13.04.2013 Views

Páginas - ed. 118 - Novembro 06.p65 - Arquidiocese de Florianópolis

Páginas - ed. 118 - Novembro 06.p65 - Arquidiocese de Florianópolis

Páginas - ed. 118 - Novembro 06.p65 - Arquidiocese de Florianópolis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

14-<br />

<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> 2006<br />

RETALHOS DO COTIDIANO<br />

ROSAS<br />

Na esplanada, em Lour<strong>de</strong>s,<br />

a linda estátua <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

coroada. A seus pés,<br />

centenas <strong>de</strong> belas rosas brancas<br />

plantadas. Junto <strong>de</strong>las,<br />

muitas rosas vermelhas, brancas<br />

e amarelas, oferecidas<br />

pelos filhos e filhas que vão<br />

àquele santuário. São flores e<br />

mais flores pra a Mãe que carregou<br />

em seu ventre a Flor do<br />

mundo!<br />

ÁGUA<br />

A terra suja escavada por<br />

Berna<strong>de</strong>tte, aten<strong>de</strong>ndo ao p<strong>ed</strong>ido<br />

da Mãe, tornou-se fonte<br />

<strong>de</strong> água puríssima que, 150<br />

anos <strong>de</strong>pois, continua a correr<br />

alegremente na gruta <strong>de</strong> Massabielle.<br />

Que a ob<strong>ed</strong>iência ao Senhor<br />

e à Mãe – ‘Fazei tudo o que Ele vos<br />

disser’ – nos aju<strong>de</strong> a encontrá-los<br />

sempre mais para nos acariciarmos<br />

na única Fonte que nunca seca.<br />

PINHEIRO<br />

Eu já o tinha visto no rigor do inverno,<br />

em meio aos montes gelados.<br />

Enquanto as <strong>de</strong>mais árvores se trajavam<br />

<strong>de</strong> outras cores ou perdiam as<br />

folhas, ele se mantinha impecavelmente<br />

ver<strong>de</strong> e exuberante. O pinheiro<br />

daquelas montanhas que refletem um<br />

pouco da grandiosida<strong>de</strong> do Criador<br />

qu<strong>ed</strong>a-se silencioso e humil<strong>de</strong> entre<br />

suas companheiras, suportando com<br />

tranqüilida<strong>de</strong> as duras provações da<br />

estação fria. Parece sinalizar que,<br />

mesmo em meio aos apertos das situações<br />

difíceis, mesmo quando a<br />

maioria segue por outras ver<strong>ed</strong>as, o<br />

cristão saberá envolver-se no manto<br />

da fé e da esperança, mantendo<br />

inalterado o rumo <strong>de</strong> sua vida que,<br />

como o pinheiro, apontará para o alto<br />

e se esten<strong>de</strong>rá para os lados, a fim <strong>de</strong><br />

acolher quer o vento, quer a neve ou o<br />

sol ou a chuva e abraçar os irmãos,<br />

todos eles amados pelo Pai.<br />

BEIJO<br />

Foi uma <strong>de</strong>finição e tanto a daquele<br />

bispo italiano, no Encontro Internacional<br />

das Equipes <strong>de</strong> Nossa Senhora: “O<br />

casal é o beijo <strong>de</strong> Deus na história”!<br />

Deus não se contenta em dizer que é<br />

amor; Ele o manifesta. E se entrega<br />

aos dois numa intimida<strong>de</strong> amorosa tão<br />

intensa e profunda que os três passam<br />

a ser um. “Gran<strong>de</strong> mistério”, repetimos<br />

como Paulo Apóstolo.<br />

FLOR<br />

Nos Alpes há uma flor que só consegue<br />

<strong>de</strong>sabrochar acima dos 1.500<br />

metros <strong>de</strong> altura. Assim são os homens<br />

e as mulheres que, quando<br />

atingem as alturas da oração, florescem<br />

e vestem o mundo <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong>,<br />

irradiando o amor como luz a indicar<br />

o caminho para muitos.<br />

UM PEDIDO<br />

Talvez em nossa casa não faltem<br />

arroz, feijão, carne, peixe, pão, nem frutas<br />

e verduras. Mas po<strong>de</strong> ser que, <strong>de</strong>baixo<br />

do teto em que vivemos, algum<br />

familiar esteja faminto, morrendo <strong>de</strong><br />

fome <strong>de</strong> compreensão, <strong>de</strong> carinho, <strong>de</strong><br />

atenção, <strong>de</strong> uma palavra <strong>de</strong> encorajamento.<br />

E nós não o alimentamos,<br />

porque somo os que têm olhos e não<br />

vêem! Quem sabe possa partir <strong>de</strong><br />

nosso coração um p<strong>ed</strong>ido, uma súplica<br />

ao Senhor: “Meu Deus, abre meus<br />

olhos para as necessida<strong>de</strong>s do próximo,<br />

especialmente daqueles que vivem<br />

comigo. Que eu faça água <strong>de</strong> ternura<br />

on<strong>de</strong> houver rancor que seca o<br />

coração; que, como Maria, eu vá às<br />

pressas dar um abraço <strong>de</strong> solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />

a quem está triste e <strong>de</strong>sanimado<br />

à minha volta; que eu dê o fermento do<br />

amor para fazer o pão da alegria que<br />

vem <strong>de</strong> ti e não queira ser, ao mesmo<br />

tempo, trigo, e sal, e água, e mãos que<br />

amassam, e fogo que coze: dá-me,<br />

Senhor, ser só o que Tu queres que<br />

eu seja; que eu não sufoque os outros<br />

querendo ser tudo, quando nada sou.<br />

Ajuda-me, Senhor, a compreen<strong>de</strong>r o<br />

outro. Vem, Senhor, toma em tuas<br />

mãos esta minha vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser melhor,<br />

<strong>de</strong> ser mais parecido contigo”!<br />

Carlos Martendal<br />

Divulgação/JA<br />

ECUMENISMO<br />

Ecumenismo – Arte do Encontro<br />

Encontrar-se é como uma obra <strong>de</strong><br />

arte, pensada com o afeto e sentida com<br />

a razão. Trabalhada lentamente, no movimento<br />

da vida que mo<strong>de</strong>la sua beleza,<br />

extrai a forma da existência, figura a esperança.<br />

E, no final, acontece a transformação<br />

dos que se encontram -povos,<br />

culturas e cr<strong>ed</strong>os - na arte da comunhão.<br />

O encontro provoca, questiona, impõe<br />

novida<strong>de</strong>s. São novida<strong>de</strong>s que alimentam<br />

o <strong>de</strong>sejo da unida<strong>de</strong>. E possibilitam<br />

o enriquecimento mútuo dos que<br />

se unem, configurando i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s que<br />

se assemelham e comungam.<br />

Por isso, quando vamos ao encontro<br />

<strong>de</strong> alguém, levemos apenas o essencial<br />

- o que somos. E faremos do<br />

encontro uma festa, celebração; ou<br />

penitência, purificação. Com risos e<br />

cantos, com silêncio e contemplação.<br />

E na mudança <strong>de</strong> um e <strong>de</strong> outro, vivese<br />

a reconciliação das oposições e a<br />

comunhão das diferenças.<br />

O verda<strong>de</strong>iro encontro provoca mudanças,<br />

no modo <strong>de</strong> pensar, nos sentimentos,<br />

nas atitu<strong>de</strong>s. Mudamos em razão do<br />

mistério que se manifesta no encontro.<br />

Mistério da outra pessoa, outra realida<strong>de</strong>.<br />

Mistério da diferença, questionando pontos<br />

<strong>de</strong> vista e certezas. Exige firmeza e<br />

mudança ao mesmo tempo. Não nego o<br />

que sou, mas não me afirmo sozinho. No<br />

encontro, minha verda<strong>de</strong> é relação, minha<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é comunhão. O Eu e o Tu só<br />

tem sentido na formação do Nós.<br />

Estar disposto a encontrar-se é estar<br />

disposto a mudar. Mas há também<br />

encontros que nada mudam? Sinceramente,<br />

tenho dúvidas. Se houver, são<br />

como elos perdidos na superficialida<strong>de</strong><br />

das relações. Não são encontros verda<strong>de</strong>iros.<br />

Significam perdas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

para ser mais e melhor. Só os<br />

encontros vividos na profundida<strong>de</strong> do ser<br />

provocam mudanças.<br />

O movimento do encontro é uma<br />

realida<strong>de</strong> geográfica e espiritual. É um<br />

movimento em duas direções: externa<br />

– mudar <strong>de</strong> lugar geográfico, ir on<strong>de</strong><br />

está o outro. Interna, viver o mundo do<br />

outro, falar a sua linguagem, partilhar<br />

os seus projetos. E o que acolho no<br />

outro passa a ser parte <strong>de</strong> mim.<br />

Somente assim po<strong>de</strong>-se falar <strong>de</strong> encontros<br />

que geram unida<strong>de</strong>, comunhão,<br />

solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>, compromisso. Só assim<br />

apostamos em encontros que entrelaçam<br />

sonhos, afetos, dores e alegrias.<br />

Só assim cremos em encontros que irmanam<br />

vidas, projetos e cr<strong>ed</strong>os. Não<br />

são encontros mesquinhos, egoístas.<br />

São encontros vividos na gratuida<strong>de</strong>. Não<br />

são encontros narcisistas, entre iguais.<br />

São encontros abertos às diferenças.<br />

Não são encontros <strong>de</strong> auto-suficientes,<br />

exclu<strong>de</strong>ntes. São encontros <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong> necessitados, dispostos a<br />

crescerem juntos.<br />

Assim imagino o encontro entre cr<strong>ed</strong>os,<br />

igrejas e religiões. Encontro que<br />

sustenta a esperança da fé dos crentes.<br />

Encontro que abre os templos para<br />

a celebração da vida comum. Encontro<br />

<strong>de</strong> plenitu<strong>de</strong>, que supera toda carência,<br />

todo pecado, toda <strong>de</strong>s-graça. Encontro<br />

<strong>de</strong> mitos e ritos, <strong>de</strong> teologias e<br />

liturgias, sem temer a mudança, para<br />

que a verda<strong>de</strong> possa ser reconhecida,<br />

partilhada, comungada. Encontro <strong>de</strong><br />

comunhão.<br />

Ecumenismo é assim, coragem <strong>de</strong><br />

encontrar-se. Expansão do ser e da fé<br />

na busca <strong>de</strong> plenitu<strong>de</strong>. É envolvimento<br />

num processo <strong>de</strong> mudança, na graça<br />

que aproxima as distâncias e comunga<br />

as diferenças. Ecumenismo, arte do<br />

encontro.<br />

Elias Wolff<br />

Leia mais sobre ecumenismo: www.itesc.ecumenismo.com<br />

Dizimo: pagar ou ofertar, receber ou cobrar?<br />

Muitas vezes, a pessoa faz a opção<br />

pelo dízimo levada pela emoção do momento.<br />

Passada a emoção, não se sente<br />

mais motivada a contribuir. Por isso é<br />

importante uma conscientização que<br />

atinja o coração e a razão do dizimista.<br />

Uma pessoa conscientizada, dificilmente<br />

<strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> contribuir.Ao contrário, procurará<br />

aumentar sua oferta.<br />

A evangelização <strong>de</strong>ve levar o dizimista<br />

a uma <strong>de</strong>cisão pessoal espontânea, brotada<br />

do coração, a partir <strong>de</strong> uma experiência<br />

<strong>de</strong> fé na divina Providência. O<br />

dízimo expressa a gratidão a Deus e a<br />

responsabilida<strong>de</strong> e solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> com os<br />

irmãos.<br />

Cobrança do dizimista? Ora, dízimo<br />

não se paga, se oferta, portanto não se<br />

cobra. No entanto, convém estimular o<br />

dizimista a contribuir periodicamente,<br />

através <strong>de</strong> incentivos que o lembrem <strong>de</strong><br />

sua responsabilida<strong>de</strong> com a comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fé qual participa.<br />

Em vez <strong>de</strong> “cobrar”, cabe à equipe do<br />

dízimo atuar em uma conscientização<br />

constante, inclusive individual, com os<br />

dizimistas já participantes, para que se<br />

sintam estimulados a continuar em sua<br />

caminhada <strong>de</strong> fé e solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>.<br />

O gesto fiel <strong>de</strong> ofertar o dizimo é a<br />

prova concreta da participação na comunida<strong>de</strong>.<br />

Dessa forma, o dízimo se torna<br />

uma bênção, não um peso. A oferta do<br />

dízimo nos leva a experienciar, na missa<br />

<strong>de</strong> todos, a força <strong>de</strong> Deus e a união<br />

dos irmãos.<br />

Equipe arquidiocesana <strong>de</strong> dizimo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!