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13.04.2013 Views

cuidadosa e apurada sobre a existência de qualquer tipo de proteção intelectual de todos os insumos incluídos nos projetos, sejam produtos ou processos, cujo respectivo licenciamento deve preceder o início da execução, sob pena de acarretar enormes dificuldades a serem diluídas no futuro. Posso contar o milagre, mas não posso contar o santo. As instituições têm se defrontado com muitos casos de dificílima solução, em vista de que, quando se consegue perceber o que está acontecendo, a execução está lá na frente, e a negociação se torna complexa para se reverter a situação. Gostaria de que possamos tirar alguma recomendação deste espaço para que as instituições revejam esse ponto. Janaína Ribeiro Araújo Gostaria de colocar uma observação de que a FAPEMIG já faz a exigência da busca em bases de patentes para os projetos a serem financiados, e a proposta atual para o debate é com relação ao sigilo. Sob orientação do Núcleo de Gestão Tecnológica, a FAPEMIG acabou de adotar o termo de sigilo para os consultores ad hoc que avaliarão os projetos a serem possivelmente financiados. Essa iniciativa veio a partir de um número de reclamações diretas de pesquisadores que diziam ter seus projetos copiados em outras universidades de outros Estados brasileiros. Essa conduta, por outro lado, vem recebendo alguma reação dos consultores, que se sentem ofendidos. Queria colocar o tema para debate e saber, principalmente, a opinião das universidades. Lourença Francisca da Silva Gostaria de sugerir que nós da REPICIT fizéssemos uma solicitação tanto ao Ministério da Educação (MEC), quanto ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), sobre a necessidade do período de sigilo da defesa de tese pública, a exemplo do critério do período de graça da patente, para torná-la uma defesa de tese fechada por esse período. Ou seja, ela, na verdade, não estaria impedida de se tornar pública, caso seja resguardado um período de sigilo para a proteção, que poderia ser de seis meses a um ano, por exemplo, com critério de avaliação. A partir de então, a tese se tornaria pública. Francisca Dantas Lima Gostaria de compartilhar com vocês a experiência de implantação do núcleo de propriedade intelectual da FUCAPI. A disseminação da cultura da propriedade intelectual foi uma estratégia bem recepcionada pela diretoria da Instituição. Contratamos alguns consultores para a realização de cursos de treinamento para o público interno da instituição. O primeiro treinamento contou com 23 pessoas dos quatro departamentos da FUCAPI. Houve um grande interesse, por parte dos consultores, em nossos projetos de pesquisa, porque diversos deles são passíveis de proteção. Na semana passada ocorreu o segundo treinamento, mais específico, em redação de pedido de patente, contando com 13 pessoas. Já estamos criando a figura do agente de propriedade intelectual em cada departamento, para que ele possa identificar naquela instância o que é passível de se proteger. Marli Elizabeth Ritter dos Santos Tentarei fazer uma síntese do que foi veiculado neste primeiro tema. A UFF ressaltou a importância da continuidade das iniciativas da difusão da cultura da propriedade intelectual e relatou alguns programas em que está envolvida. 2 4 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

A FAPESP fez comentários sobre o Projeto de Lei de Inovação e externou a preocupação de que a Lei venha a não surtir os efeitos desejados, à medida que ela ainda não resolve alguns obstáculos em relação à comercialização de tecnologia, mais especificamente em relação à exigência de licitação. A Embrapa ressaltou a importância da busca em bases de patentes e sugeriu que as agências de fomento colocassem como um pré-requisito para apoio financeiro de projetos de pesquisa a busca em bases de patentes, de forma a se conhecer se o estado da técnica de uma determinada pesquisa já não está protegido por anterioridades. A Fiocruz apresentou um entrave adicional com relação à defesa de tese fechada quando envolve outras instituições que não adotam a defesa fechada e, também, citou a criação de uma comissão de propriedade intelectual com pesquisadores de diversas unidades do Instituto que tenham a decisão sobre o patenteamento e funcionem como verdadeiros difusores da cultura da propriedade intelectual em suas unidades. O representante da Eletrobras apresentou um programa de desenvolvimento tecnológico e industrial e ressaltou a cooperação que a empresa possui com universidades e institutos de pesquisa, acentuando que o instrumento é operacional e que, em paralelo, há um comitê corporativo das empresas do setor elétrico. Foram apresentados, também, alguns dados percentuais de contribuição da Eletrobras e foi mencionada a importância que é atribuída ao patenteamento e ao sistema da propriedade industrial. Na linha dos novos elementos que integram a rotina da universidade, a UFMG apresentou a importância de se difundir a cultura da propriedade intelectual, citando que é primordial a incorporação de disciplinas sobre o tema na grade curricular, através da qual se realiza a sensibilização da comunidade universitária e a divulgação do próprio núcleo de propriedade intelectual. Uma outra questão colocada foi a de se considerar o período de graça como uma exceção, e não como uma rotina. Isso faz parte de um trabalho educativo, e, excepcionalmente, quando necessário, a universidade lançaria mão desse artifício da lei. Na defesa de tese, quando esta apresenta um conteúdo patenteável e a banca é comunicada de que existe ali esse tipo de resultado, o candidato deve se eximir de ter de expor abertamente seu trabalho e, caso haja essa necessidade, a banca pode requerer que o aluno fale em particular. Por último, foi colocada a dificuldade que a universidade está enfrentando com a questão da licitação para a comercialização no sentido da dispensa. Este tem sido um mecanismo utilizado, mas o fato de se ter de apresentar uma justificativa, juntamente com o inventor, para atender os requisitos da procuradoria jurídica é que tem criado a dificuldade. A UNIFESP também fez um relato do que vem fazendo o seu núcleo de propriedade intelectual: palestras nas diferentes disciplinas da universidade e adoção de um termo de compartilhamento entre os pesquisadores, no sentido de conciliar os interesses dos pesquisadores, e de um termo de confidencialidade entre a universidade e empresas para proteger os resultados da pesquisa que está sendo negociada. Os pesquisadores já interagem com a equipe do núcleo informando sobre possíveis interessados na tecnologia, envolvendo mais o pesquisador no mecanismo institucional. Uma outra questão colocada pela Embrapa foi a da transferência gratuita de material biológico que, em muitos casos, é incorporado nos projetos de pes- 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 2 5

A FAPESP fez comentários sobre o Projeto de Lei de Inovação e externou<br />

a preocupação de que a Lei venha a não surtir os efeitos desejados, à medida<br />

que ela ainda não resolve alguns obstáculos em relação à comercialização de<br />

tecnologia, mais especificamente em relação à exigência de licitação.<br />

A Embrapa ressaltou a importância da busca em bases de patentes e<br />

sugeriu que as agências de fomento colocassem como um pré-requisito para<br />

apoio financeiro de projetos de pesquisa a busca em bases de patentes, de forma<br />

a se conhecer se o estado da técnica de uma determinada pesquisa já não está<br />

protegido por anterioridades.<br />

A Fiocruz apresentou um entrave adicional com relação à defesa de tese<br />

fechada quando envolve outras instituições que não adotam a defesa fechada e,<br />

também, citou a criação de uma comissão de propriedade intelectual com pesquisadores<br />

de diversas unidades do Instituto que tenham a decisão sobre o<br />

patenteamento e funcionem como verdadeiros difusores da cultura da propriedade<br />

intelectual em suas unidades.<br />

O representante da Eletrobras apresentou um programa de desenvolvimento<br />

tecnológico e industrial e ressaltou a cooperação que a empresa possui<br />

com universidades e institutos de pesquisa, acentuando que o instrumento é<br />

operacional e que, em paralelo, há um comitê corporativo das empresas do setor<br />

elétrico. Foram apresentados, também, alguns dados percentuais de contribuição<br />

da Eletrobras e foi mencionada a importância que é atribuída ao patenteamento e<br />

ao sistema da propriedade industrial.<br />

Na linha dos novos elementos que integram a rotina da universidade, a<br />

UFMG apresentou a importância de se difundir a cultura da propriedade intelectual,<br />

citando que é primordial a incorporação de disciplinas sobre o tema na grade<br />

curricular, através da qual se realiza a sensibilização da comunidade universitária<br />

e a divulgação do próprio núcleo de propriedade intelectual. Uma outra questão<br />

colocada foi a de se considerar o período de graça como uma exceção, e não<br />

como uma rotina. Isso faz parte de um trabalho educativo, e, excepcionalmente,<br />

quando necessário, a universidade lançaria mão desse artifício da lei. Na defesa<br />

de tese, quando esta apresenta um conteúdo patenteável e a banca é comunicada<br />

de que existe ali esse tipo de resultado, o candidato deve se eximir de ter de expor<br />

abertamente seu trabalho e, caso haja essa necessidade, a banca pode requerer<br />

que o aluno fale em particular. Por último, foi colocada a dificuldade que a universidade<br />

está enfrentando com a questão da licitação para a comercialização no<br />

sentido da dispensa. Este tem sido um mecanismo utilizado, mas o fato de se ter<br />

de apresentar uma justificativa, juntamente com o inventor, para atender os requisitos<br />

da procuradoria jurídica é que tem criado a dificuldade.<br />

A UNIFESP também fez um relato do que vem fazendo o seu núcleo de<br />

propriedade intelectual: palestras nas diferentes disciplinas da universidade e<br />

adoção de um termo de compartilhamento entre os pesquisadores, no sentido de<br />

conciliar os interesses dos pesquisadores, e de um termo de confidencialidade<br />

entre a universidade e empresas para proteger os resultados da pesquisa que<br />

está sendo negociada. Os pesquisadores já interagem com a equipe do núcleo<br />

informando sobre possíveis interessados na tecnologia, envolvendo mais o pesquisador<br />

no mecanismo institucional.<br />

Uma outra questão colocada pela Embrapa foi a da transferência gratuita<br />

de material biológico que, em muitos casos, é incorporado nos projetos de pes-<br />

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