13.04.2013 Views

miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FAP, seria dela mesma. Na verdade existem duas opções: se o inventor requerer<br />

a patente, a FAPESP é co-titular; mas se o inventor quer que a FAPESP arque com<br />

os custos da patente, a FAPESP é colocada como titular única e também tenta<br />

assumir o papel de negociador e licenciador.<br />

Esta ainda é a posição atual da FAPESP. As despesas decorrentes do<br />

pagamento e manutenção de patentes têm sido muito altas. Nesses três últimos<br />

anos tem sido desembolsado um montante que chega a quase R$ 1<br />

milhão, entre taxas e escritórios de propriedade intelectual que estão sendo<br />

pagos, e o retorno de royalties foi de apenas R$ 4 mil. Ou seja, a conta não<br />

está fechando por enquanto. Não é um retorno que se vai conseguir ter em<br />

curto prazo, mas a previsão otimista é de que, em longo prazo, essa idéia de<br />

começar a lucrar com a comercialização de patentes torne-se uma realidade.<br />

Tem que se buscar uma patente daquelas boas, a exemplo da Universidade<br />

de Columbia, na Califórnia, que ganha US$ 1 milhão por mês. A intenção é<br />

fazer o dinheiro refluir, as universidades ganharem, os pesquisadores ganharem<br />

e a FAPESP ganhar um pouco de volta para poder sustentar sua infraestrutura.<br />

Portanto, a missão da FAPESP é reciclar, não é lucrar. De repente<br />

esse programa pode acabar, dependendo do ambiente com que lida, como a<br />

dinâmica da FAPESP, das universidades e dos centros de pesquisa. E ainda<br />

estamos suscetíveis a críticas, pois alguém pode perguntar por que não se<br />

colocou aquele R$ 1 milhão em pesquisa, ao invés de ter sido gasto com<br />

patentes. Tem que se pensar que há uma possibilidade, como vem acontecendo<br />

em outros países de desenvolvimento recente, como a Coréia, a China e<br />

Taiwan. O objetivo é preencher um espaço que não estava sendo ocupado ou<br />

desenvolvido pelas universidades e pelos centros de pesquisa.<br />

Maria Celeste Emerick<br />

Percebemos tanto no discurso da FAPEMIG quanto da FAPESP que está<br />

sendo buscado o aprimoramento. Creio que as universidades e os centros de<br />

pesquisa também estão fazendo o seu lado.<br />

Eury Luna Pereira Filho<br />

Ontem eu estava lendo um artigo que pode ser consultado no site de uma<br />

empresa de consultoria chamada Mackenzie que passava algumas dicas sobre<br />

como se deve gerenciar um portfólio de propriedade intelectual numa empresa<br />

moderna. O artigo fez uma indicação que me pareceu muito interessante, ao<br />

encontro do que Ricardo Bérgamo acabou de falar, de que se uma empresa nos<br />

Estados Unidos tivesse um orçamento de US$ 50 milhões, cerca de R$ 150<br />

milhões, ela possivelmente teria uma carteira de 450 patentes e pedidos de<br />

patentes, caso fosse uma empresa de base tecnológica avançada. A sugestão<br />

final da Mackenzie foi para que as empresas nessas condições ficassem atentas<br />

à valorização do seu portfólio. Ontem mesmo fui curiosamente verificar quanto<br />

é o orçamento do CNPq, que por um milagre não foi contingenciado. É de R$<br />

600 milhões de reais, cerca de US$ 200 milhões. Isso significaria dizer que o<br />

CNPq deveria ter quatro vezes mais patentes do que uma empresa de base<br />

tecnológica avançada com um orçamento de US$ 50 milhões, quer dizer, 1.800<br />

patentes em seu portfólio. No entanto, o CNPq possui apenas 60 pedidos de<br />

patentes em andamento, dos quais dois são patentes concedidas no Brasil,<br />

uma delas inclusive em parceria com a própria USP, e outras duas depositadas<br />

no exterior, uma na Europa e a outra nos Estados Unidos. Com relação a esta<br />

6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 4 3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!