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miolo_mercocidades.cópia p65 - Redetec

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Em segundo, queria agradecer ao Odilon Marcuzzo. Fiquei muito contente<br />

de assistir a sua palestra e saber que a FINEP não tem intenção em requerer a<br />

titularidade dos resultados das pesquisas financiadas por ela. Quem sabe isso vira<br />

moda nas agências de fomento e assim a comunidade acadêmica fica tranqüila?<br />

Por último, gostaria de comentar, em especial com Francelino Grando,<br />

sobre o fato de que a Lei de Inovação tem de ser forte. Mais do que a Lei, os outros<br />

instrumentos de controle, mencionados pelo Professor Odilon, devem ser fortes.<br />

Devemos ter alguma gestão para mudar os instrumentos de controle. Estes são<br />

hoje aplicados pelo Governo para atrapalharem o resultado da ciência e tecnologia.<br />

Por exemplo, a Instrução Normativa n.º 1, de 1997, foi utilizada em convênio<br />

que transfere recursos à Prefeitura para a construção de uma ponte, e não para<br />

fazer um projeto de pesquisa. Enquanto existir esse arcabouço legal de prestar<br />

contas para a construção de uma ponte em tempo determinado, que tem começo,<br />

meio e fim, que a população precisa, e, além disso, dá voto, não se consegue<br />

fazer nada. Gostaria de saber, portanto, se o MCT, como representante o Secretário<br />

de Política de Informática e Tecnologia, está tomando algumas medidas de<br />

mudança para o controle da ciência.<br />

Odilon Antonio Marcuzzo do Canto<br />

Gostaria de frisar bem que a questão da titularidade é uma idéia. Por enquanto,<br />

falei por mim mesmo, mas irei defendê-la dentro da FINEP, pois acho que<br />

não há por que as agências de fomento exigirem uma parte da propriedade<br />

intelectual. Falta fundamento para que isso ocorra, e por isso pretendo trabalhar<br />

nessa direção.<br />

Queria comentar sobre a questão do arcabouço legal ao qual as instituições<br />

estão sujeitas. É um assunto de extrema importância. Constatados todos<br />

esses atrasos do Brasil na área de inovação – quero dizer, atrasos em relação ao<br />

conhecimento realmente se transformar em qualidade de vida e riqueza para o<br />

povo brasileiro – é fundamental que nos livremos das normativas, que são verdadeiros<br />

entraves para o sistema de desenvolvimento da ciência e tecnologia no<br />

Brasil. Volto a dizer, esse é um esforço que, evidentemente, o Governo e os setores<br />

governamentais têm responsabilidade de coordenação, mas é um esforço<br />

que tem que partir de todos nós. Acho fundamental que o arcabouço legal brasileiro<br />

seja modificado, mas para isso é preciso respaldo do Poder Legislativo, ao<br />

mesmo tempo em que a pressão das instituições, da comunidade científica e<br />

tecnológica e das empresas é fundamental. Temos que agir, cada um de nós, nos<br />

canais que acharmos conveniente para que essa mudança aconteça no Brasil o<br />

mais rápido possível.<br />

Elza Moreira Marcelino de Castro<br />

Queria aproveitar a ocasião para, primeiramente, agradecer a oportunidade<br />

de estar aqui mais uma vez, e, também, fazer dois comentários que me parecem<br />

apropriados neste momento, pois resultam de demandas que foram colocadas<br />

em conversas informais durante o intervalo.<br />

A primeira delas diz respeito à participação do setor acadêmico na tomada<br />

de decisões relacionadas às negociações em propriedade intelectual e na área<br />

de transferência de tecnologia. Enfim, temas ligados a este debate. Esta participação<br />

tem sido muito importante, porém ainda não vem ocorrendo de forma articulada,<br />

tampouco sistemática. As contribuições têm sido de caráter ad hoc, apesar<br />

190 6º Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia

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