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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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da busca ser positiva. Nesse sentido, minha proposta concreta é que as próprias<br />

agências de fomento introduzam este como um dos pré-requisitos para a aprovação<br />

dos projetos de pesquisa, uma apurada revisão não só bibliográfica, mas<br />

também uma busca nas bases de patentes mundialmente disponíveis.<br />

Maria Celeste Emerick<br />

Acho essa recomendação muito pertinente. Deveríamos pensar, posteriormente,<br />

em uma forma de expandi-la, talvez fazendo chegar aos dirigentes das<br />

universidades e dos institutos de pesquisa a importância dessa busca criteriosa<br />

nos bancos de patente, do uso da fonte de informação tecnológica de maneira<br />

mais sistemática do que vem sendo feito, dando um passo além dessa sugestão.<br />

Adriana Campos Moreira<br />

Gostaria de colocar um entrave adicional que percebi. Pela experiência da<br />

Fiocruz na área de patentes, uma das maneiras de manter o sigilo antes do<br />

depósito é a defesa de tese fechada. No entanto, já existiram casos de pesquisa,<br />

seja através de vias formais ou não, que envolvem não apenas a Fiocruz, mas<br />

outras instituições. É importante entender que diferentes instituições permitem ou<br />

não a defesa fechada. Enquanto não houver um consenso em relação a essa<br />

questão, e se a não permissão da defesa fechada tem algum respaldo jurídico,<br />

deve-se tentar entrar em um consenso para que, pelo menos, isso não se torne<br />

um entrave. Muitas vezes a Fiocruz desenvolveu pesquisas conjuntas com outras<br />

instituições e não pôde promover a defesa de tese fechada, porque isso fugia ao<br />

nosso escopo.<br />

Uma outra questão que gostaria de acrescentar é uma experiência que a<br />

Fiocruz vem desenvolvendo há quase um ano. Foi criada uma comissão de propriedade<br />

intelectual, de caráter interno, composta por representantes que são<br />

pesquisadores de diversas unidades da instituição. Então, todos os pedidos de<br />

patente, ou seja, todas as matérias passíveis de patenteabilidade são decididas<br />

em conjunto. Essa comissão tem cerca de 20 pesquisadores que tomam a decisão<br />

sobre o depósito ou não de um pedido de patente relacionado à determinada<br />

pesquisa desenvolvida e, se não houver o depósito, o que se recomenda ao<br />

pesquisador. Qual foi o intuito dessa abordagem? Temos percebido que esses<br />

pesquisadores, apesar de não terem conhecimento completo sobre o tema da<br />

propriedade intelectual, vêm se tornando difusores do conhecimento.<br />

Maria Celeste Emerick<br />

Acho extremamente interessante Adriana Moreira ter lembrado da defesa<br />

de tese de projeto de pesquisa envolvendo diversas instituições, porque esse<br />

assunto foi discutido no Encontro da REPICT do ano passado, e houve uma série<br />

de divergências de entendimento por parte das diversas instituições presentes.<br />

Algumas instituições permitem, outras não. Parece-me que a USP é uma das<br />

instituições que não permite a defesa fechada, a UFRJ já permite. Enfim, devemos<br />

pensar se é caso de encaminhar ao MEC algum documento que venha esclarecer<br />

se é ou não uma questão legal.<br />

Quanto ao segundo ponto, ele certamente é interessante em termos de<br />

elucidação. Formar uma comissão de propriedade intelectual de cientistas é uma<br />

estratégia da instituição para encontrar soluções para seus entraves, ajudando a<br />

estabelecer limites e a fazer sua própria política.<br />

2 0 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

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