />
21<br />
39<br />
356<br />
356<br />
45 212<br />
1786<br />
1841<br />
3627<br />
18 585<br />
18 585<br />
1 <strong>07</strong>6 120<br />
385<br />
196<br />
581<br />
8358<br />
1747<br />
10 105<br />
350<br />
350<br />
84 030<br />
Quadro 94 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1988 (INE) (continuação)<br />
71<br />
71<br />
277<br />
277<br />
48<br />
71 790<br />
36 639<br />
23 614<br />
60 253<br />
6069<br />
6069<br />
8514<br />
8514<br />
2850<br />
2 977 926<br />
1 171 044<br />
236 830<br />
1 4<strong>07</strong> 874<br />
48 003<br />
48 003<br />
7 829 650
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Índia<br />
Indonésia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
São Tomé e Príncipe<br />
Angola<br />
Tunísia<br />
Zaire<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
1195<br />
1346<br />
1430<br />
9103<br />
27 096<br />
686<br />
20<br />
113<br />
41<br />
41 030<br />
3449<br />
1432<br />
4881<br />
15<br />
15<br />
33 820<br />
24 995<br />
30 883<br />
328 655<br />
504 498<br />
11 778<br />
202<br />
4113<br />
1633<br />
940 577<br />
146 718<br />
71 067<br />
217 785<br />
Quadro 95 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1989 (INE)<br />
264<br />
264<br />
3621<br />
6335<br />
2346<br />
20 020<br />
38 234<br />
13<br />
401<br />
177<br />
13<br />
101<br />
752<br />
175<br />
1794<br />
0<br />
62<br />
1<br />
74 045<br />
884<br />
264<br />
137<br />
17<br />
191<br />
1<br />
42<br />
1536<br />
40<br />
1<br />
17<br />
101<br />
159<br />
143<br />
139<br />
112<br />
394<br />
308<br />
121<br />
429<br />
245 098<br />
244 020<br />
157 080<br />
919 588<br />
1 396 768<br />
1916<br />
31 213<br />
15 808<br />
2383<br />
11 699<br />
15 657<br />
17 361<br />
68 265<br />
38<br />
3347<br />
143<br />
3 130 384<br />
33 995<br />
15 6<strong>07</strong><br />
12 <strong>07</strong>1<br />
1977<br />
10 508<br />
86<br />
1946<br />
76 190<br />
4981<br />
50<br />
1467<br />
3624<br />
10 122<br />
9619<br />
10 032<br />
2528<br />
22 179<br />
27 168<br />
9689<br />
36 857<br />
9800<br />
8640<br />
16 164<br />
1936<br />
21 753<br />
2490<br />
9 845<br />
362<br />
618<br />
5<strong>07</strong>5<br />
589<br />
2541<br />
971<br />
283<br />
836<br />
44<br />
81 947<br />
1472<br />
1552<br />
1041<br />
258<br />
181<br />
4504<br />
320<br />
22<br />
124<br />
1<br />
61<br />
64<br />
592<br />
5735<br />
580<br />
332<br />
6647<br />
9273<br />
1870<br />
11 143<br />
242<br />
1 101 417<br />
576 848<br />
1 419 655<br />
171 580<br />
1 142 008<br />
244 506<br />
1 168 349<br />
47 309<br />
85 932<br />
591 590<br />
59 571<br />
287 752<br />
120 463<br />
35 901<br />
67 667<br />
5290<br />
7 125 838<br />
157 469<br />
221 924<br />
117 468<br />
29 042<br />
16 732<br />
542 635<br />
37 191<br />
2093<br />
11 122<br />
388<br />
20 754<br />
4729<br />
76 277<br />
463 812<br />
58 066<br />
30 599<br />
552 477<br />
1 396 031<br />
296 998<br />
1 693 029
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
132<br />
132<br />
5416<br />
5416<br />
598<br />
598<br />
94 426<br />
94 426<br />
46 058 1 164 042 76 617 3 278 703<br />
105 431 10 084 682<br />
Quadro 95 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1989 (INE) (continuação)<br />
54<br />
54<br />
2971<br />
2971
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Indonésia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Guiné<br />
Senegal<br />
Tunísia<br />
Zaire<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Iraque<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
2020<br />
972<br />
1632<br />
19 327<br />
28 184<br />
7<br />
186<br />
2<br />
463<br />
28<br />
62<br />
0<br />
52 883<br />
2393<br />
902<br />
3295<br />
2<br />
2<br />
63 532<br />
23 821<br />
29 841<br />
867 205<br />
530 354<br />
1796<br />
2040<br />
417<br />
10 551<br />
2423<br />
2389<br />
376<br />
1 534 745<br />
92 594<br />
38 265<br />
130 859<br />
Quadro 96 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1990 (INE)<br />
200<br />
200<br />
3917<br />
7646<br />
3355<br />
20 056<br />
43 418<br />
28<br />
214<br />
143<br />
4<br />
21<br />
23<br />
190<br />
1327<br />
0<br />
76<br />
24<br />
80 442<br />
1442<br />
37<br />
437<br />
42<br />
1958<br />
123<br />
2<br />
39<br />
0<br />
0<br />
109<br />
273<br />
136<br />
34<br />
138<br />
308<br />
304 425<br />
336 945<br />
187 140<br />
999 254<br />
1 653 501<br />
1959<br />
19 920<br />
16 839<br />
1038<br />
4445<br />
2728<br />
20 946<br />
63 402<br />
14<br />
4763<br />
270<br />
3 617 589<br />
53 273<br />
3655<br />
48 851<br />
1424<br />
1<strong>07</strong> 203<br />
12 327<br />
120<br />
2245<br />
150<br />
21<br />
1744<br />
16 6<strong>07</strong><br />
11 311<br />
3413<br />
4841<br />
19 565<br />
11 212<br />
13 388<br />
22 910<br />
2373<br />
32 090<br />
2068<br />
11 406<br />
350<br />
545<br />
6968<br />
1208<br />
3389<br />
866<br />
295<br />
933<br />
32<br />
110 033<br />
1438<br />
2622<br />
1318<br />
392<br />
124<br />
532<br />
6426<br />
399<br />
186<br />
1780<br />
255<br />
331<br />
32<br />
2983<br />
7577<br />
669<br />
306<br />
809<br />
517<br />
213<br />
474<br />
10 565<br />
244<br />
1 381 124<br />
919 048<br />
1 837 641<br />
199 281<br />
1 886 421<br />
233 186<br />
1 391 347<br />
44 480<br />
72 422<br />
738 697<br />
163 897<br />
373 675<br />
129 068<br />
37 231<br />
79 644<br />
5320<br />
9 492 482<br />
145 162<br />
355 178<br />
139 <strong>07</strong>4<br />
45 543<br />
7221<br />
81 135<br />
773 313<br />
41 727<br />
6366<br />
151 372<br />
47 986<br />
64 012<br />
3145<br />
314 608<br />
723 928<br />
64 101<br />
22 591<br />
23 631<br />
47 126<br />
33 131<br />
49 678<br />
964 186
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
9<br />
9<br />
56 189<br />
223<br />
223<br />
1 666 027<br />
748<br />
126<br />
874<br />
9472<br />
2552<br />
12 024<br />
358<br />
358<br />
142 389<br />
Quadro 96 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1990 (INE) (continuação)<br />
20<br />
20<br />
0<br />
83 875<br />
55 259<br />
21 573<br />
76 832<br />
1045<br />
1045<br />
145<br />
3 838 986<br />
1 404 827<br />
392 595<br />
1 797 422<br />
44 584<br />
44 584<br />
13 386 595
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Hungria<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Senegal<br />
Nigéria<br />
Moçambique<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Barém<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
1682<br />
1432<br />
1690<br />
26 837<br />
20 960<br />
341<br />
147<br />
190<br />
143<br />
23<br />
53 445<br />
1847<br />
600<br />
2447<br />
62<br />
62<br />
60<br />
60<br />
12<br />
12<br />
53 938<br />
32 535<br />
30 693<br />
1 030 885<br />
430 261<br />
7583<br />
18 452<br />
10 347<br />
4805<br />
2693<br />
1 622 192<br />
106 648<br />
32 200<br />
138 848<br />
3<strong>07</strong>8<br />
3<strong>07</strong>8<br />
2041<br />
2041<br />
Quadro 97 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1991 (INE)<br />
379<br />
379<br />
2890<br />
7021<br />
4299<br />
15 646<br />
42 141<br />
3<br />
473<br />
75<br />
1<br />
179<br />
258<br />
927<br />
62<br />
73 975<br />
949<br />
3<strong>07</strong><br />
1256<br />
59<br />
5<br />
20<br />
192<br />
3<br />
21<br />
126<br />
598<br />
1024<br />
898<br />
17<br />
4017<br />
0<br />
4932<br />
278<br />
62<br />
340<br />
247 181<br />
296 410<br />
211 856<br />
789 426<br />
1 579 136<br />
213<br />
41 068<br />
9274<br />
158<br />
21 363<br />
24 256<br />
46 950<br />
4628<br />
3 271 919<br />
43 547<br />
39 790<br />
83 337<br />
6531<br />
335<br />
1804<br />
26 674<br />
1264<br />
920<br />
14 021<br />
10 099<br />
61 648<br />
57 841<br />
2643<br />
109 530<br />
40<br />
170 054<br />
19 339<br />
12 194<br />
31 533<br />
11 987<br />
13 017<br />
27 172<br />
5221<br />
31 343<br />
1432<br />
10 112<br />
399<br />
470<br />
5256<br />
971<br />
3753<br />
1053<br />
259<br />
244<br />
112 689<br />
3099<br />
2132<br />
948<br />
669<br />
185<br />
7033<br />
378<br />
82<br />
1106<br />
67<br />
330<br />
1963<br />
11 646<br />
591<br />
773<br />
3869<br />
588<br />
17 467<br />
9033<br />
1161<br />
10 194<br />
246<br />
1 512 131<br />
992 269<br />
2 145 377<br />
423 014<br />
1 942 415<br />
140 429<br />
1 311 488<br />
65 159<br />
68 412<br />
537 870<br />
114 476<br />
438 891<br />
129 037<br />
43 7<strong>07</strong><br />
19 689<br />
9 884 364<br />
298 580<br />
313 281<br />
113 561<br />
86 805<br />
7569<br />
819 796<br />
39 008<br />
8346<br />
102 021<br />
10 868<br />
20 820<br />
181 063<br />
1 051 699<br />
62 541<br />
61 923<br />
129 865<br />
60 563<br />
1 366 591<br />
1 125 467<br />
180 004<br />
1 305 471
Oceânia<br />
Austrália<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
42<br />
42<br />
56 068<br />
1688<br />
1688<br />
1 768 226<br />
124<br />
81 651<br />
6 768<br />
3 625 259<br />
Quadro 97 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1991 (INE) (continuação)<br />
208<br />
149 554<br />
38 281<br />
13 595 566
Europa<br />
Alemanha (Rep. Fed.)<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
3220<br />
5566<br />
2097<br />
40 539<br />
18 764<br />
314<br />
24<br />
48<br />
1<strong>07</strong><br />
161<br />
109<br />
70 949<br />
1559<br />
20<br />
1454<br />
3033<br />
2027<br />
2027<br />
6<br />
1027<br />
1033<br />
14<br />
14<br />
109 532<br />
197 663<br />
81 459<br />
1 566 672<br />
362 136<br />
9745<br />
3229<br />
7279<br />
2506<br />
6961<br />
4925<br />
2 352 1<strong>07</strong><br />
78 276<br />
963<br />
77 348<br />
156 587<br />
65 609<br />
65 609<br />
Quadro 98 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1992 (INE)<br />
304<br />
22 237<br />
22 541<br />
234<br />
234<br />
2840<br />
3504<br />
3916<br />
12 431<br />
35 8<strong>07</strong><br />
553<br />
45<br />
298<br />
282<br />
59 676<br />
1143<br />
80<br />
51<br />
1274<br />
372<br />
372<br />
1375<br />
152<br />
304<br />
223<br />
2054<br />
682<br />
99<br />
781<br />
262 936<br />
196 013<br />
193 556<br />
694 527<br />
1 414 679<br />
40 112<br />
4472<br />
33 003<br />
11 961<br />
2 851 259<br />
53 580<br />
12 067<br />
7168<br />
72 815<br />
52 558<br />
52 558<br />
92 103<br />
10 343<br />
11 257<br />
16 235<br />
129 938<br />
43 061<br />
10 268<br />
53 329<br />
11 882<br />
12 936<br />
24 486<br />
2821<br />
30 859<br />
1044<br />
10 106<br />
460<br />
363<br />
4035<br />
888<br />
3130<br />
386<br />
120<br />
547<br />
5<br />
104 068<br />
1500<br />
2592<br />
2333<br />
566<br />
226<br />
7217<br />
246<br />
122<br />
1045<br />
56<br />
1469<br />
19 3<strong>07</strong><br />
784<br />
1060<br />
3<strong>07</strong>7<br />
1148<br />
546<br />
25 922<br />
8720<br />
778<br />
9498<br />
248<br />
1 597 944<br />
982 592<br />
1 859 474<br />
277 022<br />
1 771 505<br />
116 929<br />
1 306 950<br />
63 884<br />
38 460<br />
391 197<br />
108 210<br />
350 958<br />
60 344<br />
11 062<br />
48 240<br />
1092<br />
8 985 863<br />
95 031<br />
416 638<br />
286 636<br />
68 127<br />
13 450<br />
879 882<br />
31 058<br />
7828<br />
65 498<br />
10 223<br />
114 6<strong>07</strong><br />
2 001 943<br />
61 843<br />
111 974<br />
74 526<br />
110 095<br />
65 503<br />
2 425 884<br />
1 020 340<br />
111 937<br />
1 132 277
Oceânia<br />
Austrália<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
3<br />
77 059<br />
6<strong>07</strong><br />
2 597 685<br />
869<br />
65 026<br />
58 550<br />
3 218 449<br />
58<br />
142<br />
142<br />
7<br />
148 381<br />
Quadro 98 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1992 (INE) (continuação)<br />
8984<br />
12 520<br />
12 520<br />
1089<br />
13 561 106
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Eslovénia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Barém<br />
Koweit<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
5516<br />
1660<br />
503<br />
30 945<br />
8701<br />
501<br />
2<br />
57<br />
24<br />
379<br />
48 288<br />
2779<br />
36<br />
39<br />
1340<br />
4194<br />
685<br />
685<br />
8<br />
14<br />
759<br />
781<br />
163 921<br />
63 942<br />
10 938<br />
1 428 212<br />
186 430<br />
17 579<br />
Quadro 99 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1993 (INE)<br />
611<br />
812<br />
1432<br />
11 324<br />
1 885 201<br />
114 836<br />
582<br />
1063<br />
69 244<br />
185 725<br />
22 940<br />
22 940<br />
575<br />
1550<br />
12 408<br />
14 533<br />
1051<br />
2950<br />
6427<br />
6497<br />
28 197<br />
630<br />
85<br />
47<br />
4<br />
45 888<br />
160<br />
100<br />
122<br />
382<br />
7<br />
7<br />
2056<br />
454<br />
1032<br />
3542<br />
218<br />
17<br />
235<br />
109 277<br />
213 571<br />
419 528<br />
341 216<br />
1 <strong>07</strong>0 629<br />
68 055<br />
9589<br />
3329<br />
1042<br />
2 236 236<br />
7092<br />
20 653<br />
10 979<br />
38 724<br />
5091<br />
5091<br />
162 904<br />
48 967<br />
26 457<br />
238 328<br />
29 597<br />
2790<br />
32 387<br />
10 684<br />
8762<br />
18 437<br />
5689<br />
28 121<br />
657<br />
8057<br />
486<br />
415<br />
3158<br />
703<br />
2712<br />
534<br />
119<br />
217<br />
88 751<br />
6<strong>07</strong>5<br />
1648<br />
17<strong>07</strong><br />
328<br />
438<br />
10 196<br />
161<br />
290<br />
160<br />
7<br />
618<br />
27 273<br />
613<br />
1724<br />
3440<br />
697<br />
1392<br />
35 139<br />
8109<br />
729<br />
8838<br />
250<br />
1 535 089<br />
725 896<br />
1 535 580<br />
522 223<br />
1 580 129<br />
71 527<br />
1 085 485<br />
73 650<br />
31 667<br />
3<strong>07</strong> 216<br />
80 603<br />
301 187<br />
86 358<br />
13 111<br />
19 090<br />
7 968 811<br />
256 965<br />
283 218<br />
214 525<br />
50 170<br />
33 600<br />
838 478<br />
22 848<br />
28 851<br />
14 238<br />
2286<br />
68 223<br />
2 636 460<br />
57 324<br />
161 100<br />
96 733<br />
81 360<br />
172 493<br />
3 205 470<br />
1 085 425<br />
113 087<br />
1 198 512
Oceânia<br />
Austrália<br />
América do Norte<br />
Venezuela<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
74<br />
74<br />
39<br />
54 061<br />
2288<br />
2288<br />
1569<br />
2 112 256<br />
1151<br />
51 205<br />
70 373<br />
2 621 139<br />
Quadro 99 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1993 (INE) (continuação)<br />
319<br />
231<br />
231<br />
2<br />
144 094<br />
42 994<br />
28 965<br />
28 965<br />
334<br />
13 351 787
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Malásia<br />
Macau<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Senegal<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Síria<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
3632<br />
2281<br />
993<br />
42 225<br />
6399<br />
1586<br />
2<br />
7<br />
17<br />
186<br />
46<br />
423<br />
57 797<br />
1042<br />
172<br />
897<br />
58<br />
2169<br />
14<br />
20<br />
0<br />
1342<br />
1376<br />
194<br />
194<br />
203 462<br />
53 568<br />
22 970<br />
1 909 269<br />
144 761<br />
93 580<br />
255<br />
1387<br />
1477<br />
5028<br />
1322<br />
9419<br />
2 446 498<br />
35 573<br />
4470<br />
44 462<br />
2010<br />
86 515<br />
270<br />
416<br />
11<br />
59 204<br />
59 901<br />
4749<br />
4749<br />
750<br />
2023<br />
6585<br />
6914<br />
27 565<br />
520<br />
25<br />
56<br />
95<br />
114<br />
68<br />
1<br />
22<br />
44 738<br />
421<br />
40<br />
95<br />
39<br />
595<br />
9<br />
29<br />
21<br />
59<br />
1712<br />
20<br />
3532<br />
1875<br />
7139<br />
89 641<br />
166 317<br />
409 282<br />
402 148<br />
1 032 020<br />
71 810<br />
704<br />
4625<br />
10 458<br />
12 971<br />
13 714<br />
158<br />
1509<br />
2 215 357<br />
18 841<br />
3965<br />
4430<br />
26<strong>07</strong><br />
29 843<br />
2634<br />
5241<br />
1603<br />
9478<br />
154 848<br />
2094<br />
78 352<br />
21 833<br />
257 127<br />
Quadro 100 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1994 (INE)<br />
12 <strong>07</strong>0<br />
8733<br />
19 549<br />
6452<br />
28 772<br />
1430<br />
8636<br />
648<br />
188<br />
1931<br />
586<br />
2700<br />
303<br />
227<br />
121<br />
5<br />
92 351<br />
5205<br />
1090<br />
2454<br />
697<br />
1398<br />
544<br />
11 388<br />
226<br />
201<br />
232<br />
93<br />
752<br />
33 170<br />
470<br />
872<br />
4015<br />
1601<br />
879<br />
41 0<strong>07</strong><br />
252<br />
1 689 055<br />
843 797<br />
1 288 761<br />
541 097<br />
1 499 016<br />
139 839<br />
1 205 665<br />
124 996<br />
20 040<br />
211 556<br />
85 326<br />
292 785<br />
54 044<br />
48 887<br />
10 471<br />
1329<br />
8 056 664<br />
225 898<br />
189 208<br />
367 950<br />
108 628<br />
103 <strong>07</strong>2<br />
125 <strong>07</strong>9<br />
1 119 835<br />
30 250<br />
18 496<br />
18 306<br />
17 574<br />
84 626<br />
3 297 640<br />
40 711<br />
105 725<br />
132 167<br />
235 184<br />
129 155<br />
3 940 582
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Chile<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Nicarágua<br />
Total América Central<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
69<br />
61 605<br />
3459<br />
2 601 122<br />
336<br />
38<br />
374<br />
9182<br />
658<br />
9840<br />
Quadro 100 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1994 (INE) (continuação<br />
41<br />
0<br />
41<br />
40<br />
40<br />
15<br />
53 001<br />
30 168<br />
3406<br />
33 574<br />
3600<br />
52<br />
3652<br />
3826<br />
3826<br />
1653<br />
2 554 510<br />
191<br />
1263<br />
196<br />
1459<br />
156 988<br />
1 204 490<br />
86 769<br />
1 291 259<br />
29 921<br />
57 145<br />
28 127<br />
85 272<br />
14 608 159
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Malásia<br />
Macau<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Guiné<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Catar<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
2474<br />
1165<br />
1641<br />
32 409<br />
7999<br />
266<br />
60<br />
1<br />
318<br />
50<br />
240<br />
422<br />
47 045<br />
2626<br />
82<br />
2237<br />
255<br />
5200<br />
0<br />
1194<br />
1194<br />
61<br />
2457<br />
2518<br />
115 509<br />
33 500<br />
39 547<br />
1 471 460<br />
215 412<br />
13 402<br />
1048<br />
275<br />
5855<br />
3817<br />
8625<br />
9514<br />
1 917 964<br />
50 764<br />
1502<br />
106 433<br />
9839<br />
168 538<br />
Quadro 101 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1995 (INE)<br />
316<br />
25 911<br />
26 227<br />
6 976<br />
31 758<br />
38 734<br />
845<br />
1391<br />
6739<br />
7591<br />
23 064<br />
572<br />
1<br />
277<br />
120<br />
11<br />
24<br />
40 635<br />
360<br />
125<br />
485<br />
34<br />
24<br />
1<br />
312<br />
371<br />
139<br />
0<br />
3024<br />
3163<br />
1<strong>07</strong> 092<br />
133 212<br />
330 882<br />
420 592<br />
849 063<br />
64 390<br />
2495<br />
33 447<br />
12 727<br />
1965<br />
4004<br />
1 959 869<br />
14 083<br />
1163<br />
11 245<br />
1329<br />
25 328<br />
146<br />
2632<br />
1594<br />
2132<br />
7262<br />
13 620<br />
6475<br />
45<br />
60 492<br />
67 012<br />
8556<br />
9028<br />
16 698<br />
10 250<br />
31 457<br />
718<br />
8219<br />
477<br />
84<br />
1028<br />
732<br />
1971<br />
430<br />
105<br />
112<br />
89 865<br />
1300<br />
231 495<br />
2387<br />
18 753<br />
1109<br />
5278<br />
482<br />
13 048<br />
21 185<br />
399<br />
108<br />
102<br />
13<br />
768<br />
34 910<br />
817<br />
1281<br />
9351<br />
1730<br />
1167<br />
100<br />
49 356<br />
254<br />
1 344 050<br />
849 398<br />
1 200 892<br />
799 473<br />
1 721 797<br />
80 051<br />
1 146 006<br />
95 373<br />
26 667<br />
119 310<br />
97 718<br />
234 945<br />
80 497<br />
12 854<br />
10 085<br />
7 819 116<br />
160 526<br />
327 870<br />
82 441<br />
140 589<br />
120 759<br />
1 082 433<br />
42 535<br />
6773<br />
20 673<br />
1000<br />
92 166<br />
3 003 585<br />
58 088<br />
154 082<br />
219 724<br />
227 756<br />
120 324<br />
13 763<br />
3 797 322
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Chile<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
41<br />
41<br />
55 998<br />
480<br />
480<br />
2 151 943<br />
10 725<br />
820<br />
11 545<br />
Quadro 101 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1995 (INE) (continuação)<br />
18<br />
34<br />
52<br />
1<br />
1<br />
31<br />
44 738<br />
2286<br />
3414<br />
5700<br />
80<br />
80<br />
373<br />
2 <strong>07</strong>1 982<br />
136<br />
136<br />
488<br />
21<br />
509<br />
10<br />
165 237<br />
1 290 082<br />
94 459<br />
1 384 541<br />
22 547<br />
22 547<br />
51 308<br />
3 209<br />
54 517<br />
433<br />
14 253 <strong>07</strong>5
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Suíça<br />
Países Baixos<br />
Noruega<br />
Canárias<br />
Islândia<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
Malásia<br />
Macau<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Guiné<br />
Tunísia<br />
Egipto<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Jordânia<br />
Omã<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
2100<br />
1290<br />
1065<br />
24 749<br />
8674<br />
7<strong>07</strong><br />
230<br />
33<br />
71<br />
111<br />
19<br />
678<br />
39 727<br />
1710<br />
22<br />
2080<br />
1965<br />
19<br />
5796<br />
40<br />
229<br />
269<br />
22<br />
648<br />
108<br />
778<br />
86 202<br />
32 303<br />
20 439<br />
1 320 358<br />
222 <strong>07</strong>9<br />
40 225<br />
1986<br />
812<br />
6213<br />
7000<br />
1760<br />
24 558<br />
1 763 935<br />
37 957<br />
637<br />
101 7<strong>07</strong><br />
42 695<br />
336<br />
183 332<br />
Quadro 102 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1996 (INE)<br />
301<br />
4040<br />
4341<br />
261<br />
7485<br />
6499<br />
14 245<br />
1101<br />
1199<br />
6287<br />
6857<br />
28 383<br />
50<br />
570<br />
26<br />
23<br />
387<br />
36<br />
519<br />
19<br />
21<br />
45 478<br />
78<br />
20<br />
97<br />
195<br />
71<br />
73<br />
7<br />
511<br />
662<br />
2433<br />
3955<br />
6388<br />
145 321<br />
93 560<br />
309 358<br />
512 820<br />
898 878<br />
4618<br />
75 099<br />
5571<br />
2116<br />
41 975<br />
4891<br />
30 815<br />
2342<br />
1466<br />
2 128 830<br />
4192<br />
1804<br />
12 246<br />
18 242<br />
7852<br />
4124<br />
2621<br />
13 572<br />
28 169<br />
37 456<br />
50 565<br />
88 021<br />
7564<br />
7232<br />
12 883<br />
7731<br />
23 854<br />
766<br />
12 484<br />
323<br />
221<br />
1439<br />
826<br />
257<br />
2960<br />
172<br />
12<br />
130<br />
78 854<br />
6647<br />
1350<br />
3246<br />
1765<br />
1482<br />
14 490<br />
236 110<br />
223<br />
255<br />
23<br />
236 611<br />
41 619<br />
819<br />
2416<br />
2811<br />
1296<br />
790<br />
49 751<br />
256<br />
1 139 591<br />
640 205<br />
969 292<br />
705 164<br />
1 437 852<br />
85 216<br />
1 463 462<br />
67 481<br />
78 797<br />
176 438<br />
96 232<br />
47 782<br />
277 942<br />
14 651<br />
29<strong>07</strong><br />
5696<br />
7 208 708<br />
330 383<br />
264 290<br />
425 005<br />
238 815<br />
101 645<br />
1 360 138<br />
31 932<br />
17 788<br />
52 962<br />
2364<br />
105 046<br />
3 848 817<br />
48 377<br />
226 162<br />
73 375<br />
1783<strong>07</strong><br />
95 543<br />
4 470 581
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Nicarágua<br />
Total América Central<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
19<br />
19<br />
150<br />
150<br />
178<br />
46 917<br />
2204<br />
2204<br />
3193<br />
3193<br />
2970<br />
1 974 220<br />
14 623<br />
908<br />
15 531<br />
494<br />
494<br />
318<br />
318<br />
252<br />
396 301<br />
Quadro 102 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1996 (INE) (continuação)<br />
739<br />
739<br />
18<br />
18<br />
8<br />
8<br />
178<br />
53 666<br />
90 936<br />
90 936<br />
2116<br />
2116<br />
1052<br />
1052<br />
7687<br />
2 365 053<br />
1 788 999<br />
133 435<br />
1 922 434<br />
113 182<br />
113 182<br />
37 722<br />
37 722<br />
28 166<br />
15 245 977
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Rússia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Malásia<br />
Indonésia<br />
Macau<br />
Bangla<strong>de</strong>sh<br />
Filipinas<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Guiné<br />
Senegal<br />
Moçambique<br />
Egipto<br />
Total África<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
1781<br />
710<br />
534<br />
20 405<br />
7378<br />
117<br />
296<br />
454<br />
68<br />
31 743<br />
1002<br />
21<br />
1264<br />
1505<br />
88<br />
130<br />
4010<br />
19<br />
19<br />
71 510<br />
9908<br />
7869<br />
1 012 827<br />
166 165<br />
4717<br />
21 415<br />
22 827<br />
3125<br />
1 320 363<br />
33 475<br />
1639<br />
78 841<br />
45 <strong>07</strong>6<br />
1614<br />
2050<br />
162 695<br />
4762<br />
4762<br />
995<br />
1292<br />
8851<br />
3167<br />
20 732<br />
29<br />
289<br />
24<br />
97<br />
300<br />
141<br />
16<br />
50<br />
35 983<br />
87<br />
8<br />
101<br />
Quadro 103 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1997 (INE)<br />
42<br />
238<br />
60<br />
80<br />
39<br />
1322<br />
1501<br />
1<strong>07</strong> 982<br />
98 397<br />
393 090<br />
274 391<br />
793 343<br />
2975<br />
56 115<br />
1761<br />
3654<br />
32 412<br />
9297<br />
2734<br />
4556<br />
1 780 7<strong>07</strong><br />
6951<br />
385<br />
9386<br />
1781<br />
18 503<br />
3350<br />
18 762<br />
1475<br />
12 721<br />
36 308<br />
5898<br />
8187<br />
12 285<br />
7792<br />
19 291<br />
685<br />
11 771<br />
530<br />
328<br />
1099<br />
1<strong>07</strong>5<br />
1679<br />
439<br />
98<br />
199<br />
71 356<br />
7<strong>07</strong>4<br />
1900<br />
4457<br />
1<strong>07</strong>7<br />
830<br />
174<br />
42<br />
353<br />
15 9<strong>07</strong><br />
143<br />
210<br />
296<br />
578<br />
18<br />
63<br />
1308<br />
258<br />
899 421<br />
696 611<br />
963 773<br />
620 911<br />
1 <strong>07</strong>3 793<br />
79 406<br />
1 678 860<br />
122 162<br />
91 089<br />
128 537<br />
141 185<br />
225 176<br />
83 552<br />
16 784<br />
23 045<br />
6 844 305<br />
380 481<br />
334 969<br />
586 144<br />
185 740<br />
65 613<br />
11 180<br />
6983<br />
53 690<br />
1 624 800<br />
27 459<br />
21 497<br />
31 282<br />
127 103<br />
3854<br />
7566<br />
218 761
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Catar<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Quadro 103 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1997 (INE) (continuação)<br />
259<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
482<br />
1854<br />
2336<br />
129<br />
129<br />
66<br />
43<br />
109<br />
86<br />
86<br />
38 432<br />
19 499<br />
22 211<br />
41 710<br />
21 561<br />
21 561<br />
7 731<br />
667<br />
8 398<br />
1<strong>07</strong>8<br />
1<strong>07</strong>8<br />
1 560 567<br />
531<br />
43<br />
1758<br />
2332<br />
213<br />
89<br />
302<br />
43<br />
43<br />
138<br />
40 537<br />
45 558<br />
5 744 31<br />
195<br />
82 497<br />
21 344<br />
2014<br />
23 358<br />
2676<br />
2676<br />
9388<br />
1 953 437<br />
41 <strong>07</strong>2<br />
1374<br />
2220<br />
4943<br />
1491<br />
1018<br />
408<br />
52 526<br />
13 836<br />
826<br />
14 662<br />
550<br />
174<br />
724<br />
271<br />
532<br />
803<br />
0<br />
157 286<br />
3 337 492<br />
112 364<br />
271 518 174<br />
121<br />
192 228<br />
159 920<br />
62 7<strong>07</strong><br />
4 310 350<br />
1 616 528<br />
109 340<br />
1 725 868<br />
68 697<br />
11 975<br />
80 672<br />
13 124<br />
53 932<br />
67 056<br />
170<br />
14 871 982
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Eslovénia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Malásia<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Moçambique<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Catar<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
877<br />
1063<br />
1244<br />
22 486<br />
8774<br />
166<br />
598<br />
32<br />
438<br />
23<br />
35 701<br />
3697<br />
40<br />
270<br />
1692<br />
338<br />
43<br />
6080<br />
8<br />
309<br />
1<br />
318<br />
237<br />
5020<br />
339<br />
5596<br />
60 308<br />
19 588<br />
27 446<br />
1 139 152<br />
234 636<br />
12 188<br />
41 487<br />
1957<br />
23 215<br />
931<br />
1 560 908<br />
86 210<br />
1109<br />
7066<br />
91 278<br />
9263<br />
1329<br />
196 255<br />
694<br />
6020<br />
121<br />
6835<br />
6457<br />
92 706<br />
5098<br />
104 261<br />
813<br />
5342<br />
6246<br />
3219<br />
24 158<br />
1109<br />
34<br />
336<br />
130<br />
16<br />
28<br />
71<br />
41 502<br />
104<br />
63<br />
Quadro 104 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1998 (INE)<br />
167<br />
57<br />
350<br />
2654<br />
3061<br />
617<br />
226<br />
4752<br />
46<br />
5641<br />
101 638<br />
4<strong>07</strong> 187<br />
243 600<br />
240 447<br />
881 556<br />
64 220<br />
4949<br />
23 109<br />
13 742<br />
175<br />
2456<br />
1745<br />
1 984 824<br />
6121<br />
1249<br />
7370<br />
3063<br />
4981<br />
83 272<br />
91 316<br />
55 388<br />
26 521<br />
82 517<br />
9995<br />
174 421<br />
5635<br />
9492<br />
9686<br />
6889<br />
19 415<br />
383<br />
13 601<br />
430<br />
142<br />
1651<br />
1452<br />
1797<br />
683<br />
1037<br />
72 293<br />
3465<br />
924<br />
1603<br />
721<br />
723<br />
266<br />
7702<br />
420<br />
286<br />
157<br />
744<br />
165<br />
1772<br />
45 002<br />
742<br />
1702<br />
4569<br />
1316<br />
383<br />
53 714<br />
260<br />
836 445<br />
757 069<br />
899 922<br />
586 488<br />
1 115 066<br />
47 877<br />
1 905 560<br />
109 204<br />
42 896<br />
275 375<br />
181 866<br />
2<strong>07</strong> 283<br />
116 493<br />
263 515<br />
7 345 059<br />
233 160<br />
170 738<br />
204 240<br />
114 503<br />
63 241<br />
21 419<br />
8<strong>07</strong> 301<br />
32 340<br />
27 003<br />
5623<br />
115 188<br />
19 125<br />
199 279<br />
4 035 704<br />
61 564<br />
242 336<br />
159 068<br />
153 565<br />
47 691<br />
4 699 928
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
106<br />
106<br />
16<br />
16<br />
47 817<br />
10 473<br />
10 473<br />
247<br />
247<br />
1 878 979<br />
644<br />
43<br />
687<br />
15 538<br />
1648<br />
17 186<br />
3<strong>07</strong><br />
108<br />
415<br />
165<br />
228<br />
630<br />
1023<br />
10<br />
154 115<br />
Quadro 104 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1998 (INE) (continuação)<br />
20<br />
17<br />
37<br />
20<br />
20<br />
653<br />
51 768<br />
86 712<br />
5414<br />
92 126<br />
12<strong>07</strong><br />
2399<br />
3606<br />
741<br />
741<br />
11 500<br />
2 365 904<br />
2 159 621<br />
230 317<br />
2 389 938<br />
44 717<br />
15 531<br />
60 248<br />
14 353<br />
16 459<br />
59 938<br />
90 750<br />
2656<br />
15 595 159
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Moçambique<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
3<strong>07</strong><br />
368<br />
931<br />
20 031<br />
7617<br />
425<br />
69<br />
98<br />
83<br />
24<br />
613<br />
30 566<br />
2462<br />
121<br />
120<br />
1614<br />
215<br />
4532<br />
85<br />
41<br />
650<br />
776<br />
51<br />
286<br />
337<br />
22 108<br />
8027<br />
26 655<br />
935 216<br />
237 <strong>07</strong>1<br />
10 360<br />
4402<br />
2205<br />
1919<br />
1046<br />
35 878<br />
1 284 887<br />
63 534<br />
3098<br />
3485<br />
63 588<br />
3806<br />
137 511<br />
8436<br />
778<br />
10 592<br />
19 806<br />
1177<br />
4387<br />
5564<br />
516<br />
18<strong>07</strong><br />
317<br />
6476<br />
3305<br />
22 380<br />
222<br />
9<br />
22<br />
133<br />
36<br />
15<br />
44<br />
35 282<br />
127<br />
129<br />
21<br />
62<br />
264<br />
163<br />
42<br />
808<br />
94<br />
243<br />
531<br />
868<br />
Quadro 105 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1999 (INE)<br />
698<br />
1944<br />
2642<br />
73 067<br />
143 616<br />
24 <strong>07</strong>1<br />
272 931<br />
314 875<br />
819 391<br />
40 391<br />
1561<br />
1045<br />
8990<br />
2921<br />
939<br />
7094<br />
1 710 892<br />
7974<br />
2912<br />
3032<br />
3705<br />
10 236<br />
11 874<br />
3302<br />
43 035<br />
15 109<br />
13 838<br />
8789<br />
37 736<br />
106 202<br />
27 264<br />
133 466<br />
3923<br />
9590<br />
685<br />
11 456<br />
56<strong>07</strong><br />
22 820<br />
456<br />
12 972<br />
345<br />
296<br />
2723<br />
1355<br />
1676<br />
486<br />
1578<br />
75 968<br />
2859<br />
664<br />
784<br />
554<br />
1303<br />
452<br />
6616<br />
947<br />
375<br />
78<br />
447<br />
45<br />
1892<br />
59 460<br />
619<br />
1660<br />
5880<br />
577<br />
954<br />
69 150<br />
262<br />
580 439<br />
743 259<br />
45 064<br />
991 271<br />
529 612<br />
1 372 177<br />
53 088<br />
1 802 280<br />
78 653<br />
66 680<br />
350 981<br />
167 761<br />
179 683<br />
90 094<br />
386 854<br />
7 437 896<br />
279 150<br />
120 966<br />
118 724<br />
70 738<br />
114 792<br />
24 038<br />
728 408<br />
88 886<br />
43 706<br />
13 849<br />
82 863<br />
4745<br />
234 049<br />
5 101 296<br />
45 138<br />
203 098<br />
161 159<br />
101 251<br />
117 850<br />
5 729 792
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Cuba<br />
Total América Central<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
63<br />
63<br />
603<br />
36 877<br />
1953<br />
1953<br />
9524<br />
1 459 245<br />
527<br />
164<br />
691<br />
16 193<br />
1481<br />
17 674<br />
Quadro 105 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 1999 (INE) (continuação)<br />
20<br />
20<br />
44<br />
44<br />
467<br />
40 822<br />
64 370<br />
18 468<br />
82 838<br />
1474<br />
1474<br />
11 850<br />
11 850<br />
14 632<br />
2 035 923<br />
635<br />
635<br />
231<br />
105<br />
404<br />
740<br />
320<br />
172 995<br />
2 194 535<br />
208 247<br />
2 402 782<br />
69 509<br />
69 509<br />
15 332<br />
14 166<br />
65 477<br />
94 975<br />
44 347<br />
16 741 758
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Rússia<br />
Bulgária<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Macau<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Síria<br />
Catar<br />
Jordânia<br />
Total Médio Oriente<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
375<br />
289<br />
72<br />
15 160<br />
8601<br />
189<br />
54<br />
636<br />
25 376<br />
3022<br />
397<br />
299<br />
2923<br />
200<br />
6841<br />
30<br />
0<br />
30<br />
343<br />
96<br />
439<br />
19 177<br />
5565<br />
2318<br />
899 202<br />
219 396<br />
8123<br />
1574<br />
32 236<br />
1 187 591<br />
95 286<br />
12 971<br />
7676<br />
155 424<br />
9038<br />
280 395<br />
2429<br />
65<br />
2494<br />
26 500<br />
1300<br />
27 800<br />
578<br />
1990<br />
247<br />
4013<br />
2572<br />
21 885<br />
71<br />
185<br />
13<br />
Quadro 106 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2000 (INE)<br />
64<br />
80<br />
21<br />
23<br />
31 742<br />
1855<br />
21<br />
0<br />
248<br />
3004<br />
5128<br />
22<br />
93<br />
115<br />
675<br />
3763<br />
2677<br />
2471<br />
9586<br />
86 3<strong>07</strong><br />
141 621<br />
24 199<br />
208 564<br />
219 888<br />
858 145<br />
8609<br />
16 715<br />
1853<br />
6262<br />
13 703<br />
2001<br />
3425<br />
1 591 292<br />
73 369<br />
1112<br />
556<br />
19 366<br />
79 324<br />
173 727<br />
3532<br />
21 081<br />
24 613<br />
21 991<br />
50 147<br />
16 566<br />
32 922<br />
121 626<br />
4100<br />
9122<br />
483<br />
13 262<br />
7991<br />
30 005<br />
479<br />
11 989<br />
224<br />
625<br />
2773<br />
1299<br />
1832<br />
620<br />
1236<br />
101<br />
200<br />
283 828<br />
7001<br />
435<br />
1622<br />
871<br />
2947<br />
1934<br />
34<br />
14 844<br />
1004<br />
279<br />
64<br />
481<br />
1828<br />
71 581<br />
959<br />
1832<br />
4821<br />
621<br />
212<br />
190<br />
80 216<br />
264<br />
621 483<br />
685 200<br />
48 173<br />
1 132 3<strong>07</strong><br />
604 060<br />
2 215 945<br />
59 152<br />
1 869 330<br />
46 674<br />
110 398<br />
464 502<br />
181 596<br />
187 843<br />
132 010<br />
300 653<br />
13 979<br />
60 463<br />
8 733 768<br />
630 765<br />
77 175<br />
185 319<br />
109 188<br />
357 675<br />
51 650<br />
7487<br />
1 419 259<br />
97 180<br />
27 508<br />
6605<br />
75 336<br />
206 629<br />
5 866 651<br />
72 020<br />
271 013<br />
170 398<br />
112 032<br />
22361<br />
25 115<br />
6 539 590
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
19<br />
19<br />
380<br />
33 085<br />
2044<br />
2044<br />
11 584<br />
1 511 908<br />
793<br />
61<br />
854<br />
1249<br />
48 674<br />
93 154<br />
3210<br />
9 6364<br />
43 874<br />
2 051 496<br />
18 430<br />
1322<br />
19 752<br />
374<br />
190<br />
564<br />
87<br />
231<br />
318<br />
522<br />
401 872<br />
Quadro 106 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2000 (INE) (Continuação)<br />
2 848 331<br />
192 111<br />
3 040 442<br />
45 415<br />
25 715<br />
71 130<br />
7772<br />
41 462<br />
49 234<br />
62 576<br />
20 122 628
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Polónia<br />
Bulgária<br />
Malta<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Malásia<br />
Indonésia<br />
Paquistão<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
São Tomé e Príncipe<br />
Angola<br />
Guiné<br />
Senegal<br />
Moçambique<br />
Tunísia<br />
Egipto<br />
Argélia<br />
Total África<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
2341<br />
274<br />
48<br />
1295<br />
15 656<br />
7545<br />
127<br />
20<br />
29<br />
24<br />
1295<br />
46<br />
28 700<br />
1952<br />
948<br />
1535<br />
2995<br />
510<br />
275<br />
8215<br />
5<br />
240<br />
5<br />
250<br />
332 470<br />
29 148<br />
23 840<br />
98 442<br />
4 915 381<br />
689 262<br />
80 439<br />
3777<br />
3734<br />
1339<br />
239 256<br />
27 408<br />
6 444 496<br />
265 189<br />
155 194<br />
237 706<br />
617 191<br />
68 225<br />
42 871<br />
1 386 376<br />
3174<br />
30 919<br />
12 438<br />
46 531<br />
293<br />
1948<br />
20<br />
3783<br />
1894<br />
17 528<br />
Quadro 1<strong>07</strong> – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2001 (INE)<br />
61<br />
65<br />
118<br />
52<br />
18<br />
7<br />
5<br />
25<br />
21<br />
19<br />
25 857<br />
1439<br />
1970<br />
19<br />
3428<br />
51<br />
21<br />
2<br />
171<br />
0<br />
246<br />
591<br />
1342<br />
2424<br />
123 109<br />
667 986<br />
9282<br />
1 033 708<br />
853 137<br />
3 4<strong>07</strong> 626<br />
31 976<br />
15 054<br />
44 119<br />
34 412<br />
23 221<br />
4943<br />
1558<br />
2181<br />
6286<br />
8932<br />
6 267 530<br />
609 787<br />
303 806<br />
2383<br />
915 976<br />
16 503<br />
9482<br />
2022<br />
290 601<br />
47<br />
71 400<br />
38 396<br />
133 706<br />
562 157<br />
4236<br />
9753<br />
305<br />
16 794<br />
8133<br />
31 340<br />
879<br />
11 665<br />
203<br />
428<br />
3087<br />
1220<br />
1026<br />
1085<br />
953<br />
733<br />
91 840<br />
5252<br />
1545<br />
656<br />
768<br />
686<br />
8733<br />
17 640<br />
462<br />
51<br />
3<br />
680<br />
29<br />
96<br />
264<br />
548<br />
2133<br />
266<br />
681 633<br />
776 780<br />
20 424<br />
1 580 666<br />
635 934<br />
2 456 389<br />
90 564<br />
1 775 158<br />
36 335<br />
88 853<br />
494 030<br />
221 516<br />
117 181<br />
106 461<br />
227 588<br />
92 6<strong>07</strong><br />
9 402 119<br />
469 815<br />
78 369<br />
67 588<br />
103 721<br />
97 618<br />
256 408<br />
1 <strong>07</strong>3 519<br />
48 560<br />
2774<br />
377<br />
158 667<br />
3677<br />
2448<br />
22 483<br />
29 000<br />
267 986
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Árabes Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Catar<br />
Jordânia<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelandia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Panamá<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Quadro 1<strong>07</strong> – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2001 (INE) (Continuação)<br />
267<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
433<br />
1341<br />
6<br />
8<br />
1788<br />
21<br />
21<br />
47<br />
47<br />
22<br />
22<br />
39 043<br />
157 669<br />
123 271<br />
2964<br />
4626<br />
288 530<br />
12 247<br />
12 247<br />
5772<br />
5772<br />
14 099<br />
14 099<br />
8 198 051<br />
486<br />
0<br />
3833<br />
1<br />
18<strong>07</strong><br />
6127<br />
775<br />
74<br />
849<br />
0<br />
0<br />
9<br />
24<br />
33<br />
38 718<br />
149 148 1<br />
0<br />
279 739<br />
581<br />
166 609<br />
596 087<br />
673 323<br />
36 360<br />
709 683<br />
158<br />
158<br />
5656<br />
15 572<br />
21 228<br />
9 <strong>07</strong>2 819<br />
67 764<br />
642<br />
1350<br />
5574<br />
1198<br />
658<br />
102<br />
77 288<br />
17 539<br />
1744<br />
19 283<br />
318<br />
147<br />
465<br />
181<br />
100<br />
281<br />
208 930<br />
6 380 521<br />
56 575<br />
139 147<br />
205 081<br />
135 395<br />
103 581<br />
15 618<br />
7 035 918<br />
2 693 796<br />
244 158<br />
2 937 954<br />
41 702<br />
20 406<br />
62 108<br />
17 970<br />
8160<br />
26 130<br />
20 805 734
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Islândia<br />
Grécia<br />
Polónia<br />
Rússia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Malásia<br />
Índia<br />
Indonésia<br />
Macau<br />
Bangla<strong>de</strong>sh<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
São Tomé e Príncipe<br />
Angola<br />
Senegal<br />
Moçambique<br />
Tunísia<br />
Egipto<br />
Argélia<br />
Libéria<br />
Total África<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
1234<br />
236<br />
1<br />
1128<br />
17 273<br />
6429<br />
2274<br />
39<br />
6<br />
337<br />
0<br />
487<br />
48<br />
29 492<br />
2569<br />
361<br />
157<br />
1498<br />
6809<br />
21<br />
302<br />
230<br />
11 947<br />
2<br />
0<br />
120<br />
130<br />
252<br />
185 444<br />
30 457<br />
333<br />
114 284<br />
5 102 657<br />
1 089 710<br />
1 353 861<br />
9787<br />
4491<br />
38 627<br />
175<br />
159 866<br />
5510<br />
8 095 202<br />
348 131<br />
93 486<br />
165 529<br />
2<br />
225 237<br />
908 492<br />
17 100<br />
89 721<br />
31 898<br />
1 879 594<br />
510<br />
2069<br />
26 579<br />
21 761<br />
50 919<br />
526<br />
1297<br />
59<br />
4382<br />
1764<br />
18 368<br />
Quadro 108 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2002 (INE)<br />
250<br />
56<br />
126<br />
68<br />
1<strong>07</strong>1<br />
5<br />
16<br />
27 988<br />
2374<br />
556<br />
1673<br />
1398<br />
3274<br />
42<br />
0<br />
7646<br />
40<br />
19<br />
0<br />
121<br />
227<br />
1100<br />
24<br />
181<br />
1712<br />
244 057<br />
496 579<br />
28 911<br />
1 208 340<br />
705 908<br />
4 906 642<br />
209 405<br />
25 709<br />
56 398<br />
23 440<br />
119 413<br />
5354<br />
8917<br />
8 039 <strong>07</strong>3<br />
576 628<br />
64 925<br />
889<br />
233 674<br />
455 521<br />
13 202<br />
200<br />
1 345 823<br />
16 361<br />
3135<br />
1090<br />
127 485<br />
67 117<br />
109 632<br />
5344<br />
14 836<br />
345 000<br />
3806<br />
8490<br />
123<br />
13 961<br />
6983<br />
30 521<br />
690<br />
10 832<br />
310<br />
259<br />
3239<br />
577<br />
537<br />
962<br />
877<br />
172<br />
634<br />
1046<br />
257<br />
84 276<br />
4793<br />
1062<br />
338<br />
648<br />
409<br />
3874<br />
123<br />
11 488<br />
61<br />
833<br />
1263<br />
14<br />
931<br />
106<br />
140<br />
3348<br />
268<br />
2948<br />
3498<br />
48<br />
5146<br />
3273<br />
10 592<br />
479<br />
7881<br />
179<br />
327<br />
2612<br />
645<br />
303<br />
331<br />
1021<br />
106<br />
388<br />
569<br />
164<br />
40 510<br />
2480<br />
394<br />
193<br />
249<br />
664<br />
52<br />
4680<br />
27<br />
348<br />
169<br />
12<br />
863<br />
46<br />
80<br />
1545
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Á. Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Síria<br />
Catar<br />
Jordânia<br />
Turquia<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
México<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Outros países<br />
Total<br />
Quadro 108 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2002 (INE) (continuação)<br />
269<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
723<br />
6<br />
24<br />
753<br />
20<br />
42 444<br />
254 603<br />
8<strong>07</strong><br />
3925<br />
259 335<br />
11 045<br />
10 285 050<br />
718<br />
0<br />
3431<br />
1<strong>07</strong><br />
74<br />
4294<br />
8624<br />
397<br />
43<br />
42<br />
482<br />
3<br />
17<br />
20<br />
181<br />
46 472<br />
373 861<br />
64<br />
456 992<br />
29 484<br />
9309<br />
247 460<br />
1 117 170<br />
231 081<br />
25 304<br />
19 086<br />
275 471<br />
3932<br />
7113<br />
11 045<br />
124<br />
11 133 582<br />
70 115<br />
1085<br />
1527<br />
6306<br />
1716<br />
232<br />
108<br />
222<br />
81 311<br />
15 514<br />
2027<br />
17 541<br />
617<br />
254<br />
871<br />
181<br />
181<br />
199 242<br />
26 933<br />
644<br />
854<br />
967<br />
811<br />
159<br />
88<br />
70<br />
30 526<br />
9833<br />
1458<br />
11 291<br />
450<br />
200<br />
650<br />
124<br />
124<br />
89 395
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Dinamarca<br />
Reino Unido<br />
Áustria<br />
Finlândia<br />
Suécia<br />
Irlanda<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Polónia<br />
Rússia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Japão<br />
Hong Kong<br />
Singapura<br />
Coreia do Sul<br />
Taiwan<br />
China<br />
Malásia<br />
Tailândia<br />
Índia<br />
Indonésia<br />
Bangla<strong>de</strong>sh<br />
Vietname<br />
Sri Lank<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Cabo Ver<strong>de</strong><br />
Marrocos<br />
São Tomé e Príncipe<br />
Angola<br />
Guiné<br />
Senegal<br />
Moçambique<br />
Tunísia<br />
Egipto<br />
Argélia<br />
Libéria<br />
Líbia<br />
Total África<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
787<br />
198<br />
1114<br />
19 561<br />
5876<br />
5837<br />
1<br />
528<br />
22<br />
43<br />
700<br />
37<br />
34 704<br />
1437<br />
2242<br />
143<br />
886<br />
17 195<br />
182<br />
66<br />
714<br />
419<br />
277<br />
302<br />
23 863<br />
202<br />
20<br />
222<br />
97 938<br />
27 176<br />
123 493<br />
5 467 469<br />
643 580<br />
208 505<br />
231<br />
1<strong>07</strong> 333<br />
6718<br />
16 567<br />
187 565<br />
15 110<br />
6 901 685<br />
212 472<br />
238 638<br />
143 471<br />
106 721<br />
1 969 715<br />
31 335<br />
5082<br />
214 064<br />
36 553<br />
25 583<br />
52 944<br />
3 036 578<br />
12 066<br />
1133<br />
13 199<br />
413<br />
919<br />
168<br />
3722<br />
1662<br />
18 028<br />
639<br />
2<br />
425<br />
1<br />
172<br />
9<br />
152<br />
25<br />
2<br />
26 339<br />
2056<br />
302<br />
1686<br />
15 150<br />
155<br />
57<br />
23<br />
415<br />
19 844<br />
124<br />
20<br />
7<br />
95<br />
20<br />
148<br />
596<br />
161<br />
103<br />
66<br />
1340<br />
203 389<br />
339 150<br />
86 137<br />
863 529<br />
661 239<br />
4 010 320<br />
394 648<br />
660<br />
149 642<br />
382<br />
18 952<br />
9320<br />
58 784<br />
10 647<br />
2192<br />
6 808 991<br />
262 687<br />
37 017<br />
192 405<br />
1 614 234<br />
17 051<br />
6958<br />
6065<br />
81 045<br />
134 662<br />
2 352 124<br />
9738<br />
2447<br />
2685<br />
2370<br />
39 422<br />
32 789<br />
34 066<br />
12 486<br />
4868<br />
140 871<br />
Quadro 109 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2003 (INE)<br />
4577<br />
6204<br />
63<br />
11 358<br />
6535<br />
28 335<br />
589<br />
12 901<br />
137<br />
92<br />
2624<br />
580<br />
574<br />
613<br />
516<br />
712<br />
1080<br />
231<br />
77 721<br />
5129<br />
563<br />
747<br />
1121<br />
530<br />
4880<br />
253<br />
194<br />
13 417<br />
964<br />
1001<br />
25<br />
987<br />
10<br />
394<br />
194<br />
247<br />
970<br />
1245<br />
6037<br />
270<br />
3403<br />
2452<br />
23<br />
4062<br />
2562<br />
9303<br />
321<br />
9127<br />
76<br />
172<br />
2315<br />
630<br />
301<br />
354<br />
724<br />
449<br />
558<br />
168<br />
37 000<br />
2581<br />
306<br />
339<br />
761<br />
186<br />
603<br />
57<br />
46<br />
4879<br />
547<br />
120<br />
9<br />
700<br />
9<br />
137<br />
153<br />
127<br />
176<br />
170<br />
2148
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Israel<br />
Emirados Árabes Unidos<br />
Líbano<br />
Koweit<br />
Barém<br />
Síria<br />
Catar<br />
Jordânia<br />
Turquia<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E.U. da América<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
Oceânia<br />
Austrália<br />
Nova Zelândia<br />
Total Oceânia<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
A. Holan<strong>de</strong>sas<br />
Total América Central<br />
Total<br />
África<br />
Ceuta<br />
Total África<br />
Total<br />
Quadro 109 – Elementos estatísticos da exportação <strong>de</strong> mármore em 2003 (INE) (continuação)<br />
Quadro 110 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1981 (INE)<br />
271<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
1717<br />
484<br />
2201<br />
3<br />
3<br />
60 993<br />
622 532<br />
57 093<br />
679 625<br />
674<br />
674<br />
10 631 761<br />
132<br />
13<br />
713<br />
1147<br />
0<br />
3733<br />
5738<br />
227<br />
148<br />
375<br />
5<br />
0<br />
5<br />
39<br />
39<br />
53 680<br />
430 774<br />
5846<br />
106 509<br />
129 146<br />
30<br />
152 678<br />
824 983<br />
168 456<br />
40 774<br />
209 230<br />
67 572<br />
395<br />
67 967<br />
15 348<br />
15 348<br />
10 419 514<br />
72 163<br />
458<br />
1485<br />
3715<br />
303<br />
276<br />
139<br />
188<br />
78 727<br />
6810<br />
1486<br />
8296<br />
917<br />
173<br />
1090<br />
185 288<br />
26 467<br />
201<br />
783<br />
458<br />
141<br />
156<br />
39<br />
65<br />
28 310<br />
5082<br />
932<br />
6014<br />
671<br />
117<br />
788<br />
79 139<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
11 192<br />
11 192<br />
11 192<br />
4 594 000<br />
4 594 000<br />
4 594 000
Europa<br />
Rep. Fed. Alemã<br />
Total Europa<br />
Total<br />
Europa<br />
Alemanha<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Quadro 111 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1982 (INE)<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Quadro 112 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1983 (INE)<br />
1<br />
1<br />
1<br />
272<br />
640<br />
640<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
27<br />
31<br />
28<br />
86<br />
28<br />
28<br />
114<br />
210<br />
671<br />
1567<br />
2448<br />
1218<br />
1218<br />
3666<br />
0<br />
1<br />
0<br />
1<br />
2<br />
1<br />
21<br />
1<br />
23<br />
22<br />
47<br />
47<br />
47<br />
640<br />
20 547<br />
20 547<br />
20 547
Europa<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Total<br />
Europa<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Total Europa<br />
Quadro 113 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1984 (INE)<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Outros Países<br />
Total<br />
Quadro 114 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1985 (INE)<br />
273<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
46<br />
46<br />
46<br />
2460<br />
2460<br />
2460<br />
24<br />
98<br />
122<br />
122<br />
16 747<br />
15 651<br />
32 398<br />
32 398<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
13<br />
20<br />
33<br />
227<br />
227<br />
10<br />
270<br />
567<br />
649<br />
1216<br />
7994<br />
7994<br />
513<br />
9723<br />
24<br />
24<br />
24<br />
1827<br />
1827<br />
1827<br />
29<br />
33<br />
62<br />
62<br />
16 343<br />
8761<br />
25 104<br />
25 104
Europa<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Total Europa<br />
Total<br />
Europa<br />
Rep. Fed. Alemã<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Total Europa<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Quadro 115 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1986 (INE)<br />
Quadro 116 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1987 (INE)<br />
20<br />
20<br />
113<br />
153<br />
153<br />
274<br />
2135<br />
21 790<br />
37 945<br />
61 870<br />
61 870<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
23<br />
11<br />
32<br />
122<br />
188<br />
188<br />
3249<br />
2631<br />
38 660<br />
49 725<br />
94 265<br />
94 265
Europa<br />
Rep. Fed. Alemã<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
China<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Total África<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Quadro 117 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1988 (INE)<br />
275<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
71<br />
25<br />
875<br />
18<br />
989<br />
335<br />
335<br />
251<br />
251<br />
22<br />
22<br />
1597<br />
4098<br />
532<br />
12 240<br />
997<br />
17 867<br />
10 660<br />
10 660<br />
6657<br />
6657<br />
2217<br />
2217<br />
37 401<br />
27<br />
5<br />
7<br />
20<br />
59<br />
74<br />
74<br />
667<br />
667<br />
800<br />
4355<br />
1578<br />
714<br />
2157<br />
8804<br />
3302<br />
3302<br />
19 523<br />
19 523<br />
31 629<br />
27<br />
23<br />
44<br />
118<br />
28<br />
240<br />
240<br />
3980<br />
5178<br />
46 345<br />
35 475<br />
3272<br />
94 250<br />
94 250
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Suécia<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Total África<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
9<br />
11<br />
941<br />
1194<br />
39<br />
2194<br />
77<br />
77<br />
304<br />
304<br />
2575<br />
669<br />
466<br />
14 049<br />
20 856<br />
Quadro 118 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1989 (INE)<br />
690<br />
36 730<br />
2470<br />
2470<br />
9<strong>07</strong>7<br />
9<strong>07</strong>7<br />
48 277<br />
2<br />
1<br />
8<br />
27<br />
61<br />
1<br />
3<br />
103<br />
1404<br />
1404<br />
27<br />
27<br />
1534<br />
288<br />
631<br />
1868<br />
880<br />
2256<br />
369<br />
622<br />
6914<br />
36 184<br />
36 184<br />
1682<br />
1682<br />
44 780<br />
26<br />
1<br />
38<br />
133<br />
123<br />
3<br />
1<br />
2<br />
327<br />
0<br />
0<br />
327<br />
276<br />
3642<br />
564<br />
10 502<br />
70 818<br />
56 463<br />
657<br />
639<br />
373<br />
143 658<br />
957<br />
957<br />
144 615
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Suécia<br />
Países Baixos<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Índia<br />
Filipinas<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Total África<br />
América do Norte<br />
E. U. América<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Quadro 119 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1990 (INE)<br />
277<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
12<br />
18<br />
1325<br />
1223<br />
2578<br />
180<br />
180<br />
175<br />
175<br />
168<br />
168<br />
3101<br />
693<br />
1359<br />
20 512<br />
21 285<br />
43 849<br />
6867<br />
6867<br />
4987<br />
4987<br />
6004<br />
6004<br />
61 7<strong>07</strong><br />
0<br />
2<br />
71<br />
179<br />
252<br />
812<br />
812<br />
41<br />
41<br />
280<br />
280<br />
1385<br />
20<br />
287<br />
8016<br />
8759<br />
17 082<br />
31 372<br />
31 372<br />
1989<br />
1989<br />
17 389<br />
17 389<br />
67 832<br />
18<br />
16<br />
95<br />
338<br />
261<br />
7<br />
11<br />
746<br />
2<br />
2<br />
748<br />
2726<br />
944<br />
22 913<br />
1<strong>07</strong> 320<br />
75 951<br />
1762<br />
6924<br />
218 540<br />
1633<br />
1633<br />
220 173
Europa<br />
Rep. Fed. Alemã<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Suécia<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
África do Sul<br />
Total África<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
65<br />
1102<br />
147<br />
20<br />
1334<br />
19<br />
19<br />
61<br />
61<br />
1414<br />
6635<br />
11 373<br />
2959<br />
1202<br />
22 169<br />
694<br />
694<br />
3341<br />
3341<br />
26 204<br />
11<br />
123<br />
168<br />
109<br />
24<br />
4<br />
439<br />
Quadro 120 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1991 (INE)<br />
0<br />
0<br />
439<br />
2131<br />
28 832<br />
14 200<br />
3925<br />
1798<br />
1780<br />
52 666<br />
13<br />
13<br />
52 679<br />
42<br />
58<br />
103<br />
161<br />
402<br />
2<br />
52<br />
820<br />
820<br />
278<br />
2264<br />
10 017<br />
13 995<br />
67 958<br />
117 086<br />
1627<br />
27 137<br />
240 084<br />
240 084
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
Índia<br />
Filipinas<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Total África<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Quadro 121 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1992 (INE)<br />
279<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
42<br />
9<br />
12<br />
166<br />
229<br />
179<br />
179<br />
629<br />
629<br />
1037<br />
1401<br />
1055<br />
0<br />
9338<br />
11 794<br />
7973<br />
7973<br />
23 015<br />
23 015<br />
42 782<br />
0<br />
45<br />
71<br />
69<br />
112<br />
10<br />
3<strong>07</strong><br />
36<br />
36<br />
343<br />
173<br />
2326<br />
4471<br />
4525<br />
11 788<br />
1035<br />
24 318<br />
1906<br />
1906<br />
26 224<br />
76<br />
131<br />
22<br />
324<br />
591<br />
41<br />
32<br />
1217<br />
8<br />
0<br />
8<br />
1225<br />
11 440<br />
13 618<br />
9985<br />
103 524<br />
127 347<br />
4394<br />
19 003<br />
289 311<br />
4508<br />
459<br />
4967<br />
294 278
Europa<br />
Rep. Fed. Alemã<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Total África<br />
América do Norte<br />
E. U. América<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Cuba<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
10<br />
476<br />
1615<br />
2101<br />
38<br />
578<br />
616<br />
21<br />
21<br />
2738<br />
1013<br />
19 656<br />
13 769<br />
34 438<br />
1439<br />
18 125<br />
19 564<br />
1111<br />
1111<br />
55 113<br />
111<br />
1<br />
Quadro 122 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1993 (INE)<br />
112<br />
112<br />
11 425<br />
256<br />
11 681<br />
11 681<br />
22<br />
41<br />
66<br />
294<br />
461<br />
18<br />
62<br />
964<br />
21<br />
21<br />
1<br />
1<br />
1<br />
1<br />
987<br />
280<br />
14 698<br />
24 958<br />
15 960<br />
76 296<br />
115 133<br />
12 158<br />
15 775<br />
274 978<br />
14 749<br />
14 749<br />
530<br />
530<br />
579<br />
579<br />
290 836
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Total África<br />
América do Norte<br />
México<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Cuba<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Quadro 123 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1994 (INE)<br />
281<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
14<br />
115<br />
77<br />
1558<br />
1764<br />
303<br />
303<br />
18<br />
18<br />
49<br />
49<br />
14<br />
201<br />
215<br />
35<br />
35<br />
2384<br />
848<br />
5645<br />
8548<br />
12 503<br />
27 544<br />
9295<br />
9295<br />
389<br />
389<br />
2271<br />
2271<br />
4594<br />
7030<br />
11 624<br />
2160<br />
2160<br />
53 283<br />
4<br />
8<br />
65<br />
352<br />
45<br />
31<br />
505<br />
26<br />
26<br />
531<br />
628<br />
2331<br />
10 644<br />
18 820<br />
6401<br />
7449<br />
46 273<br />
2022<br />
2022<br />
48 295<br />
114<br />
31<br />
16<br />
236<br />
632<br />
27<br />
2<br />
31<br />
1089<br />
37<br />
14<br />
51<br />
1140<br />
25 551<br />
16 541<br />
4148<br />
56 302<br />
118 828<br />
9437<br />
1631<br />
8098<br />
240 536<br />
16 550<br />
1531<br />
18 081<br />
258 617
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
China<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Moçambique<br />
Total África<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Cuba<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
55<br />
11<br />
1582<br />
1648<br />
96<br />
96<br />
42<br />
42<br />
201<br />
201<br />
1987<br />
2229<br />
475<br />
27 917<br />
30 621<br />
2877<br />
2877<br />
1330<br />
1330<br />
7428<br />
7428<br />
42 256<br />
46<br />
277<br />
276<br />
25<br />
624<br />
Quadro 124 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1995 (INE)<br />
1<br />
1<br />
625<br />
3592<br />
22 753<br />
25 565<br />
4522<br />
56 432<br />
85<br />
85<br />
56 517<br />
19<br />
757<br />
1217<br />
7<br />
2000<br />
4<br />
1<br />
5<br />
272<br />
272<br />
2277<br />
282<br />
14 230<br />
127 579<br />
245 966<br />
2714<br />
390 489<br />
2046<br />
965<br />
3011<br />
22 249<br />
22 249<br />
415 749
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Suíça<br />
Noruega<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
China<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Moçambique<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Arábia Saudita<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Cuba<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Quadro 125 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1996 (INE)<br />
283<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
77<br />
582<br />
149<br />
23<br />
12<br />
843<br />
19<br />
315<br />
25<br />
359<br />
133<br />
133<br />
47<br />
47<br />
132<br />
132<br />
1514<br />
4797<br />
13 293<br />
13 843<br />
1532<br />
177<br />
33 642<br />
1280<br />
5978<br />
4202<br />
11 460<br />
2841<br />
2841<br />
945<br />
945<br />
52<strong>07</strong><br />
52<strong>07</strong><br />
54 095<br />
30<br />
93<br />
542<br />
331<br />
996<br />
88<br />
88<br />
24<br />
24<br />
1108<br />
1923<br />
1570<br />
31 525<br />
25 976<br />
60 994<br />
5665<br />
5665<br />
1677<br />
1677<br />
68 336<br />
33<br />
20<br />
20<br />
760<br />
1498<br />
13<br />
2344<br />
21<br />
28<br />
49<br />
2393<br />
12 363<br />
15 612<br />
3213<br />
123 570<br />
228 059<br />
8269<br />
391 086<br />
6150<br />
6110<br />
12 260<br />
403 346
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Turquia<br />
Total Médio Oriente<br />
América Central<br />
Cuba<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
0<br />
55<br />
49<br />
128<br />
2652<br />
2884<br />
87<br />
87<br />
179<br />
179<br />
3150<br />
84<br />
2215<br />
5263<br />
16 020<br />
26 110<br />
49 692<br />
81<strong>07</strong><br />
81<strong>07</strong><br />
6045<br />
6045<br />
63 844<br />
Quadro 126 - Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1997 (INE)<br />
4<br />
0<br />
902<br />
466<br />
21<br />
1393<br />
20<br />
20<br />
20<br />
20<br />
56<br />
56<br />
1489<br />
4120<br />
178<br />
50 948<br />
30 534<br />
4109<br />
89 889<br />
247<br />
247<br />
1684<br />
1684<br />
1799<br />
1799<br />
93 619<br />
40<br />
9<br />
1229<br />
3860<br />
14<br />
5152<br />
29<br />
217<br />
246<br />
5398<br />
284<br />
15 257<br />
6 203<br />
202 284<br />
538 404<br />
3375<br />
765 523<br />
14 581<br />
30 230<br />
44 811<br />
810 334
Europa<br />
Bélgica - Luxemburgo<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Reino Unido<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
China<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Tunísia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Israel<br />
Turquia<br />
Total Oriente<br />
América do Norte<br />
Canadá<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Quadro 127 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1998 (INE)<br />
285<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
68<br />
132<br />
159<br />
20<br />
379<br />
213<br />
103<br />
316<br />
96<br />
96<br />
42<br />
42<br />
39<br />
39<br />
872<br />
2322<br />
16 723<br />
5727<br />
1063<br />
25 835<br />
6758<br />
7198<br />
13 956<br />
2180<br />
2180<br />
1965<br />
1965<br />
10 296<br />
10 296<br />
54 232<br />
959<br />
477<br />
18<br />
1454<br />
81<br />
81<br />
0<br />
0<br />
344<br />
344<br />
0<br />
0<br />
47<br />
47<br />
1926<br />
57 182<br />
38 536<br />
3871<br />
99 589<br />
9491<br />
9491<br />
325<br />
325<br />
10 495<br />
10 495<br />
12<br />
12<br />
1746<br />
1746<br />
121 658<br />
33<br />
16<br />
1396<br />
3668<br />
5<br />
4<br />
119<br />
5241<br />
28<br />
40<br />
285<br />
353<br />
5594<br />
11 738<br />
11 259<br />
173 888<br />
533 965<br />
2910<br />
1838<br />
21 771<br />
757 369<br />
10 213<br />
10 749<br />
50 044<br />
71 006<br />
828 375
Europa<br />
Bélgica<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Suíça<br />
Grécia<br />
Roménia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
China<br />
Índia<br />
Paquistão<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Argélia<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Israel<br />
Turquia<br />
Irão<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E. U. América<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Guatemala<br />
Cuba<br />
Panamá<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
281<br />
1154<br />
27<br />
1462<br />
132<br />
132<br />
306<br />
306<br />
29<br />
29<br />
18<br />
166<br />
184<br />
25<br />
89<br />
14<br />
128<br />
2241<br />
23 761<br />
10 040<br />
2200<br />
36 001<br />
11 393<br />
11 393<br />
5834<br />
5834<br />
1130<br />
1130<br />
4524<br />
8553<br />
13 <strong>07</strong>7<br />
2290<br />
3687<br />
1664<br />
7641<br />
75 <strong>07</strong>6<br />
230<br />
1515<br />
429<br />
11<br />
2185<br />
Quadro 128 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 1999 (INE)<br />
0<br />
34<br />
34<br />
22<br />
58<br />
57<br />
137<br />
1318<br />
60<br />
1378<br />
9<br />
130<br />
139<br />
3873<br />
2609<br />
65 391<br />
27 504<br />
1702<br />
97 206<br />
159<br />
2455<br />
2614<br />
1936<br />
4260<br />
1855<br />
8051<br />
27 668<br />
4180<br />
31 848<br />
455<br />
6451<br />
6906<br />
146 625<br />
11<br />
15<br />
1617<br />
5691<br />
124<br />
7458<br />
8<br />
124<br />
869<br />
6<br />
10<strong>07</strong><br />
34<br />
34<br />
21<br />
21<br />
8520<br />
286<br />
8029<br />
5572<br />
206 901<br />
800 419<br />
29 454<br />
1 050 375<br />
42<strong>07</strong><br />
23 530<br />
90 708<br />
3501<br />
121 946<br />
5200<br />
5200<br />
2120<br />
2120<br />
1 179 641
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
China<br />
Índia<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Angola<br />
Moçambique<br />
Egipto<br />
Jibuti<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Israel<br />
Turquia<br />
Irão<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E. U. América<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
América Central<br />
Panamá<br />
Total América Central<br />
Total<br />
Quadro 129 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2000 (INE)<br />
287<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
740<br />
593<br />
1333<br />
172<br />
172<br />
292<br />
71<br />
97<br />
460<br />
56<br />
109<br />
165<br />
25<br />
577<br />
602<br />
22<br />
22<br />
2754<br />
40 763<br />
7637<br />
48 400<br />
15 014<br />
15 014<br />
8254<br />
1338<br />
9833<br />
19 425<br />
2357<br />
7273<br />
9630<br />
7821<br />
27 973<br />
35 794<br />
815<br />
815<br />
129 <strong>07</strong>8<br />
3<br />
370<br />
1453<br />
786<br />
2612<br />
19<br />
25<br />
44<br />
91<br />
431<br />
303<br />
34<br />
859<br />
269<br />
74<br />
54<br />
397<br />
1<br />
1<br />
740<br />
740<br />
4653<br />
1131<br />
9531<br />
80 829<br />
61 704<br />
153 195<br />
2771<br />
2360<br />
5131<br />
6069<br />
25 397<br />
13 005<br />
6103<br />
50 574<br />
11 335<br />
5467<br />
2255<br />
19 057<br />
495<br />
495<br />
23 532<br />
23 532<br />
251 984<br />
48<br />
7<br />
13<br />
2135<br />
7774<br />
197<br />
10 174<br />
5<br />
144<br />
680<br />
829<br />
85<br />
85<br />
11 088<br />
13 578<br />
4989<br />
6657<br />
209 345<br />
1 141 591<br />
41 898<br />
1 418 058<br />
5065<br />
23 309<br />
69 388<br />
97 762<br />
6142<br />
6142<br />
1 521 962
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
Taiwan<br />
China<br />
Tailândia<br />
Índia<br />
Paquistão<br />
Butão<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Egipto<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Israel<br />
Líbano<br />
Síria<br />
Jordânia<br />
Turquia<br />
Irão<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
1494<br />
1468<br />
2962<br />
25<br />
18<br />
43<br />
48<br />
897<br />
945<br />
89<br />
23<br />
380<br />
537<br />
1029<br />
1794<br />
1794<br />
6773<br />
440 065<br />
92 826<br />
532 891<br />
13 303<br />
1843<br />
15 146<br />
4710<br />
146 182<br />
150 892<br />
10 144<br />
2761<br />
60 969<br />
113 723<br />
187 597<br />
311 416<br />
311 416<br />
1 197 942<br />
258<br />
1001<br />
11 131<br />
0<br />
12 390<br />
Quadro 130 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2001 (INE)<br />
23<br />
23<br />
29<br />
331<br />
280<br />
640<br />
17<br />
7<br />
24<br />
0<br />
0<br />
13 <strong>07</strong>7<br />
18 808<br />
302 721<br />
2 087 295<br />
4309<br />
2 413 133<br />
12 464<br />
12 464<br />
2133<br />
105 401<br />
60 872<br />
168 406<br />
5237<br />
3162<br />
8399<br />
895<br />
895<br />
2 603 297<br />
45<br />
5<br />
2<br />
1287<br />
12 537<br />
7<br />
421<br />
14 304<br />
5<br />
113<br />
21<br />
732<br />
3<br />
874<br />
290<br />
290<br />
135<br />
135<br />
15 603<br />
288<br />
20 885<br />
3506<br />
2579<br />
187 659<br />
1 887 273<br />
2736<br />
58 859<br />
2 163 497<br />
4420<br />
29 727<br />
2328<br />
69 847<br />
2251<br />
108 573<br />
30 763<br />
30 763<br />
21 011<br />
21 011<br />
2 323 844
Europa<br />
Alemanha<br />
Bélgica<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
China<br />
Tailândia<br />
Índia<br />
Vietname<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Marrocos<br />
Moçambique<br />
Egipto<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Líbano<br />
Turquia<br />
Irão<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Norte<br />
E. U. América<br />
México<br />
Total América do Norte<br />
América do Sul<br />
Argentina<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Quadro 131 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2002 (INE)<br />
289<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
1139<br />
1181<br />
2320<br />
23<br />
27<br />
50<br />
20<br />
16<br />
2636<br />
2672<br />
301<br />
260<br />
820<br />
1381<br />
28<br />
28<br />
12<br />
292<br />
304<br />
6755<br />
333 582<br />
68 322<br />
401 904<br />
5370<br />
9273<br />
14 643<br />
2848<br />
5789<br />
4<strong>07</strong> 398<br />
416 035<br />
39 700<br />
56 973<br />
132 973<br />
229 646<br />
6240<br />
6240<br />
13 096<br />
49 282<br />
62 378<br />
1 130 846<br />
324<br />
168<br />
6933<br />
72<br />
7497<br />
27<br />
27<br />
436<br />
436<br />
241<br />
241<br />
8201<br />
27 582<br />
65 919<br />
1 532 491<br />
22 465<br />
1 648 457<br />
4624<br />
4624<br />
75 880<br />
75 880<br />
79 658<br />
79 658<br />
1 808 619<br />
83<br />
15<br />
1090<br />
13 756<br />
124<br />
15 068<br />
4<br />
905<br />
260<br />
1169<br />
461<br />
461<br />
783<br />
783<br />
29<br />
29<br />
25<br />
25<br />
17 535<br />
117<br />
22<br />
732<br />
9793<br />
110<br />
10 774<br />
4<br />
2<br />
178<br />
184<br />
129<br />
129<br />
363<br />
363<br />
31<br />
31<br />
16<br />
16<br />
11 497
Europa<br />
Bélgica<br />
França<br />
Itália<br />
Espanha<br />
Finlândia<br />
Países Baixos<br />
Grécia<br />
Total Europa<br />
Ásia<br />
China<br />
Índia<br />
Vietname<br />
Total Ásia<br />
África<br />
Egipto<br />
Zimbabwe<br />
Total África<br />
Médio Oriente<br />
Turquia<br />
Irão<br />
Total Médio Oriente<br />
América do Sul<br />
Brasil<br />
Total América do Sul<br />
Total<br />
Mármore em bloco Mármore serrado Mármore em obra<br />
Toneladas Contos Toneladas Contos<br />
Toneladas Contos<br />
1014<br />
991<br />
18<br />
219<br />
2242<br />
47<br />
108<br />
155<br />
5710<br />
24<br />
5734<br />
1156<br />
559<br />
1715<br />
523<br />
523<br />
10 369<br />
312 788<br />
76 271<br />
1963<br />
75 023<br />
466 045<br />
10 131<br />
41 284<br />
51 415<br />
610 620<br />
5612<br />
616 232<br />
219 396<br />
102 269<br />
321 665<br />
72 020<br />
72 020<br />
1 527 377<br />
637<br />
562<br />
6387<br />
99<br />
21<br />
7706<br />
97<br />
175<br />
272<br />
Quadro 132 – Elementos estatísticos da importação <strong>de</strong> mármore em 2003 (INE)<br />
896<br />
896<br />
244<br />
18<br />
262<br />
9136<br />
32 344<br />
279 300<br />
1 526 948<br />
11 389<br />
20 869<br />
1 870 850<br />
39 608<br />
65 042<br />
104 650<br />
92 020<br />
92 020<br />
68 049<br />
3022<br />
71 <strong>07</strong>1<br />
2 138 591<br />
4<br />
1457<br />
17 486<br />
235<br />
19 182<br />
28<br />
332<br />
52<br />
412<br />
683<br />
683<br />
2121<br />
2121<br />
99<br />
99<br />
22 497<br />
290<br />
14<br />
922<br />
10 859<br />
153<br />
11 948<br />
64<br />
165<br />
34<br />
263<br />
191<br />
191<br />
753<br />
753<br />
73<br />
73<br />
13 228
AGRADECIMENTOS<br />
O trabalho por mim realizado e <strong>de</strong>fendido nunca po<strong>de</strong>ria ter chegado a bom porto<br />
se não tivesse a ajuda <strong>de</strong> várias pessoas e entida<strong>de</strong>s que permitiram, a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> finalizar a tese, discuti-la e consequentemente tornar-me mestre. A todas elas,<br />
sem excepção, o meu profundo agra<strong>de</strong>cimento.<br />
No entanto, não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> mencionar algumas <strong>de</strong>las:<br />
Ao grupo <strong>de</strong> empresas Marmoz/Marbrito, do qual também faço parte, nas pessoas<br />
dos seus sócios gerentes, José Manuel e João Miguel Brito da Luz, meu pai e tio<br />
respectivamente, agra<strong>de</strong>ço toda a ajuda prestada bem como toda a disponibilida<strong>de</strong><br />
colocada à minha disposição.<br />
À Margarida Pomba, o meu sincero reconhecimento por toda a ajuda prestada.<br />
Agra<strong>de</strong>ço-lhe a amiza<strong>de</strong>, o empenho, as horas perdidas <strong>de</strong> sono e a sua <strong>de</strong>dicação<br />
com que tomou a tarefa <strong>de</strong> ser o meu braço direito. Sem ela, não teria sido possível<br />
terminar esta difícil tarefa.<br />
Ao Dr.º Rui Rodrigues, assessor do Secretário <strong>de</strong> Estado Adjunto da Indústria e<br />
Inovação, a minha profunda gratidão e amiza<strong>de</strong> pelo seu empenho e <strong>de</strong>dicação em<br />
tornar este fardo menos pesado.<br />
Ao Sr. António Esteves Henriques, director da revista Rochas e Equipamentos,<br />
e meu amigo pessoal, o meu muito obrigado por toda a colaboração prestada nas<br />
variadas reuniões efectuadas no seu escritório e na empresa, bem como pelos Boletins<br />
<strong>de</strong> Minas oferecidos e que completaram a minha colecção.<br />
Ao Dr.º Jorge Abegão, chefe <strong>de</strong> projecto, coor<strong>de</strong>nação, planeamento e avaliação do<br />
PRIME – Programa <strong>de</strong> Incentivo à Mo<strong>de</strong>rnização da Economia, pela disponibilização<br />
<strong>de</strong> toda a documentação relativa aos vários quadros comunitários <strong>de</strong> apoio;<br />
Ao Engº Jorge <strong>de</strong> Carvalho do INETI – Instituto Nacional <strong>de</strong> Engenharia, Tecnologia<br />
e Inovação, o meu obrigado pela possibilida<strong>de</strong> que me <strong>de</strong>u em adquirir alguns<br />
dos Boletins <strong>de</strong> Minas que me faltavam na colecção.<br />
Ao Eng. António Crespo, pelo empenho, <strong>de</strong>slocações e horas perdidas comigo,<br />
agra<strong>de</strong>ço a sua amiza<strong>de</strong> e apoio incondicional prestado.<br />
Ao Engº Manuel Camarinhas, e a titulo póstumo, o meu profundo reconhecimento<br />
e amiza<strong>de</strong> pelo que me transmitiu através do seu saber e experiência, bem como<br />
por todos os dados que me facultou.<br />
Ao Dr. Luís Sottomayor, pela sua disponibilida<strong>de</strong> na transmissão dos seus conhecimentos.<br />
Ao Dr.º Victor Lambert pelo apoio solicitado e pela sua paixão pela região em geral<br />
e pela pedra em particular.<br />
Ao Joaquim Brito, pela amiza<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ração e disponibilida<strong>de</strong> que teve em per<strong>de</strong>r<br />
algumas horas comigo.
Ao professor Mateus, meu amigo e explicador <strong>de</strong> Inglês durante o secundário, o<br />
meu obrigado pela ajuda prestada na correcção do resumo em Inglês.<br />
Ao Teodósio Caeiro pela ajuda prestada e horas perdidas na correcção do trabalho.<br />
À Assimagra, na pessoa da Dr.ª Carla Gomes, técnica daquela associação o meu<br />
agra<strong>de</strong>cimento pela maneira como tratou dos meus pedidos.<br />
Ao Cevalor – Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas<br />
Ornamentais e Industriais, nas pessoas do director geral, Dr.º António Dieb, responsável<br />
pela área <strong>de</strong> promoção e marketing, Dr.ª Marta Peres, e, .... Filomena Mame<strong>de</strong>.<br />
À Câmara <strong>de</strong> Comércio Italiana, na pessoa do Sr. Ricardo Marchi e à Câmara <strong>de</strong><br />
Comércio e Indústria Luso Espanhola na pessoa Sr.ª Eva Massana, o envio dos<br />
relatórios solicitados daqueles dois países.<br />
À Direcção Geral <strong>de</strong> Geologia e Energia – Divisão <strong>de</strong> Estatística, nomeadamente à<br />
Engº Maria José Sobreiro e ao Engº Victor Duque pelo envio <strong>de</strong> todos os dados pedidos.<br />
À Direcção Geral <strong>de</strong> Energia – Indústria, na pessoa do Sr. Engº Piteira.<br />
Ao Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, em Lisboa, às Ex.as. Srªs Catarina Cunha,<br />
Lur<strong>de</strong>s Gouveia e Ema Fernan<strong>de</strong>s e em Évora ao Sr. Gilberto Cavaco, chefe <strong>de</strong><br />
serviço adjunto, o meu reconhecimento pela simpatia e celerida<strong>de</strong> no envio <strong>de</strong><br />
todos os dados pedidos.<br />
À DGEEP, Direcção Geral <strong>de</strong> Estudos, Estatística e Planeamento na pessoa do Sr.<br />
José Malveiro agra<strong>de</strong>ço o envio dos dados referentes às qualificações e habilitações<br />
literárias em ambas as indústrias.<br />
Ao Prof. Armando Alves, pela profunda amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong>dicação especial e forte cunho<br />
pessoal, com que sempre abraçou tudo quanto lhe pedi <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mais ínfimo pormenor<br />
até à mais complexa tarefa. A impressão da tese só foi possível graças ao<br />
seu excelente trabalho.<br />
Por fim uma palavra muito especial <strong>de</strong> reconhecimento, consi<strong>de</strong>ração e respeito profundos<br />
para o júri <strong>de</strong> minha tese. Ao presi<strong>de</strong>nte, Prof. Dr.º Joaquim dos Ramos Silva,<br />
meu professor na Pós Graduação em Estudos Europeus, pela magnífica interpelação<br />
que fez, tornando a <strong>de</strong>fesa do trabalho muito especial. Ao Prof. Dr.º Luís Lopes,<br />
por mim convidado por integrar este júri, o meu obrigado pela sua disponibilida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>dicação a este trabalho, tanto no <strong>de</strong>correr da <strong>de</strong>fesa daquele como pelas achegas<br />
que me <strong>de</strong>u, sempre importantes e úteis, as quais melhoraram consi<strong>de</strong>ravelmente a<br />
tese. Ao meu orientador e último membro do júri, Prof. Dr.º Horácio Faustino pela<br />
honra que me <strong>de</strong>u na orientação do trabalho. Em nenhum momento teve dúvidas<br />
sobre a premência, importância e actualida<strong>de</strong> do tema, na confiança <strong>de</strong>positada em<br />
mim e na obra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo até aos retoques finais. A sua orientação em geral,<br />
as suas indicações em particular, foram essenciais para a dignificação da minha tese.<br />
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ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE DESENVOLVIMENTO<br />
DO SECTOR DAS PEDRAS NATURAIS:<br />
O CASO DOS MÁRMORES NO TRIÂNGULO DE<br />
ESTREMOZ - BORBA - VILA VIÇOSA 1980-2003<br />
<strong>Tese</strong> <strong>de</strong> <strong>Mestrado</strong> <strong>de</strong> Luís Miguel Nunes Barata <strong>de</strong> Brito da Luz,<br />
<strong>de</strong>fendida em Setembro <strong>de</strong> 2005.<br />
Direcção gráfi ca <strong>de</strong> Armando Alves<br />
Tratamento <strong>de</strong> imagem e Pré-impressão<br />
A. Alves – Arte e Edições, Lda.<br />
Impressão e Acabamento<br />
Greca – Artes-gráfi cas<br />
Depósito legal<br />
00000000000000<br />
Março <strong>de</strong> 2008<br />
CEVALOR<br />
MUNICÍPIO DE BORBA<br />
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