Edição 40 - Memorial da América Latina

FOTO: REPRODUÇÃO
De fato, acidentes deste tipo
sempre ocorreram e nada indica que
irão acabar. Basta lembrar o caso das
minas de carvão da China, maior produtor
do mundo desse recurso mineral
e detentor do 1º lugar no ranking mundial
de acidentes com vítimas fatais
nessa atividade. Tais acontecimentos,
que vão desde o desabamento do teto
e/ou das paredes até a explosão provocada
pelo acúmulo de gases, passando
pela asfixia por gases tóxicos, provocaram
no ano de 2002 a morte de 6.995
mineradores. As condições de segurança,
apesar das recentes melhorias, ainda
estão longe de atingir um alto grau de
confiança, tanto que no ano de 2009
mais de 2.600 mortes foram contabilizadas,
a maior parte delas por falta de
condições adequadas de trabalho oferecidas
aos mineiros.
Situação igualmente preocupante
pode ser encontrada nos garimpos
de metais e pedras preciosas, sobretudo
quando sua exploração necessita de
abertura de poços profundos ou galerias.
A procura de ouro, pedras preciosas e
semipreciosas (diamante, rubi, esmeralda,
turmalina, água-marinha e outras)
tem levado à morte milhares de pessoas,
principalmente na América Latina e na
África. Um exemplo que ilustra bem esse
caso foi a exploração de ouro em Serra
Pelada, no Pará, onde centenas de garimpeiros
perderam a vida numa atividade
totalmente desordenada e predadora.
A mineração, qualquer que seja o
método empregado na extração dos minérios
(na superfície da Terra ou em profundidade),
constitui uma atividade perigosa
e de alto risco para o ser humano,
além de provocar grandes impactos am-
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Mineração a céu
aberto: mina de cobre
em Chiquicamata,
no Chile.