miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec
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Com relação ao número de convênios assinados por ano, houve um crescimento<br />
significativo de cerca de 70% entre 1995 e 2002. Em 2003 foi feito o<br />
levantamento somente dos convênios estabelecidos até maio. Pode-se verificar<br />
que em 1995, este número era de 79 convênios, e em 2002 cresceu para 184<br />
convênios. No momento, existem 63 convênios em vigência. Em relação aos projetos<br />
de pesquisa e extensão, de 1994 a 2002, estes praticamente triplicaram –<br />
1.352 para 3.549 projetos. Esses projetos e os convênios geraram, no último ano,<br />
uma receita de R$ 66 milhões para a UFSM e a sua fundação de apoio.<br />
O núcleo de propriedade intelectual da UFSM atua, no momento, em caráter<br />
informal, mas estamos lutando para formalizá-lo. O núcleo surgiu como uma<br />
conseqüência natural de todo o desenvolvimento da universidade, há um ano e<br />
meio, e também como conseqüência do Decreto n.º 2.553, de 1998, que demandou<br />
a organização da proteção dos resultados das atividades de pesquisa e<br />
inovação da universidade e culminou no surgimento dos escritórios/núcleos de<br />
propriedade intelectual dentro das universidades brasileiras. A criação do núcleo<br />
da UFSM deu-se pela Resolução n.º 010, de 5 de outubro de 2001, que estabelecia<br />
regras quanto à propriedade intelectual. Atualmente esta resolução está sendo<br />
complementada com alguns artigos sobre direitos autorais e cultivares.<br />
A estrutura do núcleo é praticamente formada por bolsistas com fomento<br />
do CNPq: uma coordenadora, uma advogada, dois alunos e um aluno da próreitoria<br />
de assuntos estudantis. Ainda há um funcionário, que está em vias de se<br />
aposentar, e uma comissão formada por dois empresários e quatro pesquisadores<br />
do quadro da universidade.<br />
A função do núcleo é, em primeiro lugar, auxiliar o pesquisador na redação de<br />
patentes. O pesquisador chega ao escritório, é feita uma primeira entrevista, quando<br />
é fornecido um questionário como roteiro para que ele nos preste as informações<br />
necessárias, e então é elaborada uma minuta. Em seguida, são realizadas buscas<br />
em bancos de patente e entrevistas complementares como subsídios à redação da<br />
patente para encaminhamento ao INPI. Por hora não há nenhum auxílio formal de<br />
outros escritórios, mas sim uma parceria com o EITT, o escritório da Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que auxilia na redação das patentes. Outra<br />
função do núcleo é desenvolver a cultura da produção com visão de aplicação no<br />
setor produtivo. Antigamente os pesquisadores da universidade faziam muita pesquisa<br />
básica. Por orientação dos próprios órgãos de fomento e pela escassez de recursos<br />
financeiros, houve necessidade de buscar aplicabilidade na pesquisa. Atualmente,<br />
através das parcerias com empresas, os pesquisadores se aproximam mais do<br />
desenvolvimento da pesquisa direcionada. É, inclusive, função do núcleo aproximar<br />
pesquisador e empresário. Muitos empresários chegam ao núcleo à procura de alguma<br />
inovação ou prestação de serviços. Como o núcleo elabora um cadastro de<br />
pesquisadores, com informações de e-mail, telefone, sala, o que é desenvolvido em<br />
termos de pesquisa e as interações com empresas, há condições de se apresentar<br />
toda a expertise da universidade ao empresário. Essa é uma nova prática que, até<br />
então, não existia, o pesquisador fazia pessoal e informalmente todos os contatos.<br />
A UFSM está formalizando o estabelecimento de critérios relacionados à<br />
proteção da propriedade intelectual nas bancas de tese, nos contratos e nos<br />
termos de sigilo. Ainda estamos começando a identificar o capital intelectual da<br />
universidade, mapeando os potenciais existentes. Prestamos muita informação à<br />
comunidade, inclusive ao inventor isolado, em virtude de a cidade de Santa Maria<br />
ser no interior e não ter outros escritórios de propriedade intelectual.<br />
6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia 203