Páginas - ed. 118 - Novembro 06.p65 - Arquidiocese de Florianópolis

10-
Novembro de 2006
Relatos dos Encontros Paroquiais e Comarcais
Comarca de Santo Amaro
Em 14 de outubro, durante a
manhã de domingo, a comarca
de Santo Amaro realizou o Encontro
Comarcal com os animadores/as
dos GBFs, na paróquia
de Angelina. O encontro foi conduzido
pelo Frei Nolvi Dalla Costa,
com a participação de 130
animadores/as. Irmã Luzia Pereira
trabalhou a fundamentação
bíblica e a fundamentação
trinitária. Iniciou dizendo que os
GBFs são de grande motivação
para a Igreja e que são fundamentados
na Bíblia. O livro “Igreja
nas casas” é um bom subsidio
para os animadores/as.
Unidos ao grande amor de Jesus,
somos instrumentos de Deus
na vida da Igreja, na vida da comunidade.
Assim se afirma a pratica
dos GBFs, que não vem de
hoje e sim desde o início da Igreja.
Também refletiu-se passo a
passo nos “10 mandamentos da
espiritualidade do animador. Frei
Nolvi Dalla Costa finalizou com
a celebração de envio. Todos retornaram
a suas casas alegres, animados
e encorajados para incentivar,
consolidar os GBFs como
Prioridade da Ação Evangelizadora
na sua comunidade.
Comarca da Ilha
No dia 22 de outubro, na
Comarca da Ilha, o Encontro
Comarcal teve lugar na Paróquia
Nossa Senhora da Imaculada
Conceição da Lagoa. Roberto
Iunskovski, convidado pela equipe
comarcal, assessorou os trabalhos
no sentido de justificar os
GBFs em nossas comunidades.
Na exposição do tema, Roberto
frisou que a verdadeira e autêntica
Igreja se concretiza nos pequenos
grupos que se reúnem
nas casas, tendo como objetivo
ler e partilhar os textos sagrados
para poder vivenciá-los, em comum-unidade.
Os cristãos seguem
o mandato do Senhor,
quando ensinou que não podemos
amar só o nosso amigo, mas
também o nosso inimigo. Além
dos momentos de oração, o grupo
parte depois para uma ação
social, resultado e fruto da caridade
para com o próximo. Tal
gesto concreto deve ser uma
atitude libertadora, à semelhança
das ações de Jesus. Os
GBFs se reúnem depois na grande
assembléia do povo de Deus,
para celebrar a vida, a redenção
e a espera da vinda gloriosa do
Senhor. Diác. Pedro Carbonera
Paróquia de Santo Antônio
Realizado dia 30 de setembro,
das 14h às 17h, no Salão
Paroquial, tendo como objeti-
Participantes da Comarca da Ilha reunidos na Paróquia da Lagoa
vos: conscientizar os Agentes
de Pastorais da Paróquia Santo
Antônio, que os Grupos Bíblicos
em Família são prioridade da
Arquidiocese e portanto também
em nossa paróquia; desafiar os
agentes a serem animadores de
novos Grupos. Participaram 22
agentes das diversas pastorais
da paróquia. Inicialmente a Ministra
da Palavra, Edithe Perin,
fez uma explanação partilhada
da apostila “Grupos Bíblicos em
Família – Prioridade da Ação
Evangelizadora da Arquidiocese”
e das “Orientações Básicas para
Animadores dos Grupos” e a utilização
da simbologia nos Encontros.
Na seqüência, os
cincos sub-grupos desenvolveram
o Encontro 16º do livreto do
Tempo Comum, que tem como
tema - Discípulos e missionários
de Jesus Cristo. Lemos e
refletimos passo a passo, levantando
os compromissos e dificuldades
encontradas, apresentados
depois em plenária. Conclusões:
1) Formar novos grupos
– cada agente sendo um
animador de grupo, dando um
impulso maior com as novenas
de Natal; 2) Aprofundar nosso
conhecimento bíblico para dar
mais segurança ao agente; 3)
Envolver e preparar outros agentes
de pastorais; 4) Divulgar os
grupos, as datas e locais onde
se encontram.
Paróquia São João
Evangelista – Biguaçu
O Encontro Paroquial para
Animadores/as dos GBFs aconteceu
no dia 24 de setembro. Foi
muito feliz a assessoria de Moacir
Albuquerque, que trabalhou o
tema: Relações familiares e a
família inserida no Projeto de
Deus. Buscando em textos bíblicos,
relatos da trajetória da família
na história, fez entender que
esta sofreu modificações e adaptações
até chegar ao novo contexto
de vida atual. Destacou também
o papel da mulher, que hoje
tem uma vida ativa, participando
em todos os setores da sociedade,
assumindo cargos de destaque
e serviços diversos, que antes
só competiam aos homens.
O encontro transcorreu com a
participação e atenção de todo o
grupo, voltado ao palestrante que,
com linguagem acessível, e dinâmica,
proporcionou um encontro
agradável. No período da tarde,
houve trabalho de grupo, a partir
dos textos bíblicos: Ex 20, 1-21 e
Lc 15, 11-32. Os Grupos apontam
caminhos para reconstruir a
boa relação em nossas famílias,
comunidades e sociedade, contribuindo
para o projeto do Reino
de Deus que deve acontecer aqui
e agora. À luz da Palavra de Deus,
essas constatações e conclusões
devem ser revistas e aplicadas no
dia-a-dia do animador/a, da família
e da comunidade, para uma
sociedade transformada segundo
o projeto de Deus.
Lenice S. de Souza do Nascimento,
Animadora de Grupo
Grupos Bíblicos em Família –
um jeito de “Ser Igreja”
Cresce, nos Grupos Bíblicos
em Família, uma prática,
um jeito de ser Igreja comprometida
com a vida dos irmãos
e irmãs a exemplo de Jesus
Cristo. Esta prática eclesial
dá-se no modo de evangelizar
nos Grupos Bíblicos em Família.
O fato de várias famílias
reunirem-se, quase que
semanalmente, nas casas,
faz com que as pessoas tenham
alguns sentimentos comuns,
que podemos considerar
como passos de uma
metodologia.
Destacamos três: um primeiro
aspecto é o encontro.
O fato de as pessoas se reunirem
com freqüência, num
clima fraterno, de acolhimento,
valorizando todas, independente
de idade e profissão,
grau de estudo, desperta o
cuidado com a vida em comum.
No entanto, há uma especial
atenção com os mais
pobres, que vivem nas proximidades
do grupo.
Um segundo aspecto é a
palavra. O grupo é um espaço
em que toda pessoa tem vez
e voz. Pode falar e é ouvida.
Esta palavra é iluminada pela
Palavra de Deus. Sempre é
feita a leitura de um texto bíblico.
Em conjunto, as pessoas
procuram entender o sentido e
dele tirar ensina-mentos, para
si e para a comunidade. Fazse
uma ligação entre a palavra
de vida do grupo e a da Bíblia.
Desta relação brotam ensinamentos
e práticas.
O terceiro aspecto é a vida
dos irmãos e irmãs. O clima
Agentes dos GBFs da Paróquia Santo Antônio discutiram formação de novos grupos
de fraternidade, a iluminação
da Palavra de Deus, o próprio
falar das pessoas, gera um
compromisso: “O que fazer
com aquela família que precisa
de ajuda?” Quando alguém
do grupo apresenta esta situação,
vêm as propostas concretas
de transformar a fé em
obras.
Quando as pessoas dos
grupos não têm condições próprias
de resolver a situação
apresentada, se organizam,
fazem uma lista das necessidades
e mobilizam as pessoas
da comunidade, numa ação
conjunta em forma de mutirão,
em favor da família ou da pessoa
necessitada. “Tudo o que
fizerdes ao menor nos meus
irmãos é a mim que o fareis”
(Mt 25,40). É este espírito, despertado
e cultivado nos GBF,
que faz as pessoas rezarem de
um jeito diferente, com os irmãos
e irmãs que mais precisam
de um gesto de amor.
As pessoas que vivem esta
prática são sinais de Deus na
comunidade e na sociedade,
assumindo o projeto de Jesus
– “Eu vim para que todos tenham
vida e a tenham em
abundância” (Jo 10,10) – como
seu plano de vida na construção
do Reino. Assim, os GBF
unem fé e vida e se colocam
a serviço, fortalecendo as comunidades
e as paróquias,
considerando a pessoa, a imagem
de Deus. Assim, aos poucos,
vai revivendo a chama
acesa das primeiras comunidades
cristãs: “Todos que
abraçaram a fé eram unidos e
colocavam tudo em comum”
(Atos 2, 42).
Este jeito de rezar e agir
caracteriza os GBF e dá nova
identidade aos cristãos e cristãs
que participam, rezam, refletem
e põem em prática os
ensinamentos de Jesus. Esta
é uma prática que está presente,
de diversas maneiras, nos
2500 Grupos Bíblicos em Família
que há em nossa Arquidiocese.
É a ação do Espírito
de Deus agindo em cada pessoa
que participa dos pequenos
grupos, constituindo a
Igreja Povo de Deus, formando
comunidades eclesiais, seguidoras
de Jesus.