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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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se o California Institute of Technology (CALTEC), instituição de médio porte, especializada<br />

em tecnologia, portanto, com uma comunidade acadêmica mais homogênea<br />

no que diz respeito às práticas dos diferentes campos de atuação. O chefe do escritório<br />

do CALTEC disse que o contato pessoal era a principal forma utilizada para sensibilizar<br />

a comunidade acadêmica. As condições financeiras existem para viabilização<br />

de almoços com todos os chefes de laboratórios. As universidades americanas valem-se<br />

de diferentes estratégias para sensibilizarem pesquisadores, porque também<br />

têm a dificuldade de disseminar a cultura de proteção do conhecimento. Os meios<br />

disponíveis no Brasil não são os mesmos e as dificuldades estão em outro patamar.<br />

Outra estratégia das universidades americanas é o encaminhamento de<br />

cartas institucionais. Isso foi mencionado pela Universidade da Califórnia, Berkeley.<br />

O chefe do escritório de transferência de tecnologia da UC Berkeley disse que<br />

conseguiu uma lista com todos os pesquisadores que possuíam um projeto de<br />

pesquisa com financiamento de agências de fomento. Para os pesquisadores,<br />

chefes dos grupos de pesquisa, ele dirigiu uma carta divulgando as atividades do<br />

escritório e a importância da propriedade intelectual, inclusive para o benefício do<br />

próprio pesquisador.<br />

Participação em encontros regulares de grupos de pesquisa e eventos<br />

para alunos de pós-graduação também foram estratégias bastante citadas. Particularmente<br />

os alunos representam um grupo importante no processo de disseminação,<br />

porque é nesses jovens que se deposita a esperança de que, futuramente,<br />

parte do conhecimento gerado nos laboratórios possa ser considerado para fins<br />

de proteção.<br />

Por fim, muitos escritórios americanos exploram a divulgação de “casos de<br />

sucesso”. Faz parte da cultura americana, divulgar ganhos individuais para sensibilizar<br />

outros a considerarem o uso da proteção de inventos. Isso foi citado como uma<br />

forma de mostrar mesmo no âmbito da universidade a importância da propriedade<br />

intelectual. A meu ver, é um ponto muito particular da cultura norte-americana.<br />

O segundo desafio seria a prospecção tecnológica como ferramenta de<br />

pesquisa e desenvolvimento. Isso até já foi citado nos temas anteriores desta<br />

Oficina de Trabalho. Gostaria de mencionar rapidamente um trecho do livro da<br />

Maria Fernanda Macedo e do Luiz Antonio Figueira Barbosa que achei interessante:<br />

“Hoje para o pesquisador que se pergunta: por que funciona dessa maneira?,<br />

a busca adequada da resposta deve começar pelo sistema de informação<br />

científica; mas se ele indaga: como fazer funcionar à minha maneira?, o caminho<br />

correto a trilhar principia pelos sistemas de informação tecnológica.”<br />

A fonte de informação tecnológica a partir de documentos de patentes é<br />

muito pouco usada no Brasil. Eu gostaria até de concentrar a minha apresentação<br />

muito nessa questão da informação tecnológica que não foi tão discutida nos<br />

debates anteriores. A informação tecnológica tem um potencial enorme para resolver<br />

uma série de questões: o que se pode ou não patentear, o que se deve ou<br />

não financiar em termos de pesquisa e o que se deve ou não patentear em termos<br />

de potencial de mercado, além de ajudar no monitoramento de tecnologias já<br />

desenvolvidas (ver para aonde vão os concorrentes). No momento de decisão<br />

pela proteção, a instituição, a agência de fomento e a empresa têm de estar<br />

seguros para não incorrerem em despesas com algo que não terá potencial de<br />

mercado. Esses desafios de futurologia acabam caindo sobre os ombros de quem<br />

trabalha com a gestão da propriedade intelectual.<br />

5 2 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

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