miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec
miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec
miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
PALESTRA MAGNA<br />
OS DESAIOS DA PROPRIEDADE INTELECTUAL<br />
PERANTE AS NOVAS REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS<br />
Apresentação:<br />
Nuno Pires de Carvalho – Chefe da Seção de Legislação da Propriedade Industrial,<br />
Departamento de Cooperação para o Desenvolvimento da Organização<br />
Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).<br />
Nuno Pires de Carvalho<br />
Em nome do Diretor Geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual<br />
(OMPI), Kamil Idris, quero, em primeiro lugar, agradecer aos organizadores<br />
deste VI Encontro, à Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro, ao INPI e, em<br />
especial, à coordenadora da REPICT, Maria Celeste Emerick, a oportunidade<br />
que é dada à OMPI de participar de um evento tão importante e estimulante<br />
como este.<br />
Uma vez que o 6.º Encontro se propõe a debater políticas públicas em<br />
matéria de propriedade intelectual, sobretudo em um contexto de comercialização<br />
de tecnologia, pareceu-me oportuno tecer alguns breves comentários sobre como<br />
os institutos da propriedade intelectual reagiram perante o delinear das duas<br />
últimas revoluções tecnológicas: uma, no campo da informática, outra, no campo<br />
da biotecnologia. Entre parênteses, uso aqui a expressão “revolução tecnológica”<br />
para significar um conjunto sistemático de avanços técnicos que geram um profundo<br />
impacto na organização da sociedade.<br />
Estamos vivendo, sem dúvida, uma revolução “informática” – hoje toda a<br />
nossa vida gira em torno do acesso fácil à informação e à comunicação de dados.<br />
Quanto à revolução biotecnológica, ela ainda é uma promessa, mas é uma promessa<br />
muito plausível, tanto no campo da agricultura quanto no da saúde.<br />
A minha proposta é a de lançar um olhar crítico sobre como os institutos de<br />
propriedade intelectual responderam e se adaptaram a essas duas revoluções e<br />
qual foi o impacto econômico e jurídico dessa reação. Talvez, quem sabe, daí se<br />
consigam extrair algumas lições para o futuro, para que se repitam os acertos e<br />
evitem os erros, tanto quanto possível. Antes de prosseguir, permitam-me lembrar<br />
que nem todas as opiniões que vou aqui expressar representam necessariamente<br />
a opinião da OMPI ou a de seus Estados Membros.<br />
A Propriedade Intelectual e a Revolução Informática<br />
Comecemos por olhar brevemente o advento em ritmo acelerado das novas<br />
tecnologias que permitiram manipular a informação de forma muito mais<br />
rápida. Diante dessas novas tecnologias, a propriedade intelectual, como qualquer<br />
instituto jurídico, teve que se adaptar à nova realidade social e econômica,<br />
que hoje culmina na Internet e no comércio eletrônico.<br />
Mas em que é que, na verdade, a propriedade intelectual se adaptou?<br />
6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 6 7