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as universitárias no currículo e a questão do fundo de retroalimentação para os núcleos dos resultados econômicos auferidos pela comercialização da pesquisa. Vera Maria da Motta Vieira Queria fazer menção à influência que poderiam ter os núcleos de propriedade intelectual no planejamento estratégico das instituições de ensino e pesquisa. A informação tecnológica poderia auxiliar na pesquisa induzida, de forma a sair desse modelo de oferta linear ainda existente para um modelo mais orientado ao mercado. Maria Celeste Emerick Essa é a percepção constante da REPICT. Está dentro do seu espírito de trabalho. Sueli Rezende Cunha Gostaria de reforçar a importância da introdução da disciplina propriedade intelectual nos cursos de graduação e pós-graduação. Tenho vivenciado situações, nos seminários avançados de doutorado, em que alunos apresentam material com potencial patentário como um mero conhecimento acadêmico. No entanto, quando se tem a visão estratégica de que o produto é patenteável, alerta-se o aluno para saber se ele já pensou na proteção daquele conhecimento, e ele realmente não tem idéia ou nunca pensou no assunto. Quer dizer, essa questão não está mesmo na cabeça nem do orientador, muito menos do aluno. E eles têm os produtos. Por isso a conscientização é muito importante e precisa ser urgentemente introduzida. Ainda dentro desse item do sigilo, com relação à necessidade de se definir critérios, acho que precisa haver uma articulação entre os critérios da CAPES e do CNPq. Além dessa pontuação, algumas pós-graduações têm colocado, principalmente em nível de doutorado, a questão da publicação para a defesa, o que significa que muitas vezes se tem o critério publicação prevalecendo à banca de tese. Temos que estar atentos a essa questão, porque muitas pós-graduações têm optado por essa dinâmica que acaba invalidando qualquer inovação potencial. Muitas vezes o pesquisador que está na área mais clínica não se interessa se ele criou um dispositivo. Portanto, existe o invento, mas não a patente protegida. Sérgio Medeiros Paulino de Carvalho Acho que a questão da especialização ou pós-graduação deve estar vinculada à geração de conhecimento na área de política de propriedade intelectual. É um problema em que se enfatiza muito o conhecimento específico que é patenteado e pouco a política de propriedade intelectual. Considero ser esse um problema que tem sido transpassado nos últimos quatro Encontros da REPICT. E isso facilita a captação de recursos para manutenção de cursos de especialização, porque é possível captar recursos vinculando pesquisa na área de propriedade intelectual à geração de conhecimento e formação de recursos humanos. Acho que juntar os dois seria relevante. Álvaro Fúncia Lemme Eu teria duas posições a defender. Em primeiro lugar, a dimensão da política de recursos humanos, direcionada para o que Vera Maria da Motta Vieira apontou. A estratégia seria incorporar uma dinâmica prospectiva na elaboração das políticas de contratação de recursos humanos, cuja tradição no serviço públi- 216 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

co brasileiro é ser retrospectiva, que realimenta, com os mesmos quadros preexistentes, a dinâmica de contratação de pessoal. Acho que isso tem de ser direcionado, sim, a uma dinâmica de planejamento estratégico, olhando o cenário futuro, desenhando o profissional necessário e contemplando-o no momento de elaborar a política de contratação de recursos humanos. A segunda dimensão seria na direção da avaliação dos recursos humanos: incorporar para os vários quadros, e não apenas para a pesquisa, itens e aspectos de seu acompanhamento de desempenho, visando, inclusive, gratificações de desempenho, como a de atividades em C&T (GDACT), vinculadas a um processo de desenvolvimento de capacitação voltada para a propriedade intelectual e o patenteamento. Portanto, se não for possível consolidar a política de recursos humanos, não só de estímulo a bolsas, como também de formação de quadros permanentes, grandes dificuldades sempre existirão. Maria Cristina César de Oliveira Sou procuradora geral da Universidade Federal do Pará (UFPA) e não tive oportunidade de estar na reunião da Oficina de Trabalho, mas gostaria de deixar meu testemunho sobre a necessidade de que as procuradorias e os núcleos de propriedade intelectual tenham uma interação. A UFPA está aqui em busca disso. A procuradoria da universidade sentiu a necessidade de conhecer melhor essas discussões pela importância do tema propriedade intelectual. Por ser a maior universidade federal do Brasil em número de alunos, cerca de 36 mil alunos, a UFPA tem uma demanda de toda a Amazônia em áreas altamente sensíveis. E todos os contratos e convênios resultantes de pesquisas geradas e serviços prestados pela universidade transitam pela procuradoria geral. Portanto, eu queria reforçar que este plenário realmente saísse daqui com a idéia de implementar as estratégias para que procuradorias e núcleos de propriedade intelectual possam, em breve e urgentemente, falar a mesma linguagem. Maria Celeste Emerick Fico muito feliz de ver que uma procuradora de universidade está presente aqui neste Encontro e de ouvir esse depoimento tão importante. Cumprimento Maria Brasil de Lourdes Silva pela habilidade de incorporar a questão da propriedade intelectual na procuradoria da UFPA. Espero que vocês continuem vindo aos Encontros, porque não há uma forma melhor de interação como esta. Ary Marques Jones Como empresário que fui por mais de 30 anos em empresas de engenharia e com contato permanente no campo da tecnologia, minha sugestão é que se dê uma especial atenção ao problema mercadológico. Atualmente estou ajudando a organizar o escritório de propriedade intelectual da PUC-Rio, e tenho feito contato com algumas universidades. Fiz recentemente contato com a UNICAMP, que está fazendo um trabalho extraordinário na relação de interação entre sua pesquisa e o círculo de indústrias em torno de Campinas. Ou seja, a universidade estabelece a oferta de tecnologia e, também, a busca das empresas através desse mecanismo de interação e aproximação da universidade, com ênfase no aspecto mercadológico. Maria Cristina Antunes Barreira Queria abordar duas questões. 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 217

co brasileiro é ser retrospectiva, que realimenta, com os mesmos quadros<br />

preexistentes, a dinâmica de contratação de pessoal. Acho que isso tem de ser<br />

direcionado, sim, a uma dinâmica de planejamento estratégico, olhando o cenário<br />

futuro, desenhando o profissional necessário e contemplando-o no momento<br />

de elaborar a política de contratação de recursos humanos. A segunda dimensão<br />

seria na direção da avaliação dos recursos humanos: incorporar para os vários<br />

quadros, e não apenas para a pesquisa, itens e aspectos de seu acompanhamento<br />

de desempenho, visando, inclusive, gratificações de desempenho, como a<br />

de atividades em C&T (GDACT), vinculadas a um processo de desenvolvimento<br />

de capacitação voltada para a propriedade intelectual e o patenteamento. Portanto,<br />

se não for possível consolidar a política de recursos humanos, não só de<br />

estímulo a bolsas, como também de formação de quadros permanentes, grandes<br />

dificuldades sempre existirão.<br />

Maria Cristina César de Oliveira<br />

Sou procuradora geral da Universidade Federal do Pará (UFPA) e não tive<br />

oportunidade de estar na reunião da Oficina de Trabalho, mas gostaria de deixar<br />

meu testemunho sobre a necessidade de que as procuradorias e os núcleos de<br />

propriedade intelectual tenham uma interação. A UFPA está aqui em busca disso.<br />

A procuradoria da universidade sentiu a necessidade de conhecer melhor essas<br />

discussões pela importância do tema propriedade intelectual. Por ser a maior<br />

universidade federal do Brasil em número de alunos, cerca de 36 mil alunos, a<br />

UFPA tem uma demanda de toda a Amazônia em áreas altamente sensíveis. E<br />

todos os contratos e convênios resultantes de pesquisas geradas e serviços prestados<br />

pela universidade transitam pela procuradoria geral. Portanto, eu queria<br />

reforçar que este plenário realmente saísse daqui com a idéia de implementar as<br />

estratégias para que procuradorias e núcleos de propriedade intelectual possam,<br />

em breve e urgentemente, falar a mesma linguagem.<br />

Maria Celeste Emerick<br />

Fico muito feliz de ver que uma procuradora de universidade está presente<br />

aqui neste Encontro e de ouvir esse depoimento tão importante. Cumprimento<br />

Maria Brasil de Lourdes Silva pela habilidade de incorporar a questão da propriedade<br />

intelectual na procuradoria da UFPA. Espero que vocês continuem vindo<br />

aos Encontros, porque não há uma forma melhor de interação como esta.<br />

Ary Marques Jones<br />

Como empresário que fui por mais de 30 anos em empresas de engenharia<br />

e com contato permanente no campo da tecnologia, minha sugestão é que se<br />

dê uma especial atenção ao problema mercadológico. Atualmente estou ajudando<br />

a organizar o escritório de propriedade intelectual da PUC-Rio, e tenho feito<br />

contato com algumas universidades. Fiz recentemente contato com a UNICAMP,<br />

que está fazendo um trabalho extraordinário na relação de interação entre sua<br />

pesquisa e o círculo de indústrias em torno de Campinas. Ou seja, a universidade<br />

estabelece a oferta de tecnologia e, também, a busca das empresas através<br />

desse mecanismo de interação e aproximação da universidade, com ênfase no<br />

aspecto mercadológico.<br />

Maria Cristina Antunes Barreira<br />

Queria abordar duas questões.<br />

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